908 resultados para Taxas de juros - Brasil - Modelos econométricos
Resumo:
Estudos empricos sobre os determinantes de investimentos privados em pases em desenvolvimento, incluindo vrios estudos para o Brasil, mostraram o impacto negativo de elevadas taxas de inflao sobre os investimentos privados. No entanto, a experincia brasileira recente mostra claramente que a estabilizao por si s no capaz de fazer com que as taxas de investimento se recuperem. Este trabalho objetiva a busca de respostas em evidncias empricas sobre quais teriam sido os principais fatores responsveis pela no recuperao dos investimentos no Brasil ps-plano Real, apesar do controle inflacionrio, no perodo 1995-2004. Para isso, foi estimado um modelo de investimento privado em nvel de longo prazo (1970-2003) com dados anuais. Estas estimaes mostram evidncia emprica de crowding-in dos investimentos pblicos em infra-estrutura sobre os investimentos privados e do efeito de crowding-out dos demais investimentos pblicos (que no so em infra-estrutura) sobre os investimentos privados. Para obter evidncias empricas do impacto negativo da carga tributria e dos preos relativos dos bens de capital sobre as taxas de investimento foi estimado um modelo trimestral com dados de 1995-2004. Uma anlise mais detalhada sobre a carga tributria brasileira e sua composio mostrou ainda que, alm de sua magnitude elevada, a carga tributria brasileira tem uma alocao desfavorvel ao investimento privado, pois seu peso muito maior sobre o setor produtivo do que sobre renda e patrimnio. Alm disso, a despeito da arrecadao crescente nos ltimos 10 anos, os gastos do governo tm se concentrado em gastos pouco ou no produtivos e tem diminudo a participao relativa dos investimentos pblicos em infra-estrutura, que so gastos produtivos e estimuladores de investimentos privados (efeito de crowding-in).
Resumo:
Neste artigo, foi estimada a taxa natural de juros para a economia brasileira entre o final de 2001 e segundo trimestre de 2010 com base em dois modelos, sendo o primeiro deles o proposto por Laubach e Williams e o segundo proposto por Mesnnier e Renne, que trata de uma verso alterada do primeiro, que segundo os autores perimite uma estimao mais transparente e robusta. Em ambos os modelos, a taxa natural de juros estimada em conjunto com o produto potencial, atravs de filtro de Kalman, no formato de um modelo Espao de Estado. As estimativas provenientes dos dois modelos no apresentam diferenas relevantes, o que gera maior confiabilidade nos resultados obtidos. Para o perodo de maior interesse deste estudo (ps-2005), dada a existncia de outras anlises para perodo anterior, as estimativas mostram que a taxa natural de juros est em queda na economia brasileira desde 2006. A mensurao da taxa natural de juros, adicionalmente, possibilitou que fosse feita uma avaliao sobre a conduo da poltica monetria implementada pelo Banco Central brasileiro nos ltimos anos atravs do conceito de hiato de juros. Em linhas gerais, a anlise mostrou um Banco Central mais conservador entre o final de 2001 e 2005, e mais prximo da neutralidade desde ento. Esta concluso difere da apontada por outros estudos, especialmente para o primeiro perodo.
Resumo:
Neste artigo, foi estimada a taxa natural de juros para a economia brasileira entre o final de 2001 e segundo trimestre de 2010 com base em dois modelos, sendo o primeiro deles o proposto por Laubach e Williams e o segundo proposto por Mesnnier e Renne, que trata de uma verso alterada do primeiro, que segundo os autores perimite uma estimao mais transparente e robusta. Em ambos os modelos, a taxa natural de juros estimada em conjunto com o produto potencial, atravs de filtro de Kalman, no formato de um modelo Espao de Estado. As estimativas provenientes dos dois modelos no apresentam diferenas relevantes, o que gera maior confiabilidade nos resultados obtidos. Para o perodo de maior interesse deste estudo (ps-2005), dada a existncia de outras anlises para perodo anterior, as estimativas mostram que a taxa natural de juros est em queda na economia brasileira desde 2006. A mensurao da taxa natural de juros, adicionalmente, possibilitou que fosse feita uma avaliao sobre a conduo da poltica monetria implementada pelo Banco Central brasileiro nos ltimos anos atravs do conceito de hiato de juros. Em linhas gerais, a anlise mostrou um Banco Central mais conservador entre o final de 2001 e 2005, e mais prximo da neutralidade desde ento. Esta concluso difere da apontada por outros estudos, especialmente para o primeiro perodo.
