A práxis docente no 1º ano do ensino fundamental : realidades e desafios : um estudo realizado em duas escolas da Rede Pública Municipal de Manaus

Investigar a práxis docente no contexto escolar nos permite uma reflexão sobre os tipos de estruturas de aprendizagem utilizadas na educação e suas implicações para o conhecimento, visto que dentre os aspectos do conceito de práxis que trazem contribuições significativas para a área educacional está a concepção de que a práxis busca o movimento, a transformação e, por isso é essencialmente dinâmica. Esta proposta de investigação aborda especialmente a prática educativa desenvolvida no 1º ano do ensino fundamental, buscando detectar as concepções que a fundamentam no processo de ensino aprendizagem da criança de seis anos que se encontra em estágio inicial de escolarização, caracterizando-se, dessa forma, em uma pesquisa de natureza empírica e de caráter descritivo com uso da abordagem qualiquantitativa. O estudo foi organizado em quatro capítulos: o primeiro faz referência à trajetória do ensino fundamental no Brasil; o segundo é um breve estudo sobre a história e contextos da formação de professores; o terceiro faz uma análise da práxis docente no cotidiano escolar; e o quarto capítulo descreve os motivos que levaram à pesquisa e a metodologia construída para a coleta, análise e discussão dos dados obtidos, permitindo-nos refletir se a práxis docente no primeiro ano do ensino fundamental em escolas da rede pública de Manaus é condizente com o perfil da criança de seis anos.

A perceção de Educadores de Infância, Professores do 1º ciclo e Educação Especial em relação às dificuldades no Ensino de crianças portadoras de Trissomia 21

A Trissomia 21 é uma problemática com alta incidência na nossa sociedade e possuí características muito específicas que variam de indivíduo para indivíduo. A educação de uma criança com Trissomia 21 deve ter a mesma finalidade da educação de qualquer outra, ou seja, é necessário dar-lhe todas as oportunidades e todo o apoio necessário para que possa desenvolver as suas faculdades cognitivas e sociais até ao máximo que lhe for possível. Proponho, neste trabalho, a apresentação ao leitor de um conhecimento mais profundo sobre a perceção dos Educadores de Infância, Professores do 1º Ciclo e Educação especial e em qualquer situação profissional em relação às dificuldades no ensino de crianças portadoras de Trissomia 21. Considero que este conhecimento é de extrema importância para professores e educadores, pois assim, poderão ter uma perceção das dificuldades que sentem no ensino destas crianças, quais os obstáculos existentes, os aspetos considerados facilitadores no ensino destas crianças, refletir sobre a necessidade de formação adequada para trabalhar com estas crianças e que estratégias são utilizadas com maior frequência no ensino destas crianças de forma a estimular adequadamente a criança e proporcionar um desenvolvimento adequado. O trabalho está estruturado em duas partes. Na primeira, através de uma revisão de literatura, são abordados assuntos relacionados com a Educação Especial, a Escola e a Educação Inclusiva, a Diferenciação Pedagógica, a Trissomia 21 e a intervenção educativa. A segunda parte cinge-se ao estudo empírico, o qual se desenvolve no âmbito de um modelo quantitativo de investigação, seguindo um plano não-experimental e descritivo. Conta com a amostra de 51 docentes. Alguns já trabalharam e trabalham com crianças portadoras de Trissomia 21, outros nunca trabalharam. A metodologia utilizada privilegiou a aplicação de um questionário para a recolha de dados. Perante a análise da informação recolhida constatou-se que, os docentes inquiridos têm a noção que o ensino deve ser adaptado a estas crianças e das estratégias que devem utilizar na intervenção em contexto escolar. A falta de apoio aos docentes, a falta de formação docente, a falta de equipamento/materialadequado ao desenvolvimento e ao ensino de qualidade destas crianças e a pouca colaboração de alguns encarregados de educação contribuem para o sentimento de insegurança no ensino das crianças portadoras de Trissomia 21.

