601 resultados para Socialismo utópico
Resumo:
Na trilogia crítico-religiosa de José Saramago, constituída pelos romances Memorial do Convento, O Evangelho Segundo Jesus Cristo e Caim, torna-se possível perceber a presença recorrente do pensamento utópico, que, nas três obras em questão, não se revela como percepção idealística de uma realidade imutável, mas, tendo em vista a perspectiva filosófica de Ernst Bloch, revela-se como consciência aguda tanto do processo histórico quanto da práxis libertária. Na dinâmica constitutiva dessa consciência, pode-se delinear o encontro interativo dos tempos: um passado reconstituído criticamente pela ótica contemporânea, um presente permeado por intensa militância ideológica e, principalmente, a consciência de um futuro aberto como possibilidade concreta, o que viabiliza, naqueles romances, aspirações humanas por transformações radicais da ordem vigente. Esse encontro dos tempos, do ponto de vista estético-literário, substancializa-se na trilogia por intermédio essencialmente do recurso paródico: a revisitação crítica dos ícones e temas provenientes do universo judaico-cristão. Seja nas imagens desiderativas que retoma, seja no quadro conceitual que ironiza, seja, ainda, na constituição híbrida do romance, que esfacela o teor totalizante da narrativa tradicional, José Saramago parece extrair dos arquétipos religiosos uma intensidade subversiva que, na tessitura ficcional que elabora, atinge e questiona a construção metafísica erigida por séculos de judaísmo e cristianismo. Nos três romances do escritor lusitano, esse processo de releitura do passado aponta não somente para a impossibilidade, no contexto contemporâneo, de experiência com a cosmovisão totalizante da religião ocidental como também para a reconstituição existencial do mundo moderno, uma vez que, a partir de sonhos frustrados daquele passado, se tornaria possível materializar anseios utópicos latentes, represados na memória coletiva. Assim, o pensamento utópico, na trilogia saramaguiana, converte-se em névoa do tempo: no espaço múltiplo e complexo do romance, desnuda-se a dialética entre passado, presente e futuro, que, na sua dinamicidade constitutiva, abriga e gesta o novum, o ainda não
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A democracia e o socialismo foram dois eixos que nortearam a fundação do Partido dos Trabalhadores durante o processo de redemocratização. Nesse sentido, o interesse é investigar os sentidos atribuídos aos conceitos de democracia e socialismo nos discursos presidenciais de Luis Inácio Lula da Silva durante o primeiro mandato (2003-2006). Desse modo, o objetivo é analisar como o projeto petista e o seu principal protagonista dialogam com esse passado que se constitui como identidade do partido ao chegar ao poder tendo em vista a crescente moderação dos discursos, abandono progressivo de uma postura anticapitalista e enfraquecimento do vínculo com os movimentos sociais ao longo dos anos 90.Por outro lado, este trabalho pretende abordar as regularidades e objetos discursivos, dentro dos pronunciamentos de Lula, que consolidam o projeto petista como de integração nacional, um discurso de refundação da nação. Sendo assim, verificar qual a imagem construída dessa entidade social, as associações identitárias utilizadas e a ideia dos males da nação no discurso do presidente que se fundam no olhar presente, em um arquétipo de mudança por meio da utilização constante da expressão: "Nunca antes na História desse país".
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Esta dissertação reflete sobre os dilemas do socialismo contemporâneo a partir da experiência revolucionária cubana, focalizando especialmente a etapa conhecida como "atualização do socialismo". Em 2011 o VI Congresso do Partido Comunista de Cuba aprovou um conjunto de reformas econômicas cuja meta proclamada é a "atualização do modelo econômico e social" do país. Nestes termos, a proposta central do governo aponta para a diversificação dos atores econômicos e maiores níveis de descentralização, entretanto, sem abrir mão do predomínio da propriedade estatal sobre os meios de produção e da planificação sobre o mercado. Por outro lado, inegavelmente, essas medidas trazem mudanças significativas em relação ao modelo socialista historicamente construído em Cuba. Visando entender esse processo de transformações, o presente trabalho abordará os aspectos políticos e teóricos destas reformas.
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O Nacional-socialismo representou, ao negar os princípios centrais da modernidade ocidental, a idéia de uma outra modernidade baseada, ao mesmo tempo, no resgate e na projeção futura das antigas glórias da nação germânica. Neste sentido, o filme O Triunfo da Vontade da cineasta alemã Leni Riefenstahl aparece como a grande representação estética do nazismo, traduzindo em imagens os principais aspectos da ideologia nacional-socialista. Ao trabalhar com extrema genialidade todo um conjunto de referências simbólicas e míticas presentes no imaginário alemão, Riefenstahl construiu, portanto, uma das mais impactantes peças de divulgação do regime hitlerista, apresentando ao mundo os ideais do Terceiro Reich e a força da nova Alemanha.
