Emergência e desenvolvimento da relação de causalidade em narrativas de crianças

Neste trabalho defendo que as narrativas podem ser instrumentos para avaliar a competência linguística e comunicativa de crianças na escola por serem bons indicadores da complexidade sintáctico-semântica, darem informação preciosa sobre competências discursivas, particularmente construção da referência (nominal e temporal), continuidade tópica, frases complexas. Por ser o primeiro tipo de texto que as crianças adquirem, deve ser encarado como um meio importante para desenvolver a consciência meta-textual.

Estudo da reciclagem do banho de caleiro de pele caprina

Mestrado em Engenharia Química

Sistema de controlo de um veículo autónomo terrestre

A crescente necessidade imposta pela gama de aplicações existentes, torna o estudo dos veículos autónomos terrestres um objecto de grande interesse na investigação. A utilização de robots móveis autónomos originou quer um incremento de eficiência e eficácia em inúmeras aplicações como permite a intervenção humana em contextos de elevado risco ou inacessibilidade. Aplicações de monitorização e segurança constituem um foco de utilização deste tipo de sistemas quer pela automatização de procedimentos quer pelos ganhos de eficiência (desde a eficiência de soluções multi-veículo à recolha e detecção de informação). Neste contexto, esta dissertação endereça o problema de concepção, o desenvolvimento e a implementação de um veículo autónomo terrestre, com ênfase na perspectiva de controlo. Este projecto surge pois no âmbito do desenvolvimento de um novo veículo terrestre no Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA) do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). É efectuado um levantamento de requisitos do sistema tendo por base a caracterização de aplicações de monitorização, transporte e vigilância em cenários exteriores pouco estruturados. Um estado da arte em veículos autónomos terrestres é apresentado bem como conceitos e tecnologias relevantes para o controlo deste tipo de sistemas. O problema de controlo de locomoção é abordado tendo em particular atenção o controlo de motores DC brushless. Apresenta-se o projecto do sistema de controlo do veículo, desde o controlo de tracção e direcção, ao sistema computacional de bordo responsável pelo controlo e supervisão da missão. A solução adoptada para a implementação mecânica da estrutura do veículo consiste numa plataforma de veículo todo terreno (motociclo 4X4) disponível comercialmente. O projecto e implementação do sistema de controlo de direcção para o mesmo é apresentado quer sob o ponto de vista da solução electromecânica, quer pelo subsistema de hardware de controlo embebido e respectivo software. Tendo em vista o controlo de tracção são apresentadas duas soluções. Uma passando pelo estudo e desenvolvimento de um sistema de raiz capaz de controlar motores BLDC de elevada potência, a segunda passando pela utilização de uma solução através de um controlador externo. A gestão energética do sistema é abordada através do projecto e implementação de um sistema de controlo e distribuição de energia específico. A implementação do veículo foi alcançada nas suas vertentes mecânica, de hardware e software, envolvendo a integração dos subsistemas projectados especialmente bem como a implementação do sistema computacional de bordo. São apresentados resultados de validação do controlo de locomoção básico quer em simulação quer descritos os testes e validações efectuados no veículo real. No presente trabalho, são também tiradas algumas conclusões sobre o desenvolvimento do sistema e sua implementação bem como perspectivada a sua evolução futura no contexto de missões coordenadas de múltiplos veículos robóticos.

