980 resultados para Competência social
Resumo:
Nos últimos anos tem havido um aumento da investigação em torno das transições escolares. Assim, consideramos que as variáveis socioemocionais e o autoconceito podem influenciar de forma positiva e/ou negativa este processo de transição. No mesmo sentido as expetativas criadas pelos alunos nos anos de transição podem condicionar a adaptação ao novo ciclo de estudos. Se soubermos antecipadamente o que carateriza estes alunos, poderemos intervir adequadamente no sentido de potencializar o seu sucesso escolar. Centramos então o nosso estudo numa amostra de alunos do 2º e 3º ciclo do ensino básico de uma escola situada na zona rural da ilha da Madeira onde foram aplicados testes de inteligência emocional, autoconceito e de expetativas na transição de ano, nomeadamente, o PACS - Avaliação de Competências Sociais; EQ-i: YV - Inteligência Emocional; PCIS - Inteligência Social; PHCSCS 2 - Piers-Harris Children’s Self-Concept Scale 2 e o Questionário de Expetativas dos Alunos nos anos de Transição. Os resultados apontam para que quer no 2º, quer no 3º ciclo a inteligência emocional esteja direta e positivamente associada ao autoconceito. No 2º ciclo, existe uma relação positiva entre a competência social e o autoconceito bem como entre a competência social e a inteligência emocional, existindo diferenças entre os géneros, nas diferentes dimensões da inteligência emocional, sendo que as raparigas registam índices mais elevados nos domínios intrapessoal, interpessoal e inteligência geral no 2º ciclo, enquanto no 3º ciclo são os rapazes que nas dimensões do humor geral e na escala total registam os índices mais elevados. Por último, no 2º ciclo as raparigas manifestam um autoconceito superior aos rapazes, no aspeto comportamental, intelectual e na satisfação-felicidade, enquanto no 3º ciclo apenas se verificam maiores níveis de ansiedade no género masculino. As correlações relativamente às expetativas também são apresentadas.
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Nos últimos anos o interesse acerca do construto de inteligência emocional e das competências sociais tem aumentado. Este facto é explicado pela proliferação de vários estudos, que tem demonstrado a importância das competências socioemocionais na vida dos indivíduos. Os estudos, que incidem nas faixas etárias da infância e da adolescência, têm descrito a influência das competências sociemocionais em aspetos como o sucesso escolar, a adaptação social, bem-estar e ajuste psicológico. O processo de institucionalização envolve grandes mudanças na estrutura emocional e social de crianças e jovens. Neste âmbito é importante conhecer como é e como ocorre o desenvolvimento sociemocional destes jovens e qual o impacto da institucionalização nas suas competências socioemocionais. O estudo deu continuidade a uma investigação que tinha-se iniciado no ano de 2007, de forma a acompanhar o desenvolvimento dos indivíduos. A amostra incidiu sobre 20 utentes de uma instituição, com regime de internamento integral da Região Autónoma da Madeira. Foram aplicados os seguintes instrumentos: Matrizes Progressivas de Raven (CPM-SPM), Inventário de Quociente Emocional de Bar-On: versão para jovens (EQ-i:YV), Prova Cognitiva de Inteligência Social (PCIS) e Prova de Avaliação da Competência Social (PACS). Os resultados apontam para um destaque das competências como a adaptabilidade flexibilidade, resolução de problemas e de aspetos relacionados com a resolução de situações sociais. Verificou-se igualmente uma redução das competências sociemocionais ao longo do tempo, particularmente no que concerne à perceção dos jovens acerca das suas competências intrapessoais, a motivação e autoconfiança para a para a resolução de situações sociais e as competências sociais em termos de liderança.