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O presente trabalho propõe-se analisar a poesia dos autores angolanos que publicaram entre 1965 e 1985, identificando este segmento temporal como uma fase literária da literatura angolana (designada como utópico-patriótica), a qual exprime os princípios anticoloniais e projeta um espaço utópico genuinamente angolano. Tendo em conta a evolução da literatura angolana, subjaz à produção poética dos autores estudados um certo sentido de continuidade, o qual, estimulado pela difusão do nacionalismo, passa pela poesia «da terra» dos mensageiros e continua com os versos encriptados e anticoloniais das décadas de 60 e 70. O espaço utópico projetado na primeira parte da fase utópico-patriótica encontra a sua possibilidade de concretização com a independência de Angola, em 1975, participando os escritores da construção do recém-nascido Estado-Nação. A produção poética da segunda parte da fase utópico-patriótica é, assim, caraterizada pela celebração dos heróis, na ótica de uma (re)perspetivação da história nacional. A partir de 1985, quando se torna evidente o falhanço da utopia, a poesia angolana ensaia um novo rumo pela mão da «geração das incertezas». Ao longo deste percurso, a poesia angolana publicada entre 1965 e 1985 representa um meio de consciencialização ético-política dos cidadãos e concorre para a construção da identidade político-literária da nação angolana, cuja legitimação decorre do processo de conquista da independência.
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Redescubrir el valor y las posibilidades reales del pensamiento utópico. Estudio de la época de Fourier completado con el de su vida, personalidad, influencia de la época en su obra, análisis de la crítica social y análisis del pensamiento pedagógico. Obras y manuscritos de Fourier. En la totalidad de la obra de Fourier se pretende el desarrollo integral de la persona, siendo la educación el medio para contribuir a dicho desarrollo. Para Fourier la educación no puede ser ajena a una forma de pensamiento que como la utopía, es eminentemente ético y social.
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Al llegar a la convicción de que la realidad educativa de los países latinoamericanos no responde a las necesidades de liberación de esas sociedades, este trabajo es una teoría alternativa que ilumine una praxis distinta, válida para la transformación social y liberación humana de estos pueblos. Este trabajo es de tipo experiencial, no experimental y se desarrolla a través de los siguientes capítulos: Capítulo I: en su parte primera se atiende al esbozo de las condiciones socio-económicas y políticas que imperan en el contexto latinoamericano. En un segundo apartado se intenta aterrizar en un estudio de casos desde marcos homogéneos: países con democracias formales y países que viven bajo dictaduras militares. Capítulo II: a) Cristianismo-marxismo: alianza estratégica; b) Desarrollo de la Teoría de la Liberación en América Latina; c) Inspiración personalista para una práxis marxista: hacia el socialismo humanista; d) La nueva Educación desde la nueva praxis marxista con base personalista: en busca de una nueva Educación latinoamericana, apunte de dos educadores arquetípicos, Freire y Giraldi; la Educación liberadora, Teoría de la educación al servicio del nuevo socialismo humanista. Artículos de revistas, prensa, documentos y mimeografías. 1. La Historia latinoamericana es rica en caudillos, déspotas ilustrados y tiranos sin más; la Democracia ha sido considerada como una ideología subversiva. 2. Los golpes militares de la última década se caracterizan por la toma del poder como Institución; buscan establecer un nuevo estado sin apoyo en fuerzas civiles. 3. Se intenta la creación de una aséptica 'ideología de Estado' y la construcción de un modo tecnocrático de desarrollo capitalista. Este intento de tecnocratización fracasa porque en América Latina la racionalidad formal-burocrática no puede asentarse en una racionalidad-material (la unidad territorial del Estado no se basa en la unidad económica ni en una integración social). 4. Los aparatos educativos y los mass-media ejercen un papel prioritario en lo que se refiere a la transmisión de contenidos y formas acordes con los valores e intereses superestructurales. Están al servicio del sistema. 5. Se da una función ideológica de la reflexión teológica en el proceso político. Esta función ideológica de los cristianos revolucionarios, que se expresan desde la Teoría de la Liberación, se da en cuatro niveles: a) Desbloqueo ideológico de los cristianos; b) Deslegitimación del orden de opresión vigente; c) Legitimación de sus proyectos sustitutos; d) Movilización política de los cristianos. 6. El marxismo, por su parte, va recogiendo los sustratos personalistas subyacentes a ese proyecto de hombre y sociedad que el Cristianismo pone al servicio de la liberación. 7. Es la Educación liberadora la concepción educativa que se pone al servicio de la construcción del nuevo proyecto histórico.