936 resultados para Cultural policies
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Sociais - FFC
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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A partir do conceito de ‘acção cultural’ proposto por Freire (1982), de actividade dialógica, consciencializada, educativa e libertadora, este estudo procurou perceber em que medida as Bibliotecas Públicas Provinciais moçambicanas desenvolvem acção cultural e que impacto estes sistemas apresentam no desenvolvimento humano da sociedade moçambicana. Procurou-se identificar, especificamente, os aspectos normativos destes sistemas, descrever os respectivos processos de acção cultural; explicar o envolvimento dos utilizadores nas diferentes actividades; e, por último, verificar qual o impacto das Bibliotecas Públicas Provinciais no desenvolvimento humano. Com recurso a técnicas de inquérito por questionário e a entrevistas, foram inquiridos os dirigentes das Bibliotecas Públicas Provinciais e algumas personalidades ligadas ao Livro, Leitura e Bibliotecas, sobre o contexto das políticas culturais existentes em Moçambique e sobre o funcionamento destes sistemas a fim de responderem às necessidades informacionais da população moçambicana. Os dados analisados permitem concluir que apesar de se poderem observar algumas dinâmicas inovadoras, as actividades das entidades supra mencionadas se centram mais na animação e menos na acção cultural. Pode constatar-se, também, que tais actividades são levadas a cabo de forma isolada, sem periodicidade regular e sem qualquer plano político-estratégico para a sua realização. Verifica-se, por outro lado, a carência de quadros com competências e formação em áreas de gestão administrativa, programas informáticos e projectos culturais que possam constituir a base de uma estrutura funcional. A ausência de funcionamento em rede destes sistemas é outra das omissões constatadas face às recomendações internacionais. Paralelamente, foi possível concluir que, as Bibliotecas Públicas Provinciais têm funcionando como peça fundamental de todo processo de ensino e aprendizagem, contribuindo, assim, para o desenvolvimento humano desta população.
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A tese apresenta um estudo comparativo entre a atuação das organizações públicas e privadas do Brasil e, as caixas de poupança e as empresas privadas da Espanha, no que concerne à política de marketing cultural e suas estratégias de comunicação corporativa, tendo como pano de fundo os recursos incentivados pelos governos através das leis de isenção fiscal. Com dois objetivos principais, procurou-se identificar, primeiramente, a parceria entre o Estado e as companhias na promoção da cultura. O segundo e principal intuito foi descobrir as múltiplas estratégias de visibilidade cultural no mundo corporativo através da comunicação e do marketing. Além disso, se verificou os reflexos dessa relação na responsabilidade social corporativa e na reputação, como também, no mercado cultural. O trabalho foi pautado, principalmente, na análise de conteúdo qualitativa por emparelhamento e ainda na AIM- Auditoria de Imagem na Mídia. Ao final, conclui-se que embora as leis de isenção sejam divergentes nos dois países, o comportamento das companhias é similar tanto no que concerne aos investimentos em cultura, como no que se refere às estratégias de comunicação. Contudo, no Brasil o dinheiro é quase, majoritariamente, vindo da renúncia fiscal do Estado, enquanto que na Espanha vem das próprias organizações.
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The increase in the publication of anthologies of Spanish poetry that had begun during Franco´s dictatorship as a way of creating a literary canon reaches its high point during the democratic period, especially between 1995 and 2008. This essay examines the proliferation of anthologies of contemporary Spanish poetry from 1976 to present from the perspective of the different cultural policies deployed by individual governments and from the theoretical framework of cultural capital. Issues such as reading habits and the symbolic value of books and anthologies, the process of canonization of poets, and poetry prizes, among others, constitute the focus of this study.
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MINERVA is a project funded by the European Commission IST Programme within the 5th Framework Programme. It created a network of EU Ministries and other agencies in charge of cultural policies and programmes, which is open to enlargement to new countries and new sectors of the civil society. The network discusses, correlates and harmonises the activities carried out in the field of digitisation of cultural and scientific heritage, aiming at creating a common European platform made up of agreed recommendations, guidelines, standards. The network acts also to foster collaboration between European Commission and Member States, to ensure awareness of European policies at national level, to exchange good practice, to coordinate national programmes in order to embed in national digitisation activities the technical results achieved by the network. Some main outcomes of the activities are presented.
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The growing interest in quantifying the cultural and creative industries, visualize the economic contribution of activities related to culture demands first of all the construction of internationally comparable analysis frameworks. Currently there are three major bodies which address this issue and whose comparative study is the focus of this article: the UNESCO Framework for Cultural Statistics (FCS-2009), the European Framework for Cultural Statistics (ESSnet-Culture 2012) and the methodological resource of the “Convenio Andrés Bello” group for working with the Satellite Accounts on Culture in Ibero-America (CAB-2015). Cultural sector measurements provide the information necessary for correct planning of cultural policies which in turn leads to sustaining industries and promoting cultural diversity. The text identifies the existing differences in the three models and three levels of analysis, the sectors, the cultural activities and the criteria that each one uses in order to determine the distribution of the activities by sector. The end result leaves the impossibility of comparing cultural statistics of countries that implement different frameworks.