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In the last decades, studies on early intervention involving children with autism have suggested that there is no single intervention model capable of addressing the needs of all individuals in the spectrum. The role of parents as active intervention agents is, however, highly recommended. The More Than Words-HANEN Program has been specifically created for parents of children, under five years of age, who are in the autism spectrum. This intervention aims at improving the social competence and language comprehension of the child, as well as their parents empowerment. Until now only three studies have been performed in order to evaluate the effectiveness of the HMTW program. The purpose of this investigation is to evaluate the effects of an early intervention program inspired on HMTW model on the level of caregiver responsiveness and child communication skills. The present study adds to the existing research literature on family-centered early intervention that uses a developmental paradigm. A two year boy in risk for autism, his mother and nanny took part in this investigation, which was carried out in the child´s home in Mossoró, Rio Grande do Norte. The caretakers were given one fifty-two hours of training, divided into thirteen weekly meetings. A quasi-experimental A-B-C design (baselineintervention- follow-up) showed improvement in the caretakers level of responsiveness and meaningful social-communicative gains in the child´s response
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Pós-graduação em Educação Escolar - FCLAR
Treinamento de habilidades sociais com universitários da área de fonoaudiologia: análise de conteúdo
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Além do aprendizado de conhecimentos básicos e técnicos, promover competência social e habilidades interpessoais de universitários da área da Saúde torna-se fundamental para o desenvolvimento de relações saudáveis e produtivas no contexto acadêmico e na linha do cuidado. O campo das Habilidades Sociais, uma área da Psicologia, tem fornecido fundamentação desde a metodologia de avaliação de repertório social, até programas de Treinamento de Habilidades Sociais (THS) em contextos educacionais. Atualmente, é crescente o interesse em pesquisas qualitativas na Saúde por englobar o universo de significados, motivos, crenças, valores e atitudes, correspondendo a um espaço mais profundo das relações humanas. Objetivos: Investigar do ponto de vista qualitativo o programa de THS com universitários, oferecido pela disciplina de Psicologia III no Curso de Fonoaudiologia; descrever as potencialidades e dificuldades do repertório de HS conforme a autopercepção dos universitários; identificar os ganhos percebidos pelos universitários ao longo do programa de THS; analisar a relação entre o THS com o autoconhecimento nas relações interpessoais e na relação profissional-paciente. Metodologia: Participaram desta pesquisa 22 universitários, com faixa etária entre 19 e 21 anos de ambos os sexos, que cursavam o segundo ano do Curso de Fonoaudiologia de uma Instituição de Ensino Superior do interior paulista. Empregaram-se abordagem qualitativa e análise de conteúdo dos relatos produzidos pelos universitários no 1o, 8o e 15o encontros do THS e das sínteses (8o e 15o). Resultados: Foram identificadas três temas para análise: \"A importância do conhecimento teórico/técnico para a formação do fonoaudiólogo\", \"A importância do THS no contexto acadêmico e para a prática clínica\" e \"Avaliação dos universitários sobre os efeitos do THS\". No que se refere ao conhecimento teórico/técnico, os relatos apontaram a importância de que este seja desenvolvido de maneira contínua, valorizando as metodologias ativas empregadas. Quanto ao treinamento, os participantes descreveram maior prevalência de potencialidades e dificuldades das habilidades assertivas nos relacionamentos interpessoais do contexto acadêmico. Também foi apontada maior dificuldade de empatia com colegas e na comunicação com professores. No contexto profissional, as dificuldades permearam a ansiedade de falar em público e ser assertivo ao trabalhar em grupo. Quanto aos ganhos identificados, prevaleceu a assertividade com os dois interlocutores envolvidos nesta pesquisa; porém, todas as habilidades sociais tiveram resultados considerados positivos nos dois contextos, destacando a comunicação empática com paciente como facilitadora do processo terapêutico. O THS foi avaliado positivamente, pois permitiu a identificação de potencialidades, dificuldades e ganhos no repertório de HS no contexto acadêmico, sendo apontado como uma forma de preparação para a prática clínica, promovendo o autoconhecimento, o desenvolvimento de comportamentos socialmente habilidosos e a generalização para outros contextos. Conclusão: A inserção do THS na formação profissional de universitários na Fonoaudiologia mostrou-se bastante promissora ao ampliar o repertório de habilidades e competências para além do conhecimento teórico/técnico, tendo o autoconhecimento papel central neste processo, culminando com mudanças de comportamento na vida pessoal e profissional. Salienta-se a relevância do THS em cursos de graduação na área da Saúde, pelo contexto da relação profissional-paciente.
