1000 resultados para percepção de justiça de procedimentos - promoção da saúde
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Objectivos: Avaliar o efeito de um programa sobre asma em estudantes Metodologia: Estudo quase-experimental numa amostra de 44 estudantes (12,480,698 anos). O grupo experimental (n= 23) foi sujeito a uma sesso de educao sobre asma e grupo controlo (n= 21) no. Ambos foram avaliados atravs de um questionrio na baseline do estudo e reavaliados uma semana aps relativamente a conhecimentos e procedimentos. Resultados: Obtiveram-se diferenas estatisticamente significativas entre grupos relativamente aos conhecimentos (p<0.001) e comportamentos (p<0.001) sendo estes mais elevados no grupo experimental. Concluso: O programa teve efeitos positivos na mudana de comportamentos e conhecimentos
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O artigo apresenta a metodologia dos Grupos de Promoção Saúde, concebida como um instrumento capaz de contribuir com o desenvolvimento da autonomia e condies de vida e saúde. O mtodo identificado como uma interveno coletiva e interdisciplinar de saúde, constituda por um processo grupal e orienta para o desenvolvimento de atitudes e comportamentos direcionados transformao contnua do nvel de saúde e condies de vida dos seus participantes. Os Grupos so identificados no contexto do Sistema nico de Saúde como uma prtica que contribui com a superao do modelo biomdico. Desenvolvem aes em que a saúde tomada em sua positividade, ao mesmo tempo em que podem servir ao atendimento da demanda de assistncia a idosos nos sistemas de saúde.
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OBJETIVO: Verificar a prevalncia de alterao vocal auto-referida em educadoras de creche e fatores associados. MTODOS: Estudo observacional transversal, realizado em 2001, em oito creches da cidade de So Paulo, nas quais estavam sendo desenvolvidas aes do Programa Creche. Esse Programa faz parte de um laboratrio de investigao fonoaudiolgica em promoção da saúde. A coleta de dados foi feita por meio de questionrio, com 93 educadoras, sobre caractersticas sociodemogrficas, aspectos da organizao e do ambiente fsico do trabalho, comportamento vocal, histrico de doenas, estilo de vida e percepção acerca de alteraes vocais. Foi realizada anlise perceptivo-auditiva da voz das participantes. Para anlise estatstica foram utilizadas propores, medidas de tendncia central, teste do qui-quadrado, com correo de Yates e anlise de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: Registrou-se 80% das educadoras referindo presena de alterao vocal, sendo que 26% delas procuraram algum tratamento. Grande parte (39%) referiu que o problema est presente h quatro anos ou mais, intermitente (82%) e de grau leve ou moderado (74%). Acreditam que o uso da voz seja a principal causa da alterao vocal (82%) e a rouquido, o principal sintoma vocal (54%). Alterao vocal auto-referida foi estatisticamente associada presena de alterao vocal constatada por avaliao e com o fato de j terem tido alguma orientao sobre uso da voz. CONCLUSES: A adequada percepção das educadoras para seus problemas de voz pode vir a se tornar uma ferramenta importante em futuros trabalhos com esta populao, com vistas a diminuir a alta prevalncia de alterao vocal encontrada.
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OBJETIVO: Avaliar aspectos associados qualidade de vida de professores e buscar relaes com questes de saúde vocal. MTODOS: Foi estudada uma amostra de 128 professores de ensino mdio de quatro escolas estaduais de Rio Claro, SP, em 2002. Foram aplicados os questionrios World Health Organization Quality of Life/bref e Qualidade de Vida e Voz e calculados mdia e desvio-padro para os escores do primeiro questionrio e da questo de auto-avaliao vocal do questionrio Qualidade de Vida e Voz. Utilizou-se o teste de Wilcoxon para comparar os gneros; o de Kruskal-Wallis para as escolas; e o coeficiente de correlao de Spearman e teste t para verificar associao entre os domnios da qualidade de vida, a auto-avaliao vocal e idade, e nmero de perodos que o professor leciona. RESULTADOS: A maioria avaliou a voz como boa (42,2%) e o escore mdio do questionrio de avaliao de qualidade de vida foi 66, com maiores valores do domnio relaes sociais e menores do meio ambiente. Os aspectos associados foram oportunidades de lazer, condies financeiras, ambiente de trabalho e acesso informao. O nmero de perodos lecionados apresentou correlao positiva e significativa com a auto-avaliao vocal. No houve diferena significativa entre os gneros. Houve diferenas significativas no domnio fsico, quando comparados os resultados das diferentes escolas. CONCLUSES: Apesar de razoavelmente satisfeitos com a voz e a qualidade de vida, os professores mostraram dificuldades na percepção do processo saúde-doena. Evidenciaram-se aspectos desfavorecidos da qualidade de vida e necessidades de saúde que podem ter implicaes na voz e saúde vocal docente.
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Condio socioeconmica e seu impacto em saúde so objeto de grande interesse para pesquisadores e gestores de saúde. O artigo discute dois paradigmas de aferio da condio socioeconmica e revisa estudos epidemiolgicos em que eles foram aplicados. Um dos paradigmas referenciado por medidas de prestgio e diferenciao positiva entre os estratos sociais, como classificaes baseadas em capital social e no acesso a bens e servios. O outro referenciado por classificaes envolvendo privao material e diferenciao negativa entre os estratos sociais, e envolve a proposta de reposio aos segmentos populacionais mais afetados pela privao pelo Estado. A reflexo sobre opes metodolgicas para se aferir condio socioeconmica em estudos epidemiolgicos pode contribuir para a promoção de saúde e justiça social.