Trabalho colaborativo : alavanca do desenvolvimento profissional docente

Longe vão os tempos em que a formação inicial dos docentes era tida como suficiente para o desempenho da profissão. Hoje, a sociedade e o poder político requisitam aos professores maior abrangência nas suas competências profissionais, no sentido de estes serem capazes de responder adequadamente às exigências que enfrentam. A tutela, por seu turno, responde com programas de apoio do tipo TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária) à enorme variedade de alunos e contextos socioeconómicos. É no seio desta realidade que se coloca a questão: como implementar práticas colaborativas, potenciadoras do desenvolvimento profissional dos professores do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, numa escola TEIP? Fullan e Hargreaves (2001) defendem que só a existência de um trabalho conjunto, a responsabilidade partilhada, o empenhamento e o aperfeiçoamento coletivos, a maior disponibilidade para participar na difícil atividade de reflexão crítica, acerca do trabalho realizado, e uma cultura colaborativa é que poderão conduzir a progressos significativos, na melhoria dos resultados e, consequentemente, no real desenvolvimento profissional docente. Contudo, quer a abertura das salas de aula ao exterior, quer a inclusão de todos os alunos nas mesmas, representam ainda, e em geral, um desafio para muitos docentes. É neste contexto que se apresenta um projeto de formação que tem, como campo de análise, a formação de professores, centrada na escola e ancorada na colaboração e supervisão interpares. A formação referida visa: desenvolver uma cultura de positividade e propositividade; criar, promover, analisar e partilhar experiências e inovações realizadas em contexto; desenvolver experiências consequentes sob o ponto de vista do desenvolvimento profissional docente, ao nível da sala de aula; refletir, em conjunto, sobre estratégias exequíveis e indutoras da melhoria do comportamento e das aprendizagens dos discentes. Com estes propósitos, ancorar-se-á a oficina de formação na criação de tarefas a serem experimentadas em contexto, na observação de aulas e na experiência dos intervenientes, baseada na reflexão sobre as práticas e focalizada nos problemas correntes. A expectativa sobre os resultados a obter com esta formação é grande e alicerça-se no trabalho empírico levado a cabo, tendo os principais resultados apontado, claramente, no sentido da necessidade e disponibilidade, por parte dos docentes, para participarem numa oficina de formação cujos objetivos fossem os citados.

Aprender a ler, aprender a conviver: aprendizagem da leitura como veículo para a socialização

O trabalho apresentado é decorrente do Projeto de Intervenção realizado no âmbito do Curso de 2º Ciclo em Educação Especial – domínio cognitivo e motor, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Resumo A referida intervenção contempla a minimização das dificuldades apresentadas por uma menina a nível da leitura e escrita e da sua socialização, numa perspetiva inclusiva. M. é o nome fictício da aluna alvo da intervenção. Atualmente, frequenta o 3º ano de escolaridade numa escola pública, em Lisboa área da sua residência. A revisão da literatura vai sustentar e facilitar a compreensão clara e concisa da intervenção realizada e das posições defendidas sobre esta matéria. Deste modo, são tratados temas no âmbito da exclusão social e escolar, da escola Inclusiva e dos obstáculos que ainda encontramos nas escolas, dos preconceitos, dos alunos com necessidades educativas especiais, das adaptações curriculares, da aprendizagem cooperativa e diferenciação pedagógica, referimo-nos ainda às dificuldades de aprendizagem e, por último, à comunicação e à linguagem oral e escrita. Para obter informações sobre a M. e sobre o contexto da intervenção, bem como sobre todo o seu processo de inclusão escolar, utilizamos como suporte metodológico, a pesquisa documental, as entrevistas semi-diretivas à professora titular de turma e à professora de ensino especial, a observação naturalista, a sociometria e as notas de campo para se poder complementar as informações. A planificação global da intervenção foi elaborada a partir do relacionamento/ cruzamento dos dados que resultaram da análise da informação recolhida. Para uma intervenção fundamentada caracterizamos inicialmente o seu contexto escolar e familiar e posteriormente a M. Os princípios orientadores da intervenção realizada, assentam numa perspetiva de investigação para a ação, e tiveram presentes os objetivos definidos para a M. As atividades foram realizadas, numa perspetiva de aprendizagem muito estruturada, muito refletida e avaliada durante todo o processo, implicando todos os intervenientes. Esta intervenção, levou-nos a estimular práticas educativas, diferenciadas e inclusivas na turma, com a professora titular dessa turma e com a professora do ensino especial com os colegas da M.

