994 resultados para Memória Rio de Janeiro


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Este trabalho pretende apontar o acometimento do transtorno do estresse ps-traumtico em policiais militares do Estado do Rio de Janeiro. Para isso, a autora utiliza sua experincia como psicloga da PMERJ h 11 anos e descreve inmeras situaes sobre o cotidiano na referida corporao, os desafios de pesquisar a instituio onde trabalha, descreve como funciona o servio de psicologia e como, a partir do lugar de psicloga militar, enxerga o homem policial militar, sua identidade e a instituio Polcia Militar. contextualizado o cenrio de violncia e criminalidade encontrado pelos policiais de nosso Estado nos ltimos anos e so abordados aspectos da formao desses profissionais de segurana pblica, que incluem a construo da negao do medo no exerccio da atividade laboral e a aderncia a um padro de homem destemido e forte em todos os momentos. H a tentativa de demonstrar como essas construes contribuem para o adoecimento psquico desses trabalhadores, por impedi-los de se dar conta de suas fragilidades e limitaes, estando sempre em busca de alcanar o padro do super-homem valorizado como ideal. Discute-se o adoecimento mental entre policiais, especialmente o transtorno do estresse ps-traumtico como um problema de sade pblica para alm dos muros da PMERJ. So apresentadas as diretrizes atuais em nosso pas no tocante a esta temtica e por fim so descritas duas estrias detalhadas de policiais militares para ilustrar como a profisso pode atravessar a vida desses trabalhadores, de forma a modific-las profundamente.

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Trata-se de um estudo descritivo e exploratrio, que se apoiou na estatstica descritiva para abordagem dos resultados produzidos. Tem como objeto as iniciativas para segurana do paciente, implementadas pelos gerentes de risco em hospitais do municpio do Rio de Janeiro. O estudo teve como objetivo: analisar as iniciativas implementadas pelos gerentes de risco para garantir a segurana do paciente, considerando as iniciativas nacionais e mundiais existentes. Foi desenvolvido em cinco hospitais do Rio de Janeiro, com quatorze gerentes de risco. A tcnica utilizada foi a aplicao de um questionrio semiestruturado, composto por questes fechadas e abertas sobre as iniciativas para segurana do paciente. Foi verificado que todos realizam atividades voltadas para educao continuada. As menos desenvolvidas so aes de tecno, hemo e farmacovigilncia (29%). A maioria informou que se orienta pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, assim como implementa quatro programas para segurana do paciente: a identificao dos pacientes (100%), seguida da assistncia limpa uma assistncia mais segura (86%), controle de infeco da corrente sangunea associada ao cateter (64%) e cirurgia segura, salva vidas (64%). A maior parte dos gerentes de risco desconhece os cinco protocolos operacionais padronizados da Joint Comission on Acreditation of Healthcarecare Organizations e o contedo da campanha dos 5 milhes de vidas do Institute for Healthcare Improvement. Os eventos adversos cujo monitoramento prioritrio para os gerentes de risco, so queda do leito (43%) e infeces (36%). A maior parte deles (57%) informa utilizar a anlise de causa raiz e anlise do modo e efeito da falha como ferramentas de monitoramento de eventos adversos. Conclui-se que grande parte das iniciativas para segurana do paciente so implementadas pelos gerentes de risco, o que vai ao encontro do que sugerido atualmente, no entanto as iniciativas mais citadas so as iniciativas j divulgadas pelas instituies de referncia para segurana do paciente, e que exigem poucos investimentos para serem implementadas, logo essencial mais aes de capacitao dos gerentes de risco e de desenvolvimento de uma cultura de segurana no ambiente hospitalar.

