411 resultados para Lilacs
Resumo:
Não obstante ao aumento do número de equipes de Saúde da Família no território brasileiro há disparidade na implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF) em municípios de grande porte. Outras dificuldades enfrentadas referem-se aos recursos humanos em saúde (RHS). Nesse sentido, esta pesquisa objetivou analisar o cenário atual da gestão do trabalho na ESF nos municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias. Metodologia: Estudo exploratório, de investigação narrativa, bibliográfica e documental, de abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu em duas fases: pesquisa de material bibliográfico nas bases: LILACS, PAHO e WHOLIS, e de editais de processos seletivos e concursos públicos dos anos 2000, com vistas à contratação de profissionais de saúde para a ESF e; entrevistas semiestruturadas com gestores da ESF. O período de coleta perdurou entre agosto de 2010 e dezembro de 2011. Os documentos foram analisados à luz da estatística descritiva e as entrevistas submetidas à análise de conteúdo. Resultados: Escassez de literatura sobre a ESF nos municípios de Duque de Caxias e Rio de Janeiro. As contratações no Rio de Janeiro obedeceram a dois momentos: prefeitura e Organizações Sociais (OS) como contratantes. Em Duque de Caxias a contratação foi exclusividade da Prefeitura. No Rio de Janeiro os salários dos profissionais variaram entre R$ 728,59 (Agentes Comunitários de Saúde - ACS) e R$ 7.773,69 (médicos), contrastando com a isonomia salarial adotada em Duque de Caxias, com vencimentos ao redor de R$ 700,00 para os ACS, R$ 800,00 para nível técnico e; aproximadamente R$ 5.000,00 aos profissionais de nível superior. Os gestores sugerem que a maior rotatividade entre os médicos é motivada por carga horária excessiva; más condições de trabalho e, localização da unidade em áreas de risco social. As estratégias para atração e fixação profissional incluem: processos seletivos; garantia dos direitos trabalhistas e; abonos salariais, no caso do Rio de Janeiro e; flexibilização de carga horária, melhorias em infraestrutura e estratégias de qualificação, em Duque de Caxias. Entrevistas revelaram as maiores dificuldades na gestão da ESF: alta rotatividade, formação médica destoante com o SUS e, infraestrutura precária. Acrescenta-se o baixo salário para médicos em Duque de Caxias e, vínculos e salários distintos entre profissionais que exercem mesma função no Rio de Janeiro. Conclusões: A expansão da ESF nos grandes centros urbanos encontra obstáculos relacionados à gestão do trabalho que fragilizam sua consolidação. O Rio de Janeiro mostra-se mais atraente para os profissionais da ESF. O único diferencial de Duque de Caxias, sobretudo para odontólogos e enfermeiros, refere-se à contratação direta pela Prefeitura com vinculação estatutária, ainda que, eventual aumento salarial esteja atrelado ao de todos os servidores municipais. No Rio de Janeiro, a contratação sob regime da Consolidação das Leis do Trabalho revela-se uma proteção, posto que diante da possibilidade de perda de profissionais as OS elevam seus salários. Dentre as recomendações para fixação profissional incluem-se: incentivos salariais para atuação em regiões vulneráveis, melhorias em infraestrutura e, acoplação entre Instituições de Ensino Superior e rede de saúde.
Resumo:
Trata-se de uma revisão bibliográfica na modalidade integrativa, enfocando estudos que abordam a temática relacionada à consulta de enfermagem permeada em ações educativas à pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Foi delimitado o problema de pesquisa: qual seria a contribuição da consulta de enfermagem visando o controle e gerenciamento dos sinais e sintomas nos pacientes portadores de IC? Os objetivos propostos pelo estudo foram descrever as características da produção encontrada que abordam a consulta de enfermagem baseada na educação em saúde no paciente com IC, e avaliar as intervenções mediante as estratégias utilizadas na consulta. A estratégia de busca ocorreu através do Portal Capes nas bases de dados Lilacs, Scielo, Scopus, Pubmed e Web of Science. O levantamento bibliográfico abrangeu as publicações nacionais e internacionais, de janeiro de 1995 a julho de 2012. Foram identificados 769 artigos, sendo excluídos 739 por diferentes motivos, restando 30 artigos que compuseram a amostra final do estudo. A análise dos estudos permitiu identificar que os mesmos foram publicados com maior frequência pela comunidade internacional (63,33%) e que as publicações se intensificaram a partir de 2003. Em relação à identificação dos autores, 66,6% são enfermeiros, 20,0% são médicos e enfermeiros e 13,3% são médicos. Houve um predomínio de estudos quantitativos (86,6%). As principais estratégias de ensino identificadas e direcionadas à pacientes com IC foram: orientação individual, monitorização telefônica, visita domiciliar, impressos, orientações em grupo e recurso audiovisual. Dentre as principais abordagens envolvendo a educação em saúde e ações de enfermagem à pacientes com IC destacamos a educação para o conhecimento da doença, monitorização dos sinais e sintomas de descompensação, orientação para o uso de medicamentos e educação para aderência de medidas não farmacológicas. Concluímos que a consulta de enfermagem permeada em ações educativas nos pacientes com IC aumenta a aderência ao tratamento, reduz as taxas de morbimortalidade incluindo as reinternações, diminui os custos com a saúde e melhora a qualidade de vida dos pacientes.
