941 resultados para Dor - Teses


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Dissertação mest., Psicologia, Universidade do Algarve, 2007

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Tese de mestrado, Ciências da Dor, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

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Tese de mestrado, Cuidados Paliativos, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2015

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Introdução. Apesar das evidências dos efeitos imunomodulatórios da morfina, não há na literatura estudos que tenham comparado a interação entre citocinas, imunidade celular (linfócitos T, B e NK) e a administração prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crônica neuropática não relacionada ao câncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnóstico de dor lombar crônica e com presença de radiculopatia (dor neuropática) previamente operados para tratar hérnia discal lombar (Síndrome Dolorosa Pós- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infusão de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantável no compartimento subaracnóideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com fármacos mas sem opióides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentração das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no líquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfócitos T, B e células NK e avaliados os Índice de Escalonamento de Opióide (em percentagem de opióide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), duração do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o número de linfócitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os não usuários de morfina. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD4 e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação negativa entre as concentrações de células NK (CD56+) e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação positiva entre o número de células NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD8 e a duração do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentrações de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentrações de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos não usuários de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentrações de plasmáticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que não a utilizavam. A concentração de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentração de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentrações plasmáticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos não a utilizavam. A concentração de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentração plasmática das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a duração do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Conclusões: Os resultados sugerem associações entre citocinas e imunidade celular (células T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreensão da imunomodulação da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuropática crônica não oncológica . São necessários mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunológico

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Dissertação de mestrado, Psicologia (Ciência Cognitiva), Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Faculdade de Letras, Faculdade de Medicina, Faculdade de Psicologia, 2016

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El presente trabajo se realizó en época de postrera de 1995 (septiembre-diciembre) en la estación experimental La Compañía, ubicada en el municipio de San Marcos, Carazo. En un suelo de origen volcánico de la serie Masatepe (MS), con el propósito de determinar la influencia de periodos de enmalezamiento sobre la dinámica de las malezas y el crecimiento y rendimiento del cultivo de frijol común (Phaseolus vulgaris L.). Para el estudio se utilizó un Diseño de Bloques completos al Azar (BCA) con cuatro réplicas y siete tratamientos, siendo estos: períodos de enmalezamiento por periodos de 15, 21, 28, 35, 42 y 49 días después de la siembra. Un tratamiento permaneció enmalezado durante todo el ciclo del cultivo. Las variables evaluadas fueron diversidad, abundancia y biomasa de malezas, altura de plantas, componentes del rendimiento y el rendimiento como tal. Los resultados pueden resumirse de la siguiente forma: se encontraron trece especies de malezas en el ensayo compitiendo con el cultivo, cinco pertenecen a las monocotiledóneas y ocho a las dicotiledóneas. La altura de planta en el cultivo de frijol se incrementa a medida que aumenta el período de competencia con las malezas. Existió efecto significativo de los períodos de enmalezamiento sobre el número de vainas por planta. El cultivo de frijol reduce su rendimiento un 50.6 por ciento cuando compile con las malezas durante todo el ciclo y las labores iniciales de control de malezas afectan el rendimiento un 11.3 por ciemo. El rendimiento de frijol se reduce significativamente cuando el cultivo compite con las malezas durante el periodo de 28 a 35 días después de la siembra, en el intervalo de dicho periodo de tiempo existe una reducción de rendimiento de 515.1 por ciento. Las 1abores de control de malezas en el frijol común deben realizarse en el periodo anterior a la prefloración del cultivo ( 18 y 30 días después de La siembra) y no llevarse más allá de la floracion del mismo

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El presente trabajo se realizó en época de postrera de 1997 (septiembre- diciembre) en la estación experimental La Compañía, ubicada en el municipio de San Marcos, Carazo. El trabajo se realizó en un suelo de origen volcánico de la serie Masatepe (MS), con el propósito de determinar la influencia de períodos de control de malezas sobre la dinámica de las malezas y el crecimiento y rendimiento del cultivo de frijol común (Phaseolus vulgaris L.). Para el estudio se utilizó un diseño de bloques al azar (BCA) con cuatro replicas y siete tratamientos. Los tratamientos evaluados fueron períodos de control de malezas durante 14, 21, 28, 35, 42, 49 días después de la siembra. Un tratamiento estuvo enmalezado totalmente durante todo el ciclo del cultivo. Las variables evaluadas fueron diversidad, abundancia y cobertura de malezas, altura de planta de frijol común, componentes del rendimiento y el rendimiento como tal. Los resultados pueden resumirse de la siguiente forma: se encontraron trece especies de malezas en el ensayo compitiendo con el cultivo, cinco pertenecen a las monocotiledóneas y ocho a las dicotiledóneas. Los períodos de control de malezas no muestran efectos sobre las variables abundancia y cobertura de malezas. La altura de planta en el cultivo de frijol común se incrementan (31, 50, y 59 cm) a medida que aumenta el período de competencia con las malezas. Los mejores rendimientos de grano (1310 kg/ha y 1257 kg/ha) se obtuvieron con períodos de control de malezas de 35 y 28 días después de la siembra, sin embargo estos tratamiento no difieren estadísticamente del tratamiento con control de malezas durante 21 días después de la siembra. La mejor tasa de retomo marginal (460%) se obtuvo con el tratamiento con control durante 21 días después de la siembra, corroborando la importancia de mantener libre de malezas el cultivo de frijol hasta dicho momento.

