Caracterização e comportamento germinativo de sementes de Casearia sylvestris Swartz (SALICACEAE)

Casearia sylvestris Swartz (Salicaceae), nome popular de guaçatonga ou chá-de-bugre é um arvore amplamente distribuída pelo Brasil e com uso fitoterápico pela população humana que a explora nos ambientes nativos. O objetivo do presente estudo foi fornecer informações sobre o período das fenofases reprodutivas, sua morfologia e germinação de sementes de C. sylvestris, avaliando a existência de variabilidade do comportamento germinativo em lotes de diferentes procedências. Sementes de duas procedências, Itirapina-SP e Ibiporã-PR, com teor de água de 14,5% e 22,86%, respectivamente, foram germinadas, na ausência de luz, em temperaturas constantes de 27, 30 e 33 ºC ou sob fotoperíodo de 12 h em temperatura alternada de 20-30 ºC, em câmaras BOD. O efeito de reguladores de crescimento foi verificado com soluções de giberelina (10 ou 20 mgL-¹) ou cinetina (5 ou 10 mgL-¹) ou água, sob 27 ºC. O teste de tetrazólio mostrou que 32% das sementes do lote SP e 66% do PR apresentavam-se viáveis. Os lotes apresentaram o padrão trifásico de embebição de água, diferindo nos tempos de emissão da raiz primária. No teste de temperatura foi determinada a faixa ótima de germinação entre 27 e 30 ºC para os lotes. O uso de reguladores de crescimento não foi eficaz em melhorar o desempenho das sementes. As plântulas emergidas do lote SP foram mais vigorosas (maior massa), porém de tamanho menor em relação ao lote PR. Após o armazenamento o lote SP apresentou redução na viabilidade e no vigor e o lote PR redução apenas no vigor.

Casearia sylvestris na permeabilidade gástrica à sacarose em equinos submetidos a protocolo de indução de úlcera gástrica

Estudos em animais de laboratório sugerem um efeito antiulcerogênico do extrato de Casearia sylvestris. Esse extrato ainda não foi estudado para a profilaxia e/ou o tratamento de úlceras gástricas em equinos. Para avaliar a influência do extrato de C. sylvestris na permeabilidade gástrica à sacarose, seis equinos adultos foram submetidos a modelo de indução de úlceras gástricas. Os animais foram submetidos ao teste de permeabilidade à sacarose antes e ao término do protocolo de restrição alimentar intermitente, para detecção de ulceração gástrica. Durante os sete dias da indução, os animais foram submetidos a tratamentos diários via sondagem nasogástrica com extrato de C. sylvestris (9mg kg-1 de peso corpóreo) ou veículo (ágar). Após intervalo de 32 dias em piquete, para permitir a cicatrização das úlceras induzidas, cada animal foi submetido novamente ao protocolo de indução de úlcera gástrica, e os tratamentos foram alternados. Dessa forma, cada animal foi submetido a ambos os tratamentos em períodos distintos. A concentração de sacarose na urina foi determinada para cada amostra obtida, por cromatografia líquida de alto desempenho e detecção amperométrica pulsátil. Não foram observadas alterações nos exames clínicos e hemogramas. O tratamento com o extrato de C. sylvestris evitou o aumento da concentração de sacarose urinária (P<0,05) quando comparado ao veículo, sugerindo um efeito antiulcerogênico gástrico em equinos. Estudos mais amplos incluindo gastroscopia são necessários para avaliar a possibilidade de usar o extrato para a profilaxia e/ou o tratamento das úlceras gástricas em equinos.

Neutralization of snake venom phospholipase A(2) toxins by aqueous extract of Casearia sylvestris (Flacourtiaceae) in mouse neuromuscular preparation

Aqueous extract of Casearia sylvestris (Flacourtiaceae) has been shown to inhibit enzymatic and biological properties of some Bothrops and Crotalus venoms and their purified phospholipase A(2) (PLA(2)) toxins. In this work we evaluated the influence of C sylvestris aqueous extract upon neuromuscular blocking and muscle damaging activities of some PLA(2)S (crotoxin from C. durissus terrificus, bothropstoxin-I from B.jararacussu, piratoxin-I from B. pirajai and myotoxin-II from B. moojeni) in mouse phrenic-diaphragm preparations. Crotoxin (0.5 mu M) and all other PLA2 toxins (1.0 mu M) induced irreversible and time-dependent blockade of twitches. Except for crotoxin, all PLA2 toxins induced significant muscle damage indices, assessed by microscopic analysis. Preincubation of bothropstoxin-I, piratoxin-I or myotoxin-II with C. sylvestris extract (1:5 (w/w), 30 min, 37 degrees C significantly prevented the neuromuscular blockade of preparations exposed to the mixtures for 90 min; the extent of protection ranged from 93% to 97%. The vegetal extract also neutralized the muscle damage (protection of 80-95%). Higher concentration of the C. sylvestris extract (1: 10, w/w) was necessary to neutralize by 90% the neuromuscular blockade induced by crotoxin. These findings expanded the spectrum of C. sylvestris antivenom activities, evidencing that it may be a good source of potentially useful PLA2 inhibitors. (c) 2007 Elsevier B.V.. All rights reserved.