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Trabalho de projeto de mestrado, Educação (Área de especialidade em Educação e Tecnologias Digitais), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2015
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A vida social de um indivíduo dependente do álcool é na maioria das vezes um factor de risco para continuar ou aumentar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Um dos grandes fracassos do alcoólico é não cumprir adequadamente um papel social desejado, o que resulta em prejuízos para si mesmo e para os outros. O indivíduo que abusa no consumo, depressa perde a sua reputação junto de colegas, amigos e familiares, o que o deixa mais intolerante à frustração e aumenta o consumo. A mentira toma-se então sua aliada, pois através dela ele vai reduzindo a ansiedade causada pelo fracasso na vida social e que os outros teimam em deixar bem nítido. Identificar os problemas sociais dos quais o indivíduo padece, é fundamental para planear melhor uma estratégia de intervenção, quer seja ela de prevenção, de psicoterapia ou de reabilitação. Os programas de tratamento habitualmente propostos para a abordagem dos problemas derivados do consumo de álcool centram a sua atenção, quase exclusivamente, no comportamento aditivo como guia orientador da intervenção e como indicador objectivo do êxito do próprio programa Mas na maioria dos casos o comportamento aditivo é sim a manifestação mais objectiva de um profundo desajuste entre o sujeito consigo mesmo e com o seu meio ambiente. É por isso, objectivo dos processos de recuperação oferecer-lhe a possibilidade de recuperar a crença na palavra ou aprender o seu valor como meio de comunicação fundamental entre os homens. Para além de possibilitar aos sujeitos dependentes de álcool este valor, importa também incutir nos sujeitos o valor positivo de viver com limites; pois são especialistas em tentar sabotar a acção dos técnicos e em descobrir as suas debilidades para as utilizarem em seu interesse. Importa por isso, que aprendam o valor das leis e a utilidade, para todos, de cumpri-las (Kalina, 2001). Assim, o treino de habilidades sociais constitui uma parte importante dos tratamentos para os sujeitos com problemas de abuso de álcool e drogas. Foi nesse sentido que nos propusemos a identificar o nível de habilidades sociais em pessoas dependentes de álcool. O estudo que desenvolvemos é de carácter exploratório/descritivo, para o qual optámos por utilizar uma metodologia quantitativa. A amostra foi constituída por 229 indivíduos, do sexo masculino, dependentes de álcool, em instituições nacionais de referência na área da alcoologia O instrumento de recolha de dados é constituído por um Questionário de dados sócio demográficos, uma Escala de Habilidades Sociais e uma Escala de Auto-apreciação Pessoal. Constatamos que a amostra constituída por indivíduos dependentes de álcool apresenta uma pontuação média na Escala de Habilidades Sociais de 89.96, equivalente ao percentil 55 na tabela de parametrização de Gismero (2002). Este valor é claramente inferior ao conseguido por qualquer uma das outras amostras analisadas, seja a do estudo preliminar, seja a do estudo comparativo, constituída por indivíduos da população em geral e que conseguiram um percentil 70. ABSTRACT; The social life of a person dependent on alcohol is, most of the time, a risk factor to continue or increase the alcohol excessive consumption. One of the alcoholic failures is the fact that he is unable to perform an adequate social role, to the detriment of himself and others. A person, who abuses alcohol consumption, soon loses his reputation next to his colleagues, friends and relatives, which makes him intolerant of frustration and increases the alcohol consumption. To lie becomes his best ally, because it helps him to reduce the anxiety caused by the failure of his social life, what is promptly pointed out by others. To identify the individual social problems is essential to plan the best intervention strategy. This can be of prevention, psychotherapy or rehabilitation. The treatment programmers, usually proposed to deal with the problems caused by alcohol consumption, focus almost exclusively on the addictive behaviour, as a guide line for the intervention and as an objective indicator of the success of the programme itself. But, in most cases, the addictive behaviour is an objective manifestation of a deep break off of the individual with himself and with his environment. That is why the aim of the recuperation process is to offer the