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Durante las épocas de primera y postrera en los años 1994, 1995 y 1996, se establecieron los experimentos de campo en la finca experimental La Compañía, localizada en San Marcos, Carazo, con el propósito de evaluar los efectos de épocas de siembra (primera y postrera), y sistemas de labranza (cero, mínima y convencional), sobre la dinámica de las malezas y el crecimiento y rendimiento del fríjol común (Phaseolus vulgaris L.) var. Dor-364. El diseño experimental utilizado fue de parcelas sub-divididas, arreglados en bloques completos al azar (BCA). La combinación de los factores contiene un total de seis tratamientos, los cuales fueron replicados en cuatro oportunidades. Para efecto de conocer el efecto del tiempo, los años del estudio fueron incluidos en el modelo estadístico, con el propósito de conocer la variación de los tratamientos en el tiempo. Los resultados obtenidos en los tres años en estudio indican que tanto en la abundancia como en la biomasa (peso seco total) el sistema de labranza que permitió mayor acumulación de parte de la maleza fue labranza cero (538.5 peso seco/Grupo de planta). El sistema de labranza convencional (86.09 individuo por especie) en este estudio resulta ser el mejor método para la reducción de la abundancia de maleza y dominancia de la maleza. La época que mostró la mayor abundancia de maleza en los tres años en estudio fue la postrera en comparación con la época de primera. El rendimiento de grano de fríjol común y el beneficio neto económico se vieron influenciados por los sistemas de labranza. Labranza mínima {l654.2 kg/ha) permite el mayor rendimiento, por otro lado, labranza cero permite mayor acumulación de malezas a lo largo del tiempo, en cambio labranza mínima muestra un comportamiento opuesto al reducir las malezas y mantener su producción. El beneficio económico (28 $ ha) del fríjol se ve afectado por las condiciones climáticas preponderantes en cada uno de los años, lo que está íntimamente relacionado a calidad y cantidad de la producción y al precio que alcanza el producto en el mercado.