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O tema desta tese compreender trajetrias de indivduos que atuaram no trfico de drogas e de armas na regio metropolitana do Rio de Janeiro. Discuto as motivaes que ensejaram a entrada destes indivduos na atividade criminosa e os efeitos que a passagem pelo sistema prisional causou na constituio de suas identidades pessoais. O objetivo principal examinar as condies que propiciaram o abandono do trfico e detectar as mediaes que serviram de suporte na tentativa de reinsero no mundo formal e lega. Procurei analisar as atividades do trfico de drogas a partir das diversas interaes entre seus participantes, reconstitudas por entrevistas com indivduos que exerceram tal atividade. As formas sociais de conexo entre o lcito e o ilcito examinada neste trabalho a partir das motivaes individuais face foras estruturais que induzem a produo de um jogo de identidades que no toma o indivduo como um "locus " emprico dotado de encerramento da anlise sociolgica.

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Este estudo tem o objetivo de pesquisar a prtica do(a) coordenador(a) pedaggico(a) na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro. Para entender a dinmica de trabalho desses profissionais analisei os perodos em que a Rede Municipal de Ensino estava orientada pela Multieducao, pelo Ciclo de Formao no Ensino Fundamental e pelas transformaes curriculares propostas a partir de 2009, quando se iniciou uma nova gesto na Secretaria Municipal de Educao (SME). Realizei um estudo do tipo etnogrfico, dialogando com autores que propiciam melhor compreenso da complexa prtica do(a) coordenador(a) pedaggico(a) nas escolas. Em seguida, observei as transformaes das polticas curriculares da Rede Municipal de Ensino a partir do ciclo de polticas proposto por Stephen J. Ball e colaboradores. E, por fim, examinei a prtica de coordenadores(as) pedaggicos(as) atravs do contexto cultural e da dinmica do currculo nas respectivas escolas, compreendendo a funo desse profissional como mediador(a) das polticas de currculo na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro.

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A presente dissertao tem por objetivo identificar as representaes sociais da ressocializao, por meio da escola, de prisioneiros masculinos de presdios situados no Rio de Janeiro. A legislao brasileira tem, entre seus princpios organizadores, o conceito de ressocializao de prisioneiros, ao estabelecer limites de durao da pena e impedir a pena de morte. Entretanto, ao analisarmos as condies carcerrias existentes neste iderio de ressocializao, verificamos que este iderio no possui e nem produz eficcia. A oferta de educao, para presidirios, ocorreu no Brasil a partir de 1967 e atualmente est em vigor a Lei n 12.433, de 29 de junho de 2011, que estabelece uma correlao entre a educao formal e a remio de pena. A dissertao trata de um breve histrico da educao no sistema penal brasileiro, considerando seus limites e potencialidades. O referencial terico utilizado foi o da Teoria das Representaes Sociais como apresentada por Serge Moscovici (1978) em sua pesquisa original sobre as representaes sociais da psicanlise. O referencial terico adotado permitiu a identificao desta espcie de pensamento social em um grupo de presidirios que frequenta a escola no presdio, priorizando a relao entre escola e ressocializao. Foram entrevistados 80 sujeitos do sexo masculino, em presdios da capital do estado do Rio de Janeiro, com a devida autorizao do presdio, da Secretaria de Estado da Educao e com o rigor no cumprimento das normas ticas estabelecidas para pesquisa com humanos, especialmente a garantia de anonimato. A representao de comportamento no presdio resume-se ao conceito de enquadramento, que significa uma srie de atitudes e de pensamento que permitem a sobrevivncia no interior do presdio. A escola foi compreendida, pelos sujeitos, como instituio tambm determinada pelo enquadramento. Mesmo a escola tendo sido bem avaliada e apresentando perspectivas de futuro para a ressocializao, os sujeitos consideraram que a famlia o principal agente de ressocializao frente da escola. Consideramos que, para os presidirios, a escola pode representar possibilidades de ressocializao, entretanto deve aprimorar suas atividades para o mundo do trabalho e para a constituio de redes sociais de afinidade, com a famlia lato sensu dos prisioneiros, para que sua eficcia seja real e potente.