individual the possibility to recover their belief on the word or to learn its value as an essential means of communication for men. Besides getting the message trough, it is also important to make the individuals aware of the positive value of living within limits. These individuals are specialists on trying to sabotage the technicians’ actions, discovering their weaknesses so they can use them on their own behalf. That is why it is so important that they learn the value of rules and the importance of accomplishing them (Kalina, 2001). Therefore, the training of the social skills is an important part of the treatment of individuals with problems of alcohol or dugs addiction. So, we committed ourselves to identifying the level of social skills on people who have an alcohol addiction. The study we developed is exploratory/ descriptive and we chose to use a quantitative methodology. The sample was of 229 male alcohol dependent individuals, staying in national institutes of reference in the area of alcohol abuse and alcoholism. The means to collect data were a social demographic data questionnaire, a scale of social skills and a scale of personal self- assessment. We realized that the sample of alcohol dependent individuals presents an average score in social skills of 89.96, equivalent to a percentile of 55 in the parameterization of Gismero (2002). This is clearly a lower value than the one obtained by any other sample we analyzed, whether in the preliminary study or in the comparative study, constituted by individuals of the common population that achieved a percentile of 70.
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Os pais e os professores vivenciam o quotidiano das crianças e constituem-se como observadores significativos (Guaragna e tal., 2005; Pires et al, 2008) e as suas perceções acerca dos filhos e alunos influenciam os comportamentos destes (Zirkel, 2002). Porém, as características das crianças parecem influir na perceção de pais e na perceção de professores (Pires et al., 2008). As crianças com DA apresentam características sócio emocionais próprias: instabilidade emocional, pouca tolerância à frustração (Fonseca, 2008) e dificuldades na interação social (Framer et al., 2008). As competências sociais e emocionais são muito relevantes no processo adaptativo da criança e contribuem para a consecução de objetivos sociais (Candeias, 2008; Anderson-Butcher et al., 2008; Buckley & Saarnni, 2006; Saarni, 2002). Neste contexto, considerando o papel especial dos pais e professores no processo desenvolvimental das crianças com dificuldades de aprendizagem (DA), desenvolvemos um estudo que investigou a perceção de 37 pais e 66 professores acerca das competências sócio emocionais de crianças entre os 6 e 11 anos com DA. No estudo foram utilizados o Inventário do Quociente Emocional Bar-On, (EQ-i: Pa, versão original de Bar-On & Parker, 2004) nas suas versões para pais e para professores, e a Prova de Avaliação da Competência Social (PACS-6/11, Candeias et al., 2008; Candeias, 2008b), para avaliar, respetivamente, a perceção sobre a inteligência emocional e sobre a competência social. Os principais resultados sugerem que os pais avaliam mais positivamente as competências emocionais das crianças e que a avaliação das competências sociais dos pais é semelhante à dos docentes /ABSTRACT: Parents and teachers are significant observers and participants in every day’s children's life's and their perceptions about their sons and pupils can influence their on behavior (Zirkel, 2002). However, children’s characteristics can influence parent’s perceptions and teacher’s perceptions (Pires et a/., 2008). Children with learning disabilities (LD) have singular social-emotional characteristics: emotional instability, low tolerance to frustant events (Fonseca, 2008) and difficulties in social interactions (Framer et al., 2008). Social and emotional competences are relevant in children's adaptation process and contribute to the fulfillemente of social goals (Candeias, 2008; Anderson-Butcher et a/., 2008; Buckley & Saarnni, 2006; Saarni, 2002). ln this context, considering teachers’ and parent’s special role throughout the growing process, we developed a study that investigated the perception of 37 parents and 66 teachers about the social-emotional competences of children’s (with ages between 6 and 11 years) with LO. Results suggests that (a) parent’s perception of emotional competence has higher values, (b) there is no significate differences between parents and teacher’s perception about social competence.
