665 resultados para Úlcera do Estômago


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Realizamos um estudo retrospectivo do tratamento cirúrgico do adenocarcinoma gástrico por uma gastrectomia total radical, com reconstrução do trânsito esofagoduodenal pela interposição de uma alça jejunal pediculada. Revisão de trabalhos nacionais e estrangeiros relacionados ao tratamento do adenocarcinoma gástrico pela gastrectomia total radical. De acordo com a operabilidade relacionada ao paciente e à ressecabilidade, à lesão primária e sua evolução, 126 pacientes foram submetidos à interposição de um segmento de alça jejunal após gastrectomia total radical. Ressecção oncológica total do estômago e sistematizada reconstrução técnica do reservatório gástrico e do trânsito esofagoduodenal. Nossos casos evoluíram de maneira satisfatória, não fugindo daqueles estudados na literatura. Ênfase especial foi dada ao procedimento técnico, mais anatômico e muito mais funcional, restituindo ao operado um neoestômago e um trânsito esôfago-intestinal através do duodeno. A interposição de uma alça jejunal pediculada entre o esôfago terminal e a segunda porção do duodeno age como neo-reservatório gástrico. Evita o refluxo esofágico e direciona o bolo alimentar para o delgado através do duodeno, trânsito anatômico e funcional capaz de proporcionar melhor qualidade de vida ao gastrectomizado total.

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Realização de ensaio clínico controlado em câncer de esôfago, com uma casuística de 65 casos, no Hospital A.C. Camargo, no período de 1986 a 1990. O ensaio clínico controlado estudou três grupos terapêuticos: grupo I - cirurgia exclusiva (20 casos); grupo 2 - cirurgia + radioterapia pós-operatória (27 casos); grupo 3 - quimioterapia pré-operatória + cirurgia + radioterapia e quimioterapia pós-operatória (18 casos). O tempo cirúrgico foi único, com ressecção ampla do esôfago, utilizando-se como vias de acesso, preferentemente, a transpleural para os tumores localizados no terço médio do esôfago e a transmediastinal para o terço inferior e segmento abdominal. A retirada dos gânglios linfáticos regionais fez parte deste tempo cirúrgico, bem como a técnica de plastia padronizada com o estômago, com anastomose extratorácica cervical e posição do estômago no mediastino posterior. A radioterapia foi aplicada no leito esofágico, com dose total de 4.500 a 5.000 cGY em cinco sessões semanais. Foram utilizadas as drogas cisplatina (80 mg/m²), vincristina (1,5 mg/m²) e bleomicina (10mg/m²) na quimioterapia pré e pós-operatórias. A sobrevida de cinco anos, segundo os grupos terapêuticos, foi de: grupo I - 61,9% , grupo 2 - 52,6 % e grupo 3 - 68,7%. Esta sobrevida, segundo o estadiamento clínico, foi de: EC I+II A - 52,0% e EC II B + III- 45,5%. Esses resultados estatisticamente não foram significativos. Os índices de sobrevida de cinco anos para os grupos terapêuticos 1 e 2 variaram de 40,4 a 60,6% quando os EC foram I + II A; para os demais EC não houve sobrevida de cinco anos. Para uma melhor avaliação, a inclusão de maior número de casos em pesquisas desse tipo poderia ser obtida pela participação de vários centros de tratamento do câncer de esôfago.

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Foram estudados, no período de 1987 a 1991, trinta doentes esquistossomóticos submetidos anteriormente a operações não descompressivas para tratamento da hemorragia digestiva alta, e que apresentaram recidiva hemorrágica. Através de endoscopia digestiva alta, ultra-sonografia abdominal e estudo angiográfico, procurou-se determinar o local do novo sangramento e quais os possíveis fatores de recidiva hemorrágica presentes. Procurou-se também determinar a influência da cirurgia anterior no intervalo de tempo decorrido entre esta e o primeiro episódio de recidiva hemorrágica. Os autores concluem que as varizes esofágicas foram significativamente o local mais freqüente do sangramento nas recidivas hemorrágicas (86,7%); que a úlcera péptica gástrica (13,3%), a não desvascularização gastroesofágica (30%), a desvascularização incompleta (16,7%) ou a trombose da veia porta (26,7%) estão presentes na maioria dos casos de recidiva hemorrágica; e que a associação da desvascularização gastroesofágica à esplenectomia não alterou o intervalo médio de tempo decorrido entre a cirurgia anterior e o primeiro episódio de recidiva do sangramento.