Las secuencias didácticas de lengua: una encrucijada entre teoría y metodología

[ES] El objetivo de este trabajo es analizar secuencias didácticas(SD) para enseñar lengua/s diseñadas por profesores de educación primaria y proponer algunos indicadores que guíen a los enseñantes en la confección y validación (o autoevaluación) de las mismas. Entendemos la secuencia didáctica en el sentido de sus creadores ginebrinos, es decir, como una herramienta para la enseñanza del género textual como unidad comunicativa. El diseño de las secuencias estudiadas en este artículo se realiza a lo largo de unas sesiones de formación de profesorado; a la vista de los obstáculos que se observan en su elaboración (dificultades para explicitar la consigna, noción difusa del género textual, etc.), decidimos analizarlas a partir de unos ítems o criterios extraídos básicamente de los principios que rigen las secuencias didácticas. Pensamos que las principales dificultades derivarán de las concepciones teóricas y metodológicas previas que tienen los profesores y de una concepción disociada de la SD y del género textual. Los resultados ponen de relieve cuáles son algunos de los aspectos que merecen especial atención a la hora de diseñar secuencias didácticas y sugieren el interés de contar con unos indicadores que guíen al docente en la confección de las mismas. Eso no significa, sin embargo, que deba tratarse de una lista cerrada y, evidentemente, futuros trabajos habrán de modificarla y completarla. Hasta el momento, estos criterios nos permiten confirmar la importancia de insistir en las bases teóricas y metodológicas de las secuencias didácticas en el marco de las sesiones formativas.

Special educational needs across two decades: survey evidence from English primary schools

The article considers the perceived prevalence of special educational needs in English primary schools and changes in this prevalence over two decades and relates these to issues in education policy, teacher practice and the concept of special educational needs. The studies considered are two major surveys of schools and teachers, the first conducted in 1981 and the second conducted in the same schools in 1998. Important features of both studies were their scale and the exceptionally high response rates achieved. Two central findings were the perception of teachers that special educational needs were widespread and of an increase in special educational needs over time: perceived levels of special educational needs were one in five children in 1981, which had risen to one in four children in 1998. Learning difficulties were by far the most common aspects of special educational needs but many children had multiple difficulties, and behavioural difficulties were seen by teachers as the main barriers to inclusion. The very high figures for prevalence raise questions about the continued usefulness of the concept of special educational need distinct from broader issues of achievement.

Formative assessment in teacher education: the development of a diagnostic language test for trainee teachers of German

This article describes the development and validation of a diagnostic test of German and its integration in a programme of formative assessment during a one-year initial teacher-training course. The test focuses on linguistic aspects that cause difficulty for trainee teachers of German as a foreign language and assesses implicit and explicit grammatical knowledge as well as students' confidence in this knowledge. Administration of the test to 57 German speakers in four groups (first-year undergraduates, fourth-year undergraduates, postgraduate trainees, and native speakers) provided evidence of its reliability and validity.

An anthology of voices: an analysis of trainee drama teacher's monologues

This paper reports on research undertaken into the processes through which student teachers begin to formulate an identity as a professional teacher. Using Fuller’s investigations into the attitudes of trainee teachers towards their courses (1969) as a baseline, a discussion is established on the place of the student voice in contemporary initial teacher training programmes. In order to further investigate the potential importance of affording student teachers the opportunity to reflect on and express their thinking and feeling as they embark on their chosen career path, the concerns of a group of student drama teachers were recorded and interpreted. The vehicle for this exercise involved writing and subsequently performing reflective monologues. These were analysed by using The Listening Guide as composed by Gilligan et al. (2003). This paper illustrates how the methodology revealed distinct yet generally harmonious voices at work in the group in the first few weeks of their training year. Subsequent analysis suggests a model for the initial formation of a teaching identity built on aspects of self, role and character. Recognising the relative values and relationships between these factors for student teachers may, it is argued, provide greater security for them while affording their tutors insights which could help them to re-shape initial teacher training programmes. Keywords: student teachers, teacher training, professional identity, student voice, reflective monologues

The 'algebra as object' analogy: a view from school

Treating algebraic symbols as objects (eg. “‘a’ means ‘apple’”) is a means of introducing elementary simplification of algebra, but causes problems further on. This current school-based research included an examination of texts still in use in the mathematics department, and interviews with mathematics teachers, year 7 pupils and then year 10 pupils asking them how they would explain, “3a + 2a = 5a” to year 7 pupils. Results included the notion that the ‘algebra as object’ analogy can be found in textbooks in current usage, including those recently published. Teachers knew that they were not ‘supposed’ to use the analogy but not always clear why, nevertheless stating methods of teaching consistent with an‘algebra as object’ approach. Year 7 pupils did not explicitly refer to ‘algebra as object’, although some of their responses could be so interpreted. In the main, year 10 pupils used ‘algebra as object’ to explain simplification of algebra, with some complicated attempts to get round the limitations. Further research would look to establish whether the appearance of ‘algebra as object’ in pupils’ thinking between year 7 and 10 is consistent and, if so, where it arises. Implications also are for on-going teacher training with alternatives to introducing such simplification.