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El presente trabajo fue realizado en el departamento de Carazo municipio de San Marcos en El Centro Experimental La Compañía, ubicado en el km 45 de la carretera San Marcos-Masatepe, durante la época lluviosa de postrera del año 2001. Los suelos de esta zona son de origen volcánico (Andisol), pertenecen a la serie Masatepe, con textura franco limosa, presentando alto contenido de materia orgánica, nitrógeno y potasio, pero deficiente en fósforo. Este suelo puede ser considerado adecuado para la mayoría de los cultivos. En La Compañía las precipitaciones varían entre 1200 y 1500 mm/año. El propósito del experimento fue evaluar la respuesta del cultivo frijol común (Phaseolus vulgaris L.) a tres fuentes de fertilizantes (gallinaza, estiércol vacuno y mineral) sobre el crecimiento y rendimiento del cultivo. Se empleó un arreglo unifactorial en diseño de bloques completos al azar (BCA), definiendo siete tratamientos y cuatro repeticiones. Cada unidad experimental estuvo conformada por un área de 20 m2. La variedad en estudio fue la DOR – 364. Los tratamientos consistieron en dosis media y alta de cada material fertilizante. La dosis media se calculó basado en los requerimientos del cultivo por hectárea. La dosis media y alta usadas del fertilizante orgánico gallinaza fueron 3181 kg ha-1 y 6362 kg ha-1 respectivamente, para el estiércol vacuno (5286 kg ha-1 como dosis alta y 2643 kg ha-1 como dosis media). La fórmula empleada como fertilizante mineral fue la 18-46-00 con aplicaciones media de 130 kg ha-1, según recomendaciones del Instituto Nicaragüense de Tecnología Agropecuaria (INTA), y 260 kg ha-1. Las dosis alta se seleccionaron a discreción considerando el doble de las media. Las variables evaluadas se dividieron en dos categorías: variables de crecimiento como altura de planta (cm), número de hojas, área foliar (cm2) y altura de inserción de la primera vaina (cm), y las variables del rendimiento constituidas por número de vainas por planta, número de granos por vaina, número de ramas por planta, peso de cien granos (g) y rendimiento de grano (kg ha-1). Los datos provenientes del experimento se procesaron usando análisis de varianza ANDEVA, considerando además la prueba de rangos múltiple de Tukey (P≤0.05) mediante el programa estadístico (MINITAB, 1998). El análisis de presupuesto parcial (CIMMYT, 1988) fue aplicado para estimar la viabilidad económica financiera de los tratamientos. Los resultados obtenidos indicaron una respuesta significativa diferente a la aplicación de las fuentes de fertilizante, resultando estadísticamente iguales la fertilización mineral y gallinaza en dosis alta, superando a todos los tratamientos con rendimientos promedios de 2823.27 kg ha1 y 2712.82 kg ha-1 respectivamente, seguido por los tratamientos estiércol vacuno alto con rendimiento de 2528.47 kg ha-1 y gallinaza media con 2505.58 kg ha-1 en una segunda categoría estadística. En cuanto al comportamiento vegetativo, los resultados indican que estadísticamente existe significancia al evaluar el promedio de hojas a los 15, 29 y 36 días después de la siembra y promedio de área foliar a los 15, 36 y 43 días después de la siembra. La variable altura de planta os tentó los mayores promedios con los tratamientos gallinaza alta y fertilizante mineral dosis alta en una misma categoría estadística únicamente a los 36 días después de la siembra. El análisis económico muestra que el tratamiento con fertilización orgánico gallinaza con dosis media obtuvo los mayor es beneficios económicos con U$ 4.76 por cada dólar invertido, sin embargo, agronómicamente los mayores rendimientos se producen con la fertilización mineral dosis alta.

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El presente trabajo experimental se llevó a cabo en el departamento de Carazo en el Centro Experimental La Compañía que se ubica en el km 45 de la carretera San Marcos Masatepe; el ensayo se efectuó en la época de primera del año 2002, cabe mencionar que esta zona es apta para la producción de granos básicos, la variedad utilizada es recomendada para sembrarse en esta zona. El experimento se llevó a cabo con el propósito de comparar en el cultivo del fríjol común; el efecto de la aplicación de abonos orgánicos (gallinaza y estiércol vacuno) con relación a la fertilización mineral recomendada para este cultivo evaluando su comportamiento agronómico y económico. Las dosis de abonos orgánicos utilizadas se basaron en estudios realizados en este centro experimental, en donde se tomó la dosis de 10 t ha-1. En tanto para la fertilización mineral se utilizó la dosis recomendada por el INTA para este cultivo, 2 quintales de la formula 18-46-00 siendo este un fertilizante binario, todas las dosis fueron duplicadas y utilizadas como dosis alta. Las parcelas experimentales ocuparon un área de 20 m² en la cual se estableció el cultivo utilizando la variedad DOR 364; el diseño experimental fue un BCA integrado por 7 tratamientos con 4 repeticiones. Se evaluaron las siguientes variables: variables de crecimiento integradas por altura de planta, número de hojas por planta, área foliar. Así como de rendimiento integradas por número de vainas por planta, número de granos por vaina, peso de cien granos (g) y rendimiento (kg ha-1). Los resultados se sometieron a análisis estadístico de varianza bajo el comparador Tukey con un 95 % de confiabilidad, bajo los programas estadísticos MINITAB y SAS. Además los datos fueron sometidos a un análisis económico de presupuesto parcial (CIMMYT 1988). Los mejores resultados en cuanto al rendimiento favorecieron a los fertilizantes orgánicos Gallinaza dosis alta y media. Los tratamientos con mayores beneficios económicos fueron los utilizados con fertilizantes minerales en dosis media y alta, seguido del tratamiento con fertilizantes orgánicos.