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Cerca de 4% a 15% dos tumores colorretais são hereditários e divididos em dois grupos: polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Ambas são doenças autossômicas dominantes, com transmissão vertical, geração após geração, sem preferência por sexo. A FAP tem penetrância praticamente completa, caracterizada por mais de cem pólipos adenomatosos no intestino grosso, que aparecem em geral após a puberdade e se transformam em câncer em todos os casos não tratados, levando o paciente ao óbito em tomo dos 45 anos de idade. Manifestações extracolônicas são comuns, tais como: pólipos em estômago e duodeno, sarcomas abdominais, pigmentação de retina, osteomas, entre outras. A FAP é causada por mutação no gene APC, que está localizado no cromossomo 5q. Seu tratamento é basicamente cirúrgico, com retirada do intestino grosso, podendo-se preservar o reto, se este não apresentar muitos pólipos. O HNPCC tem penetrância em torno de 80% e não apresenta os pólipos benignos como na FAP, que permitem identificar pacientes com o fenótipo da doença. Geralmente, o diagnóstico da lesão colônica é realizado já na fase maligna, em torno dos 45 anos de idade, com preferência para o lado direito do cólon. Pode haver associação com tumores de endométrio na mulher, estômago, pâncreas, entre outros. É causada por mutação em genes de reparo do DNA (hMSH2, hMLH1, hPMS1, hPMS2, hMSH6/GTBP). A colectomia total deve ser realizada em pacientes com câncer de cólon e HNPCC. Se o tumor estiver localizado no reto, a proctocolectomia total pode ser uma opção. Em indivíduos portadores do defeito genético predisponente ao HNPCC, porém, assintomáticos, a indicação de cirurgias profiláticas é controversa. Atualmente, podem-se identificar indivíduos portadores de defeito genético herdado tanto na FAP como no HNPCC. Esses testes baseiam-se no estudo direto dos genes responsáveis pela respectiva doença ou pela proteína produto dos mesmos. É de suma importância uma abordagem multidisciplinar de pacientes portadores de FAP ou HNPCC, pois existe uma preocupação ética muito grande na realização dos testes genéticos de predisposição, considerando suas conseqüências psicológicas e sociais.

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Analisamos 145 doentes portadores de ferimentos penetrantes tóraco-abdominais e de tórax e abdome, operados no Serviço de Emergência da Santa Casa de São Paulo de julho de 1987 a fevereiro de 1996, sendo 72 (49,7%) produzidos por arma branca e 73 (50,3%) por projétil de arma de fogo. Foram estudados fatores relacionados à ocorrência de complicações pós-operatórias (pleuropulmonares, abdominais e sistêmicas), ao prolongamento do tempo de permanência hospitalar e à mortalidade ocorrida durante a internação. Caracterizamos os doentes quanto a sua gravidade, através da aplicação de índices objetivos de trauma, tanto fisiológico (RTS) quanto anatômicos (ISS, PATI, PTTI e PTI). Tanto nos ferimentos tóraco- abdominais quanto de tórax e abdome, o tratamento de escolha foi a drenagem pleural associada à laparotomia exploradora. Os ferimentos tóraco-abdominais apresentaram maior incidência de complicações em geral, em relação aos de tórax e abdome, quando a variável controle foi o ferimento produzido por arma branca. A análise por tipo de complicação mostrou que essa diferença foi dada pelo empiema pleural. Não encontramos diferença significante entre esses ferimentos com relação às demais complicações pleuropulmonares infecciosas, abdominais e sistêmicas. Os fatores que se correlacionaram com a evolução para empiema foram: o tipo de órgão lesado (estômago, esôfago e reto), a presença de fístula digestiva, o ferimento produzido por arma branca e a presença de lesão diafragmática. O prolongamento do tempo de permanência hospitalar foi determinado pela ocorrência de complicações e não pela lesão diafragmática. Houve doze (8,3%) mortes no estudo, sendo que a mortalidade correlacionou-se com maior média de lesões orgânicas por doente, com as lesões de rim, grandes vasos e esôfago, com a ocorrência de complicações especialmente de natureza infecciosa e com o ferimento produzido por projétil de arma de fogo. A análise dos nossos resultados permitiu concluir que os ferimentos penetrantes tóraco-abdominais apresentam maior número de lesões orgânicas por doente quando comparados aos ferimentos de tórax e abdome (sem lesão diafragmática), mas esses ferimentos não diferem quanto à mortalidade pós-operatória. Com relação à morbidade, a lesão diafragmática não foi fator determinante do prolongamento do tempo de permanência hospitalar e, na comparação dos ferimentos tóraco-abdominais e de tórax e abdome, a lesão diafragmática produzida por arma branca foi fator determinante do aparecimento de empiema pleural.