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As dificuldades de aprendizagem são tema de grande relevância no campo da educação, pelas repercussões que têm no desenvolvimento das crianças que as possuem, quer a nível pessoal, familiar, escolar e social. A compreensão das competências sócio-emocionais destas crianças surge como objecto de estudo desta investigação. A amostra é constituída por 74 crianças com dificuldades de aprendizagem do 1° Ciclo do Ensino Básico. Os instrumentos utilizados foram: o Inventário de Quociente Emocional Bar-On: Versão para crianças (EQ-i:YV; versão portuguesa; Candeias et al., 2008), o Teste de Resolução de Problemas lnterpessoais da Inteligência Social para Crianças (PRPI - 6/11; Candeias et al., 2008), o Teste de Competências Sociais para Crianças (PACS - Socialmente em Acção 6/11, Candeias et al., 2008), o Teste de Percepção de Emoções (Franco & Candeias, 2008) e as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (MPCR, Raven, 1965). Estudaram-se as relações entre a inteligência social, inteligência emocional, competência social e variáveis sócio-demográficas como a idade, o nível sócio-económico e a participação social destas crianças. Conclui-se que, quanto mais elevada é a competência emocional destes alunos, menores serão as suas dificuldades em termos de competência social. Estes achados permitem aumentar o conhecimento teórico sobre esta problemática, possibilitando a aplicação prática na intervenção psicológica e psicopedagógica. / ABSTRACT: Learning difficulties are the subject of great relevance in education, the impact they have on the development of children who have, whether for personal, familial, educational and social. Understanding of the socio-emotional skills of these children appears to be the subject of this research study. This study used a sample of 74 children with learning difficulties the first cycle of the cities of Évora and Montemor-o Novo. We applied: Emotional Quocient lnventory Bar-On: young version (EQ-i: YV; Candeias et al., 2008); Perception and Recognition Emotions (Franco & Candeias, 2008); Cognitive Test of Social lntelligence for Children (PRPI-6/11; Candeias et al., 2008); Social Competence Test for Children (PACS-6/11; Candeias et al., 2008) and Coloured Progressive Matrices (CPM, Raven, 1965). We studied the relationship between social intelligence, emotional intelligence, social competence and socio-demographic variables such as age, socio-economic and social participation of these children. lt was concluded that, the higher the emotional competence of these students, lower their difficulties in terms of social competence. These findings increase the theoretical knowledge on this issue, enabling the practical application in psychological and pedagogic. This study leaves open some suggestions for future work.
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A presente investigação procura fomentar a reflexão e a compreensão do fenómeno da adaptação escolar. Partindo da exploração da literatura e de um conjunto de pressupostos teóricos de ordem desenvolvimental e ecológica, foi concetualmente delineado e testado um modelo multidimensional de adaptação escolar na pré-adolescência. O modelo examina principalmente dimensões sociais, mas também a dimensão académica e o nível socioeconómico familiar, propondo uma visão integrada da adaptação escolar. O estudo empírico desenvolveu-se junto de 706 estudantes pré-adolescentes e avaliou as perceções do próprio estudante e as perceções dos professores e pares acerca da competência social dos estudantes. O teste empírico ao Modelo de Adaptação Escolar evidencia um ajustamento global razoável, suportando as associações preconizadas entre as componentes da competência social e entre estas componentes sociais e a realização académica e o nível socioeconómico e cultural da família. Estes resultados sublinham a necessidade de considerar múltiplas facetas na avaliação e promoção da adaptação escolar, reconhecendo-se que esta engloba especialmente conexões entre a competência social e realização académica do estudante. Estes resultados serão ainda alvo de reflexão e discussão, sendo extraídas implicações para a investigação, teoria e intervenção.