Resumo:
Este trabalho testa a existncia de relaes de codependncia de ordem zero em spreads formados a partir da estrutura a termo da taxa de juros no Brasil. O objetivo verificar se existem combinaes lineares dos spreads que geram um processo rudo branco contemporneo. Essas combinaes lineares poderiam ser utilizadas para a previso de taxas de juros futuras dado que desvios destas relaes estveis implicariam em um movimento futuro das taxas de juros no sentido de restabelecer o equilbrio. O modelo de Nelson e Siegel (1987) serve de base terica para os testes empricos. Ao verificar a hiptese de codependncia de ordem zero possvel tambm analisar premissas quanto aos parmetros do modelo em relao estrutura a termo da taxa de juros no Brasil. As evidncias obtidas a partir dos resultados empricos apontam na rejeio da hiptese de codependncia de ordem zero e, consequentemente, na impossibilidade de definir as combinaes lineares mencionadas. Esta constatao pode estar relacionada aos perodos de instabilidade presentes na amostra ou na existncia de codependncia de ordem superior a zero.
Resumo:
O conceito de paridade coberta de juros sugere que, na ausncia de barreiras para arbitragem entre mercados, o diferencial de juros entre dois ativos, idnticos em todos os pontos relevantes, com exceo da moeda de denominao, na ausncia de risco de variao cambial deve ser igual a zero. Porm, uma vez que existam riscos no diversificveis, representados pelo risco pas, inerentes a economias emergentes, os investidores exigiro uma taxa de juros maior que a simples diferena entre as taxas de juros domstica e externa. Este estudo tem por objetivo avaliar se o ajustamento das condies de paridade coberta de juros por prmios de risco suficiente para a validao da relao de no-arbitragem para o mercado brasileiro, durante o perodo de 2007 a 2010. O risco pas contamina todos os ativos financeiros emitidos em uma determinada economia e pode ser descrito como a somatria do risco de default (ou risco soberano) e do risco de conversibilidade percebidos pelo mercado. Para a estimao da equao de no arbitragem foram utilizadas regresses por Mnimos Quadrados Ordinrios, parmetros variantes no tempo (TVP) e Mnimos Quadrados Recursivos, e os resultados obtidos no so conclusivos sobre a validao da relao de paridade coberta de juros, mesmo ajustando para prmio de risco. Erros de medidas de dados, custo de transao e intervenes e polticas restritivas no mercado de cmbio podem ter contribudo para este resultado.
Resumo:
Este trabalho prope o desenvolvimento de um modelo de trs fatores em que os movimentos da Estrutura a Termo da Taxa de Juros em Dlar, o Cupom Cambial, so determinados por variveis macroeconmicas observveis. O estudo segue a metodologia elaborada por Huse (2011), que prope um modelo baseado nos estudos de Nelson e Siegel (1987) e Diebold e Li (2006). Os fatores utilizados so: taxa de cmbio em real por dlar, spread do Credit Default Swap (CDS) Brasil de cinco anos, ndice de preo de commodities, taxa de cupom cambial futura com vencimento em trs meses, taxa futura de juros em dlar com cupom zero (Libor), volatilidade implcita da taxa de cmbio esperada pelo mercado de hoje at um ano, e inflao implcita de um ano no Brasil. O modelo foi capaz de explicar 95% das mudanas na estrutura a termo do cupom cambial. Aumentos no spread do CDS, na taxa de cupom cambial de trs meses, na Libor, no ndice de preo de commodities, e na volatilidade implcita do cmbio com vencimento em um ano esto diretamente relacionados com aumento na curva de juros em dlar. Por sua vez, a depreciao cambial tem correlao positiva com as maturidades mais curtas, at 2.5 anos, e negativo com a parte longa, at cinco anos. Choques na inflao implcita tm um pequeno impacto positivo para vencimentos curtos, mas levemente negativo para vencimentos mais longos.
Resumo:
Consultoria Legislativa - rea VII - Sistema Financeiro, Direito Comercial, Direito Econmico, Defesa do Consumidor.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo construir estruturas a termo da taxa de juros de ttulos pblicos brasileiros atravs do uso de modelos estatsticos paramtricos. Estudou-se a capacidade de ajuste de modelos distintos do tipo splines e exponenciais atravs de testes de apreamento de diferentes ttulos pblicos (prefixados, e indexados inflao), sob mtricas que incluem anlises dentro e fora da amostra utilizada no processo de estimao dos modelos. Identificamos que os modelos baseados em funes exponenciais se sobressaem nos testes e parecem ser os mais adequados para construo destas curvas de juros de ttulos pblicos brasileiros. Vislumbramos os resultados deste estudo como um primeiro passo para a criao de uma importante ferramenta de auxlio regulao dos mercados de ttulos pblicos brasileiros, pois a construo de curvas de juros adequadas possibilita uma marcao a mercado de cada ttulo coerente com o preo dos demais, oferecendo melhora na capacidade de se estimar regies de confiana para preos futuros destes ttulos. Palavras-Chave: taxa de juros estrutura a termo da taxa de juros renda fixa ttulos pblicos.
