698 resultados para Aranha - Veneno
Resumo:
OBJETIVO: Comparar o manejo dos pacientes com cardiopatia isquêmica, atendidos por cardiologistas em ambulatório geral de cardiologia, com aquele realizado em ambulatório específico de cardiopatia isquêmica, dando ênfase à solicitação do perfil lipídico e ao tratamento farmacológico prescrito. MÉTODOS: Dados obtidos de prontuário médico de 52 pacientes consecutivos atendidos no ambulatório de cardiopatia isquêmica (grupo I) e de 43 acompanhados no ambulatório de cardiologia geral (grupo II), sendo o diagnóstico anatômico de cardiopatia isquêmica, condição básica para sua inclusão. Considerou-se critério para dislipidemia, colesterol total > 200mg/dl e/ou LDL colesterol > 100 mg/dl em pacientes em uso ou não de hipolipemiantes e o uso de drogas hipolipemiantes, mesmo quando os níveis de colesterol total e/ou LDL colesterol eram < a 200 mg/dl e 100 mg/dl, respectivamente. Usou-se teste exato de Fischer para comparação de variáveis, aceitando como significativo p bicaudal < 0,05. RESULTADOS: Características demográficas, fatores de risco observados para cardiopatia isquêmica, prevalência de infarto do miocárdio prévio e procedimentos de revascularização prévios não apresentaram diferenças significativas entre os pacientes do grupo I e II. Observou-se que os pacientes do grupo I receberam aspirina em 98% dos casos, enquanto que no grupo II, sua prescrição foi de 83% (p=0,02). Em relação a drogas hipolipemiantes, as prevalências foram de 60% no grupo I e de 19% no grupo II (p=0,001). Exames de perfil lipídico foram solicitados para 98% dos indivíduos do grupo I e 79% do grupo II (p=0,003). CONCLUSÃO: Houve maior fidedignidade de condutas no ambulatório específico de cardiopatia isquêmica em relação às novas evidências médicas, principalmente no que tange à prescrição de aspirina e de drogas hipolipemiantes.
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OBJETIVO: Investigar potenciais preditores clínicos, ecocardiográficos e/ou hemodinâmicos de regressão de sinais eletrocardiográficos (ECG) de sobrecarga atrial esquerda (SAE) após valvoplastia mitral percutânea (VMP) com sucesso. MÉTODOS: Estudaram-se 24 pacientes (75% do sexo feminino, idade média 37,1 ± 11,9 anos) com estenose mitral moderada a grave, ritmo sinusal (RS) e sinais de SAE no ECG, submetidos a VMP entre 2002 e 2004. Pelo menos seis meses após o procedimento (388,2 ± 192,9 dias), os pacientes retornaram para acompanhamento clínico, eletro e ecocardiográfico. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo 1(n = 8; 33,3%), ainda com sinais ECG de SAE, e Grupo 2 (n = 16; 66,6%), com onda P normal. Realizou-se análise multivariada de variáveis clínicas, ECG, ecocardiográficas e hemodinâmicas. RESULTADOS: A área valvar mitral (AVM) aumentou de 1,12 ± 0,15 para 1,9 ± 0,35cm² imediatamente após o procedimento (p< 0,0001), e diminuiu para 1,89 ± 0,41cm² no acompanhamento (p = NS). O diâmetro do átrio esquerdo variou de 4,8 ± 0,29 cm pré-procedimento para 4,28 ± 0,48cm na reavaliação (p = 0,0001). A duração da onda P diminuiu de 0,12 ± 0,01 seg pré-VMP para 0,09 ± 0,02 seg no controle (p = 0,0001). Uma AVM > 1,7 cm² no acompanhamento foi o único preditor independente de onda P normal após VMP (p = 0,02). CONCLUSÃO: Alterações ECG sugestivas de SAE regridem na maioria dos pacientes com estenose mitral e RS submetidos a VMP com sucesso. Uma AVM > 1,7 cm² no controle tardio é preditor independente para essa normalização.