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Os autores realizaram estudo da afluência da veia esplênica utilizando 38 moldes de duodeno, estômago, pâncreas e baço, por meio da técnica de repleção e corrosão, com vinilite corado com azul da Prússia. Os afluentes encontrados foram: ramos pancreáticos em todas as peças, variando de 7 a 22 ramos, com média de 14,52 ± 3,53; a veia gástrica esquerda, em 36,84% das peças; a veia mesentérica inferior em 44,74% das peças; ramo gástrico (gástrica posterior), proveniente do fundo gástrico, em 57,89% das peças, e ramos pancreáticos, provenientes da cauda do pâncreas e desembocando em ramos segmentares da veia esplênica, em 65,79% das peças. Os ramos pancreáticos variaram em número de um a quatro, com média de 1,64 ± 0,95. Os autores concluem que o conhecimento dos afluentes da veia esplênica seria importante na realização das derivações esplenorrenais distais, quando associadas à desconexão esplenopancreática.

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Com o objetivo de analisar, na amostra, fatores que influenciaram a morbidade pós-operatória após trauma hepático penetrante, realizou-se um estudo prospectivo com 61 pacientes submetidos a cirurgia por trauma hepático penetrante no Hospital de Pronto Socorro (HPS) durante 12 meses. Foram excluídos os óbitos ocorridos nas primeiras 24 horas após o trauma. As seguintes variáveis foram estudadas: idade, mecanismo de trauma, choque, grau de lesão hepática, lesões intra- abdominais associadas, técnica cirúrgica e drenagem peri-hepática. Utilizou-se um modelo de regressão logística múltipla para avaliar a correlação entre esses fatores e a ocorrência de complicações pós-operatórias. A média de idade foi de 26± 3,49 anos, variando entre 17 e 63 anos. Trauma por arma de fogo ocorreu em 34 casos (55,7%) e por arma branca em 27 (44,3%). O choque esteve presente em 37 casos (60,7%). As lesões hepáticas de grau II e III (42,6% e 41 %) foram as mais comuns, e as lesões intra-abdominais associadas mais freqüentes foram de estômago (18 casos - 29,5% ) e cólon (nove casos - 14,7% ). O ATI médio foi 20,5 ±17. As complicações pós-operatórias mais comuns foram broncopneumonia (dez casos - 25%) e abscesso intra-abdominal (seis casos - 9,8%). Houve dois óbitos na série. Foram fatores preditivos de complicações, nessa amostra, o choque, os ferimentos por projetis de arma de fogo e a complexidade da cirurgia hepática.

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A traqueostomia apresenta uma série de vantagens em relação à entubação endotraqueal prolongada: conforto e maior possibilidade de comunicação para o paciente, diminuição da resistência respiratória, melhor controle de via aérea e facilidade de aspiração. No período de setembro de 1996 a dezembro de 1997 foram realizadas setenta traqueostomias à beira de leito na UTI, sob anestesia local, com tempo operatório médio de 30,5 minutos. A principal indicação foi ventilação mecânica prolongada, com uma média de 6,5 dias. Os pacientes foram acompanhados durante a internação por 1.494 dias. No terceiro dia de pós-operatório foi colhida cultura de secreção traqueal em 49 pacientes, predominando Pseudomonas aeruginosa em 40,8% dos casos. Houve 11 casos (15,7%) de complicações maiores: uma fístula traqueoesofágica, uma fasciíte necrotizante, uma úlcera traqueal, duas infecções e seis sangramentos, que necessitaram reintervenção. Um óbito foi relacionado ao procedimento, devido à fasciíte necrotizante cervical. Tendo em vista a gravidade dos pacientes, a traqueostomia à beira de leito demonstrou ser um procedimento seguro e com baixo índice de complicações maiores. Além disso, evita o transporte de doente crítico dentro do hospital, e os custos são menores do que a traqueostomia no centro cirúrgico.