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A presente dissertao tem por objeto elaborar um relato histrico da emergncia da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) no Brasil, com especial observncia ao eixo Rio-So Paulo nas dcadas de 1950, 1960 e 1970. A ACP faz parte da chamada Psicologia Humanista, um movimento inicialmente organizado pelo psiclogo norte-americano Abraham Maslow (1908-1970) na dcada de 1950, que contou com a forte participao de Carl Rogers (1902-1987), tambm psiclogo norte-americano, e fundador da atualmente denominada Abordagem Centrada na Pessoa. A trajetria profissional de Rogers foi marcada pelos acontecimentos de sua poca, como a crise econmica americana da dcada de 1930, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e os conflitos globais por questes tnicas, religiosas e raciais. Para uma melhor compreenso do desenvolvimento da ACP, este foi narrado em conjunto com a histria dos principais acontecimentos polticos, econmicos e culturais dos EUA, buscando construir uma narrativa situada historicamente. O mesmo foi feito em relao histria da ACP no Brasil, nas dcadas de 1950 a 1970, ressaltando-se o objetivo dos governantes nacionais de transformar o Brasil em uma grande nao em termos culturais e educacionais, para isso se valendo da criao de diversas instituies voltadas s crianas, adolescentes e jovens adultos, para seu atendimento psicolgico, educacional, orientao profissional e aprimoramento tcnico. A instaurao da ditadura civil-militar iniciada em 1964, o processo de regulamentao da profisso de psiclogo e a criao dos primeiros cursos de psicologia no Brasil so destaque. Registrar a histria da ACP no Brasil uma tarefa que se justifica dado o contingente de profissionais que atuam neste referencial terico e para incentivar a pesquisa em histria da psicologia. A metodologia de trabalho adotada foi a reviso bibliogrfica e o relato oral instrumentalizado por entrevistas com profissionais de destacada relevncia na histria da ACP no Rio de Janeiro e em So Paulo. Este estudo tem como marco final a vinda de Carl Rogers e sua equipe em 1977 ao Brasil para a realizao do I Encontro Brasileiro Centrado na Pessoa (Arcozelo I), o que possibilitou a reunio, o reconhecimento mtuo e a troca de experincias entre os profissionais brasileiros, fechando desta forma o perodo da emergncia da ACP no Brasil e favoreceu uma nova fase de desenvolvimento por todo o pas.

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O estudo tem como tema os Percursos trilhados pelas famlias para a garantia do direito educao de crianas com necessidades especiais. Este estudo surgiu pela demanda dos integrantes do Ncleo de Estudos da Infncia: Pesquisa & Extenso (NEI:P&E/UERJ), coordenado pela Prof Dr Vera Vasconcellos, em compreender como ocorreu a trajetria de escolarizao de crianas acompanhadas em dois estudos realizados em creches do municpio do Rio de Janeiro, em 2009, aps a sada delas das referidas instituies. Os estudos foram: i) Crianas focais: a triangulao educao-famlia-sade na creche, realizado em 2008 e 2009 na Creche Institucional Dr. Paulo Niemeyer; e ii) Infncia, Educao e Incluso: um estudo de caso, realizado em 2009 na Creche Municipal de Odetinha Vidal de Oliveira. A pesquisa atual tem como proposta um estudo de follow-up, onde demos continuidade s duas anteriores, a partir da anlise do percurso de trs (3) famlias (me) na tentativa de garantir uma educao inclusiva de qualidade para seus filhos. Inicialmente, foi realizado um levantamento bibliogrfico e documental sobre o tema. Em seguida voltou-se s famlias das crianas com o objetivo de investigar de que modo escolarizao foi sendo propiciadas a estas crianas e como suas dificuldades de aprendizagem tm sido entendidas nos espaos educacionais que frequentam. Adotamos o Estudo de Caso como proposta metodolgica. Foram realizadas duas entrevistas com as mes das crianas, respectivamente em 2012 e 2013 e solicitado que elas respondessem um questionrio (Caracterizao Familiar), que delineava o perfil das mesmas destacando suas caractersticas sciodemograficas. Os dados produzidos foram sistematizados atravs da abordagem de Anlise de Contedo por temticas, com nfase nas trajetrias das crianas e suas famlias em prol da garantia ao direito Educao. A pesquisa conclui que as crianas do estudo no encontraram espao no sistema regular de educao, pblico e/ou privado, em contraste ao que garante os documentos nacionais e municipais. As trajetrias e experincias foram repletas de inseguranas e expectativas negativas por parte das escolas quanto ao desenvolvimento e escolarizao das crianas. Conclui tambm que no suficiente conhecer os direitos educao da criana com necessidades especiais, as instituies precisam reconhecer os familiares como parceiros privilegiados na construo de alternativas para a produo de conhecimentos das crianas com necessidades especiais. Os dados demonstraram a importncia social das escolas especiais no atendimento especializado de crianas com necessidades especiais. Os lugares ocupados por essas instituies so reconhecido pelas famlias como fundamental rede de apoio e suporte s crianas e famlias no processo de educao e incluso escolar.