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Este trabalho parte da constatação da crise da racionalidade moderna e, mais especificamente, da crise da saúde como um todo e, particularmente, nos serviços públicos. Encontramos um panorama onde os valores predominantes são o individualismo, o consumismo, a busca de poder sobre o outro e do prazer imediato a qualquer preço; onde percebemos mudanças bruscas de valores sócio-culturais, que norteavam as pessoas. Diante deste quadro, foi constatado na população um sentimento de desânimo, de ausência de cuidados, de insegurança e incerteza. O indivíduo que encontrava apoio numa rede de solidariedade composta pela família, pelos amigos; calcada em valores culturais mais estáveis ve-se isolado. Esta situação vivida, principalmente, nos grandes centros urbanos acarreta uma série de transtornos biopsíquicos, que não são resolvidos pelo sistema de saúde. Ao que tudo indica, essa crise generalizada faz com que a população se volte para formas alternativas de solucionar seus problemas de saúde; buscando, sobretudo, alguém que esteja interessado em ouvir suas queixas, que esteja preocupado em cuidar de seu sofrimento, de tratar sua dor. A partir dessa constatação, a autora realizou a análise qualitativa de entrevistas semi-estruturadas de médicos homeopatas e pacientes da homeopatia de três unidades públicas de saúde: um centro municipal de saúde, um hospital estadual e uma instituição filantrópica. Além disso, realizou algumas observações de condutas. Este material foi extraído do projeto Racionalidades Médicas, coordenado pela professora Madel T. Luz, do qual a autora participou, desde 1995 - na elaboração e execução das referidas entrevistas. No presente trabalho, a autora enfoca a peculiaridade da relação médico-paciente da homeopatia, percebida como situação privilegiada, que sintetiza algumas características da racionalidade médica homeopática. Nessa relação o médico se mostra atencioso e interessado. Ele adota esta postura pelas necessidades da própria racionalidade, para que diagnose e terapêutica ocorram. Esta forma de atendimento mais humanizada é um dos principais motivos de satisfação com o tratamento homeopático. No tocante as categorias saúde, doença, adoecimento, corpo - indivíduo, tratamento e cura, constata-se uma progressiva convergência das representações sociais dos pacientes e das concepções dos homeopatas acerca destas categorias. Apesar de se observar uma prévia identificação da clientela com estas categorias, é percebido um processo gradual, que vai estreitando essa identificação, e que se dá ao longo do tratamento. Três fatores concorrem neste sentido: as características da clientela, quanto ao tipo de afecção (que se desenvolve ao longo do tempo); os resultados terapêuticos (que acarretam mudanças em vários aspectos - físicos, emocionais) e a relação médico-paciente (através da qual o paciente redimensiona aspectos relativos ao seu processo de adoecimento e de recuperação da saúde). Esta interlocução homeopata-cliente também adquire um caráter pedagógico, a partir do qual ocorre urna re-interpretação, uma decodificação do discurso do médico, de acordo com o universo cultural dos pacientes. Por fim, observa-se que os pacientes da homeopatia readquirem a esperança de cura, através das características de seu tratamento individualizado. E mais, readquirem um tempo de vida, em que os aspectos subjetivos de sua vida são levados em conta; isto poderia ser chamado de re-subjetivação, por oposição a objetivação que ocorre com os pacientes da Biomedicina.

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Trata-se de um estudo do tipo estudo de caso, na abordagem qualitativa, que visa a analisar as vivências das mulheres que utilizaram as tecnologias não-invasivas de cuidado de enfermagem durante a gravidez e o parto e discutir quais e como essas tecnologias estimularam o empoderamento nelas. Para isso foram utilizadas referências que abordem conceitos de gênero, empoderamento e tecnologias. Como referencial teórico foi utilizado a de Promoção da Saúde de Nola Pender que, a partir da identificação dos fatores biopsicossociais do indivíduo, busca influenciar comportamentos saudáveis, visando ao bem-estar como proposta de promoção da saúde. O cenário do estudo foi a Casa de Parto David Capistrano Filho, localizada no município do Rio de Janeiro, e contou com a participação de dez mulheres que pariram na Casa. Para a coleta de dados, foi elaborado um diagrama semelhante ao de Pender, contendo alguns aspectos biopsicossociais das mulheres que pudessem ter influência na vivência de empoderamento delas. As entrevistas aconteceram entre os meses de março e maio de 2010. Os dados produzidos foram analisados e transformados em três categorias: características e vivências individuais da mulher; conhecimentos, sentimentos e influências, na gravidez e no parto, a partir do uso das tecnologias; e o resultado do empoderamento. A tecnologia relacional, como o acolhimento, o vínculo e a escuta sensível, influenciou de forma benéfica as mulheres desde o momento que elas iniciaram o pré-natal na Casa, já que no início da gravidez algumas tinham receio com as mudanças do corpo e com as responsabilidades da maternidade. A dor do parto também foi outra preocupação citada por desconhecerem a fisiologia do processo. Mas, através de tecnologias como a de informação, de apoio, de potencialização de expressão corporal, de favorecimento da presença do acompanhante e de respeito de escolha delas, o parto acabou sendo calmo, tranqüilo, acolhedor e prazeroso. Com isso, as tecnologias contribuíram para as vivências de fortalecimento do vínculo com o bebê, na maior autoconfiança em parir e no preparo da maternidade que despertou nelas um desejo de serem pessoas de opiniões próprias e de terem uma formação profissional para garantir um bom futuro para o filho. Percebeu-se, nesse estudo, que as tecnologias favoreceram o empoderamento delas em parir numa Casa de Parto sendo assistidas por enfermeiras obstetras. No entanto, elas ainda se mostram passivas à dominação masculina quando valorizam a capacidade feminina em conquistar o espaço público masculino, mesmo em detrimento de suas reais necessidades, mostrando a importância de mais discussão sobre a temática a fim de vislumbrar novas tecnologias que auxiliem às mulheres a transpor esse empoderamento, adquirido durante a gravidez e o parto, para o seu dia a dia.