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A maioria dos pacientes com câncer de pâncreas apresenta estdios avançados e é tratada paliativamente. Dos que são submetidos exclusivamente a derivação biliar, cerca de 30%-50% vão apresentar na evolução necessidade de tratamento de obstrução duodenal. As técnicas atualmente empregadas para derivação gástrica podem acarretar vômitos pós-operatórios, principalmente quando feitas profilaticamente. Uma nova técnica foi planejada para evitar alterações no mecanismo de esvaziamento gátrico e a recirculação do conteúdo alimentar. Esta técnica consta de anastomose gastrojejunal entre o corpo gátrico e a primeira alça jejunal tipo Braun em que a alça aferente é bloqueada evitando o ciclo vicioso alimentar. A reconstituição do trânsito alimentar é feita a jusante desta anastomose, impedindo o refluxo biliar para o estômago. Dezenove pacientes foram tratados consecutivamente sem complicações. A sonda nasogástrica foi retirada em torno do terceiro dia de pós-operatório e iniciada realimentação no dia seguinte. Não se observaram vômitos no pós-operatório imediato ou tardio em decorrência de retardo do esvaziamento gátrico.

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Os autores comparam um modelo convencional de suporte para pontos totais de segurança da parede abdominal com um novo modelo desenvolvido pelo Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner (IBEG) - o modelo MK, avaliando sua efetividade, ocorrência de complicações, aspecto estético, dor na cicatriz cirúrgica e viabilidade econômica. Foram estudados 66 pacientes submetidos a cirurgia abdominal em dois hospitais de Curitiba (Hospital Erasto Gaertner e Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná), no período de maio a julho de 1996. Os pacientes foram divididos em dois grupos: no primeiro grupo foi utilizado o modelo MK, enquanto no segundo utilizou-se o modelo convencional. O modelo MK demonstrou menor índice de complicações, entre as quais: hematoma (p=0,01), coleção sero-hemática (p=0,01), abscesso subcutâneo (p=0,01) e úlcera decorrente dos pontos totais (p=0,02). No que diz respeito à dor, o modelo MK foi mais bem tolerado pelos pacientes, com diferença estatisticamente significativa (p=0,004). O resultado estético e a ocorrência de deiscência, evisceração, hérnia incisional e infecção não mostraram diferença significativa entre os dois grupos. O modelo MK mostrou ser efetivo como suporte para pontos totais de segurança, com uma menor incidência de complicações e menor índice de dor local.

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O objetivo do presente estudo é apresentar as complicações que ocorreram em seiscentos pacientes consecutivos com doença do refluxo gastroesofágico submetidos à fundoplicatura laparoscópica. O procedimento de Nissen-Rosetti (fundoplicatura de 360°) foi realizado em 587 pacientes (97,8%) e o de Toupet (fundoplicatura de 270°) em 13 (2,2%). Oitenta e um pacientes também foram submetidos à colecistectomia no mesmo ato operatório, e um a diverticulectomia faringoesofágica cervical com miotomia cricofaringeana. Trinta e nove pacientes tinham operação prévia no abdome superior. O período de internação hospitalar variou de 12 horas a 23 dias, com média de 1,2 dias. A via de acesso foi convertida em laparotomia em dez pacientes (1,7%). A principal causa de conversão foi a presença de aderências. A complicação intra- operatória mais freqüente foi pneumotórax, que foi observado em oito pacientes. Todos os pneumotóraces ocorreram nos cem primeiros casos. Cinco pacientes apresentaram hemorragia significante, sendo que dois deles necessitaram laparotomia para controle do sangramento. Úlcera gástrica foi diagnosticada em sete pacientes. Um paciente etilista morreu de pancreatite aguda e outro de síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas conseqüente à perfuração gástrica. Outras complicações importantes foram: dois abscessos intra-abdominais, uma perfuração esofágica, uma sepse secundária à perfuração gástrica, um choque hemorrágico e uma obstrução gástrica secundária à herniação da fundoplicatura. Concluímos que a taxa de complicações da fundoplicatura laparoscópica é baixa e diminui significativamente com a experiência do cirurgião.

