999 resultados para Séculos XVIII e XIX
Resumo:
A dimensão deste texto não permite senão documentar brevemente a sinuosidade do percurso do conhecimento cartográfico, afravés do comentário de alguns mapas, paradigmáticos de avanços e pausas nessa evolução. Para isso, recorreremos a espécimes onde são figurados espaços distintos: o conjunto do Planeta, a Península Ibérica e Portugal Continental.
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Foi em busca de «cristãos e especiarias», gente e comércio, que os portugueses se voltaram para o Oriente no século XV. E abertas as portas marítimas das Índias Orientais, a afluência europeia em força foi apenas uma questão de tempo. Foi, porém, ao longo do século XIX que a presença colonial europeia atingiu uma extensão e uma intensidade desconhecidas anteriormente. Ainda antes da mais conhecida «Corrida a África» na segunda metade do século XIX, já se iniciara uma «Corrida à Ásia». Lançada pelos ingleses, foi seguida por outros países, com repercussões sobre a geografia política, humana e económica local, mas também sobre outras velhas potências ali presentes, como Portugal, que teve de reconsiderar a sua posição. O desenvolvimento desta colonização na Ásia durante os séculos XIX e XX adotou formas diversificadas de acordo com as estruturas de cada Potência. Levou, no entanto, a uma reação local também realizada de formas diferenciadas (da resistência passiva à luta revolucionária), que, mais cedo do que em África, conduziu à descolonização. Pretendeu-se, neste Encontro, suscitar a reflexão sobre as colónias situadas na Ásia no contexto da exploração colonial que os europeus desenvolveram nos séculos XIX e XX, compreendendo elementos diversos, como questões humanas e sociais, a economia, a política, as relações externas, etc. Da mesma forma, considerou-se desejável o contributo para um melhor conhecimento da articulação entre estes espaços e o contexto colonial mais geral, de cada país ou das ligações a outros Estados.
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Durante uma intervenção arqueológica numa conduta do Mosteiro de Santa Maria da Vitória na Batalha, foram encontrados diversos objetos de vidro e cerâmica dos quais foram escolhidos setenta e oito fragmentos de vidro datados dos séculos XVII- XVIII, com o objetivo de serem estudados e caracterizados na sua composição e a possível união dos fragmentos para a determinação das formas dos objetos, o que não se mostrou possível. Para a caracterização recorreu-se às técnicas de espetrometria de microfluorescência de raios X dispersiva de energias (μ-EDXRF) e espetroscopia de absorção UV‐Vis. A maioria dos vidros são silicatados sodo‐cálcicos, à exceção de dezasseis que são alcalinos mistos e um plúmbico. Identificaram-se dois cromóforos responsáveis pela cor azul, cobalto (encontrado apenas num objeto) e o conjunto cobre/ferro nos vidros azul-turquesa. Da coleção faz ainda parte um objeto com decoração vermelha opaca obtida com um pigmento de cobre. Os vidros com coloração natural (amarelo e verde) devem as suas tonalidades à presença de ferro. Realizou‐se a comparação das composições obtidas, formas e decorações com as coleções do Mosteiro de São João de Tarouca, com dois casos particulares do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, com um caso da Real Fábrica de Vidros Cristalinos de Coina e Real Fábrica da Marinha Grande e ainda com as composições publicadas de vidros venezianos e façon-de‐Venise. Esta comparação permitiu realçar semelhanças e diferenças a nível de composição e formal, entre as diferentes coleções.
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O presente estudo tem como objectivo estudar as questões do tempo e da ordem no reino de Mari. A análise destas questões evidencia dois aspectos importantes: por um lado, a convergência de duas culturas distintas – uma cultura acádica, tipicamente mesopotâmica, e uma cultura amorrita, mais ocidental – num mesmo espaço e, por outro lado, a importância do reino de Mari como um estudo de caso que retrata, por vezes com grande pormenor, a influência da penetração dos povos nómadas nas terras da Mesopotâmia e as suas repercussões nos vários domínios da vida pública. Estudar a ordem implica compreender a organização do mundo e da sociedade, bem como a relação entre as esferas humana e celeste. Estudar o tempo implica, por sua vez, entender como o homem se posiciona no espaço, como entende a sua história e o seu destino. Uma análise focada nestes dois temas permitir-nos-á, pois, compreender qual era o verdadeiro sentido da vida e do mundo para o homem de Mari. Como veremos, para o mariota, a vida assentava numa intensa dinâmica na qual a família detinha o papel principal: era ela que o enquadrava na sociedade, que lhe permitia participar nos destinos da vida pública e receber as devidas honras após a morte. Nesta perspectiva, a família e os laços de sangue adquiriam um papel preponderante em vários domínios da vida humana. Eram os laços consanguíneos que imperavam aquando da escolha de aliados e partidários. Por outro lado, o culto do parentesco impunha uma visão da história segundo a qual o tempo passado se afirmava como o grande modelo teórico das acções desenvolvidas no quotidiano (no presente). Paralelamente à família, o homem de Mari acreditava que no mundo divino residia a sua verdadeira esperança de levar uma vida feliz. A imagem de uma teocracia, onde homem e deus partilhavam o mesmo destino, é transversal a todo o pensamento e acção do homem de Mari. Nesta tese, propomos desenvolver um estudo de conjunto, uma análise transversal que abranja todos os aspectos da vida social e humana: a religião, a política, a cultura e a sociedade
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O património artístico na vila de Torre de Moncorvo, distrito de Bragança, é muito diversificado e riquíssimo, na medida em que encontramos inúmeros testemunhos de diversas épocas e estilos. Deste universo, salientamos a arquitetura civil doméstica erudita, através de solares e casas nobres edificados ao longo de um largo período histórico, entre os séculos XVII e XVIII, e que nos dão uma ideia evolutiva da arquitetura maneirista e barroca edificada na região norte, e em particular naquela vila. Neste artigo procura-se analisar um pequeno grupo de solares e casas nobres de Torre de Moncorvo, destacando os seus principais aspetos históricos e artísticos.