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O número de pacientes submetidos a cirurgias não-cardíacas está aumentando no mundo todo. A fim de ministrar uma assistência eficiente aos pacientes durante a cirurgia, precisamos melhorar nosso conhecimento sobre como evitar eventos cardiovasculares perioperatórios maiores durante a cirurgia não-cardíaca. Para atingir este objetivo, é necessário realizar ensaios clínicos aleatórios, os quais podem fornecer resultados conclusivos e confiáveis neste campo. Esta revisão narrativa descreve uma proposta para o delineamento, condução e gerenciamento de ensaios clínicos aleatórios de larga escala em medicina cardiovascular perioperatória.
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Fundamento: A prevalência de hipertensão arterial em crianças aumentou nas últimas décadas. Diversos fatores de risco estão envolvidos na gênese da hipertensão arterial infantil e sua identificação precoce pode prevenir o desenvolvimento posterior da doença. Objetivos: Avaliar a prevalência de pressão arterial elevada e fatores associados em crianças. Métodos: Estudo transversal de base populacional e domiciliar. Foram avaliadas 276 crianças de dois a cinco anos residentes em Goiânia, Goiás, investigando-se pressão arterial, características sociodemográficas, peso ao nascer, histórico de hipertensão arterial na família, tabagismo passivo, aleitamento materno, alimentação, hábito sedentário e estado nutricional. A regressão de Poisson foi utilizada para avaliar a associação entre os fatores de risco e a pressão arterial elevada. Resultados: A média de idade foi 3,1 ± 0,79 anos, sendo pressão arterial elevada e excesso de peso observados em 19,9% e 11,2% das crianças, respectivamente. Houve associação direta de pressão arterial elevada com idade [razão de prevalência (RP) = 2,3; IC95%: 1,2 - 4,8; p = 0,017] e excesso de peso (RP = 2,0; IC95%: 1,2 - 3,6; p = 0,014). As demais variáveis não se associaram a pressão arterial elevada. Conclusões: A prevalência de pressão arterial elevada em crianças foi alta. Aquelas com excesso de peso e mais jovens apresentaram maior prevalência de níveis pressóricos elevados.
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Fundamentos: Há uma carência de dados epidemiológicos sobre o perfil de risco cardiovascular nos pacientes renais crônicos em hemodiálise no Brasil. Objetivo: O estudo CORDIAL foi planejado para avaliar fatores de risco cardiovascular e acompanhar a evolução de uma população em programa de hemodiálise numa cidade metropolitana do Brasil. Métodos: Todos os pacientes em hemodiálise por doença renal crônica nos quinze centros de nefrologia de Porto Alegre foram considerados para inclusão na fase inicial do estudo CORDIAL. Dados clínicos, laboratoriais e demográficos foram obtidos nos registros médicos, e em entrevistas individuais estruturadas realizadas com todos os pacientes por pesquisadores treinados. Resultados: Foram incluídos 1215 pacientes (97,3% de todos os que estavam em hemodiálise na cidade de Porto Alegre). A média de idade era 58,3 anos, 59,5% eram homens e 62,8% eram brancos. A prevalência de fatores de risco cardiovascular encontrada foi 87,5% para hipertensão, 84,7% para dislipidemia, 73,1% para sedentarismo, 53,7% para tabagismo e 35,8% para diabetes. Em uma análise multivariada ajustada, sedentarismo (p = 0,032; RP 1,08 - IC95%: 1,01-1,15), dislipidemia (p = 0,019; RP 1,08 - IC95%: 1,01-1,14), e obesidade (p < 0,001; RP 1,96 - IC95%: 1,45-2,63) foram mais frequentes em mulheres; e hipertensão (p = 0,018; PR 1,06 - IC95%: 1,01-1,11) e tabagismo (p = 0,006; RP 2,7 - IC95%: 1,79-4,17) foram mais frequentes naqueles com menos de 65 anos. Sedentarismo apresentou uma associação independente com tempo em diálise inferior a 12 meses (p < 0,001; RP 1,23 - IC95%: 1,14-1,33). Conclusão: Pacientes em hemodiálise nesta metrópole do sul do Brasil apresentaram uma prevalência elevada de fatores de risco cardiovascular similar a diversos países do hemisfério norte.