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The cultural and creative industries contribution to the economic and social sustainability of cities is a well acknowledged phenomenon which has accelerated in the era of urban renewal since the late twentieth century. The second-tier city of Brisbane, Australia was for many years considered a cultural backwater in the national context, yet its recent urban development within a short period of time has produced a city that now has all the hallmarks of a ‘creative city’. Brisbane’s transformation has been shaped by urban and cultural policies that are largely focussed around its inner-metropolitan localities, producing a growth in cultural infrastructure and the aestheticisation of inner-city precincts. However, like most Australian cities, the majority of Brisbane’s population live, and increasingly work in the suburbs. This article is based on a large research project that shows that creative industries workers are well represented across suburban localities. The article examines the policy and planning implications for creative industries located in Australian outer suburbs and the communities in which they are located.
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Independent filmmaking within the context of Australian cinema is a multifaceted subject. In comparison to the United States, where production can be characterised as bifurcated between major studio production and so-called “indie” or independent production without the backing of the majors, since the 1970s and until recently the vast majority of Australian feature film production has been independent filmmaking. Like most so-called national cinemas, most Australian movies are supported by both direct and indirect public subvention administered by state and federal government funding bodies, and it could be argued that filmmakers are, to a certain degree, “dependent” on official mandates. As this chapter demonstrates national production slates are subjected to budget restraints and cut-backs, official cultural policies (for example pursuing international co-productions and local content quotas) and shifts in policy directions among others. Therefore, within the context of Australian cinema, feature film production operating outside the public funding system could be understood as “independent”. However, as is the case for most English-language national cinemas, independence has long been defined in terms of autonomy from Hollywood, and – as alluded to above – as Australia becomes more dependent upon international inputs into production, higher budget movies are becoming less independent from Hollywood. As such, this chapter argues that independence in Australian cinema can be viewed as having two poles: independence from direct government funding and independence from Hollywood studios. With a specific focus on industry and policy contexts, this chapter explores key issues that constitute independence for Australian cinema. In so doing it examines the production characteristics of four primary domains of contemporary independent filmmaking in Australia, namely: “Aussiewood” production; government-backed low-to-mid budget production; co-productions; and guerrilla filmmaking.
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O objetivo desta dissertação é investigar a relação conceitual entre a Antropofagia e a Cultura do Remix, entender os conflitos no campo do direito autoral provocados pelas práticas de compartilhamento cultural, assim como analisar as políticas culturais desenvolvidas pelo Ministério da Cultura durante o Governo Lula, para adequar a legislação autoral à Cultura Digital. Tendo como ponto de partida o Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, a pesquisa buscou compreender a metáfora criada pelo poeta brasileiro para investigar como esta foi apropriada ao longo do tempo, chegando ao século 21 no contexto digital. Como os antropófagos, os usuários da internet se apropriam da cultura em processos colaborativos de hibridação cultural. As práticas que surgiram com a digitalização da cultura ocorrem à revelia dos direitos do autor, explodindo a noção de autoria ao transformá-la num território compartilhado entre amadores e profissionais. Tal realidade impacta a forma como a indústria cultural opera, causando uma guerra pelos direitos autorais. Neste conflito, o Estado brasileiro, por meio do Ministério da Cultura, conquista uma posição de destaque internacional ao se lançar o desafio de elaborar, em conjunto com a sociedade, políticas culturais para adaptar as leis autorais à cultura digital.
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Nos últimos 30 anos, a Cultura tem exercido um papel cada vez mais determinante nas esferas políticas, econômicas e sociais. A indústria dos bens culturais demonstra uma força crescente, mesmo perante crises, e agências multinacionais, juntamente com Estados-Nação, têm utilizado de projetos culturais com o objetivo de desenvolvimento econômico e social de diversas regiões do mundo. Porém, ao mesmo tempo que a cultura exerce papel tão predominante, ela vem sendo moldada segundo os ditames da lógica de mercado. Por isso órgãos como a UNESCO apontam para a necessidade dos países de fomentarem uma produção cultural heterogênica, que fuja dos modelos únicos das indústrias culturais. O presente trabalho põe em análise o programa Cultura Viva, implementado no Governo Lula, que tem nos Pontos de Cultura sua principal ação. A partir de conceitos de Gilles Deleuze, Felix Guattari e Antonio Negri, esse trabalho visa discutir de que maneiras o Cultura Viva se constitui como uma alternativa ao modelo de fomentação de cultura regido por esses ditames mercadológicos. Ao propor uma diferente forma de produção, organização e gestão do meio cultural, o programa Cultura Viva se inscreve em uma política mais aberta a diferentes grupos e movimentos de nossa sociedade brasileira.