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A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma patologia freqüente, acometendo cerca de 10% da população geral. Esta incidência tem se elevado nos últimos anos. Tradicionalmente, sua abordagem terapêutica inicial é clínica, porém, o número de indicações cirúrgicas tem aumentado principalmente às custas das vantagens da videolaparoscopia. Durante o período de janeiro de 1993 a março de 1998, 112 pacientes foram submetidos a fundoplicatura e hiatoplastia por videolaparoscopia para o tratamento da DRGE, sendo 62 (55,3%) do sexo masculino e 50 (44,7%) do sexo feminino. A idade variou de 20 a 90 anos, com média de 40 anos. As indicações cirúrgicas foram doença refratária ao tratamento clínico (76,9%), seguido por esôfago de Barrett (16,1 %), estenose esofágica (3,5%), hemorragia digestiva alta por úlcera esofágica (2,6%) e hérnia hiatal paraesofágica (0,9%). Para o procedimento cirúrgico foram utilizados cinco trocartes. A hiatoplastia foi realizada com pontos em "X". Na fundoplicatura, após a passagem do fundo gástrico por trás do esôfago abdominal, inicialmente se realiza um ponto tomando as duas extremidades do fundo gástrico, porém sem fixar esta sutura ao esôfago. A partir daí, mais quatro pontos são realizados, sendo dois acima e dois abaixo deste ponto inicial, de maneira a envolver o esôfago, de modo parcial (2700). O tempo médio de cirurgia foi de 80 minutos e o de internação, de 1,8 dias. Ocorreram duas conversões (1,7%). Não houve mortalidade, e as complicações assinaladas foram pneumotórax (0,9%), enfisema subcutâneo (0,9%), disfagia transitória (26%) e disfagia persistente (3,5%). A fundoplicatura mista laparoscópica tem se mostrado um procedimento seguro e eficaz para o tratamento definitivo da DRGE com baixo número de complicações, reunindo as vantagens clássicas da cirurgia laparoscópica: curto período de internação, rápida recuperação e bons resultados estéticos; e às de uma técnica simplificada, visando facilitar as duas etapas mais complicadas da cirurgia: hiatoplastia e fundoplicatura.

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Ruptura dos órgãos que constituem o tubo digestório pode ocorrer em presença de aumento tensórico intraluminar ou quando sua parede estiver enfraquecida. É possível que as diferenças histológicas entre as diversas partes desse tubo interfiram na pressão necessária para que ocorra sua ruptura. Acredita-se que o uso prolongado de corticosteróides possa diminuir a resistência da parede digestória. Com o objetivo de se avaliarem as pressões de ruptura dos órgãos pertencentes ao tubo digestório, realizou-se o presente trabalho. Foram utilizados 20 camundongos de ambos os sexos, com peso variando entre 38 e 52 g, divididos aleatoriamente em dois grupos (n=10): grupo sem corticóide e grupo com administração subcutânea de hidrocortisona (1mg/kg/dia) durante 28 dias. Após esse período, os camundongos foram mortos e, em seguida, foram retirados os diversos segmentos do tubo digestório correspondentes a seus órgãos para avaliação da tensão de ruptura. Não houve diferença significativa entre os grupos com e sem corticóide. As tensões de ruptura do esôfago e do cólon foram maiores do que a do estômago, duodeno, jejuno e íleo (p<0,05). Concluindo, a administração de corticosteróide durante 28 dias não altera a resistência à ruptura do tubo digestório íntegro. O esôfago e o cólon apresentaram maior resistência à ruptura que os demais segmentos digestórios. A resistência do esôfago é significativamente maior que a do cólon.