Resumo:
A amamentação representa um período de intensa mobilização óssea para produção de leite. Durante esta fase, a mulher sofre uma grande perda de massa óssea com evidências de recuperação após o desmame. Atualmente este tem sido um período preocupante na vida mulher, pois há suspeitas desta perda óssea na lactação gerar um efeito tardio na densidade mineral óssea (DMO) quando esta mulher está na pós-menopausa. A DMO reduzida é o principal fator de risco para a osteoporose que afeta em torno de 200 milhões de mulheres com mais de cinquenta anos no mundo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da prática da amamentação na densidade mineral óssea de mulheres na pós-menopausa. Para isto, foi realizada uma revisão sistemática da literatura. A busca de artigos foi feita em bases dados (Lilacs, Medline via Pubmed e Scopus) complementada por checagem manual de referências. Foi identificado um total de 181 artigos e, após aplicação dos critérios de inclusão, selecionados 24 artigos para a revisão sistemática. Os resultados dos diversos estudos são divergentes em questões metodológicas, de classificação da duração da amamentação, quanto às variáveis confundidoras, grupo de idade e etnia, o que dificulta a comparabilidade entre eles. Parte dos estudos referem algum tipo de efeito (positivo ou negativo) e outra parte não, sendo mais frequente a observação de uma correlação inversa entre a amamentação e a densidade mineral óssea em pós-menopausadas. Porém, quando outras variáveis (número de gestações, idade, tempo desde a menopausa, entre outras) são consideradas na análise em conjunto com a amamentação, este último perde a relação de significância. Ainda são necessários mais estudos com melhor rigor metodológico para avaliar se de fato o efeito pode ser atribuído à amamentação ou a outros fatores que também estão relacionados com a densidade mineral óssea na pós-menopausa.
Resumo:
O papel da religiosidade na determinação do comportamento suicida é controverso, havendo estudos que a consideram um fator protetor e outros um fator de risco. Neste estudo os autores conduziram uma revisão sistemática da literatura para avaliar a relação entre a religiosidade e o comportamento suicida. Dentre os 154 artigos publicados em periódicos científicos inicialmente identificados nas bases Medline, Lilacs, Scielo e PsycInfo, foram selecionados 59 artigos que enfocavam a associação entre religiosidade e comportamento suicida. Para a avaliação dos atributos qualitativos dos artigos foi desenvolvido um Roteiro de Avaliação Qualitativa. Os resultados mostram que grande parte dos artigos encontrados apresentava falta de rigor metodológico na mensuração do conceito de religiosidade, possivelmente devido à característica subjetiva desse constructo. Contudo, verificou-se que o papel protetor contra o comportamento suicida exercido pela religiosidade, sofre variações de acordo com a cultura na qual está inserida, considerando que para algumas culturas o comportamento suicida não é visto com total desaprovação. Porém, a maioria dos estudos reforça a hipótese de que a religiosidade diminui o risco de comportamento suicida nos indivíduos que professam algum tipo de credo e, que participam de algum espaço religioso. Não foram encontrados, nesta pesquisa, estudos que medissem a associação, entre religiosidade e comportamento suicida, em religiões de matriz africana.