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A presente pesquisa consiste em um panorama das práticas educativas desenvolvidas pelas ONGs atuantes como Pontos de Cultura situadas na região da Baixada Fluminense. Este trabalho tem como objetivo geral analisar as ações desenvolvidas pelas ONGs contempladas como pontos de cultura na região da Baixada Fluminense de acordo com os seguintes objetivos específicos: identificar aquelas ações que podem ser consideradas de caráter educativo não-formal e as relações entre estas ações ao conceito de cultura política. A partir da discussão dos conceitos de Cultura apresentados por Marilena Chauí, do histórico das políticas culturais no Brasil, por Antonio Albino Canelas Rubim e das definições que originaram o programa fruto de uma política pública recente no Brasil, estas ações são entendidas dentro da categoria não-formal. Assim sendo, há a discussão do papel da educação não-formal nestes processos através do desenvolvimento dos conceitos por autores como Maria da Glória Gohn, José Carlos Libâneo e Jaume Trilla, uma descrição da região e a análise de dados oriunda das respostas obtidas através de duas entrevistas e dez formulários respondidos pelos gestores responsáveis pelas organizações em 2014. Os resultados encontrados indicaram que o Programa Cultura Viva atua como uma espécie de preenchimento das lacunas apresentadas por Gohn no que se refere à educação não-formal e de que embora as organizações possuam campos de atuação bem heterogêneos, as práticas educativas realizadas possuem em comum a abordagem da cultura como direito humano e que estas podem ser uma mola propulsora para a construção de uma nova cultura política.
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Esta pesquisa tem como base da ideia de que a música popular brasileira, desde a proclamação da república, sempre foi um importante instrumento da diplomacia cultural do país. Nesse sentido, tentamos demonstrar as maneiras pelas quais o governo brasileiro tentou difundir externamente essa expressão cultural, as motivações que permearam essas iniciativas e os seus resultados. Por outro lado, tentamos, também, analisar os processos que levaram a formação, desenvolvimento e consolidação da indústria da internacional da música, como forma de entender os constrangimento e desafios impostos a tal política cultural externa brasileira. Nessa pesquisa, foi dada, ainda, um especial destaque aos governos de Lula da Silva, um período identificado como decisivo nos rumos da política cultural do país, em função de sua ampliação ao estímulo da produção e da difusão, interna e externa, da música brasileira. A mudança se deu na ampliação das ações culturais do Ministério das Relações Exteriores, mas, principalmente, do inédito protagonismo do Ministério da Cultura junto ao Itamaraty. Nesse sentido, o objetivo geral desta dissertação é analisar até que ponto a música brasileira tem uma capacidade real de se internacionalizar e, dessa forma - dentro das discussões atuais acerca do papel que a economia da cultura teria para o desenvolvimento nacional -, se converter num vetor do desenvolvimento brasileiro e da ampliação da influência do país no sistema internacional.
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Desde su invención en los años cincuenta, la política cultural ha sido objeto de análisis y reflexión por parte de las ciencias sociales. No obstante, en España presenta una serie de características diferenciadoras frente a las democracias occidentales europeas como consecuencia del periodo franquista. Con la recuperación de la democracia España adquiere el paradigma dominante de una política cultural democrática basada en la libertad, el pluralismo y el derecho a la cultura. Sin embargo, tras décadas de gobiernos democráticos el diagnóstico de la política cultural en España presenta rasgos de crisis sistémica, además de los efectos de la crisis global financiera de inicios del siglo XXI. En este contexto, los autores diagnostican, aplicando la metodología Delphi y recurriendo a fuentes secundarias, un conjunto de discursos sociales y narrativas que parecen funcionar como recursos cognitivos solucionistas en la esfera artística y cultural y que no están exentos de contradicciones y aporías, fruto de su contraste empírico.
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This article examines attempts to negotiate a perceived residual dominance of settler populations in South Africa and Zimbabwe by means of developmental and cultural policies deemed necessary to restore sovereignty to Africans. Indigenisation has become a preferred strategy for reconstructing post-colonial states in Africa: indigenisation of the economy as part of a Third Chimurenga in Zimbabwe and Black Economic Empowerment in the socio-cultural context of Ubuntu in South Africa. These are issues arising from the regional legacy of contested and uneven transitions to majority rule. Identifying how governments frame the ‘settler problem’, and politicise space in doing so, is crucial for understanding post-colonial politics. Indigenisation in Zimbabwe allows the government to maintain a network of patronage and official rhetoric is highly divisive and exclusivist although couched in terms of reclaiming African values and sovereignty. Revival of Ubuntu as a cultural value system in South Africa facilitates a more positive approach to indigenisation, although Black Economic Empowerment displays elitist tendencies and cultural transformation remains controversial and elusive. The perceived need to anchor policy in socially acceptable (i.e., ostensibly indigenous/traditional) contexts has become a prominent feature of post-colonial politics and is indicative of an indigenous turn in Southern African politics.