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OBJETIVO: A iniciativa Unidade Bsica Amiga da Amamentao representa um conjunto de atividades educativas dirigidas s unidades bsicas de saúde. O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade desta estratgia de promoção do aleitamento materno dirigida s equipes do Programa de Saúde da Famlia. MTODOS: Conduziu-se um estudo de interveno controlado com 20 equipes do Programa de Saúde da Famlia, selecionadas aleatoriamente em Montes Claros (MG) em 2006. O grupo sob interveno realizou programa de treinamento especfico de 24 horas para a promoção do aleitamento materno segundo a "Iniciativa Hospital Amigo da Criana". Enfatizou-se a assistncia do profissional de saúde no suporte amamentao e no manejo dos principais problemas da lactao. O grupo controle recebeu orientaes habituais sobre aleitamento materno. As mes de todas as crianas menores de dois anos de idade assistidas pelas equipes foram entrevistadas antes (n=1.423) e 12 meses aps a interveno (n=1.491) e responderam questes sobre a prtica da amamentao. Curvas de sobrevida do aleitamento materno foram construdas e comparadas para os dois momentos por meio do teste log rank. RESULTADOS: Houve aumento significativo no aleitamento materno exclusivo aps atividades educativas voltadas s equipes de Saúde da Famlia. As curvas de sobrevidas para o aleitamento materno exclusivo no primeiro momento no mostraram diferena estatisticamente significativa entre as mes assistidas por ambos os grupos (p=0,502). Aps a interveno, as curvas de sobrevida para o aleitamento materno exclusivo mostraram-se significativamente diferentes (p=0,001). CONCLUSES: O treinamento das equipes de Saúde da Famlia da forma como prope a Iniciativa Unidade Bsica Amiga da Amamentao mostrou ser uma estratgia efetiva e de baixo custo para sensibilizar esses profissionais, uniformizando as informaes e assegurando o apoio necessrio para as mes com dificuldades para amamentarem seus filhos.
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OBJETIVO: Analisar o modelo de atuao de coordenadores de grupos de promoção da saúde em unidades bsicas de saúde vinculadas formao de profissionais. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado no municpio de Florianpolis, SC, em 2001. Foram analisados quatro grupos, totalizando 24 sesses em unidades bsicas de saúde. Procedeu-se observao participante para iniciar o trabalho de campo. Os relatos foram analisados por meio da tcnica de anlise do discurso do tipo enunciativo-pragmtico. ANLISE DOS RESULTADOS: As formas de atuao dos coordenadores congruentes ao modelo preventivista foram: opressiva, pedaggica bancria, biologicista e higienista, prescritiva de condutas e culpabilizadora, infantilizadora, redutora das problemticas coletivas, desfavorecedora do setting grupal, alm de utilizao de solilquio. As formas de atuao consonantes ao Modelo da Nova Promoção foram: facilitadora da livre expresso e autonomia, comunicadora emptica, construcionista, acolhedora, utilizou a escuta ativa, alm de promover a superao da violncia e alienao. CONCLUSES: Os coordenadores atuaram primordialmente por meio do modelo preventivista e sem utilizar recursos tcnicos e tericos alusivos metodologia grupal na rea da saúde. As atuaes identificadas nos modelos preventivista e a nova promoção da saúde desvelam caractersticas que se fundamentam, respectivamente, nas ticas da - opresso/subordinao e; - na cooperao/aceitao dos usurios como livres e responsveis por suas escolhas e conseqncias.
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OBJETIVO: Compreender como enfermeiras da Estratgia Saúde da Famlia vivem a superposio de atribuies e construo da autonomia tcnica. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Pesquisa qualitativa realizada com 22 enfermeiras em Recife, PE, entre agosto de 2005 e novembro de 2006. A partir de avaliao da gerncia (acesso geogrfico, conflitos na equipe, entre equipe e distrito, entre equipe e comunidade e violncia pblica na rea), em cada um dos seis distritos sanitrios foram selecionadas quatro equipes. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Os principais temas no roteiro referiram-se a expectativas e relevncia do trabalho, organizao e processo de trabalho e sentimentos sobre as prticas. Os resultados foram interpretados sob a perspectiva do burnout. ANLISE DOS RESULTADOS: Foi recorrente a opinio das enfermeiras sobre nmero excessivo de famlias, suporte organizacional insuficiente e presses advindas de demandas insatisfeitas dos usurios. A sobreposio de assistncia e administrao provocou sobrecarga, gerando ansiedade, impotncia, frustrao e sentimento de ser injustiçada na diviso de tarefas na equipe. A dimenso clnica da prtica motivou insegurana de natureza tcnica e tica, alm de satisfao pelo poder e prestgio conquistados pela categoria profissional. A formao mdica especializada representou um obstculo para concretizar a interdependncia da autonomia e responsabilidade. Foram relatados estresse, insatisfao, adoecimento fsico e mental, reconhecimento da relevncia do trabalho e importncia do prprio desempenho e baixo envolvimento laboral. CONCLUSES: Diante da falta de expectativa de mudanas em curto prazo, a sobreposio de baixa realizao profissional e esgotamento provocam atitudes negativas, indicando a importncia da promoção da saúde para ampliar a possibilidade de interferncia e mudana nas condies de trabalho.