Controlo difuso de um AGV

Neste trabalho pretende-se introduzir os conceitos associados à lógica difusa no controlo de sistemas, neste caso na área da robótica autónoma, onde é feito um enquadramento da utilização de controladores difusos na mesma. Foi desenvolvido de raiz um AGV (Autonomous Guided Vehicle) de modo a se implementar o controlador difuso, e testar o desempenho do mesmo. Uma vez que se pretende de futuro realizar melhorias e/ou evoluções optou-se por um sistema modular em que cada módulo é responsável por uma determinada tarefa. Neste trabalho existem três módulos que são responsáveis pelo controlo de velocidade, pela aquisição dos dados dos sensores e, por último, pelo controlador difuso do sistema. Após a implementação do controlador difuso, procedeu-se a testes para validar o sistema onde foram recolhidos e registados os dados provenientes dos sensores durante o funcionamento normal do robô. Este dados permitiram uma melhor análise do desempenho do robô. Verifica-se que a lógica difusa permite obter uma maior suavidade na transição de decisões, e que com o aumento do número de regras é possível tornar o sistema ainda mais suave. Deste modo, verifica-se que a lógica difusa é uma ferramenta útil e funcional para o controlo de aplicações. Como desvantagem surge a quantidade de dados associados à implementação, tais como, os universos de discurso, as funções de pertença e as regras. Ao se aumentar o número de regras de controlo do sistema existe também um aumento das funções de pertença consideradas para cada variável linguística; este facto leva a um aumento da memória necessária e da complexidade na implementação pela quantidade de dados que têm de ser tratados. A maior dificuldade no projecto de um controlador difuso encontra-se na definição das variáveis linguísticas através dos seus universos de discurso e das suas funções de pertença, pois a definição destes pode não ser a mais adequada ao contexto de controlo e torna-se necessário efectuar testes e, consequentemente, modificações à definição das funções de pertença para melhorar o desempenho do sistema. Todos os aspectos referidos são endereçados no desenvolvimento do AGV e os respectivos resultados são apresentados e analisados.

A aprendizagem de conceitos estatísticos numa amostra de alunos do ensino secundário - análise univariada e multivariada

Trabalho de projecto apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Estatística e Gestão de Informação

Estratégias de aprendizagem ao longo da vida na União Europeia: análise crítica e comparativa das estratégias de aprendizagem ao longo da vida de cinco estados-membros

Dissertação apresentada para obtenção do grau de Doutor em Ciências da Educação/Educação e Desenvolvimento pela Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia

Differential species-specific ectoparasitic mite intensities in two intimately coexisting sibling bat species: resource-mediated host attractiveness or parasite specialization?

1. The mechanisms underlying host choice strategies by parasites remain poorly understood. We address two main questions: (i) do parasites prefer vulnerable or well-fed hosts, and (ii) to what extent is a parasite species specialized towards a given host species? 2. To answer these questions, we investigated, both in the field and in the lab, a host-parasite system comprising one ectoparasitic mite (Spinturnix myoti) and its major hosts, two sibling species of bats (Myotis myotis and M blythii), which coexist intimately in colonial nursery roosts. We exploited the close physical associations between host species in colonial roosts as well as naturally occurring annual variation in food abundance to investigate the relationships between parasite intensities and (i) host species and (ii) individual nutritional status. 3. Although horizontal transmission of parasites was facilitated by the intimate aggregation of bats within their colonial clusters, we found significant interspecific differences in degree of infestation throughout the 6 years of the study, with M. myotis always more heavily parasitized than M. blythii. This pattern was replicated in a laboratory experiment in which any species-specific resistance induced by exploitation of different trophic niches in nature was removed. 4. Within both host species, S. myoti showed a clear preference for individuals with higher nutritional status. In years with high resource abundance, both bat hosts harboured more parasites than in low-resource years, although the relative difference in parasite burden across species was maintained. This pattern of host choice was also replicated in the laboratory. When offered a choice, parasites always colonized better-fed individuals. 5. These results show first that host specialization in our study system occurred. Second, immediate parasite choice clearly operated towards the selection of hosts in good nutritional state.

Strength and cost of an induced immune response are associated with a heritable melanin-based colour trait in female tawny owls.