Population genetic relationships between Casearia sylvestris (Salicaceae) varieties occurring sympatrically and allopatrically in different ecosystems in south-east Brazil

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Chemopreventive activity of compounds extracted from Casearia sylvestris (Salicaceae) Sw against DNA damage induced by particulate matter emitted by sugarcane burning near Araraquara, Brazil

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Ethanolic extract of Casearia sylvestris and its clerodane diterpen (caseargrewiin F) protect against DNA damage at low concentrations and cause DNA damage at high concentrations in mice's blood cells

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Cytotoxic Clerodane Diterpenoids from Casearia obliqua

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Casearin X, Its Degradation Product and Other Clerodane Diterpenes from Leaves of Casearia sylvestris: Evaluation of Cytotoxicity against Normal and Tumor Human Cells

An EtOH extract of the leaves of Casearia sylvestris afforded new clerodane diterpene, casearin X, together with the known compounds casearins B, D, L, and O, and caseargrewiin F Casearin X degraded to the corresponding dialdehyde when stored in CDCl(3). The diterpenes isolated were cytotoxic to human cancer cell lines, with caseargrewiin F being the most active and the new clerodane, casearin X, the second active compound with IC(50) values comparable to the positive control doxorubicin. All isolated diterpenes showed lower activities against normal human cells than against cancer cell lines, which might indicate a possible selective action on cancer cells. Casearin X dialdehyde was not cytotoxic to cancer cells indicating that the occurrence of these CO groups at C(18) and C(19) is incompatible with the cytotoxic activity.

Cytotoxic Clerodane Diterpenes from Casearia rupestris

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Folk uses and pharmacological properties of Casearia sylvestris: a medicinal review

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Protease inhibition activity of extracts from Salicaceae species from Brazilian Cerrado and Atlantic Rain Forest and of an enriched fraction of clerodane diterpenes (casearins)

Considerando o uso popular de Casearia sylvestris Sw., Salicaceae, para o tratamento de problemas gástricos e resultados pré-clínicos que mostraram potencial atividade anti-ulcerogênica, foi realizado um screening farmacológico para avaliar a atividade biológica de outras espécies de Salicaceae. Para isso, foi utilizado um ensaio de inibição de proteases como um modelo farmacológico molecular para screening de extratos com atividade anti-ulcerogênica. Os extratos etanólico e aquoso dos galhos e folhas de C. gossypiosperma, C. decandra e C. rupestris mostraram inibição da atividade da pepsina em aproximadamente 50% com a concentração de 1 μg/mL. Curiosamente, C. obliquoa e Flacourtia ramontchi não apresentaram atividade sobre a pepsina, mas seus extratos mais apolares mostraram atividade inibitória sobre a subtilisina. A fração enriquecida de diterpenos clerodânicos mostrou atividade inibitória (42,75%) sobre a pepsina com a concentração de 1 μg/mL, mas não sobre a subtilisina (23,76%). Os resultados obtidos com os extratos e folhas das espécies testadas mostraram um padrão de atividade diferente sobre os dois tipos de proteases, a pepsina e a subtilisina, as quais estão relacionadas com diferentes tipos de atividades biológicas. Ainda mais, os resultados com a fração enriquecida de diterpenos clerodânicos sugerem que estas substâncias podem estar relacionadas com a atividade do extrato bruto de C. sylvestris.

Acetylated DNA-damaging clerodane diterpenes from Casearia sylvestris

In addition to the known diterpene casearin G (1), two new clerodane diterpene casearins type, casearin S (2) and casearin T (3), were isolated from an acetylated bioactive CH2Cl2/MeOH extract from leaves of Casealia sylvestris. The diterpenes 1-3 exhibited moderate but selective activity towards the DNA-repair deficient yeast Saccharomyces cerevisiae mutants RAD 52YK and RS 321. The structures of 1-3 were established on the basis of NMR spectroscopic experiments (C) 1998 Elsevier B.V. Ltd. All rights reserved.

Optimisation of conditions for the extraction of casearins from Casearia sylvestris using response surface methodology

Optimal conditions for the extraction of casearins from Casearia sylvestris were determined using response surface methodology. The maceration and sonication extraction techniques were performed using a 3 x 3 x 3 full factorial design including three acidity conditions, three solvents of different polarities and three extraction times. The yields and selectivities of the extraction of casearins were significantly influenced by acidity conditions. Taking into account all variables tested, the optimal conditions for maceration extraction were estimated to involve treatment with dichloromethane saturated with ammonium hydroxide for 26 h. Similar yields and selectivities for casearins were determined for sonication extraction using the same solvent but for the much shorter time of I h. The best results for stabilisation of the fresh plant material were obtained using leaves that had been oven dried at 40 degrees C for 48 h. Copyright (c) 2006 John Wiley & Sons, Ltd.