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia e fatores associados adeso a modos saudveis de vida.MTODOS: Estudo transversal conduzido com usurios maiores de 19 anos de uma unidade bsica de saúde de Belo Horizonte, MG, entre 2009 e 2010. A amostra foi selecionada para estimar a proporo de pessoas que aderiram a modos saudveis de vida (alimentao saudvel e prtica de atividade fsica) mediante aconselhamento realizado por profissionais de saúde e os fatores sociodemogrficos, alimentares e de saúde associados. Adicionalmente, foram analisados os benefcios e dificuldades percebidas para a adeso a modos saudveis de vida. Realizou-se anlise descritiva, univariada (Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher) e multivariada mediante Regresso de Poisson.RESULTADOS: Dos 417 participantes, apenas 40,8% recebeu o aconselhamento, dos quais 50,9% apresentaram adeso. Na anlise multivariada, a adeso foi associada com a percepção de ser ter uma alimentao era saudvel (RP = 1,67; IC95% 1,15;2,43) e a participao em servio pblico de promoção da saúde (RP = 1,55; IC95% 1,18;2,03). Maior disposio e reduo de peso foram referidas como principais benefcios da adeso, enquanto a dificuldade para mudar hbitos e falta de tempo foram as barreiras mais relatadas.CONCLUSES: A adoo de modos de vida mais saudveis requer a proposio de estratgias que favoream a adeso, bem como a participao dos profissionais na realizao do aconselhamento como ao de promoção da saúde que gere maior autonomia e qualidade de vida, sustentado por polticas e programas de promoção da saúde.
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Resumo Poltica(s) de saúde no trabalho: um inqurito sociolgico s empresas portuguesas A literatura portuguesa sobre polticas, programas e actividades de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho (abreviadamente, SH&ST) ainda escassa. Com este projecto de investigao pretende-se (i) colmatar essa lacuna, (ii) melhorar o conhecimento dos sistemas de gesto da saúde e segurana no trabalho e (iii) contribuir para a proteco e a promoção da saúde dos trabalhadores. Foi construda uma tipologia com cinco grupos principais de polticas, programas e actividades: A (Higiene & Segurana no Trabalho / Melhoria do ambiente fsico de trabalho); B (Avaliao de saúde / Vigilncia mdica / Prestao de cuidados de saúde); C (Preveno de comportamentos de risco/ Promoção de estilos de vida saudveis); D (Intervenes a nvel organizacional / Melhoria do ambiente psicossocial de trabalho); E (Actividades e programas sociais e de bem-estar). Havia uma lista de mais de 60 actividades possveis, correspondendo a um ndice de realizao de 100%. Foi concebido e desenhado, para ser auto-administrado, um questionrio sobre Poltica de Saúde no Local de Trabalho. Foram efectuados dois mailings, e um follow-up telefnico. O trabalho de campo decorreu entre a primavera de 1997 e o vero de 1998. A amostra (n=259) considerada representativa das duas mil maiores empresas do pas. Uma em cada quatro uma multinacional. A taxa de sindicalizao rondava os 30% da populao trabalhadora, mas apenas 16% dos respondentes assinalou a existncia de representantes dos trabalhadores eleitos para a SH&ST. A hiptese de investigao principal era a de que as empresas com um sistema integrado de gesto da SH&ST seriam tambm as empresas com um (i) maior nmero de polticas, programas e actividades de saúde; (ii) maior ndice de saúde; (iii) maior ndice de realizao; e (iv) maior percentagem dos encargos com a SH&ST no total da massa salarial. As actividades de tipo A e B, tradicionalmente associadas SH&ST, representavam, s por si, mais de 57% do total. Os resultados, correspondentes s respostas da Seco C do questionrio, apontam, para (i) a hipervalorizao dos exames de medicina do trabalho; e por outro para (ii) o subaproveitamento de um vasto conjunto de actividades (nomeadamente as de tipo D e E), que so correntemente levadas a cabo pelas empresas e que nunca ou raramente so pensadas em termos de proteco e promoção da saúde dos trabalhadores. As actividades e os programas de tipo C (Preveno de comportamentos de risco/Promoção de estilos de vida saudveis), ainda eram as menos frequentes entre ns, a seguir aos Programas sociais e de bem-estar (E). a existncia de sistemas de gesto integrados de SH&ST, e no o tamanho da empresa ou outra caracterstica sociodemogrfica ou tcnico-organizacional, que permite predizer a frequncia de polticas de saúde mais activas e mais inovadores. Os trs principais motivos ou razes que levam as empresas portuguesas a investir na proteco e promoção da saúde dos seus trabalhadores eram, por ordem de frequncia, (i) o absentismo em geral; (ii) a produtividade, qualidade e/ou competitividade, e (iii) a filosofia de gesto ou cultura organizacional. Quanto aos trs principais benefcios que so reportados, surge em primeiro lugar (i) a melhoria da saúde dos trabalhadores, seguida da (ii) melhoria do ambiente do ambiente de trabalho e, por fim, (iii) a melhoria da produtividade, qualidade e/ou competitividade.Quanto aos trs principais obstculos que se pem, em geral, ao desenvolvimento das iniciativas de saúde, eles seriam os seguintes, na percepção dos respondentes: (i) a falta de empenho dos trabalhadores; (ii) a falta de tempo; e (iii) os problemas de articulao/ comunicao a nvel interno. Por fim, (i) o empenho das estruturas hierrquicas; (ii) a cultura organizacional propcia; e (iii) o sentido de responsabilidade social surgem, destacadamente, como os trs principais factores facilitadores do desenvolvimento da poltica de saúde no trabalho. Tantos estes factores como os obstculos so de natureza endgena, susceptveis portanto de controlo por parte dos gestores. Na sua generalidade, os resultados deste trabalho pem em evidncia a fraqueza tericometodolgica de grande parte das iniciativas de saúde, realizadas na dcada de 1990. Muitas delas seriam medidas avulsas, que se inserem na gesto corrente das nossas empresas, e que dificilmente podero ser tomadas como expresso de uma poltica de saúde no local de trabalho, (i) definida e assumida pela gesto de topo, (ii) socialmente concertada, (iii) coerente, (iv) baseada na