993 resultados para Relato de viagem e viajantes


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Nesse artigo pretendemos demonstrar a maneira como o viajante italiano Antonio Pigafetta descreveu as coisas e as realidades com as quais se deparou na primeira viagem ao redor do mundo, acompanhando a armada de Fernão de Magalhães. O diário da viagem de Pigafetta contém a descrição de objetos, fauna, flora, culturas que eram até então desconhecidas ao europeu: desse modo a descrição da coisa contém especificações tais que constituem por si só um enunciado enciclopédico. Para o viajante italiano não importa o referente linguístico, a palavra, mas sim todos os processos discursivos que a contém: a forma, o sabor, o aspecto, o uso, etc., de modo que o seu leitor possa visualizar, comparar, e até mesmo sentir a ‘coisa’ descrita. Como afirma Nunes (1997, p.16): “Nos relatos dos viajantes [...] temos um desencadeamento de processos de referências, dos quais resulta uma espécie de sintonização da relação entre palavras e coisas, incluindo-se aí mecanismos de nomeação, de tradução, de identificação, que se inserem nas formas narrativas, descritivas e dialogais dos relatos.” Percebe-se que o significado da unidade lexical é explicitado mediante um percurso semasiológico que marca uma forte relação entre o conhecimento de mundo do viajante e o sujeito que o interpreta. 

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Este artigo faz um estudo genealógico da viagem e do turismo, conceitos importantes para a compreensão da sociedade ocidental, por meio da análise de certos escritos, alguns dos quais representam um marco não só na literatura, mas também na história e na antropologia. Estuda-se a construção das idéias de viagem, turismo, viajante e turista, com base na literatura e nos relatos, dos “agentes” que contribuíram tanto para a formação como para a cristalização dessas noções. Constata-se que as idéias encontradas na literatura e nos relatos acabam sendo reproduzidas nos produtos culturais da pós-modernidade, transformando ações, personagens e personalidades em construções estereotipadas.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Analisar a viagem que Rocha Pombo realizou aos estados do norte do Brasil como uma estratégia de legitimação no campo intelectual é o horizonte do presente trabalho. Defende-se que a travessia realizada aos estados do norte do país representou um momento excepcional na trajetória profissional do viajante, influenciando a revisão de sua escrita historiográfica, no movimento de luta por legitimação como autor de livros de História no campo intelectual. Da viagem, o intelectual paranaense trouxe capital simbólico e cultural fundamental para a escrita de seus livros de cunho histórico, consagrando-se como autoridade para falar de temas relacionados à história. A viagem modificou a maneira como o intelectual paranaense passou a escrever seus livros de história, sobretudo no que tange ao lugar dos estados do dito norte do Brasil, bem como, em livros de história regional. A excursão por diferentes estados foi interpretada como uma ação reveladora de redes de sociabilidade, apoio, prestígio, no movimento construído pelo intelectual em busca de projeção, visibilidade e distinção frente aos concorrentes do campo. Se muitos foram os viajantes que percorreram o Brasil, defende-se que uma das singularidades do viajar na experiência de Rocha Pombo foi motivação em relação à ampliação do mercado consumidor e leitor das obras do autor, publicadas por diferentes editores. A excursão de um autor auxilia no entendimento das tensões e competições do mercado editorial no período, com especial atenção ao público escolar. A travessia realizada por Rocha Pombo pelo Brasil afora permite vislumbrar a existência de diferentes experiências de instrução pelo país, evidenciando a circulação de livros didáticos e de práticas e concepções de educação no período, para além da esfera da capital tida como lócus intelectual e vitrine do progresso e da modernidade. A análise do registro e da prática da viagem em Rocha Pombo o circunscreve no movimento coletivo de diferentes sujeitos e debates acerca da necessidade de projetos de educação para o povo, na constituição de um país que se pretendia grande, encontrando na diversidade a constituição enquanto povo e nação.