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A presente dissertao constituiu um estudo da poltica na rea de Sade Bucal em um municpio de grande porte atravs dos seus processos - de formulao e implementao - seus atores e sua interface com a Poltica Nacional Brasil Sorridente. Tomando como referncia a experincia do Rio de Janeiro no perodo de 2001 a 2006, optou-se por um estudo de caso por tratar-se de descrever a unidade a poltica - em profundidade e em detalhe. A conduo de listas livres possibilitou um maior discernimento das mudanas poltico-organizacionais e principalmente de dois momentos consecutivos: a suposta centralidade da Sade Bucal na agenda municipal com o decreto do Programa Sade e Cidadania Dentescola e a oportunidade de se estabelecer uma poltica de Sade Bucal contextualizada no acolhimento, no acesso e na universalidade da ateno. O processo de implementao da Poltica Carioca Rindo Toa e do Programa Sade e Cidadania Dentescola dependeu principalmente do aumento de recursos humanos e da aproximao desses com as propostas de Integralidade e Transversalidade.

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A indstria farmacutica, de um modo geral, manipula substncias txicas, desenvolve atividades utilizando como matria-prima um dos maiores bens da natureza, que a gua. Enfim, para produzir o medicamento em benefcio do homem deixa como conseqncias, impactos ambientais considerveis. Pretende-se mostrar que o segmento em questo, apesar de buscar se adequar s normas legais, como as da vigilncia sanitria, ele muito centrado na qualidade do produto, em detrimento dos aspectos ambientais, ainda que tendo disponvel uma importante ferramenta para tal: A certificao de Boas Prticas de Fabricao (BPF) dos produtos farmacuticos. A escolha do local da pesquisa foi o estado do Rio de Janeiro, por ser este, entre outros aspectos, um stio onde historicamente se localizam empresas deste setor. O Rio de Janeiro e So Paulo so estados que congregam o maior nmero de fabricantes de medicamentos do pas. Identificadas as indstrias foi realizado um levantamento para selecionar um grupo de empresas com caractersticas semelhantes. Como as grandes empresas deste segmento so dotadas de estrutura adequada implantao de sistema de gesto ambiental, elas ficaram fora deste escopo. Tambm ficou fora da pesquisa o grupo formado por empresas que importam, embalam, comercializam, mas no fabricam os medicamentos e os produtores de fitoterpicos e veterinrios. O resultado da pesquisa foi que as empresas privadas com nmero de empregados entre 50 e 500 e todas as pblicas tm deficincia para atender aos requisitos ambientais legais, em outras palavras, as questes ambientais ficam restritas a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA / RDC-306) e aos processos de obteno de licenas junto a Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA). Apenas uma dentre s vinte e oito pesquisadas tem Sistema de Gesto Ambiental SGA implantado. Como todos os fabricantes de medicamentos tm que cumprir as exigncias da RDC-210, para obterem o Certificado de BPF e os registros dos medicamentos, assim eles j possuem a cultura, parte dos requisitos e a ferramenta necessria implantao de um SGA de acordo com padres voluntrios como a NBR ISO 14001 (2004). Para comprovar tal evidncia, o estudo apresentou o caso de uma empresa pblica dotada de caractersticas inovadoras e cultura diferenciada, porque agrega colaboradores advindos de laboratrios privados. Tal empresa fabrica exclusivamente vacinas, biofrmacos e reativos, sendo uma grande exportadora, sujeita fiscalizao internacional, como por exemplo, a da Organizao Mundial da Sade (OMS). Conclui-se que as empresas priorizam as questes da ANVISA e as ambientais precisam ser monitoradas e mitigadas. Um Plano de Ao para melhorias ambientais, visando implantao de um SGA e a obteno de um diferencial competitivo pode ser adotado, atravs da estrutura existente por fora das exigncias da ANVISA a qualquer empresa do setor farmacutico