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Avaliou-se, retrospectivamente, a evolução pós-operatória das varizes esofagogástricas em 40 pacientes submetidos a um dos seguintes procedimentos cirúrgicos: a (n=27) derivação esplenorrenal distal (ERD) e B (n=13) derivação esplenorrenal proximal (ERP). Todos os pacientes tinham hipertensão porta esquistossomótica com diagnóstico prévio de varizes do esôfago, presentes ou não no estômago, com um ou mais episódios de sangramento. Os pacientes foram submetidos a um dos procedimentos cirúrgicos de acordo com a preferência do cirurgião assistente. Foram realizadas, nesses pacientes, endoscopias no período pré-operatório e aos seis, 12 e 18 meses no pós-operatório. Os dados de cada endoscopia foram coletados e comparados entre os grupos, verificando-se a presença de varizes do esôfago e estômago nos diferentes períodos, comparando esses achados através do teste do qui-quadrado, com significância para p<0,05. Os resultados obtidos não mostraram casos de ressangramento até o 18º mês pós-operatório, nem casos de encefalopatia. Foram diagnosticadas varizes esofágicas, no pré-operatório, em 100% dos pacientes nos dois grupos. No período pós-operatório, houve redução significativa das varizes do esôfago, quando estudados os dois grupos conjuntamente, para 40% no sexto mês (p = 0,0002), 30% no 12º mês (p = 0,003) e 27,5% no 18º mês (p = 0,003). No sexto mês pós-operatório, a incidência de varizes do esôfago foi maior nos pacientes com ERD quando comparados àqueles com ERP (51,9% vs. 15,4%, p = 0,03). Quando estudadas as varizes aos 12 e 18 meses não foi observada diferença significativa entre pacientes submetidos a ERD ou ERP (12º mês, 37% vs. 15,4%; 18º mês, 25,9% vs. 30,8%). Foram vistas varizes gástricas em 37,5% dos pacientes, com redução significativa no sexto mês (2,5%, p = 0,005). Entretanto, quando comparada com a freqüência do sexto mês, houve aumento significativo no 12º mês (5%, p = 0,00001) e 18º mês (7,5%, p = 0,02). Quando comparados os grupos, no período pré-operatório, estas varizes estiveram presentes mais freqüentemente no grupo submetido a ERP (69,2% vs. 26%, p = 0,0005), sem diferença significativa no período pós-operatório (6º mês, 16,6% vs. 0%; 12º mês, 33,3% vs. 0%; 18º mês, 33,3% vs. 11,1%). Este trabalho demonstrou que os dois tipos de cirurgia têm resultado semelhante em relação à resolução das varizes do esôfago e estômago no 18º mês, mas os resultados indicam que a redução na incidência das varizes do esôfago se acompanha de aumento das varizes gástricas, provavelmente devido à abertura de novas vias colaterais de drenagem em casos de persistência de uma pressão porta aumentada ou mau funcionamento da derivação esplenorrenal.

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A ressecção do esôfago sem toracotomia vem sendo utilizada com maior freqüência, nos últimos anos, para as afecções benignas, sobretudo no megaesôfago avançado. A vantagem dessa via de acesso é a de evitar o comprometimento da dinâmica pulmonar, mas, entretanto, podendo haver abertura da pleura, com o conseqüente hemopneumotórax, além da potencial agressão a outros órgãos mediastinais com morbidade pós-operatória muitas vezes expressiva. Por sua vez, no megaesôfago avançado, a esofagite de estase predispõe à instalação de carcinoma. Com base nessas considerações, foi proposta, previamente em animais e cadáver humano, a retirada da mucosa-submucosa do esôfago, mediante sua invaginação completa, sem toracotomia. Os resultados satisfatórios estimularam a continuação nessa linha de pesquisa, iniciando-se a experiência na área clínica. Assim, o presente trabalho teve por objetivo demonstrar o resultado do pós-operatório imediato, a técnica de retirada da mucosa do esôfago pelo descolamento submucoso, conservando a túnica muscular intacta no mediastino. O procedimento foi realizado pela via cervicoabdominal em 60 pacientes portadores de megaesôfago graus III ou IV. Efetuou-se a reconstrução do trânsito grastrintestinal transpondo o estômago pelo mediastino posterior, por dentro da túnica muscular esofágica ou pela via retroesternal. O estudo permitiu concluir: 1) a ressecção da mucosa pelo plano submucoso, mediante a invaginação, mostrou ser de execução simples e viável em 98,4% dos casos; 2) ausência de sangramento, no intra ou no pós-operatório imediato, cuja origem fosse do leito da túnica muscular esofágica remanescente ao nível mediastinal; 3) baixa incidência de complicações pleuropulmonares - 5,0%.