Uma ideia toda azul: as figuras de linguagem como recursos linguístico-expressivos

Esta dissertação é um estudo sobre a expressividade dos contos de fadas da obra Uma ideia toda azul, de Marina Colasanti. Torna-se inovadora por se tratar de textos curtos, valorizando o fantástico e pelos desfechos de seus contos, diferentes dos tradicionais. Trabalhando com reis, rainhas, príncipes, princesas e unicórnios, a autora utiliza figuras de linguagem que valorizam o texto, tornando cada vez mais encantador e instigante o seu bordado de palavras. Apresentam-se no decorrer do trabalho reflexões acerca das narrativas orais, as teorias referentes aos contos populares, a compreensão de literatura infantil, os contos de fadas, Marina Colasanti na cultura brasileira e a narrativa fantástica, um resumo da obra Uma ideia toda azul, a estilística como base da pesquisa e a essência das figuras de linguagem. Busca-se descrever e analisar as figuras mais produtivas: metáfora, personificação, hipérbole, sinestesia e eufemismo. São recursos linguísticos que conferem aos contos de Colasanti a expressividade que seduz o leitor de todas as idades. A realidade e a fantasia se articulam harmoniosamente em um texto que, ao ressaltar o fantástico, desvela os sentidos universais inerentes ao ser humano de todas as épocas

O jogo e os jogos: o jogo da leitura, o jogo de xadrez e a sanidade mental em A defesa Lujin, de Vladimir Nabokov

No romance A defesa Lujin, de Vladimir Nabokov, publicado em russo em 1930, o texto procura levar o leitor a adotar processos mentais similares ao de um jogador de xadrez e de um esquizofrênico, características do personagem-título do romance. Delineiam-se as expectativas e circunstâncias de um ser de papel que se vê jogando um xadrez em que também é peça e traçam-se paralelos com as expectativas e circunstâncias do leitor perante esse texto literário. O prefácio de Nabokov à edição em inglês de 1964 é tomado como indício de um leitor e um autor implícitos que ele procura moldar. Para análise dos elementos textuais e níveis de abstração mental envolvidos, recorre-se à estética da recepção de Wolfgang Iser e a diversas ideias do psiquiatra e etnólogo Gregory Bateson, entre elas o conceito de duplo vínculo, com atenção às distinções entre mapa/território e play/game. Um duplo duplo vínculo é perpetrado na interação leitor-texto: 1) o leitor é convidado a sentir empatia pela situação do personagem Lujin e a considerá-lo lúcido e louco ao mesmo tempo; e 2) o leitor é colocado como uma instância pseudo-transcendental incapaz de comunicação com a instância inferior (Lujin), gerando uma angústia diretamente relacionável ao seu envolvimento com a ficção, replicando de certa forma a loucura de Lujin. A sinestesia do personagem Lujin é identificada como um dos elementos do texto capaz de recriar a experiência de jogar xadrez até para quem não aprecia o jogo. Analisa-se a conexão entre a esquizofrenia ficcional do personagem Lujin e a visão batesoniana do alcoolismo

Eye and Ear in Wordsworth's Poetry

Cette thèse de doctorat porte sur la phénoménologie visuelle et auditive dans la poésie du poète romantique Britannique William Wordsworth. Je soutiens que l’œil, bien qu’il soit usurpateur, joue un rôle fondateur dans le développement de la conscience chez ce poète. L’oreille, quant à elle, souvent présentée comme organe rédempteur, a aussi des imperfections. Ensemble, l’œil et l’oreille, dépassent leurs imperfections respectives et joignent leurs forces dans la construction du poème et, au- delà de cela, à la construction de la conscience du poète.

A sinestesia como dimensão na poética e na estética cinematográfica

O filme, na indissociabilidade da sua natureza dual, de arte e técnica, corporiza de forma ímpar, na história geral do desenvolvimento técnico-artístico de toda a modernidade, um ponto de intersecção único de fenómenos artísticos, culturais e científicos. O conceito de sinestesia serve-nos de referente conceptual para a concepção de um modelo de síntese sensorial e cognitiva, a partir do qual procuramos observar os termos em que o filme, enquanto obra artística cinematográfica, se configurou no lugar da mais extraordinária correlação de sínteses poéticas e estéticas, respectivamente, as relacionadas ao desempenho criativo da concepção cinematográfica, e as concernentes ao desempenho perceptivo da recepção espectatorial. As características desta correlação de sínteses, reconhecidas como inerentes à experiência cinematográfica, são o que nos permite afirmar que, ver cinema é, na verdade, experienciar cinema.

Comunicação sinestésica midiática

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

A experiência multissensorial e a interpretação musical: um estudo do ciclo Portinari de João Guilherme Ripper

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Die Einheit des Bewusstseins und das Phänomen der Synästhesie