Resumo:
A taxa SELIC contribui para a formao do chamado RISCO Brasil ? A resposta a esta questo o que este trabalho prope dar. Seguindo uma metodologia para estabelecer a relao entre ambas variveis, mostra que realmente existem evidncias de que variaes na taxa SELIC redundam em variaes no RISCO Brasil, assim como evidncias de feedbach. Na interao entre ambas variveis, destaca-se ainda o papel das reunies do COPOM, provveis geradoras de expectativas e que reforam o elo entre taxa SELIC e RISCO Brasil
Resumo:
Esta dissertao faz uma avaliao das expectativas de inflao dos analistas profissionais utilizadas pelo Banco Central na sua formulao de poltica monetria. Usando o procedimento proposto por Thomas Jr (1999) constatamos que as previses, extradas por meio de entrevistas juntos aos analistas financeiros, publicadas no Boletim Focus, so viesadas e inconsistentes, portanto incapazes de antecipar corretamente movimentos futuros da inflao. Alguns trabalhos, como Estrella e Mishkin (1997), Kozicki (1997) e Kotlan (1999) utilizaram com bons resultados a inclinao da estrutura a termo da taxa de juros (ETTJ) para prever variaes da inflao. Adaptamos estes modelos para o Brasil e obtivemos resultados significantes nos horizontes de curto e mdio prazos, mostrando que a inclinao da ETTJ pode contribuir para a poltica de metas de inflao do Banco Central. No entanto, como o Brasil ainda possui uma estrutura a termo muito curta a capacidade de previso do modelo no vai alm de 9 meses. Com a estabilizao da economia, se espera que esta curva se alongue, tornando este instrumento de previso cada vez mais poderoso.
Resumo:
O objetivo deste trabalho examinar a hiptese de que a estrutura a termo das taxas de juros um bom indicador antecedente das trajetrias futuras da inflao e da atividade econmica, especificamente para o caso brasileiro, no perodo de 1999 a 2006. As evidncias empricas, examinadas atravs de regresses da inclinao da curva de juros realizadas contra a variao futura da produo industrial (IBGE) apresentaram resultados pouco robustos, porm coeficientes significativos a 5% (para prazos de projeo de 3 a 18 meses). Quando controlada para outras variveis explicativas, manteve seu poder de previso, sugerindo que h contedo informacional relevante na inclinao da curva de juros para previso da produo industrial futura. As regresses realizadas contra a variao futura do PIB a preos constantes (IBGE) apresentaram resultados bastante fracos e coeficientes pouco significativos. Por outro lado, os resultados empricos das regresses do spread da curva de juros contra a variao futura da inflao (IPCA) mostraram-se robustos, para todas as especificaes de diferencial de curva de juros. Novamente, quando controlada para outras variveis explicativas, manteve seu poder de previso. As concluses deste trabalho permitem sugerir aos bancos centrais estar atentos informao contida na estrutura a termo de juros, utilizando-a como mais um input de informao nos modelos utilizados pela autoridade monetria para suas decises de poltica monetria.
Resumo:
A previso de demanda uma atividade relevante pois influencia na tomada de deciso das organizaes pblicas e privadas. Este trabalho procura identificar modelos econométricos que apresentem bom poder preditivo para a demanda automotiva brasileira num horizonte de longo prazo, cinco anos, atravs do uso das sries de vendas mensais de automveis, veculos comerciais leves e total, o perodo amostral de 1970 a 2010. Foram estimados e avaliados os seguintes modelos: Auto-regressivo (Box-Jenkins, 1976), Estrutural (Harvey, 1989) e Mudana de Regime (Hamilton, 1994), incluindo efeitos calendrio e dummies alm dos testes de razes unitrias sazonais e no-sazonais para as sries. A definio da acurcia dos modelos baseou-se no Erro Quadrtico Mdio (EQM) dos resultados apresentados na simulao da previso de demanda dos ltimos quinze anos (1995 a 2010).