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Este estudo contempla a implementao da Poltica Nacional de Humanizao no Hospital da Lagoa, unidade hospitalar sob gesto do Governo Federal, situada no Municpio do Rio de Janeiro. A escolha do Hospital da Lagoa baseou-se na tradio dessa unidade em implantar aes e atividades inovadoras com vistas melhoria da qualidade da assistncia e, tambm, pela proximidade que a pesquisadora desenvolveu com a instituio ao longo de sua vida profissional. Foi privilegiada a perspectiva dos gestores da instituio quanto experincia de Humanizao, iniciada em 2003 e ainda em curso. De acordo com a poltica, entende-se por humanizao a valorizao dos diferentes sujeitos implicados no processo de produo de sade: usurios, trabalhadores e gestores. Como estratgia de mudanas, a humanizao orienta-se por trs princpios: a transversalidade; a estreita vinculao entre a ateno e a gesto em sade; e a autonomia e protagonismo dos sujeitos nos processos de trabalho. Em se tratando de um estudo de caso, a metodologia do trabalho observou a triangulao, combinando anlise documental, observao participante e realizao de entrevistas semi-estruturadas com 17 gestores, de diversas categorias profissionais e diferentes nveis de chefia. A anlise dos dados revelou a existncia de muitos obstculos a serem transpostos para a institucionalizao da poltica. Entre estes, foram apontados pelos entrevistados: a fragilidade da poltica de humanizao e a prpria cultura organizacional instituda. Nesta, segundo os entrevistados, se localizam os entraves gesto do trabalho: dificuldade na formao de equipes multiprofissionais, desconsiderao com a sade do trabalhador e inoperncia do Colegiado de Gesto Participativa local. Embora tenham sido indicados aspectos favorveis ao processo, ao final do trabalho de campo ainda no tinham sido implantados todos os dispositivos preconizados pela Poltica Nacional de Humanizao. Ademais, os esforos para sua implementao passaram a concorrer com o a implantao de um programa de acreditao hospitalar, pactuado com o Ministrio da Sade.