Resumo:
O primeiro objetivo da Tese consistiu na identificação e caracterização dos instrumentos de aferição epidemiológicos que vêm sendo propostos para a abordagem de IA domiciliar, bem como na síntese de suas propriedades psicométricas. Para tal, realizou-se busca sistemática em três bases de dados eletrônicas: MEDLINE, LILACS e SciELO. Não houve delimitação do período de publicação. Os resultados são apresentados no artigo intitulado Household food insecurity: a systematic review of the measuring instruments used in epidemiological studies. Foram identificados 24 instrumentos, todos breves e de fácil aplicação. A maioria foi desenvolvida nos Estados Unidos. O instrumento HFSSM apresentou o maior número de estudos de utilização e psicométricos, podendo ser recomendado sem hesitação. O segundo e principal objetivo desta Tese foi avaliar se a ocorrência de violência psicológica e física entre parceiros íntimos pode ser considerada um fator de risco para a ocorrência de Insegurança Alimentar (IA) domiciliar. As informações que subjazem a pesquisa originaram-se de um inquérito domiciliar realizado no Distrito de Campos Elíseos, Município de Duque de Caxias, entre abril a novembro de 2010. A população de estudo foi selecionada por meio de amostragem por conglomerados em três estágios (setor censitário, domicílio, indivíduo) com técnicas de amostragem inversa para a seleção dos domicílios. A amostra do estudo incluiu 849 mulheres que no período da entrevista relataram possuir algum relacionamento amoroso nos 12 meses anteriores. As informações foram obtidas por meio de entrevista utilizando-se um questionário estruturado, contendo instrumentos previamente validados, como a Revised Conflict Tatics Scales (CTS2) para a mensuração das violências e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) para a IA domiciliar. Utilizou-se a análise de caminhos (Path Analysis) na análise de dados o que permitiu explorar as relações entre as violências, entre estas e o Transtorno Mental Comum (TMC), este último e a IA, bem como as relações mais distais do modelo teórico. Os resultados são apresentados no artigo intitulado Violência entre parceiros íntimos, transtornos mentais comuns e insegurança alimentar: modelagem de equações estruturais. A hipótese central deste estudo foi corroborada, na medida em que tanto a violência psicológica, como a violência física se mostraram importantes fatores de risco para a IA, via a ocorrência de TMC. Contrariamente ao esperado, notou-se um maior efeito da violência psicológica do que da violência física na ocorrência do desfecho. Espera-se que a divulgação dos resultados desta Tese auxilie os profissionais e gestores na área de segurança alimentar e nutricional, bem como pesquisadores da área na tomada de decisões em relação ao instrumento de aferição a ser utilizado para a caracterização das situações e ampliem o olhar sobre o problema, incorporando outros fatores de risco, tais como as violências entre parceiros íntimos, aqueles estritamente econômicos, habitualmente considerados no debate sobre os determinantes e estratégias de enfrentamento da IA.
Resumo:
A tuberculose (TB) é uma doença que foi declarada pela Organização Mundial de Saúde como emergência mundial em 1993. As ferramentas disponíveis hoje para controle da TB são: o diagnóstico precoce e o tratamento eficiente. Porém, o abandono do tratamento de TB é um problema enfrentado mundialmente em proporções que podem variar entre 3% a 80%. Por isso, a identificação dos fatores que são preditores do abandono do tratamento de TB pode ajudar a desenvolver melhores estratégias para o seu controle. O objetivo deste trabalho é, através de uma metanálise, fazer uma estimativa sumária da medida de associação entre cada um dos fatores (a) relacionados ao serviço de saúde, (b) relacionado ao quadro clínico e à terapia da TB e (c) relacionados aos indivíduos e o abandono do tratamento de TB. A estratégia de busca eletrônica remota para a recuperação de publicações relevantes foi desenvolvida de forma específica para as diferentes bases consideradas relevantes (MEDLINE [Pubmed] e LILCS). Buscas por referências cruzadas, além da consulta à base de revisões sistemáticas COCHRANE, também foram realizadas. Investigações foram incluídas se fossem trabalhos observacionais ou experimentais que estudem fatores de risco ou preditores do desfecho de interesse (abandono do tratamento de tuberculose) através de comparações de dois ou mais grupos e se seus dados pudessem ser extraídos. Dois revisores classificaram os trabalhos e extraíram dados de forma mascarada e as discordâncias resolvidas. Mais de 190 textos completos foram aptos à combinação de dados. Destes, foi possível extrair dados para combinação de 40 exposições. Destas, 19 foram demonstradas nesta investigação. Das 19 demonstradas, 13 exposições estudadas apresentaram associação e poderiam ser considerados preditores (sexo masculino, alcoolismo, infecção pelo HIV/SIDA, uso de drogas ilícitas, nacionalidade estrangeira, analfabetismo, retratamento, baciloscopia positiva, abandono prévio, tratamento de curta duração, acesso fácil à unidade de saúde, treinamento para adesão, tuberculose extrapulmonar) e seis não apresentaram associação (desemprego, efeitos adversos, tuberculose resistente, necessidade de hospitalização, demora para o início do tratamento, espera longa para a consulta). Porém, essas associações devem ser consideradas de forma conservadora devido à elevada heterogeneidade encontrada em todas as exposições. Apenas cinco exposições apresentaram explicação parcial e uma apresentou explicação total para a heterogeneidade. O viés de publicação foi detectado em apenas duas das 19 exposições.