avaliao de necessidades e expectativas de saúde dos trabalhadores, (v) divulgada, conhecida e partilhada por todos, (vi) contingencial, flexvel e integrada, e, por fim, (vii) orientada por custos e resultados. Segundo a Declarao do Luxemburgo (1997), a promoção da saúde engloba o esforo conjunto dos empregadores, dos trabalhadores, do Estado e da sociedade civil para melhorar a segurana, a saúde e o bem-estar no trabalho, objectivo isso que pode ser conseguido atravs da (i) melhoria da organizao e das demais condies de trabalho, da (ii) participao efectiva e concreta dos trabalhadores bem como do seu (iii) desenvolvimento pessoal. Abstract Health at work policies: a sociological inquiry into Portuguese corporations Portuguese literature on workplace health policies, programs and activities is still scarce. With this research project the author intends (i) to improve knowledge on the Occupational Health and Safety (shortly thereafter, OSH) management systems and (ii) contribute to the development of health promotion initiatives at a corporate level. Five categories of workplace health initiatives have been identified: (i) Occupational Hygiene and Safety / Improvement of Physical Working Environment (type A programs); (ii) Health Screening, Medical Surveillance and Other Occupational Health Care Provision (type B programs); (iii) Preventing Risk Behaviours / Promoting Healthy Life Styles (type C programs); (iv) Organisational Change / Improvement of Psycho-Social Working Environment (type D programs); and (v) Industrial and Social Welfare (type E programs). A mail questionnaire was sent to the Chief Executive Officer of the 1500 largest Portuguese companies, operating in the primary and secondary sectors ( 100 employees) or tertiary sector ( 75 employees). Response rate has reached about 20% (259 respondents, representing about 300 companies). Carried out between Spring 1997 and Summer 1998, the fieldwork has encompassed two direct mailings and one phone follow-up. Sample is considered to be representative of the two thousand largest companies. One in four is a multinational. Union membership rate is about 30%, but only 16% has reported the existence of a workers health and safety representative. The most frequent workplace health initiatives were those under the traditional scope of the OSH field (type A and B programs) (57% of total) (e.g., Periodical Medical Examinations; Individual Protective Equipment; Assessment of Working Ability). In SMEs (< 250) it was less likely to find out some time-consuming and expensive activities (e.g., Training on OSH knowledge and skills, Improvement of environmental parameters as ventilation, lighting, heating).There were significant differences in SMEs, when compared with the larger ones ( 250) concerning type B programs such as Periodical medical examinations, GP consultation, Nursing care, Other medical and non-medical specialities (e.g., psychiatrist, psychologist, ergonomist, physiotherapist, occupational social worker). With regard to type C programs, there were a greater percentage of programs centred on Substance abuse (tobacco, alcohol, and drug) than on Other health risk behaviours. SMEs representatives reported very few prevention- oriented programs in the field of Drug abuse, Nutrition, Physical activity, Off- job accidents, Blood pressure or Weight control. Frequency of type D programs included Training on Human Resources Management, Training on Organisational Behaviour, Total Quality Management, Job Design/Ergonomics, and Workplace rehabilitation. In general, implementation of this type of programs (Organisational Change / Improvement of Psychosocial Working Environment) is not largely driven by health considerations. Concerning Industrial and Social Welfare (Type E programs), the larger employers are in a better position than SMEs to offer to their employees a large spectrum of health resources and facilities (e.g., Restaurant, Canteen, Resting room, Transport, Infra-structures for physical activity, Surgery, Complementary social protection, Support to recreational and cultural activities, Magazine or newsletter, Intranet). Other workplace health promotion programs like Training on Stress Management, Employee Assistance Programs, or Self-help groups are uncommon in the Portuguese worksites. The existence of integrated OSH management systems, not the company size, is the main variable explaining the implementation of more active and innovative workplace health policies in Portugal. The three main prompting factors reported by employers for health protection and promotion initiatives are: (i) Employee absenteeism; (ii) Productivity, quality and/or competitiveness; and (iii) Corporate culture/management philosophy. On the other hand, (i) Improved staffs health, (ii) Improved working environment and (iii) Improved productivity, quality and/or competitiveness were the three main benefits reported by companies representatives, as a result of successful implementation of workplace health initiatives. (i) Lack of staff commitment; (ii) Lack of time; and (iii) Problems of co-operation and communication within company or establishment (iii) are perceived to be the main barriers companies must cope with. Asked about the main facilitating factors, these companies have pointed out the following ones: (i) Top management commitment; (ii) Corporate culture; and (iii) Sense of social responsibility. This sociological research report shows the methodological weaknesses of workplace health initiatives, carried out by Portuguese companies during the last 90s. In many cases, these programs and actions were not part of a corporate health strategy and policy, (i) based on the assessment of workers health needs and expectancies, (ii) advocated by the employer or the chief