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Numa sociedade cada vez mais virada para as novas tecnologias, cada vez mais sedentária e cada vez mais carente de relações humanas e interpessoais, a área desportiva reaparece como um forte mecanismo compensador dessas lacunas quer da prática desportiva quer da convivência social. O Desporto Escolar (DE), atividade de complemento curricular, enquanto subsector do sistema educativo, tem potencialidades educativas que permitem a crianças e jovens, além da formação desportiva, atingir caminhos de identificação coletiva, afirmação desportiva e diversidade social. Neste contexto, o presente estudo nasce da preocupação em atualizar e correlacionar os denominados Jogos Desportivos Escolares (JDE) e a sua influência social e desportiva no panorama desportivo regional. Estes jogos, da responsabilidade da Direção Regional do Desporto (DRD) na Região Autónoma dos Açores (RAA), caracterizam-se como sendo um projeto exclusivamente açoriano e único a nível nacional, contemplando já 26 edições entre muitas das escolas da Região. Sendo este um estudo pioneiro acerca destas competições, achou-se pertinente tentar comprovar o seu contributo para as relações interpessoais que daí resultam, unindo os jovens açorianos através do desporto escolar, quebrando barreiras geográficas e culturais entre os alunos das diversas escolas/ilhas da região, combatendo, desta forma, a insularidade. Como principais objetivos pretendeu-se: comprovar se os JDE assumem um papel preponderante no processo de socialização entre alunos de diferentes escolas e de diferentes ilhas; averiguar se os JDE funcionam, ou não, como instrumento para um aumento da sociabilidade dos alunos, designadamente se mantêm, e de que forma, as amizades entre si; saber se os JDE contribuem e são um incentivo para uma melhor prestação dos alunos nas aulas de Educação Física. Neste sentido, efetuou-se um estudo de caso, através de uma metodologia quantitativa, de caráter descritivo, através de um questionário, como instrumento de recolha de dados, entre as fases regionais dos 2.º e 3.º ciclos, das escolas que participaram na Edição XXVI dos JDE, no ano letivo 2014/2015. Assim concluiu-se que os JDE contribuem para o processo de socialização dos alunos em larga medida, com 99,6% dos mesmos a responder favoravelmente e a afirmar que formaram novas amizades. Comprovou-se que, independentemente da ilha de residência, 100% dos alunos beneficiaram socialmente com a sua participação nos JDE e 78% desses benefícios são exclusivos da competência social, comprovando-se, consequentemente, o vincado papel de socialização que estes jogos criam para os alunos participantes. Verificou-se uma melhoria na capacidade dos alunos socializarem entre si, visto que 96% dos inquiridos afirmam aprimorar a sua capacidade de socializar e interagir. Apurou-se que 85% dos alunos ainda mantêm contato com as amizades construídas, sendo que 93% por intermédio de redes sociais. Comprovou-se que 84% dos inquiridos repetiria a experiência dos JDE, devido sobretudo a razões ligadas à competência social. Concluiu-se igualmente que 97% desses alunos destacam a importância da sua participação na transferência positiva direta para o desenvolvimento de capacidades na disciplina de EF. Finalmente, 98% recomendam aos demais colegas a participação em edições futuras.