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O presente estudo teve como objetivos avaliar se a aplicação de verniz fluoretado com periodicidade semestral em crianças pré-escolares reduz o número de crianças com lesões de cárie em dentina na dentição decídua, diminui a incidência de lesões de cárie em esmalte e dentina, está inversamente associado à ocorrência de dor e abscesso dentário e produz quaisquer efeitos adversos. A população de estudo consistiu de 200 crianças na faixa etária de 12 a 48 meses, recrutadas em uma unidade de saúde pública da cidade do Rio de Janeiro, as quais foram alocadas aleatoriamente nos grupos teste (verniz fluoretado Duraphat) e controle (verniz placebo). Para o registro da incidência de cárie, as crianças foram examinadas na linha de base e a cada seis meses, durante um ano, por dois odontopediatras previamente treinados e calibrados (Kappa=0,85). A ocorrência de dor, abscesso e efeitos adversos foi verificada a partir de entrevistas com os responsáveis. Os participantes, os seus responsáveis, os operadores e os examinadores desconheciam a qual grupo cada criança pertencia. No final do período de acompanhamento, 71 crianças do grupo teste e 77 do grupo controle foram avaliadas. Constatou-se que, nos grupos teste e controle, o número de crianças com novas lesões de cárie em dentina foi igual a 13 e 20 (teste Qui-quadrado, p=0,34) e que a média do incremento de cárie considerando apenas lesões em dentina (c3eos) foi de 1,1(dp=3,4) e de 1,4(dp=2,8), respectivamente (teste de Mann-Whitney, p=0,29). Uma criança apresentou dor de dente e abscesso dentário e outras duas crianças apresentaram apenas dor de dente. Todas pertenciam ao grupo teste. Com relação aos efeitos adversos, encontrou-se que uma criança pertencente ao grupo controle relatou ardência na cavidade bucal após a aplicação do placebo e que o responsável por um participante do grupo teste sentiu-se incomodado com a coloração amarelada dos dentes da criança após a aplicação do verniz fluoretado. Concluiu-se que a aplicação de verniz fluoretado com periodicidade semestral em crianças pré-escolares é segura e parece contribuir para o controle da progressão de cárie. Contudo, é necessário um período de acompanhamento mais longo para se obter evidência conclusiva a respeito da efetividade dessa intervenção. Não houve associação entre a ocorrência de dor e abscesso dentário e o uso profissional do verniz fluoretado.