executive officer, (ii) planned and implemented with the staff consultation and participation or (iv) evaluated according to a cost-benefit analysis. In short, corporate health policy and action were still rather based on more traditional OSH approaches and should be reoriented towards Workplace Health Promotion (WHP) approach. According to the Luxembourg Declaration of Workplace Health Promotion in the European Union (1997), WHP is a combination of: (i) improving the work organisation and environment; (ii) promoting active participation; (iii) encouraging personal development.Rsume Politique(s) de sant au travail: une enqute sociologique aux entreprises portugaises Au Portugal on ne sait presque rien des politiques de sant au travail, adopts par les entreprises. Avec ce projet de recherche, on veut (i) amliorer la connaissance sur les systmes de gestion de la sant et de la scurit au travail et, au mme temps, (ii) contribuer au dveloppement de la promotion de la sant des travailleurs. Une typologie a t use pour identifier les politiques, programmes et actions de sant au travail: A. Amlioration des conditions de travail / Scurit au travail; B. Mdecine du travail /Sant au travail; C. Prvention des comportements de risque / Promotion de styles de vie sains; D. Interventions organisationnelles / Amlioration des facteurs psychosociaux au travail; E. Gestion de personnel et bien-tre social. Un questionnaire postal a t envoy au reprsentant maximum des grandes entreprises portugaises, industrielles ( 100 employs) ou des services ( 75 employs). Le taux de rponse a t environ 20% (259 rpondants, concernant trois centaines dentreprises et dtablissements). La recherche de champ, conduite du printemps 1997 lt 1998, a compris deux enqutes postales et un follow-up tlphonique. Lchantillon est reprsentatif de la population des deux miles plus grandes entreprises. Un quart sont des multinationales. Le taux de syndicalisation est denviron 30%. Toutefois, il y a seulement 16% de lieux de travail avec des reprsentants du personnel pour la sant et scurit au travail. Les initiatives de sant au travail les plus communes sont celles concernant le domaine plus traditionnel (types A et B) (57% du total): par exemple, les examens de mdecine du travail, lquipement de protection individuelle, les tests daptitude au travail. En ce qui concerne les programmes de type C, les plus frquents sont le contrle et la prvention des addictions (tabac, alcool, drogue). Les interventions dans le domaine de du systme technique et organisationnelle du travail peuvent comprendre les courses de formation en gestion de ressources humaines ou en psychosociologie des organisations, lergonomie, le travail post ou la gestion de la qualit totale. En gnral, la protection et la promotion de la sant des travailleurs ne sont pas prises en considration dans limplmentation des initiatives de type D. Il y a des diffrences quand on compare les grandes entreprises et les moyennes en matire de politique de gestion du personnel e du bien-tre (programmes de type E, y compris lallocation de ressources humaines ou logistiques comme, par exemple, restaurant, journal dentreprise, transports, installations et quipements sportifs). Dautres activits de promotion de la sant au travail comme la formation en gestion du stress, les programmes d assistance aux employs, ou les groupes de soutien et dauto-aide sont encore trs peu frquents dans les entreprises portugaises. Cest le systme intgr de gestion de la sant et de la scurit au travail, et non pas la taille de lentreprise, qui aide prdire lexistence de politiques actives et innovatrices dans ce domaine. Les trois facteurs principaux qui encouragent les actions de sant (prompting factors, en anglais) sont (i) labsentisme (y compris la maladie), (ii) les problmes lis la productivit, qualit et/ou la comptitivit, et aussi (iii) la culture de lentreprise/philosophie de gestion. Du cot des bnfices, on a obtenu surtout lamlioration (i) de la sant du personnel, (ii) des conditions de travail, et (iii) de la productivit, qualit et/ou comptitivit.Les facteurs qui facilitent les actions de sant au travail sont (i) lengagement de la direction, (ii) la culture de lentreprise, et (iii) le sens de responsabilit sociale. Par contre, les obstacles surmonter, selon les organisations qui ont rpondu au questionnaire, seraient surtout (i) le manque dengagement des travailleurs et de leur reprsentants, (ii) le temps insuffisant, et (iii) les problmes de articulation/communication au niveau interne de lentreprise/tablissement. Ce travail de recherche sociologique montre la faiblesse mthodologique des services et activits de sant et scurit au travail, mis en place par les entreprises portugaises dans les annes de 1990, la suite des accords de concertation sociale de 1991. Dans beaucoup de cas, (i) ces politiques de sant ne font pas partie encore dun systme intgr de gestion, (ii) il na pas dvaluation des besoins et des expectatives des travailleurs, (iii) cest trs bas ou inexistant le niveau de participation du personnel, (iv) on ne fait pas danalyse cot-bnfice. On peut conclure que les politiques de sant au travail sont plus proches de la mdecine du travail et de la scurit au travail que de la promotion de la sant des travailleurs. Selon la Dclaration du Luxembourg sur la Promotion de la Sant au Lieu de Travail dans la Communaut Europenne (1997), celle-ci comprend toutes les mesures des employeurs, des employs et de la socit pour amliorer l'tat de sant et le bien tre des travailleurs e ceci peut tre obtenu par la concentration des efforts dans les domaines suivants: (i) amlioration de l'organisation du travail et des conditions de travail ; (ii) promotion d'une participation active des collaborateurs ; (iii) renforcement des comptences personnelles .