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Root-knot nematodes were found attacking Coffea spp. and also roots of a few weed species usually found in the coffee orchards in São Paulo. C. arabica cv. Catuaí, C. arabica cv. Mundo Novo, Timor Hybrid and a few plants of C. racemosa showed to be susceptible to Meloidogyne exigua. Roots of Ageratum conyzoides, Amaranthus viridis, Bidens pilosa, Coffea arabica cv. Mundo Novo, Coffea racemosa, Commelina virginica, Digitaria sanguinalis, Galinsoga parviflora, Gnaphalium spathulatum, Porophyllum ruderale, Portulaca oleracea, Pterocaulon virgatum and Solanum americanum were disfigured by M. incognita M. arenaria was found attacking roots of Eleusine indica and Gnaphalium spathulatum, and the presence of an unidentified Meloidogyne species was verified in roots of the following species: Vernonia ferruginea, C. arabica x C. canephora, Eupatorium pauciflorum, Coffea canephora cv. Kouillou, Coffea eugenioides, Coffea racemosa, Coffea stenophylla, Euphorbia pilullifera, Solanum americanum, Ageratum conyzoides, Phyllanthus corcovadensis, and Emilia sagittata.
Resumo:
Um estudo de distribuição dos macroepizóicos foi realizado numa população do caranguejo-aranha Libinia ferreirae Brito Capello, 1871 proveniente do litoral dos estados do Paraná e de Santa Catarina. O material biológico foi obtido junto aos pescadores, e faz parte do rejeito de pesca. Os caranguejos foram mensurados e os macroepizóicos identificados e contados. Os seguintes macroepizóicos sésseis foram registrados: Calliactis tricolor (Lesueur, 1817) (Cnidaria); Actiniaria (Cnidaria); Arca sp. (Mollusca); Ostreidae (Mollusca); Acanthodesia tenuis (Desor, 1848) (Bryozoa); Cirripedia e duas espécies tubícolas de Gammaridea (Crustacea). Além destes organismos ocorreram dois tubos desabitados e quatro animais vágeis. A anêmona C. tricolor foi a espécie mais abundante e freqüente, sendo, provavelmente, utilizada como mecanismo de camuflagem pelo caranguejo. O macroepizoísmo em L. ferreirae está relacionado com a idade ou tamanho do caranguejo, tendo maior incidência naqueles mais velhos ou de maior porte. Entretanto, a densidade dos macroepizóicos por caranguejo se mantém em torno de três. Não há relação entre o macroepizoísmo e o sexo do hospedeiro; somente fêmeas ovígeras utilizam desse recurso mais freqüentemente do que as não-ovígeras. Devido à maior área de fixação, os macroepizóicos colonizam principalmente a carapaça do caranguejo, enquanto nos pereiópodos há predominância de Bryozoa.
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Assembléias de aranhas da vegetação herbácea foram amostradas com rede-de-varredura em dois pomares de laranja doce (Citrus sinensis) no sul do Brasil. Cada pomar amostrado é caracterizado por receber um diferente tipo de manejo: "tradicional" ou "ecológico". Adicionalmente, foi amostrada a assembléia de aranhas das laranjeiras do pomar com manejo "ecológico" através do uso de guarda-chuva japonês. No total foram coletadas 3.876 aranhas, 2.379 nas laranjeiras do pomar de manejo "ecológico" e 1.497 junto à vegetação herbácea de ambos pomares; foram registradas 99 espécies de 17 famílias de aranhas; Oxyopes salticus Hentz, 1845 (Oxyopidae) foi a aranha mais abundante na vegetação herbácea e Sphecozone cristata Millidge, 1991 (Linyphiidae) a mais abundante nas laranjeiras. Aranhas errantes foram mais abundantes em ambos tipos de vegetação. A araneofauna da vegetação herbácea nos pomares com diferentes manejos não apresentou diferenças significativas na diversidade (H'= 2,13 - "ecológico"; 2,24 - "tradicional"); a diversidade foi menor nas laranjeiras (H'=1,95). Em razão de terem sido utilizados diferentes métodos de coleta nas amostragens entre os microhabitats, o índice de Jaccard (17,5%) indicou baixa similaridade entre as assembléias.