Self, role and character: developing a professional identity as a drama teacher

The paper reports on research into what may have influenced trainees on four post-graduate teacher training courses in England to become specialist drama teachers rather than pursue careers in the world of professional entertainment. In doing so it raises questions regarding the value of considering teaching as a performing art. The paper goes on to explore how drama trainees regard an understanding of performance, and an ability to both use and demonstrate performance techniques, as integral to their role as subject specialists. The subsequent discussion examines how a drama teacher’s professional identity may be seen as being made up of the three inter-connected elements, self, role and character. Thus, while all teaching may be considered to involve some elements of performativity , this paper suggests that, for the drama specialist, an understanding of what constitutes ‘performance’ has a particular importance. One conclusion drawn from the research is that recognising the place of performance in their practice may result in experienced teachers of drama regarding themselves as artists whose art is teaching drama; another is that recognising the different ways in which adopting a role may involve performance could be of value to all teachers and teacher educators.

Nurturing bilingual learners: challenges and concerns in Singapore

Singapore’s bilingual policy legitimises English not only as the language of governmental administration and interethnic communication, but also as the medium of instruction in all schools on all levels and across all subjects except mother tongues (MTs). As a result of these politics of language recognition, a visible shift has occurred in all ethnic groups away from MTs towards English. To rectify the language shift situation, the government has emphasised that developing bilingualism and raising bilingual children should begin in preschools. In this paper, we examine two top-down official documents: Review of Mother Tongue Languages Report, issued in 2011, and Nurturing Early Learners Framework for Mother Tongue Languages, developed in 2013. Attempting to identify some of the complex factors that influence language shift, we present an intertextual analysis of the Report and the curriculum Framework. In doing so, we compare the consistencies and locate the implicit inconsistencies in the policy position on bilingual education in preschools. We conclude the article by outlining the implications for changing the current bilingual educational models and providing teacher training programmes that maximise the learning opportunities of young bilingual learners.

"She was a Bitch" : A Socio-Educational Perspective on Motivation for Learning English.

AbstractThis degree project focuses motivation for learning English among a group of Swedish uppersecondary school students. By employing a socio-educational perspective, some vital factorsbehind a strong motivation for learning English in school are investigated through individualinterviews. Components in the past, heralding either a high level of motivation for English or a low such, are primarily focused. Moreover, essential socio-educational factors behind managing to achieve grades in English despite a low level of motivation and various impediments, such as severe socio-psychological adversities, are looked into. While motivation for English is emphasized as a critical factor, in accordance with socio-educational motivation theory, the study also stresses the importance of a positive first encounter with the English language, a satisfying English teacher-student relationship, and a sense of success in the English classroom. But above all, the study stresses a need for early tests among young students for reading disabilities, which according to this study often go undetected and thus severely impede any kind of second language learning and motivation.

Degree projects improving co-operation between the teacher education program and schools : - Swedish experiences

In 1977, when teacher education inSwedenwas incorporated into the university system, the main reason was to transform it into an academic tradition. Now, nearly 30 years later, there is still tension between the academic and the vocational tradition; they show up as different and separated elements in a program that is meant to prepare students for a career as a teacher and for a possible future career as a researcher in this field. This tension gives rise to a risk of allowing parallel “tracks” to develop and of isolating the degree thesis work from other courses. On the teacher-training program in which we are involved, close co-operation with partner-schools, where the practical part of the program takes place, has been established. Here, the students´ degree theses are an important factor in making this co-operation work on a concrete level. Accordingly, the purpose of the degree thesis is both to reflect problems in schools and contribute to better teaching in the individual school, but also to offer relevant educational subject matter to the students, which may be adapted as an element in the university’s research environments. From these points of view, the degree thesis is an important part of teacher education and rather more than just a single course. The degree thesis should be an element that gives the students an opportunity to show that they have reached central goals in the teacher education program. It should also be an integral part in the development of critical and scholarly thinking, deepening pedagogical and didactic knowledge and giving the students an opportunity to apply research methods. We will here use two minor case studies: one that compares teacher education programs in five Swedish universities and one minor study at one of those universities, in order to elaborate on the questions: - What purpose has a degree thesis and what role does it play in teacher education? - What criteria are relevant to assessing a degree thesis and what qualities do the degree theses have? - Is it possible to assess a degree thesis fairly and what happens to students who do not pass? - How could the degree thesis be used to improve the contact between the teacher education program and its partner schools in order to contribute to the development of the individual school?