Resumo:
Dissertao apresentada como requisito parcial para obteno do grau de Mestre em Estatstica e Gesto de Informao
Resumo:
A importncia e a magnitude da saúde da populao trabalhadora advm, em primeiro lugar, da justa considerao de que se trata do elemento mais dinmico e numeroso da sociedade, do factor essencial da produo de bens e servios e do garante da produtividade econmica (Lefranc, 1988). O desenvolvimento sustentado das sociedades modernas conta com os trabalhadores como o meio de trabalho vivo mais valioso, pelo que a valorizao da sua saúde est com ele directamente correlacionado (Duclos,1984; Dias, 1993). O conhecimento das relaes trabalho e saúde foi e continuar a ser condio necessria, mas no suficiente, para a organizao de intervenes promotoras da saúde e do bemestar no local de trabalho e de medidas profilcticas das doenas e leses relacionadas com o trabalho e com as condies em que este efectuado (OMS, 1981). preciso que a sociedade e as suas estruturas polticas e econmicas assumam a Saúde Ocupacional (SO) como objectivo prioritrio e criem as condies legais, tcnico-profissionais e materiais para a levar prtica (Portugal, 1991a e 2001). O actual estdio da organizao e da prestao de cuidados de Saúde Ocupacional em Portugal fruto de um processo complexo onde intervm factores de natureza poltica, social, econmica e tcnico-cientfica. Estes, interactuando entre si, criaram as condies objectivas e subjectivas para o lanamento, na dcada de sessenta, de um modelo legal de servios de Medicina do Trabalho o qual influenciou o desenvolvimento da saúde dos trabalhadores e a prtica profissional dos mdicos do trabalho (Faria et al., 1985 ). A Medicina do Trabalho como especialidade mdica apresenta a caracterstica mpar de, ao contrrio de outras especialidades, ter sido precedida pela lei, regulamento ou norma (Larche-Mochel, 1996). A sua prtica, tambm muitas vezes entendida como de Saúde Ocupacional, integra-se desde o incio na lgica do sistema legal criado em Portugal na dcada de sessenta que privilegia os cuidados mdicos (Faria et al., 1985). Na evoluo interactiva da saúde no mundo do trabalho, as condies objectivas de natureza estrutural, prprias do crescimento econmico de cada pas ou regio, assumem um papel essencial. No entanto, como a outros nveis sociais, os factores subjectivos ligados aos conhecimentos, experincias e organizao dos parceiros sociais e do poder poltico influenciam a estrutura formal da organizao da Saúde Ocupacional (Duclos, 1984; Dias, 1993). O que ressalta da realidade portuguesa que o inadequado e incongruente modelo poltico organizacional de prestao de cuidados de medicina do trabalho dos anos sessenta (Faria et al., 1985), foi substitudo pela nova legislao de 1994 e 1995, (Decreto Lei 26/94 e Lei 7/95) que d suporte a uma nova estrutura formal de servios de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) que est longe de corresponder realidade da evoluo das foras produtivas, da sua organizao e das necessidades de saúde e bem-estar dos trabalhadores (Santos, 1998; Graa, 1999). A reformulao da poltica de Saúde Ocupacional, com a correspondente reorganizao de servios de saúde dirigidos populao trabalhadora, tem sido defendida por alguns autores e entidades desde o incio da dcada de oitenta (Faria et al., 1985; BIT, 1985; Santos; Faria, 1988; Graa, 1999). Recentemente tal necessidade tornou-se uma evidncia constatada por todos os parceiros sociais e pelo poder poltico, o que levou ao desencadear do processo de mudana em curso, que conta como primeiro facto, a aprovao do Acordo de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho, pelo Conselho Permanente de Consertao Social, em Julho de 1991, renovado pelo Acordo sobre Condies de Trabalho, Higiene e Segurana no Trabalho e Combate Sinistralidade do Conselho Econmico e Social de Fevereiro de 2001 (Portugal, 1991a e 2001). De tempos a tempos, a falta de mdicos do trabalho em termos absolutos referenciada na comunicao social por responsveis polticos ou profissionais de saúde ocupacional sem, no entanto, ser conhecida qualquer anlise suficientemente rigorosa da prtica profissional dos actuais mdicos do trabalho diplomados ou legalmente habilitados. Os mdicos do trabalho no so os nicos profissionais de saúde ocupacional, e o seu contributo, apesar de importante, no determinante no desenvolvimento histrico da organizao dos cuidados de saúde populao trabalhadora. Reconhece-se que os parceiros sociais e o poder poltico so os intervenientes principais da evoluo das polticas de saúde ocupacional (Graa, 1993a; Dias, 1993). No entanto, os mdicos do trabalho so necessrios e mesmo fundamentais para pr em prtica as polticas (implcitas e explcitas) de saúde ocupacional. O papel dos mdicos do trabalho to primordial que, no raras vezes, estes assumem um tal protagonismo que susceptvel de ser considerado como uma prtica profissional mais dirigida aos seus prprios interesses, do que virada para as necessidades de saúde dos trabalhadores (Walters, 1984). O papel dos mdicos e a prtica de medicina do trabalho so elementos relevantes no processo de desenvolvimento histrico da saúde dos trabalhadores, de tal modo que a adopo de um determinado modelo de servios de SHST sendo, num dado momento, a resultante da interaco dos diversos factores em presena, torna-se por sua vez um elemento condicionante do pensamento e da prtica