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O estudo emergiu da minha experiência profissional como enfermeira de um serviço especializado em cuidados paliativos em oncologia. A abordagem paliativa exige da equipe maior interação, não apenas na realização de procedimentos terapêuticos necessários naquele momento, mas, sobretudo, em orientar adequadamente, quanto aos cuidados realizados com pacientes que se encontram em estado de doença avançada, bem como promover a adesão terapêutica do familiar, através de ações interdisciplinares. Estudo de natureza qualitativa com referencial teórico metodológico na fenomenologia sociológica de Alfred Schutz, que tem como enfoque o significado da ação. Nesse sentido, as vivências e as ações dos familiares constituem fontes de significados subjetivos das experiências adquiridas, ao cuidar de um familiar em tratamento paliativo em oncologia. A partir dessas reflexões, o objeto de estudo é a experiência vivida pela família em cuidar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia e tem como objetivo compreender a perspectiva de cuidar do familiar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia. O cenário onde foi realizado o estudo é o Instituto Nacional de Câncer/MS, situado no município do Rio de Janeiro, na Unidade de Cuidados Paliativos/HCIV. Os sujeitos participantes foram, 20 familiares de pacientes em tratamento paliativo em oncologia. A apreensão das falas, deu-se mediante entrevista fenomenológica, guiada por meio da questão orientadora: como você está vivendo a experiência de cuidar de seu familiar em tratamento paliativo em oncologia? O estudo permitiu compreender que o familiar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia se mostrou como aquele que ajuda, apóia, estando junto, não abandonando, dando apoio e representando a família, na perspectiva de enfrentar suas próprias dificuldades diante do tratamento paliativo em oncologia e tentar entender a abordagem paliativa que tem como foco reduzir a dor, superando o rótulo de terminal. Portanto, oferecer uma forma de compreender o cuidado desse familiar, situado no mundo institucional, possibilitando apreender o vivido e os significados que alicerçam esta prática conduz a um comportamento, ações e relações, ou seja, um modo de pensar que oriente o individuo no seu cotidiano para ser e estar com o outro nessa fase da vida. Nesse sentido, a escuta e a comunicação se constituem como os pilares do cuidar dos familiares em cuidados paliativos em oncologia. A inserção da família durante todo o processo é fundamental para os cuidados realizados com a pessoa, evidenciando para o enfermeiro a importância de atender às expectativas de ambos, agindo como facilitador na implementação do cuidar. Assim sendo, as ações de enfermagem podem contribuir e auxiliar a família a descobrir suas próprias soluções para as situações que envolvem o suporte às necessidades apresentadas.

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Esta pesquisa objetivou compreender como se dão as práticas de cuidado dirigidas ao sujeito adoecido de câncer no cotidiano dos serviços de saúde. Para tanto, partimos do entendimento que o processo de adoecer traz repercussões nos modos de andar a vida dos sujeitos, especialmente no que diz respeito ao câncer, patologia que traz consigo metáforas ligadas à morte, sofrimento e dor. Ao dar início à busca pelos serviços de saúde, os sujeitos se deparam com uma série de entraves que podem não proporcionar alívio, não suprindo as necessidades que essa nova condição impõe. Encontramos, em muitos momentos, práticas que negam o caráter subjetivo da experiência da doença, não valorizando a narrativa dos sujeitos. Como trajetória metodológica, escolhemos desenvolver um estudo de natureza qualitativa, utilizando como instrumento privilegiado a entrevista semi aberta. Iniciamos as entrevistas com a consigna: conte como se deu o tratamento de sua doença desde a descoberta até o momento em que se encontra. Os dados coletados a partir do encontro com os sujeitos adoecidos foram complementados por informações contidas nos prontuários médicos, bem como por observações obtidas no momento da interação. O local de realização da pesquisa foi um hospital estadual de grande porte localizado na cidade de Fortaleza, estado do Ceará. As entrevistas foram realizadas no serviço de oncologia clínica do referido hospital. Ao todo foram entrevistados doze sujeitos que estavam em tratamento ambulatorial no serviço. Dos doze sujeitos, cinco eram mulheres e sete eram homens. As idades variaram de 29 a 65 anos. A análise dos dados se deu após imersão no material empírico, posteriormente materializado nas transcrições das entrevistas. Procuramos deixar que os sentidos aflorassem, confrontando com o material que já tínhamos disponível, surgindo daí as categorias empíricas. Dividimos as categorias em duas dimensões, a do sujeito e a da rede de serviços de saúde. Ao final da análise, constatamos alguns pontos que consideramos importantes no sentido de se tornarem dispositivos de mudança. Foi possível confirmar que os sujeitos sabem de si, e realizam um processo de construção do sentido sobre sua doença e das práticas terapêuticas. A doença produz mudanças no sujeito, e os força a ressignificarem sua rotina e hábitos de vida. Foi possível observar que o encontro com os serviços de saúde tem se dado de forma truncada. A luta pelo direito a saúde é árdua: pela demora na confirmação do diagnóstico, pela demora em conseguir marcar exames e receber seus resultados, pela falta de especialistas que saibam o que estão fazendo. Os sujeitos têm descoberto a doença quando esta se encontra avançada. A importância do diálogo, da escuta, da percepção do que o outro necessita é importante, por isso, valorizar os relatos dos sujeitos adoecidos de câncer se faz urgente.