Macroepizoísmo em Libinia ferreirae (Crustacea, Brachyura, Majidae)


Autoria(s): Winter,Vanessa C.; Masunari,Setuko
Data(s)

01/06/2006

Resumo

Um estudo de distribuição dos macroepizóicos foi realizado numa população do caranguejo-aranha Libinia ferreirae Brito Capello, 1871 proveniente do litoral dos estados do Paraná e de Santa Catarina. O material biológico foi obtido junto aos pescadores, e faz parte do rejeito de pesca. Os caranguejos foram mensurados e os macroepizóicos identificados e contados. Os seguintes macroepizóicos sésseis foram registrados: Calliactis tricolor (Lesueur, 1817) (Cnidaria); Actiniaria (Cnidaria); Arca sp. (Mollusca); Ostreidae (Mollusca); Acanthodesia tenuis (Desor, 1848) (Bryozoa); Cirripedia e duas espécies tubícolas de Gammaridea (Crustacea). Além destes organismos ocorreram dois tubos desabitados e quatro animais vágeis. A anêmona C. tricolor foi a espécie mais abundante e freqüente, sendo, provavelmente, utilizada como mecanismo de camuflagem pelo caranguejo. O macroepizoísmo em L. ferreirae está relacionado com a idade ou tamanho do caranguejo, tendo maior incidência naqueles mais velhos ou de maior porte. Entretanto, a densidade dos macroepizóicos por caranguejo se mantém em torno de três. Não há relação entre o macroepizoísmo e o sexo do hospedeiro; somente fêmeas ovígeras utilizam desse recurso mais freqüentemente do que as não-ovígeras. Devido à maior área de fixação, os macroepizóicos colonizam principalmente a carapaça do caranguejo, enquanto nos pereiópodos há predominância de Bryozoa.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-47212006000200002

Idioma(s)

pt

Publicador

Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul

Fonte

Iheringia. Série Zoologia v.96 n.2 2006

Palavras-Chave #Camuflagem #caranguejo-aranha #macroepizóico #epizoísmo
Tipo

journal article