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The health transition experienced in Brazilian health care model requires a metamorphosis in human and society, placing new demands on health and education. The Faculty of Science, Culture and Extension of Rio Grande do Norte (Facex), aware of their responsibilities to the Health System, which brings the principle of comprehensiveness as its structural axis, dared to implement a course of nursing in complex thinking and Experiential Pedagogy Humanescente with curriculum inter / transdisciplinary. For deployment of proprosta was not enough to reform thinking of educators, there was a need corporalizar new teaching practices that are aimed at the integral formation of human beings. In this context, emerged the workshop on Human Education autopoietic, self-forming area of the educator, where he developed an Action Research Existential (PA-E) which enabled experience, describe and analyze how the human autopoietic educators could contribute to the practice educational humanescente transdisciplinary curriculum project. Were worked out in meetings, knowledge necessary to practice the transdisciplinary 1st Meeting - learn to create; 2nd Meeting - learn to recognize the laws of nature with emphasis on complexity theory, 3rd Meeting - learn to organize, 4th meeting - namely autoestruturar themselves; 5th Meeting - know how to choose, 6th Meeting - knowing innovate 7th Meeting - namely exchange. Next an autobiographical perspective, we chose the metaphorical possibility to narrate the ways and strategies covered by the author and apprentice in the company of the Little Prince de Saint-Exupery, in search of a sensible pedagogical practice complex, which promotes re-enchant transdisicplinar education. The route involved five methodological connections: a literature review which relate to training for care in undergraduate nursing: the study of learning processes that drive the formation humanopoiética, emphasizing the relationship that involves the complexity and embodiment in the educational process transdisciplinary, highlighting the analysis of what is to learn from the findings of biosciences and recent cognitive theories of Maturana and Varela, the description of the interdisciplinary curriculum of the nursing course of Facex and Training Workshop, Human autopoietic, with emphasis on Experiential Education Humanescente; the report of seven meetings of the Workshops (cocoon), recording the experiences and listening to educators (luminescent butterflies), the final reflections with learning opportunized. Experientiality lived through, the expressions and words, educators say the influence of workshops for their teaching practices, highlighting it as a space for selforganizing, creating, learning and enchantment, and can identify the workshop as a place of transformation necessary for deployment an interdisciplinary curriculum. The knowledge emerging from the study indicate the need for permanent spaces of self, in which the educator learns from its body, between cognitive processes and vital, and in the experiences of their formative process the opportunity to act on the dimensions of knowing and being

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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This essay attempts to approach the book L’Arrière-pays by Yves Bonnefoy from two central ideas: the notion of travel and autobiographical writing. They belong to the poet’s project, according to which, since L’Improbable published in 1959, and with reference to Baudelaire, “poetry and travel are of the same substance”. Invited by Albert Skira to participate in the collection  Sentiers de la création, Yves Bonnefoy produces in  L’Arrière-pays  a long essay in which he combines art criticism, philosophical reflection and personal narrative. With narrative projects abandoned or transformed into poems, as in the case of L’Ordalie, incorporated into the book Du Mouvement et de l’immobilité de Douve (1953), Yves Bonnefoy in L’Arrière-pays establishes a first path to reconsider the association between narrative and fiction and, for that reason, is the central text of what the poet called his «conversion».

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In the 15th and early 16th centuries, when traveling eastward and westward no longer proved extraordinary, travel writings, such as those of Marco Polo or Jean de Mandeville, were printed and reprinted and have been in the world of exchanges and acquisitions both in Portugal and in other parts of Europe. However, although they have played a key role in defining foreign worlds for Europe, reflecting the aspirations of their time and providing news about the universe to be discovered, these reports do not always necessarily tell of trips that were actually taken. Several of them, on the contrary, do no more than draw together, for contemporary readers, passages of interest taken from other writings; passages which, based on their regularity and frequency, would allow for a narrative staged as travel to be taken as truth for contemporaries and immediate successors. In the Iberian Peninsula of the late 15th century, an account written by an author about whom nothing is known, Gomez de Santisteban, who defines himself as a companion of Prince Pedro on a supposed trip to the Holy Land, was among those reports integrated into the description and the perception of the land being discovered. The driving question of this paper is, therefore, how Santisteban, though he wrote memories of trips that he did not take, achieved credibility like those travelers whose trips have been recognized as authentic.