Resumo:
O contexto do estudo é a predição da anemia fetal em gestantes portadoras da doença hemolítica perinatal e tem como objetivo avaliar a acurácia da medida doppler velocimétrica da velocidade máxima do pico sistólico da artéria cerebral média na detecção da anemia fetal na doença hemolítica perinatal. A identificação dos estudos foi realizada com a adoção de bancos de dados gerais (MEDLINE e LILACS) e a partir de referências bibliográficas de outros autores. Os estudos selecionados tinham como critérios serem do tipo observacionais, com gestantes apresentando coombs indireto maior do que 1:8, técnica de insonação do vaso adequada, Vmax-ACM ≥ 1,5MOM, presença obrigatória de comparação com o padrão-ouro (hemoglobina fetal e/ou neonatal), e nível de evidência diagnóstica acima ou igual a 4. Os dados dos estudos selecionados foram alocados em tabelas 2x2 comparando o resultado do teste com o padrão-ouro. A acurácia diagnóstica foi expressa principalmente através da razão de verossimilhança. A revisão incluiu onze estudos, com uma amostra total de 688. Três estudos apresentaram delineamento do tipo prospectivo e nível de evidência diagnóstica categoria 1. A performance do teste em questão apresentou variação razoável. O estudo de Mari et al (2000) foi considerado o de melhor qualidade metodológica, apresentando uma RV(+) de 8,45 e uma RV(-) de 0,02. A medida do doppler da Vmax da ACM como preditor da anemia fetal na doença hemolítica perinatal está consolidada. Porém, alguns pontos precisam ser melhor esclarecidos, como o intervalo ideal dos exames em casos graves e a validade do método em fetos que já foram submetidos a transfusões intra-uterinas.
Resumo:
MENEZES, Patrick Lourenço. Erros pré-analíticos em medicina laboratorial: uma revisão sistemática. 2013. 98 f. Dissertação (Mestrado em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense) - Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. A relevância evidente dos erros pré-analíticos como problema de saúde pública fica patente tanto no dano potencial aos pacientes quanto nos custos ao sistema de saúde, ambos desnecessários e evitáveis. Alguns estudos apontam que a fase pré-analítica é a mais vulnerável a erros, sendo responsável por, aproximadamente, 60 a 90% dos erros laboratoriais em consequência da falta orientação aos pacientes sobre os procedimentos que serão realizados no laboratório clínico. Objetivos: Sistematizar as evidências científicas relacionadas aos erros pré-analíticos dos exames laboratoriais de análises clínicas. Método: Uma revisão sistemática foi realizada, buscando as bases de dados do Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scopus(que inclui MEDLINE e Embase), ISI Web of Knowledge, SciFinder, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) (que inclui a Scientific Electronic Library Online SciELO) e o Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências de Saúde (IBECS), para artigos publicados entre janeiro de 1990 e junho de 2012 sobre erros de exames laboratoriais que possam ocorrer na fase pré-analítica. Os estudos foram incluídos de acordo com os seguintes exames laboratoriais: hemograma, análise bioquímica do sangue total ou do soro, exames de coagulação sanguínea,uroanálise e exames hematológicos ou bioquímicos em outros materiais e categorizados pelo tipo de erro pré-analítico e pela frequência dos incidentes. Resultados: A busca nas bases de dados bibliográficas resultou no seguinte número de artigos recuperados: 547 na MEDLINE, 229 na Scopus, 110 na ISI, 163 na SciFinder, 228 na Lilacs e 64 na IBECS, perfazendo um total de 1.341 títulos. Ao fim da revisão sistemática, obteve-se um conjunto de 83 artigos para leitura de texto completo, dos quais 14 foram incluídos na revisão. Os estudos abrangeram diferentes tipos de laboratórios, setores técnicos e origem de erros, segundo a fase do processo laboratorial. Discussão: Sete artigos demonstraram erros de pedidos médicos, com uma alta variabilidade nos valores de incidência. Os seis artigos que estudaram erros de coleta de amostra observaram redução deste desfecho. As proporções de eventos adversos relatados e os impactos clínicos variaram, levando a consequências descritas como: erros decorrentes da flebotomia, recoleta de amostras, repetições de exames, atrasos na liberação de resultados de exames e possíveis danos ao paciente. Conclusões: O laboratório deve ter instruções por escrito para cada teste, que descreva o tipo de amostra e procedimento de coleta de amostra. Meios de identificação por código de barras, sistemas robóticos e analíticos reduzem os erros pré-analíticos. A melhoria da fase pré-analítica de testes laboratoriais permanece um desafio para muitos laboratórios clínicos.