profissional dos diversos tcnicos de saúde ocupacional, entre os quais figuram os mdicos do trabalho (BIT, 1985; WHO, 1986 e 1995; Directiva CEE n. 391/1989; Rantanen, 1990). Um primeiro inqurito aos diplomados com o curso de medicina do trabalho (cerca de 500) realizado pela Cadeira de Saúde Ocupacional da ENSP, em 1982, mostrou que cerca de um tero (34,6%) no exercia qualquer actividade profissional relacionada com a saúde ocupacional e os que a praticavam faziam-no essencialmente como actividade secundria (74,4%), em regime de pluriemprego, de tempo parcial (horrio semanal igual ou inferior a 20 horas em 73,4% dos casos e inferior a 10 horas em 24,1%) e em empresas industriais de grande dimenso (66,9%), em unidades de 500 ou mais trabalhadores (Faria et al., 1985). Em 1993, altura em que se inicia o presente estudo, efectuado um novo inqurito aos antigos alunos que representam o ncleo mais numeroso de mdicos com actividade profissional em Saúde Ocupacional no incio da dcada de noventa. A estes junta-se um nmero, relativamente pequeno, de mdicos de empresa habilitados ao abrigo de disposies transitrias e excepcionais contempladas na legislao de organizao de servios mdicos do trabalho de 1962 e 1967 (Portugal, 1991b). A partir de 1991 tm incio os Cursos de Medicina do Trabalho das Universidades de Coimbra e do Porto, com a admisso anual e bianual de candidatos, respectivamente. Os diplomados destas escolas representam um nmero acrescido de profissionais que iniciam a sua actividade neste perodo de transio na organizao dos cuidados de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho (Decreto Lei n 441/91; Decreto Lei n. 26/94; Lei n. 7/95). A Estratgia Global da Saúde Ocupacional para Todos aprovada pela Assembleia Mundial da Saúde em 1995 constitui a estrutura de enquadramento da nova poltica de saúde ocupacional que inclui entre as suas dez prioridades o desenvolvimento de servios orientados para a populao trabalhadora (WHO, 1995). Estes servios devem funcionar bem, de forma competente e compreensiva, centrados na preveno multidisciplinar e incluir a vigilncia do ambiente de trabalho e da saúde dos trabalhadores e a promoção da saúde, conforme a Declarao de Saúde Ocupacional Para Todos aprovada no segundo encontro de Centros Cooperativos para a SO da OMS, realizado em Pequim, em 1994. Este trabalho tem como finalidade conhecer as eventuais inter-relaes entre o novo modelo legal de organizao dos cuidados de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), institudo em Portugal nos anos de 1994/1995, e o pensamento e a prtica profissional dos mdicos do trabalho diplomados pela Escola Nacional de Saúde Pblica da Universidade Nova de Lisboa (ENSP/UNL). De um modo mais especfico pretende-se descrever em que medida o novo enquadramento jurdico da MT/SHST/SO, correspondente genericamente fase da Nova Saúde Ocupacional, foi acompanhado de alteraes: (1) da percepção do grau de satisfao dos mdicos do trabalho quanto ao seu papel e estatuto profissionais; (2) do nvel de satisfao relativo formao especializada formal (Curso de Medicina do Trabalho da ENSP/UNL) versus as necessidades da prtica profissional; (3) da efectividade do desempenho profissional e (4) da adequao do novo modelo de organizao de servios de MT/ SHST/SO ao contexto do desenvolvimento scio-econmico e cientfico nacional e ao sentir dos mdicos do trabalho. Quatro grandes temticas vo ser abordadas: (1) politicas, organizao e desenvolvimento da saúde ocupacional nacional e de empresa; (2) papel e funes dos mdicos do trabalho; (3) ensino e necessidades formativas em saúde ocupacional; (4) prtica profissional dos mdicos do trabalho de empresa. Os resultados obtidos sero contextualizados atravs do enquadramento num modelo terico explicativo da evoluo histrica dos cuidados de saúde populao trabalhadora em meio laboral e que alvo de reviso no presente trabalho. Este estudo enquadra-se nos objectivos e temas de investigao prioritrios da Saúde Para Todos (SPT) da regio europeia da OMS, nomeadamente o estudo do funcionamento dos actuais sistemas de assistncia sanitria, tendo em vista a adequada cobertura das necessidades de saúde de
Resumo:
Resumo: A alimentao e o estado nutricional so factores determinantes do estado de saúde e sabe-se hoje que os mecanismos da patognese de vrias doenas crnicas no-transmissveis podem ocorrer no incio da idade adulta. A alimentao influenciada por uma multiplicidade de factores, entre os quais se contam a importncia atribuda alimentao, o peso e imagem corporal e a percepção dos riscos associados escolha de alimentos. Esta investigao teve como objectivos analisar, em estudantes universitrios at aos 30 anos de idade, o estado nutricional, a importncia atribuda a alimentao, as percepes do peso e da imagem corporal e a percepção do risco de doena relacionada com a alimentao. Os objectivos foram cumpridos atravs de dois desenhos de estudo distintos: estudo descritivo transversal e estudo de caso-controlo. Avaliou-se o peso, altura e os permetros da cintura e da anca e construiu-se um questionrio de auto-preenchimento para recolher a restante informao. Encontraram-se valores para a prevalncia de obesidade e excesso de peso de, respectivamente, 6,5% e 24,3% e concluiu-se que existe uma percepção incorrecta do peso e da imagem corporal, mais frequente entre os indivduos obesos. Os obesos tambm consideram a