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Health safety during trips is based on previous counseling, vaccination and prevention of infections, previous diseases or specific problems related to the destination. Our aim was to assess two aspects, incidence of health problems related to travel and the traveler’s awareness of health safety. To this end we phone-interviewed faculty members of a large public University, randomly selected from humanities, engineering and health schools. Out of 520 attempts, we were able to contact 67 (12.9%) and 46 (68.6%) agreed to participate in the study. There was a large male proportion (37/44, 84.1%), mature adults mostly in their forties and fifties (32/44, 72.7%), all of them with higher education, as you would expect of faculty members. Most described themselves as being sedentary or as taking occasional exercise, with only 15.9% (7/44) taking regular exercise. Preexisting diseases were reported by 15 travelers. Most trips lasted usually one week or less. Duration of the travel was related to the destination, with (12h) or longer trips being taken by 68.2% (30/44) of travelers, and the others taking shorter (3h) domestic trips. Most travelling was made by air (41/44) and only 31.8% (14/44) of the trips were motivated by leisure. Field research trips were not reported. Specific health counseling previous to travel was reported only by two (4.5%). Twenty seven of them (61.4%) reported updated immunization, but 11/30 reported unchecked immunizations. 30% (9/30) reported travel without any health insurance coverage. As a whole group, 6 (13.6%) travelers reported at least one health problem attributed to the trip. All of them were males travelling abroad. Five presented respiratory infections, such as influenza and common cold, one neurological, one orthopedic, one social and one hypertension. There were no gender differences regarding age groups, destination, type of transport, previous health counseling, leisure travel motivation or pre-existing diseases. Interestingly, the two cases of previous health counseling were made by domestic travelers. Our data clearly shows that despite a significant number of travel related health problems, these highly educated faculty members, had a low awareness of those risks, and a significant number of travels are made without prior counseling or health insurance. A counseling program conducted by a tourism and health professional must be implemented for faculty members in order to increase the awareness of travel related health problems.

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O presente relatório tem como propósito apresentar um relato reflexivo e descritivo sobre as práticas educativas realizadas na Educação Pré-Escolar e no Ensino do 1.º CEB. Pretende-se salientar algumas vivências essenciais no meu processo de formação, nomeadamente, aspetos relativos aos contextos de estágio e às práticas educativas, onde a criança foi encarada como figura central no processo de ensino e aprendizagem. Se é através da experiência que construímos as nossas aprendizagens e aperfeiçoamos as nossas ações, foi também através das reflexões aqui presentes que melhor compreendi quais as práticas pedagógicas que funcionam melhor, dando respostas aos interesses das crianças e ao seu desenvolvimento integral. Deste modo, ao longo do presente documento, pretende expor-se algumas estratégias que consideramos terem respondido às necessidades das crianças durante a minha ação nas diferentes práticas pedagógicas, tendo sido a metodologia de trabalho de projeto a estratégia privilegiada ao longo desta etapa. O presente relatório culmina com a articulação entre a Educação Pré- Escolar e o Ensino do 1.º Ciclo, nomeadamente como é que a reflexão deve sempre acompanhar a prática de um profissional de ensino.

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Número monográfico: El viaje y sus discursos

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Resumen: Este ensayo reproduce la conferencia plenaria pronunciada en las Undécimas Jornadas Internacionales de Literatura Española Medieval en la Pontificia Universidad Católica Argentina. Pone en relación la narrativa de viajes de la Edad Media con su versión contemporánea en el mundo hispánico: después de trazar un panorama general, presenta una selección de rasgos que se mantienen sin gran variación hasta los siglos XX y XXI (doble temporalidad, presencia del azar, recursos retóricos, variaciones de lo maravilloso, etc.). En la segunda parte trata la relación con las disciplinas científicas, el relato de viaje como género, el desplazamiento, la ilustración fotográfica y la complejidad de la edición, entre otros puntos. El ensayo concluye con unas breves reflexiones sobre la valoración del relato de viaje como género literario.

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Número monográfico: El viaje y sus discursos

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Resumen: En el estudio de las obras que expresan el pensamiento filosófico-político de Tomás Moro destaca la que será su obra fundamental, La mejor República y la isla de Utopía, publicada en el año 1516. Esta obra aborda y plantea la existencia de una organización social, política y económica ideal bajo la forma derelato de viaje”, describiendo esa sociedad que imagina situada en la isla de Utopía —que pudiera llegar a ser real, o que se piensa como real o posible— para expresar cabalmente un pensamiento de orden filosófico político, verdadera intencionalidad de la obra de Moro. Moro y su “Utopía” encarnan “un viaje” entre el hombre Medieval apegado a una concepción del poder espiritual e incluso político, en crisis; y el hombre del Renacimiento, ávido de nuevas ideas y favorable a los horizontes que abría el estudio de la antigüedad clásica. En su obra Historia de los pueblos de habla inglesa, Winston Churchill escribe acerca de la obra de Moro: “Moro tomó la defensa de todo lo que había de bueno en la concepción medieval. Él encarna ante la historia la universalidad de la Edad Media, su creencia en los valores espirituales y su sentido instintivo de la trascendencia, y un sistema que durante mucho tiempo inspiró los sueños más radiantes de la humanidad”. Finalmente, es también el objeto del presente trabajo analizar la “Utopía” de Moro e identificar los principales recursos literarios y aspectos propios del “relato de viajes” desde un abordaje analítico-interpretativo-crítico.