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Apesar das diversas aes governamentais nas questes relacionadas a alimentao, a insegurana alimentar faz parte da realidade brasileira. Esta pode ocorrer em diversos nveis: primeiramente a preocupao com a oferta de alimentos e a qualidade dos mesmos, em seguida, reduo da qualidade e quantidade de alimentos entre os adultos e por fim em um nvel mais elevado, a reduo ocorre entre as crianas, at mesmo a fome, quando no h nada para comer no domicilio. direito de todos terem acesso a alimentos seguros e nutritivos, desta forma a alimentao e nutrio uma condio para proteo da sade. Trata-se de um estudo seccional, com 273 trabalhadores de sete restaurantes localizados no municpio do Rio de Janeiro. A avaliao da insegurana alimentar foi realizada utilizando a Escala Brasileira de Insegurana Alimentar (EBIA) classificando a populao em segurana alimentar e insegurana alimentar. As anlises foram desenvolvidas aplicando-se o teste qui quadrado ou o teste exato de Fisher quando apropriado (p<0,20) e a regresso logstica foi efetuada considerando trs blocos de variveis: socioeconmicas, laborais e de sade. A prevalncia de insegurana alimentar foi de 53,7%. A maioria da populao estudada era do sexo masculino (57,9%), eram negros ou pardos (81,7%), com nove anos de escolaridade (57,1%), casados (58,2%), com filhos (70,1%), possuam moradia prpria (73,6%), eram ASGs ou copeiras (54,6%), quanto ao tempo gasto do deslocamento de casa para o trabalho, 67,6% dispendem mais de 40 minutos neste trajeto. As variveis: escolaridade (OR-2,39; IC-95% 1,38 - 4,16), opinio sobre a falta de condies financeiras para manter alimentao saudvel (OR-2,24; IC-95% 1,25 4,00), tempo de trabalho em cozinhas <29 meses (OR-2,72; IC-95% 1,44 5,16) e opinio da composio e regularidade da alimentao (OR- 2,01; IC-95% 1,12 3,57) associaram-se significativamente com a insegurana alimentar. Estes trabalhadores mesmo inseridos em um equipamento destinado a ofertar alimentao de qualidade, no tem a percepo da garantia ao acesso de forma satisfatria aos alimentos tanto quantitativamente como qualitativamente.

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O objetivo dessa pesquisa discutir o cenrio de uso de crack no municpio do Rio de Janeiro contextualizado com a condio de vulnerabilidade e risco social, atravs do mapeamento das controvrsias entre os atores dessa rede. As percepes e experincias relatadas neste trabalho dizem respeito aos diferentes espaos profissionais voltados ao atendimento e prestao de servio a este pblico. Inicialmente, trazida a trajetria terica e prtica que levaram a construo desta dissertao. Foram relatadas experincias vividas nas aes conjuntas de abordagem com a SMDS (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social) e a prtica como entrevistadora de usurios de crack na Pesquisa Nacional do Crack pela FIOCRUZ. No segundo momento, feito um breve histrico da origem do crack e suas marcas pelo mundo. So trazidos tambm, dados sobre a droga no Brasil, em particular sua histria no Rio de Janeiro. Ainda nesta sequncia, apresentada a poltica de Reduo de Danos, mostrando de que maneira o sujeito significado a partir dessa perspectiva, e suas principais contribuies pelo mundo e tambm no pas. A dissertao construda pela perspectiva das prticas profissionais do psiclogo SMDS pensada atravs da Teoria Ator-rede. Foi importante destacar as principais aes de poltica pblica voltadas para essa temtica, considerando os avanos na discusso da temtica. Foram mapeadas e exploradas as relaes entre os atores envolvidos nesta temtica (usurios de crack, SMDS, SMS Secretaria Municipal de Sade, Segurana Pblica, Mdia, Sociedade), colocando em evidencia as controvrsias existentes nessas relaes, como recolhimento compulsrio. De maneira conclusiva, so trazidas as impresses tiradas ao final deste percurso, problematizando os papis do poder pblico e daqueles que atuam para garantir a populao que faz uso abusivo de crack e outras drogas o direito de acessar e exercia sua cidadania.