Synästhetiker schmecken Berührungen, sehen Farben und Formen, wenn sie Musik hören oder einen Duft riechen. Es wurden auch so außergewöhnliche Formen wie Wochentage-Farben-, Berührung-Geruch- oder Schmerz-Farben-Synästhesien gefunden. Die von Neuro- wissenschaftlern und Philosophen als „Bindung“ genannte Fähigkeit mehrere Reize, die in verschiedenen Hirnarealen verarbeitet werden, miteinander zu koppeln und zu einer einheitlichen Repräsentation bzw. erfahrenen Einheit des Bewusstseins zusammenzufassen, betrifft jeden gesunden Mensch. Synästhetiker sind aber Menschen, deren Gehirne zur „Hyperbindung“ oder zum hyperkohärentem Erleben befähigt sind, da bei ihnen wesentlich mehr solcher Kopplungen entstehen. Das Phänomen der Synästhesie ist schon seit mehreren Jahrhunderten bekannt, aber immer noch ein Rätsel. Bisher glaubten Forscher, solche Phänomene beruhten bloß auf überdurchschnittlich dichten neuronalen Verdrahtungen zwischen sensorischen Hirnregionen. Aus der aktuellen Forschung kann man jedoch schließen, dass die Ursache der Synästhesie nicht allein eine verstärkte Verbindung zwischen zwei Sinneskanälen ist. Laut eigener Studien ist der Sinnesreiz selbst sowie seine fest verdrahteten sensorischen Pfade nicht notwendig für die Auslösung des synästhetischen Erlebens. Eine grundlegende Rolle spielt dabei dessen Bedeutung für einen Synästhetiker. Für die Annahme, dass die Semantik für die synästhetische Wahrnehmung das Entscheidende ist, müssten synästhetische Assoziationen ziemlich flexibel sein. Und genau das wurde herausgefunden, nämlich, dass normalerweise sehr stabile synästhetische Assoziationen unter bestimmten Bedingungen sich auf neue Auslöser übertragen lassen. Weitere Untersuchung betraf die neu entdeckte Schwimmstil-Farbe-Synästhesie, die tritt hervor nicht nur wenn Synästhetiker schwimmen, aber auch wenn sie über das Schwimmen denken. Sogar die Namen dieser charakteristischen Bewegungen können ihre Farbempfindungen auslösen, sobald sie im stimmigen Kontext auftauchen. Wie man von anderen Beispielen in der Hirnforschung weiß, werden häufig benutzte neuronale Pfade im Laufe der Zeit immer stärker ausgebaut. Wenn also ein Synästhetiker auf bestimmte Stimuli häufig stoßt und dabei eine entsprechende Mitempfindung bekommt, kann das mit der Zeit auch seine Hirnanatomie verändern, so dass die angemessenen strukturellen Verknüpfungen entstehen. Die angebotene Erklärung steht also im Einklang mit den bisherigen Ergebnissen. Die vorliegende Dissertation veranschaulicht, wie einheitlich und kohärent Wahrnehmung, Motorik, Emotionen und Denken (sensorische und kognitive Prozesse) im Phänomen der Synästhesie miteinander zusammenhängen. Das synästhetische nicht-konzeptuelle Begleiterlebnis geht mit dem konzeptuellen Inhalt des Auslösers einher. Ähnlich schreiben wir übliche, nicht-synästhetische phänomenale Eigenschaften den bestimmten Begriffen zu. Die Synästhesie bringt solche Verschaltungen einfach auf beeindruckende Weise zum Ausdruck und lässt das mannigfaltige Erleben stärker integrieren.

Adults Can Be Trained to Acquire Synesthetic Experiences

Synesthesia is a condition where presentation of one perceptual class consistently evokes additional experiences in different perceptual categories. Synesthesia is widely considered a congenital condition, although an alternative view is that it is underpinned by repeated exposure to combined perceptual features at key developmental stages. Here we explore the potential for repeated associative learning to shape and engender synesthetic experiences. Non-synesthetic adult participants engaged in an extensive training regime that involved adaptive memory and reading tasks, designed to reinforce 13 specific letter-color associations. Following training, subjects exhibited a range of standard behavioral and physiological markers for grapheme-color synesthesia; crucially, most also described perceiving color experiences for achromatic letters, inside and outside the lab, where such experiences are usually considered the hallmark of genuine synesthetes. Collectively our results are consistent with developmental accounts of synesthesia and illuminate a previously unsuspected potential for new learning to shape perceptual experience, even in adulthood.

Synesthetic experiences enhance unconscious learning

Synesthesia is characterized by consistent extra perceptual experiences in response to normal sensory input. Recent studies provide evidence for a specific profile of enhanced memory performance in synesthesia, but focus exclusively on explicit memory paradigms for which the learned content is consciously accessible. In this study, for the first time, we demonstrate with an implicit memory paradigm that synesthetic experiences also enhance memory performance relating to unconscious knowledge.

Grapheme-color synesthetes show peculiarities in their emotional brain: cortical and subcortical evidence from VBM analysis of 3D-T1 and DTI data

Grapheme-color synesthesia is a neurological phenomenon in which viewing achromatic letters/numbers leads to automatic and involuntary color experiences. In this study, voxel-based morphometry analyses were performed on T1 images and fractional anisotropy measures to examine the whole brain in associator grapheme-color synesthetes. These analyses provide new evidence of variations in emotional areas (both at the cortical and subcortical levels), findings that help understand the emotional component as a relevant aspect of the synesthetic experience. Additionally, this study replicates previous findings in the left intraparietal sulcus and, for the first time, reports the existence of anatomical differences in subcortical gray nuclei of developmental grapheme-color synesthetes, providing a link between acquired and developmental synesthesia. This empirical evidence, which goes beyond modality-specific areas, could lead to a better understanding of grapheme-color synesthesia as well as of other modalities of the phenomenon.

As salas snoezelen para indivíduos com autismo

Dissertação de Mestrado para obtenção do grau de Mestre em Design de Comunicação, apresentada na Universidade de Lisboa - Faculdade de Arquitectura.