alimentao menos importante que os indivduos normoponderais. A anlise da percepção dos riscos revela que os inquiridos consideram que factores como a obesidade e a inactividade fsica so menos prejudiciais para a saúde do que factores como as alteraes climticas ou as radiaes de telefones mveis. Verificaram-se tambm diferenas entre sexos nos parmetros estudados: relativamente s mulheres, os homens sobrestimam mais frequentemente o peso e a imagem corporal, consideram a alimentao menos importante, julgam-se em menor risco de doena e classificam os factores de risco estudados como menos prejudiciais. Conclui-se que as estratgias de educao alimentar e de promoção da saúde devem considerar as diferenas registadas entre sexos e a importncia atribuda alimentao e as percepes do risco, do peso e da imagem corporal. Abstract: Nutrition and nutritional status are health determinants and its accepted that the mechanisms for the pathogenesis of several chronic non-communicable diseases can occur in early adult age. Nutrition is influenced by a large number of factors, including the value placed on food, weight and body image and the risk perception associated with food choice. Consequently, the analysis of the factors that can influence food behaviour and food choice in young adults can be useful for the control and prevention of nutrition related disease. The objectives of this research were to analyse, in college students up to 30 years of age, nutritional status, value placed on nutrition, weight and body image perceptions and the risk perception of nutrition related disease. Two study designs were used: cross-sectional and case-control. Weight, height and waist and hip circumference were measured and a questionnaire was built to collect the remaining information. Prevalences of 6,5% for obesity and 24,3% for excess weight were found, along with the existence of biased weight and body image perceptions, more frequent in obese subjects. Obese subjects also placed less value on nutrition than non-obese. Risk perception analysis shows that risk factors like obesity and physical inactivity are considered less hazardous than risk factors like climate changes and mobile phone radiation. Men, comparatively to women, overestimated more frequently their weight and body image, placed less value in nutrition, considered themselves less disease susceptible and classified the risk factors studied as less hazardous. The conclusions of this study show that nutrition education and health promotion strategies should consider the gender related differences reported and, also, the value placed on nutrition and weigh, body image and risk perceptions.
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Dissertao apresentada como requisito parcial para obteno do grau de Mestre em Estatstica e Gesto de Informao
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RESUMO - Introduo: A saúde oral uma componente essencial na saúde geral e no bem-estar dos indivduos. Sabe-se que os problemas de saúde oral afectam predominantemente os elementos de nveis socioeconmicos mais baixos, evidenciando a influncia dos determinantes sociais da saúde na saúde oral das populaes. Os objectivos deste estudo so caracterizar os comportamentos de rotinas dirias de higiene oral, frequncias de idas a consultas de saúde oral, auto-avaliao do estado de saúde oral e percepção de dor na cavidade oral em crianas de 12 anos em Portugal e analisar a associao entre estes e os factores sociodemogrficos. Mtodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal e analtico, abrangendo 1309 jovens e baseado em informao recolhida no III Estudo Nacional de Prevalncia de Doenas Orais (ENPDO). Para alm das estatsticas descritivas usuais, as estatsticas inferenciais basearam-se predominantemente em modelos de regresso logstica binria. Resultados: Dos participantes, 70.6% (n=924) escova duas ou mais vezes por dia com associao com todas as variveis sociodemogrficas. Na anlise multivariada, o gnero masculino (OR=2.088; IC95%: 1.574-2.770, em relao ao gnero feminino), a rea de residncia predominantemente rural ou mediamente urbana (OR= 1.800; IC95%: 2.587; OR=1.516; IC95%: 1.093-2.103, em relao a zonas predominantemente urbanas), a escolaridade da me ser o ensino bsico (OR= 2.112; IC95%: 1.408-3.168, em relao ao ensino superior) e a actividade laboral do pai ser desempregado (OR= 1.938; IC95%: 1.280-2.934, em relao a ser trabalhador) foram as variveis com mais impacto para a adopo de comportamentos de escovagem potencialmente inadequados (p<0.05). A maioria dos inquiridos (94.2%; n=1247) j tinham ido a uma consulta de saúde oral e 74.5% (n=860) nos ltimos 12 meses, 95.5% (n=1250) encontram-se satisfeitos com a saúde oral e 44.5% (n=578) afirma ter tido algum tipo de dor na cavidade oral nos ltimos 12 meses. Concluso: Os resultados obtidos esto de acordo com a literatura em termos de factores de associao. Desta forma, a saúde oral nos jovens de 12 anos em Portugal, nos diversos contextos aqui analisados, pode ser considerada como satisfatria. A nica excepo relevante a componente da dor, com valores alarmantes embora de natureza mais subjectiva. A influncia dos factores sociodemogrficos sugere que futuras abordagens para a promoção da saúde oral tenham em conta os determinantes de saúde no delineamento de estratgias quer a nvel individual quer a nvel comunitrio.