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Esta dissertao investiga os movimentos interelacionados da poltica de avaliao e da poltica curricular na Secretaria Municipal de Educao do Rio de Janeiro (SME/RJ), problematizando a introduo de estratgias como provas bimestrais, produo de material pedaggico, entre outras avaliaes na rede que trazem novos sentidos para a produo curricular. A partir de anlise de documentos curriculares que orientam essa poltica quanto aos procedimentos e concepes de avaliao, esse estudo visou melhor compreender os deslocamentos de sentido para a avaliao, como estratgia de legitimao de conhecimentos e prticas, bem como a anlise dos sentidos do projeto educativo que foi assumido pelo municpio do Rio de Janeiro. Apoiada nas discusses de Ball (1992), recorro ao Ciclo de Polticas como modelo analtico para entender o processo de articulao entre esferas polticas. Concebo essa relao entre currculo e avaliao como lugar de negociao, embates e disputas, no qual analiso os sentidos de uma prtica avaliativa padronizada vinculada a produo curricular. Argumento que est poltica criou um consenso hegemnico quanto a avaliao como competncia tcnica, a partir da inverso do sentido de qualidade, traduzido no discurso do texto poltico. Portanto, se estabelece um contexto avaliador para a escola, baseada numa poltica curricular que cria uma centralidade na avaliao como dispositivo de regulao do aluno e do trabalho docente, no qual o currculo e avaliao representam o exato local de disputa

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Esta tese tem por objetivo apontar como a psicologia se torna uma ferramenta importante na formao do clero, especificamente, seu ensino no seminrio de formao religiosa catlica do Mosteiro de So Bento do Rio de Janeiro, no perodo de 1930 a 1950. Os religiosos catlicos fizeram parte de muitos acontecimentos no s da histria da Igreja, mas tambm da prpria histria do Brasil. Comandaram a educao nos primrdios da colonizao, mantendo influncia na organizao educacional mesmo com a proclamao da Repblica como estado laico. Falar da formao do homem/sacerdote decorre do entendimento de que os religiosos catlicos foram um dos principais grupos disseminadores do saber psicolgico em nossa ptria. O perodo de nosso recorte marcado por transformaes na poltica, na economia e na educao nacional que afetaram a todos, inclusive ao clero. Entre as mudanas no seminrio de So Bento, encontramos a introduo da disciplina psicologia no currculo de formao dos monges, bem como a presena de uma crescente literatura psicolgica introduzida principalmente atravs de comentadores religiosos, demonstrando que as relaes entre Igreja e cincia assumem novo patamar no perodo estudado

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Neste trabalho foram analisados sedimentos marinhos de trs praias da Baa de Guanabara (praia de So Bento e praia da Bica, na Ilha do Governador, e praia de So Francisco, em Niteri), Rio de Janeiro, para avaliar a presena de microplsticos (fragmentos plsticos com tamanho &#8804; 5 mm) nestes ambientes. Os detritos plsticos visveis (macroplstico) foram separados dos sedimentos manualmente e pesados. Os detritos plsticos no visveis foram separados por densidade com soluo saturada de cloreto de sdio. Os fragmentos plsticos obtidos com a separao por densidade foram caracterizados por microscopia ptica para avaliar forma e superfcie, e foram classificados e quantificados em funo de seu tamanho. Os fragmentos microplsticos foram separados e caracterizados por espectrometria de absoro na regio do infravermelho por reflexo atenuada (ATR FT IR). Os espectros obtidos foram comparados com espectros padro de polmeros. As trs praias se apresentam contaminadas com lixo macroplstico e com lixo microplstico. Na praia da Bica, foram coletados 173 fragmentos, dos quais 73% so microplsticos. Na praia de So Bento foram 81 fragmentos e na praia de So Francisco foram 73 fragmentos, dos quais 70% e 86%, respectivamente, so microplsticos. Nas trs praias foram encontrados fragmentos microplsticos de poliestireno expandido. Nas praias da Bica e de So Bento foram encontrados fragmentos de polietileno; nas praias de So Bento e So Francisco foram encontrados fragmentos microplsticos de polipropileno. O descarte irregular de lixo e atividades industriais e comerciais no entorno da baa podem ser apontados como possveis fontes contaminantes