Resumo:
O estudo teve por objetivo identificar indicadores para monitoramento da saúde da pessoa idosa a partir da perspectiva do envelhecimento ativo, conforme previsto na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) e no Pacto pela Saúde. Foi realizada revisão da literatura, utilizando as bases de dados: LILACS, SCIELO e MEDLINE. Cento e oitenta e nove estudos foram identificados e 14 foram incluídos nesta revisão. Um total de 22 indicadores de saúde foi identificado para acompanhamento das condições de saúde da população idosa. Entre os indicadores identificados, um indicador está relacionado a aspectos demográficos; quatro ao uso dos serviços de saúde; e doze à capacidade funcional dos idosos. Todos podem ser utilizados para monitoramento da saúde da população idosa, em consonância às diretrizes da PNSPI e do Pacto pela Saúde. Observou-se a importância do uso de um conjunto de indicadores para avaliação e monitoramento adequados das condições de saúde dos idosos. Pois, os indicadores aplicados isoladamente são limitados para melhor análise dos resultados alcançados na execução da PNSPI. Os inquéritos foram a fonte de dados mais satisfatória para obtenção de informações sobre a capacidade funcional dos idosos. Embora forneçam expressiva quantidade de dados e informações sobre a saúde da população idosa, os Sistemas Nacionais de Informação do Ministério da Saúde, têm maior enfoque na morbimortalidade e não são suficientes para avaliar as especificidades das pessoas idosas sob a ótica do envelhecimento bem sucedido.
Resumo:
A enfermagem é uma profissão voltada para o cuidado das pessoas nas diferentes fases da vida, o ato de cuidar é a essência no fazer da enfermeira, e, possui uma inquietação com o conjunto de prioridade de pesquisa em seu meio. Neste sentido, a saúde materna considerada um indicador sensível à qualidade de vida de uma população é uma delas. O presente estudo é uma revisão integrativa da literatura que teve como objetivo descrever as infecções mais frequentes que a mulher está exposta durante o período puerperal, investigadas em publicações nacional e internacional da área da saúde, além de identificar o nível de evidência cientifica de cada artigo. Para a seleção dos estudos foram utilizadas três bases de dados, ScienceDirect, Pubmed e Lilacs. O recorte temporal foi de 2009 a 2013 e, a amostra foi composta por 19 artigos, relacionado à infecção puerperal. Os dados foram coletados da segunda quinzena de setembro à primeira de outubro. A análise dos estudos permitiu identificar que mais da metade das publicações foi no Brasil. Dois estudos identificaram enfermeiros como autores. A maioria dos periódicos de veiculação dos estudos era da área medica. Doze estudos apresentaram delineamento não experimental, três eram estudo de caso e quatro apresentaram delineamento experimental. As principais infecções puerperais encontradas foram a endometrite, a infecção urinária, a infecção do sítio cirúrgico, a sepse puerperal, a mastite, a cervicite. Os resultados mostraram que são necessárias mais pesquisas com delineamento experimental, principalmente no que tange a área da enfermagem. A avaliação rigorosa da puérpera no pós-parto, a adequada conduta para prevenção da infecção puerperal e/ou manejo das intervenções no cuidado da paciente com morbidade infecciosa, alicerçam ações indispensáveis da enfermeira na obtenção de um atendimento de enfermagem mais seguro, de qualidade, que promova o protagonismo da mulher nesta etapa importante de sua vida e lhe proporcione autonomia em relação aos seus direitos sexuais e reprodutivos contribuindo para a redução da mortalidade materna.