Resumo:
O autor estudou a ação inativante, sôbre o complemento de cobaia, alguns venenos de serpentes brasileiras pertencentes às famílias dos Elapideos e Crotalideos. Da primeira, foi utilizado veneno de Micrurus frontalis, da segunda, foram usados venenos de espécies pertencentes aos gêneros Crotalus (C. terrificus) e Bothrops (B. atrox, B. neuwiedii, B. jararaca, B. ja-raracussú, B. cotiara e B. alternata). O venenos de M. frontalis e C. terri¬ficus se revelaram incapazes de inativar o complemento, ao passo que os diversos de Bothrops empregados se mostraram altamente inativantes, destruindo sempre o 4.° componente do complemento (C4), fração idêntica à afetada pela ação da amônea.
Resumo:
Fígado, veneno e sôro sanguíneo de "Bothrops jararaca" foram estudados por meio da eletroforese em papel e determinação de atividades enzimáticas. Xantina oxidase e deshidrogenase foram encontradas sòmente no fígado das cobras. A análise espectrográfica do veneno e do sôro confirmam os resultados negativos obtidos para xantina oxidase uma vez que não foi encontrado molibdêneo. L-amino ácido oxidase foi determinada no fígado, sÔro e veneno. A eletroforese em papel do sôro sanguíneo mostrou que existem 7 frações proteicas, sendo que duas apresentam fluorescência característica de flavinas, quando expostas à luz ultra-violeta. Em vista dos resultados obtidos é concluido que as flavinas do sôro e do veneno de Bothrops jararaca estão na maior parte ligadas às proteínas. Estas flavinas combinadas parecem estar sob a forma de FAD (flavina adenina dinucleotídeo) fazendo parte do grupo prostético da L-amino ácido oxidase, uma vez que não foi encontrada nenhuma atividade de xantina oxidase.
Resumo:
O A. descreve as fases da campnha antiofídica em Minas Gerais (1918 a 1940). Registra as seguintes espécies de ofídios venenosos encontrados: Bothrops cotiara, Bothrops alternata, Bothrops atrox, Bothrops neuwiedii, Bothrops jararaca, Bothrops inaequalis, Bothrops jararacussú, Crotalus terrificus terrificus, Lachesis mutus, Micrurus lemniscatus, Micrurus frontalis, Micrurus corallinus corallinus e numerosas espécies não venenosas, fazendo um mapa para a distribuição geográfica dos ofídios venenosos em Minas Gerais. Apurou que dominam no Estado as espécies do gênero Bothrops e não do gênero Crotalus. Registrou diferenças morfológicas, principalmente de tamanho dos Crotalus terrificus terrificus do Norte do Estado e do Centro e Sul. Relata 2 casos de alergia, de certa gravidade, pelo veneno ofídico, líquido ou sêco, curando-se os pacientes pelo afastamento dos trabalhos da seção antiofídica do Instituto Ezequiel Dias. Registra, ainda, 22 anos de trabalhos, numerosas observações pelas picadas de ofídios venenosos e não venenosos, sendo que estas últimas, em gravidade. Das 980 primeiras observações, 921 foram de acidentes humanos e, destas, 531 tomaram sôro, com a mortalidade de 1,30%; 390 não tomaram sôro e tiveram mortalidade variável, conforme a dose, a época do emprêgo do sôro e a espécie do ofídio, entre 7,6 e 100% dos casos, sendo a média geral de 33%. nenhum acidentado pela Lachesis mutus se salvou.