1. Melanin pigments provide the most widespread source of coloration in vertebrates, but the adaptive function of such traits remains poorly known. 2. In a wild population of tawny owls (Strix aluco), we investigated the relationships between plumage coloration, which varies continuously from dark to pale reddish, and the strength and cost of an induced immune response. 3. The degree of reddishness in tawny owl feather colour was positively correlated with the concentration of phaeomelanin and eumelanin pigments, and plumage coloration was highly heritable (h(2) = 0.93). No carotenoids were detected in the feathers. 4. In mothers, the degree of melanin-based coloration was associated with antibody production against a vaccine, with dark reddish females maintaining a stronger level of antibody for a longer period of time compared to pale reddish females, but at a cost in terms of greater loss of body mass. 5. A cross-fostering experiment showed that, independent of maternal coloration, foster chicks reared by vaccinated mothers were lighter than those reared by nonvaccinated mothers. Hence, even though dark reddish mothers suffered a stronger immune cost than pale reddish mothers, this asymmetric cost was not translated to offspring growth. 6. Our study suggests that different heritable melanin-based colorations are associated with alternative strategies to resist parasite attacks, with dark reddish individuals investing more resources towards the humoral immune response than lightly reddish conspecifics.

Petrus de Alvernia, de motibus animalium, de longit. et brev. vite (5v), de morte et vita (7v), de juventute et senecta (9), de respiratione (12).

Pour gardes, fragments de comptes de la ville de Paris en 1365.

The Traveler, July 2005

News from the Iowa Tourism Office

Berlin 30/3 -32

Kirje 30.3.1932

Predation drives interpopulation differences in parental care expression.

Expressing parental care after oviposition or parturition is usually an obligate (evolved) trait within a species, despite evolutionary theory predicting that widespread species should vary in whether or not they express parental care according to local selection pressures. The lizard Eutropis longicaudata expresses maternal care only in a single population throughout its large geographical range, but why this pattern occurs is unknown. We used reciprocal translocation and predator exclusion experiments to test whether this intraspecific variation is a fixed trait within populations and whether predator abundance explains this perplexing pattern. Wild-caught female lizards that were reciprocally translocated consistently guarded or abandoned eggs in line with their population of origin. By contrast, most lizards raised in a common garden environment and subsequently released as adults adopted the maternal care strategy of the recipient population, even when the parents originated from a population lacking maternal care. Egg predation represents a significant fitness cost in the populations where females display egg-guarding behaviour, but guarding eggs outweighs this potential cost by increasing hatching success. These results imply that predators can be a driving force in the expression of parental care in instances where it is normally absent and that local selection pressure is sufficient to cause behavioural divergence in whether or not parental care is expressed.

Host sex and ectoparasites choice: preference for, and higher survival on female hosts.

1. Sex differences in levels of parasite infection are a common rule in a wide range of mammals, with males usually more susceptible than females. Sex-specific exposure to parasites, e.g. mediated through distinct modes of social aggregation between and within genders, as well as negative relationships between androgen levels and immune defences are thought to play a major role in this pattern. 2. Reproductive female bats live in close association within clusters at maternity roosts, whereas nonbreeding females and males generally occupy solitary roosts. Bats represent therefore an ideal model to study the consequences of sex-specific social and spatial aggregation on parasites' infection strategies. 3. We first compared prevalence and parasite intensities in a host-parasite system comprising closely related species of ectoparasitic mites (Spinturnix spp.) and their hosts, five European bat species. We then compared the level of parasitism between juvenile males and females in mixed colonies of greater and lesser mouse-eared bats Myotis myotis and M. blythii. Prevalence was higher in adult females than in adult males stemming from colonial aggregations in all five studied species. Parasite intensity was significantly higher in females in three of the five species studied. No difference in prevalence and mite numbers was found between male and female juveniles in colonial roosts. 4. To assess whether observed sex-biased parasitism results from differences in host exposure only, or, alternatively, from an active, selected choice made by the parasite, we performed lab experiments on short-term preferences and long-term survival of parasites on male and female Myotis daubentoni. When confronted with adult males and females, parasites preferentially selected female hosts, whereas no choice differences were observed between adult females and subadult males. Finally, we found significantly higher parasite survival on adult females compared with adult males. 5. Our study shows that social and spatial aggregation favours sex-biased parasitism that could be a mere consequence of an active and adaptive parasite choice for the more profitable host.