Resumo:
O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um transtorno de ansiedade que pode ser desenvolvido após a ocorrência de um evento traumático, e que costuma vir acompanhado de um significativo comprometimento da qualidade de vida. Indivíduos diagnosticados com o TEPT apresentam níveis de frequência cardíaca mais elevados em situações de exposição a eventos estressores, como sons e imagens que relembram a experiência traumática. No entanto, estudos que avaliaram a frequência cardíaca no momento do trauma como preditor do desenvolvimento de TEPT não apresentam resultados consistentes. Os objetivos deste trabalho foram: verificar se frequência cardíaca (FC) peritraumática de repouso, após exposição ao trauma, é um fator preditor para o desenvolvimento do TEPT e para a gravidade dos sintomas de TEPT em adultos. Foi realizada uma revisão sistemática, seguida de metanálise, utilizando-se as bases eletrônicas PUBMED, LILACS, PILOTS, PsycoINFO e Web of Science. Foram incluídos 17 estudos nesta revisão sistemática. Os resultados de dez estudos foram utilizados para a metanálise das diferenças de médias de FC combinada. Oito estudos foram utilizados para a metanálise das correlações entre a FC e a gravidade dos sintomas de TEPT. Modelos de meta-regressão foram ajustados para identificar variáveis que pudessem explicar a heterogeneidade entre os estudos. A FC peritraumática no grupo de pacientes com TEPT é, em média, 3,98 batimento por mimuto (bpm) (p=0,04) maior em comparação com aqueles sem o transtorno, e o coeficiente de correlação de Pearson combinado foi de 0,14 (p=0,05).Consistente com a hipótese levantada, a frequência cardíaca peritraumática de repouso foi maior em indivíduos que desenvolveram o TEPT. Contudo, mensuração mais próxima do evento traumático e a exclusão de casos dissociativos poderão ampliar a magnitude do efeito encontrado, tornando este biomarcador simples e facilmente obtido um preditor clinicamente útil do desenvolvimento de TEPT.
Resumo:
The aim of this study was to conduct a systematic review to identify the randomized clinical studies that had investigated the following research question: Is the mandibular manipulation technique an effective and safe technique for the treatment of the temporomandibular joint disk displacement without reduction? the systematic search was conducted in the electronic databases: PubMed (Medical Publications), LILACS (Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences), EMBASE (Excerpta Medica Database), PEDro (Physiotherapy Evidence Database), BBO (Brazilian Library of Odontology), CENTRAL (Library Cochrane), and SciELO (Scientific Electronic Library Online). the abstracts of presentations in physical therapy meetings were manually selected, and the articles of the ones that meet the requirements were investigated. No language restrictions were considered. Only randomized and controlled clinical studies were included. Two studies of medium quality fulfilled all the inclusion criteria. There is no sufficient evidence to support the effectiveness of the mandibular manipulation therapy, and therefore its use remains questionable. Being minimally invasive, this therapy is attractive as an initial approach, especially considering the cost of the alternative approaches. the analysis of the results suggests that additional high-quality randomized clinical trials are necessary on the topic, and they should focus on methods for data randomization and allocation, on clearly defined outcomes, on a priori calculated sample size, and on an adequate follow-up strategy.