Resumo:
Disssertação de mest., Ciências da Educação e da Formação (Sociologia da Educação e da Formação), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2010
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Dentro da teoria e prática da Responsabilidade Social Empresarial (RSE) ainda existe uma ampla discussão sobre o que é e quais os benefícios que a RSE pode trazer. Um dos pontos pouco explorado nesta discussão está a identificação da RSE como uma competência necessária para as empresas. Está dissertação visa dar um enfoque diferente a aspectos já amplamente discutidos da RSE, baseado na teoria das Competências Organizacionais, no intuito de trazer mais amplitude para a análise do tema e, ao mesmo tempo, proporcionar maior profundidade às discussões, além de uma melhor avaliação sobre o que é e como a Responsabilidade Social Empresarial pode ser realmente conceituada pelas empresas e pela própria sociedade. A metodologia é fundamentada em pesquisas secundárias e revisão bibliográfica dos três enfoques da questão principal, que são o da Responsabilidade Social Empresarial, o da Competência Organizacional e o dos Benefícios da Responsabilidade Social Empresarial. Como resultado, o presente estudo identificou diferentes evidências para a incorporação teórica da RSE como competência organizacional e, assim, como competência básica na prática para as empresas. Quando analisada como competência essencial, nos casos em que a RSE deveria ser um dos fatores chave para a competitividade das organizações, as evidências encontradas não parecem direcionar a RSE como tal. Existem exemplos específicos de que a RSE pode se tornar uma competência essencial, porém não foram realizados ainda estudos mais aprofundados que permitam confirmar essa visão.
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Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2015.
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Este estudo aborda a temática das relações existentes entre a formação universitária e a imagem social de mulheres negras universitárias da área da saúde e suas possíveis transformações pessoais e sociais. Considerando que a formação universitária produz uma valorização social e os seus desdobramentos influenciam nos papéis sociais vividos por este grupo. Buscamos assim, descrever a imagem social de mulheres negras na perspectiva de mulheres negras universitárias e sua autoimagem social; e analisar a influencia da formação universitária na autoimagem social das mesmas. Metodologia: Pesquisa descritivo-exploratória com abordagem qualitativa, realizada com roteiro de entrevista semi estruturada com dez entrevistadas que se autodeclararam pretas ou pardas matriculadas em Programa de Pós-graduação (Mestrado) de uma universidade pública estadual no município do Rio de Janeiro (Brasil). Os dados produzidos foram analisados e interpretados à luz da análise de conteúdo de Bardin. Deste processo emergiram três categorias. A primeira categoria A imagem social da mulher negra na perspectiva de mulheres negras universitárias descreve a condição desigual da mulher negra na sociedade a partir da desvalorização do gênero feminino e da raça (sexismo e o racismo) e o corpo da mulher negra como objeto de sensualidade. A segunda categoria - A formação universitária na vida de mulheres negras desdobrou-se em duas categorias intermediárias: Situações positivas vivenciadas durante a formação (formação universitária como veículo para as transformações sociais e pessoais a partir da ampliação do conhecimento científico e a melhora na inserção social); Situações negativas (desigualdades de classes, sentimentos de indecisão, frustração frente à escolha do curso e limitações na aprendizagem e adaptação). A terceira categoria A autoimagem social de mulheres universitárias negras desenvolve a percepção das entrevistadas acerca da sua autoimagem a partir do processo de formação universitária, e desdobra-se em visões positivas e negativas sobre sua autoimagem. A visão positiva destaca o empoderamento diante da sua condição étnica caracterizado por atitudes perseverantes e demonstração de competência no cotidiano, favorecendo o fortalecimento de posições sociais; algumas inclusive não identificam vivenciar diferenças sociais pela etnia. A visão negativa foi descrita a partir dos sentimentos de baixa estima, insegurança no posicionamento nos espaços sociais e a dificuldade de falar sobre a sua autoimagem. Para as depoentes a autoimagem se traduz não no estereótipo, mas, nas conquistas sociais que elas alcançam decorrente da formação universitária. A formação universitária se torna condição fundamental para transpor os estigmas sociais que interferem na imagem social deste grupo populacional na sociedade.