Resumo:
BackgroundAnterior open bite occurs when there is a lack of vertical overlap of the upper and lower incisors. the aetiology is multifactorial including: oral habits, unfavourable growth patterns, enlarged lymphatic tissue with mouth breathing. Several treatments have been proposed to correct this malocclusion, but interventions are not supported by strong scientific evidence.ObjectivesThe aim of this systematic review was to evaluate orthodontic and orthopaedic treatments to correct anterior open bite in children.Search methodsThe following databases were searched: the Cochrane Oral Health Group's Trials Register (to 14 February 2014); the Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL)(The Cochrane Library 2014, Issue 1); MEDLINE via OVID (1946 to 14 February 2014); EMBASE via OVID (1980 to 14 February 2014); LILACS via BIREME Virtual Health Library (1982 to 14 February 2014); BBO via BIREME Virtual Health Library (1980 to 14 February 2014); and SciELO (1997 to 14 February 2014). We searched for ongoing trials via ClinicalTrials.gov (to 14 February 2014). Chinese journals were handsearched and the bibliographies of papers were retrieved.Selection criteriaAll randomised or quasi-randomised controlled trials of orthodontic or orthopaedic treatments or both to correct anterior open bite in children.Data collection and analysisTwo review authors independently assessed the eligibility of all reports identified.Risk ratios (RRs) and corresponding 95% confidence intervals (CIs) were calculated for dichotomous data. the continuous data were expressed as described by the author.Main resultsThree randomised controlled trials were included comparing: effects of Frankel's function regulator-4 (FR-4) with lip-seal training versus no treatment; repelling-magnet splints versus bite-blocks; and palatal crib associated with high-pull chincup versus no treatment.The study comparing repelling-magnet splints versus bite-blocks could not be analysed because the authors interrupted the treatment earlier than planned due to side effects in four of ten patients.FR-4 associated with lip-seal training (RR = 0.02 (95% CI 0.00 to 0.38)) and removable palatal crib associated with high-pull chincup (RR = 0.23 (95% CI 0.11 to 0.48)) were able to correct anterior open bite.No study described: randomisation process, sample size calculation, there was not blinding in the cephalometric analysis and the two studies evaluated two interventions at the same time. These results should be therefore viewed with caution.Authors' conclusionsThere is weak evidence that the interventions FR-4 with lip-seal training and palatal crib associated with high-pull chincup are able to correct anterior open bite. Given that the trials included have potential bias, these results must be viewed with caution. Recommendations for clinical practice cannot be made based only on the results of these trials. More randomised controlled trials are needed to elucidate the interventions for treating anterior open bite.
Resumo:
BackgroundMechanical ventilation is important in caring for patients with critical illness. Clinical complications, increased mortality, and high costs of health care are associated with prolonged ventilatory support or premature discontinuation of mechanical ventilation. Weaning refers to the process of gradually or abruptly withdrawing mechanical ventilation. the weaning process begins after partial or complete resolution of the underlying pathophysiology precipitating respiratory failure and ends with weaning success (successful extubation in intubated patients or permanent withdrawal of ventilatory support in tracheostomized patients).ObjectivesTo evaluate the effectiveness and safety of two strategies, a T-tube and pressure support ventilation, for weaning adult patients with respiratory failure that required invasive mechanical ventilation for at least 24 hours, measuring weaning success and other clinically important outcomes.Search methodsWe searched the following electronic databases: Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) (The Cochrane Library 2012, Issue 6); MEDLINE (via PubMed) (1966 to June 2012); EMBASE (January 1980 to June 2012); LILACS (1986 to June 2012); CINAHL (1982 to June 2012); SciELO (from 1997 to August 2012); thesis repository of CAPES (Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal de Nivel Superior) (http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/) (August 2012); and Current Controlled Trials (August 2012).We reran the search in December 2013. We will deal with any studies of interest when we update the review.Selection criteriaWe included randomized controlled trials (RCTs) that compared a T-tube with pressure support (PS) for the conduct of spontaneous breathing trials and as methods of gradual weaning of adult patients with respiratory failure of various aetiologies who received invasive mechanical ventilation for at least 24 hours.Data collection and analysisTwo authors extracted data and assessed the methodological quality of the included studies. Meta-analyses using the random-effects model were conducted for nine outcomes. Relative risk (RR) and mean difference (MD) or standardized mean difference (SMD) were used to estimate the treatment effect, with 95% confidence intervals (CI).Main resultsWe included nine RCTs with 1208 patients; 622 patients were randomized to a PS spontaneous breathing trial (SBT) and 586 to a T-tube SBT. the studies were classified into three categories of weaning: simple, difficult, and prolonged. Four studies placed patients in two categories of weaning. Pressure support ventilation (PSV) and a T-tube were used directly as SBTs in four studies (844 patients, 69.9% of the sample). in 186 patients (15.4%) both interventions were used along with gradual weaning from mechanical ventilation; the PS was gradually decreased, twice a day, until it was minimal and periods with a T-tube were gradually increased to two and eight hours for patients with difficult and prolonged weaning. in two studies (14.7% of patients) the PS was lowered to 2 to 4 cm H2O and 3 to 5 cm H2O based on ventilatory parameters until the minimal PS levels were reached. PS was then compared to the trial with the T-tube (TT).We identified 33 different reported outcomes in the included studies; we took 14 of them into consideration and performed meta-analyses on nine. With regard to the sequence of allocation generation, allocation concealment, selective reporting and attrition bias, no study presented a high risk of bias. We found no clear evidence of a difference between PS and TT for weaning success (RR 1.07, 95% CI 0.97 to 1.17, 9 studies, low quality of evidence), intensive care unit (ICU) mortality (RR 0.81, 95% CI 0.53 to 1.23, 5 studies, low quality of evidence), reintubation (RR 0.92, 95% CI 0.66 to 1.26, 7 studies, low quality evidence), ICU and long-term weaning unit (LWU) length of stay (MD -7.08 days, 95% CI -16.26 to 2.1, 2 studies, low quality of evidence) and pneumonia (RR 0.67, 95% CI 0.08 to 5.85, 2 studies, low quality of evidence). PS was significantly superior to the TT for successful SBTs (RR 1.09, 95% CI 1.02 to 1.17, 4 studies, moderate quality of evidence). Four studies reported on weaning duration, however we were unable to combined the study data because of differences in how the studies presented their data. One study was at high risk of other bias and four studies were at high risk for detection bias. Three studies reported that the weaning duration was shorter with PS, and in one study the duration was shorter in patients with a TT.Authors' conclusionsTo date, we have found evidence of generally low quality from studies comparing pressure support ventilation (PSV) and with a T-tube. the effects on weaning success, ICU mortality, reintubation, ICU and LWU length of stay, and pneumonia were imprecise. However, PSV was more effective than a T-tube for successful spontaneous breathing trials (SBTs) among patients with simple weaning. Based on the findings of single trials, three studies presented a shorter weaning duration in the group undergoing PS SBT, however a fourth study found a shorter weaning duration with a T-tube.
Resumo:
BackgroundAsthma is a common condition characterised by airway inflammation and airway narrowing, which can result in intermittent symptoms of wheezing, coughing and chest tightness, possibly limiting activities of daily life. Water-based exercise is believed to offer benefits for people with asthma through pollen-free air, humidity and effects of exercise on physical function.ObjectivesTo evaluate the effectiveness and safety of water-based exercise for adults with asthma.Search methodsWe searched the Cochrane Airways Group Specialised Register of Trials (CAGR), the Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), MEDLINE, EMBASE, the Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), the Allied and Complementary Medicine Database (AMED), PsycINFO, the Latin American and Caribbean Health Science Information Database (LILACS), the Physiotherapy Evidence Database (PEDro), the System for Information on Grey Literature in Europe (SIGLE) and Google Scholar on 13 May 2014. We handsearched ongoing clinical trial registers and meeting abstracts of the American Thoracic Society (ATS), the European Respiratory Society (ERS) and the British Thoracic Society (BTS).Selection criteriaWe included all randomised controlled trials (RCTs) of adults with asthma comparing a water-based exercise group versus one or more of the following groups: usual care, land-based exercise, non-exercise.Data collection and analysisTwo review authors (AJG, VS) independently extracted data fromthe primary studies using a standard form developed for this purpose, which includes methods, participants, interventions and outcomes. We contacted trial authors to request additional data. Data were input by one review author and were double-checked by a second review author.Main resultsIn this systematic review, we provide a narrative synthesis of available evidence from three small studies including 136 adult participants. the studies were at high risk of bias. No meta-analysis was possible because of methodological and interventional heterogeneity between included studies. the primary outcomes of quality of life and exacerbations leading to use of steroids were not reported by these studies. for exacerbations leading to health centre/hospital visits, uncertainty was wide because a very small number of events was reported (in a single study). Secondary outcomes symptoms, lung function, changes in medication and adverse effects, where available, described for each included study. the overall quality of the studies was very low, and no clear differences were noted between water-based exercise and comparator treatments. Therefore, we remain very uncertain about the effects of water-based exercise for adults with asthma.Authors' conclusionsThe small number of participants in the three included studies, the clinical and methodological heterogeneity observed and the high risk of bias assessed mean that we are unable to assess the place of water-based exercise in asthma. Randomised controlled trials are needed to assess the efficacy and safety of water-based exercise for adults with asthma. for future research, we suggest greater methodological rigour (participant selection, blinding of outcome assessors, reporting of all outcomes analysed and registering of the study protocol).