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Este livro, assim como o seminário internacional que o antecedeu, pretende analisar questões relativas à administração nas monarquias ibéricas nos séculos XVII e XVIII abordando aspectos que merecem ainda pesquìsas aprofundadas. Os investigadores de diversas instituições espanholas e portuguesas que participaram do evento ocorrido no CHAM/UNL-UAç , que ulteriormente contribuíram para com este volume, pertencem ao grupo dos historiadores que se dedicam a estudar três aspetos específicos da história administrativa e institucional: o provimento dos ofícios nos Reinos ibéricos e nas suas conquistas, o controle que exerciam as Coroas sobre a atuação destes homens nomeados para as representar, e por fim, a venalidade régia ou particular desses mesmos cargos "públicos". São temas que aqui ganham análises isoladas, mas que se entrelaçam e reciprocamente se condicionam. Espera-se que os resultados das investigações aqui reunidos, alguns reportando-se a temas antes escassamente conhecidos, ajudem a lançar uma nova luz sobre a «administração pública» do passado.
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A história de Cabo Verde começa com a chegada dos portugueses em 1460. O local selecionado para a primeira ocupação humana, num território anteriormente deserto, recai na zona denominada Ribeira Grande, ilha de Santiago, em consequência da sua ribeira, fonte de água e razão principal de escolha da fixação. É nesse espaço, limitado pelas montanhas acidentadas, pela ribeira e pela topografia irregular que uma pequena povoação nasceu. Nela foi implantada uma área urbana e arquitetónica, fruto de regras de construção do colonizador: Portugal. A génese urbana inicia-se ainda no século XVI, junto a uma baía, designada mais tarde por largo do Pelourinho, bastante orgânica e organizada a partir do porto, do Hospital e da Igreja da Misericórdia. Seguiu-se, ao longo de Quinhentos, o bairro de São Pedro, o maior de todos, também orgânico. O bairro de São Brás, espaço ocupado maioritariamente pelos jesuítas desenvolveu-se de forma paralela à costa. O último bairro intitulado São Sebastião, elevado a partir de meados do século XVI, já foi projetado respeitando os cânones do urbanismo moderno. A cidade conseguiu atrair, pressionada pelos religiosos, pelos monarcas e pelas populações locais, instituições religiosas, régias e privadas que apostaram em obras arquitetónicas marcantes na evolução da urbe, entre as quais a igreja de Nossa Senhora do Rosário, o convento e igreja de São Francisco, a Sé e o paço Episcopal, a fortaleza Real de São Filipe e o Pelourinho.
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Estudi elaborat a partir d’una estada a la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales, durant l’ octubre del 2006. L’estudi de les haciendas creades a partir de la colonització espanyola als territoris americans no pot ser mai complet si no es pot entrar en la vida quotidiana de les persones que les constitueixen. La millor manera de fer-ho és a través d’assolir d’un exhaustiu estudi dels comportaments demogràfics –natalitat, nupcialitat, mortalitat, migracions—i familiars. L’objectiu d’aquest estudi ha estat localitzar una tipologia documental que permeti aquest treball a la parròquia de Toacazo a Cotopaxi (Equador) i, un cop assolida aquesta fita, fotografiar exhaustivament els registres parroquials, altrament dits registre civil antic. El període treballat va des de l’ 1720, any de fundació de la parròquia fins a 1857, any on s’acaba el tributo de indios o règim que regulava les normes de segregació racial de les poblacions.
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Esta intervenção tem como propósito retratar as elites que dirigiram os destinos da primeira capital das ilhas de Cabo Verde – Ribeira Grande – durante os séculos XVI, XVII e XVIII e que, consequentemente foram também as que dominaram o poder local na ilha de Santiago e em todo o arquipélago. A Ribeira Grande, pequena urbe, entalada entre montanhas, teve um papel primordial na História de Cabo Verde: foi o porto onde desembarcaram os primeiros colonos europeus e as primeiras levas de escravos. Foi aí que se iniciaram as interpenetrações étnico-culturais das quais viria a emergir, mais tarde, o homem cabo-verdiano.
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Sujeito da história, as elites são uma fracção da população onde se concentram poder, autoridade e influência. Elas evoluem, tal como a classe camponesa ou a classe operária, segundo os ritmos da sociedade onde se inserem, mas deixam infalivelmente nela a sua marca e a sua ideologia. Independentemente da sua natureza (baseada no sangue, no dinheiro ou no saber) as elites, colhem a sua inspiração e a sua substância do povo. E por isso todos os conflitos que atravessam a sociedade se repercutem nelas e as afectam.1 Utilizando este conceito de elite proponho-me neste artigo reflectir e descrever sucintamente as elites que dirigiram os destinos da Cidade Velha/Ribeira Grande durante os séculos XVI, XVII e XVIII e que, consequentemente foram também as que detiveram o poder local preponderante em Santiago e em todo o arquipélago.
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Os relatos Históricos são, geralmente, povoados por figuras masculinas, isto porque foram os homens que dirigiram os destinos da humanidade, pelo menos desde que existe a escritura e, principalmente, porque foram eles que escreveram ou impuseram as fontes escritas que hoje utilizamos para narrarmos o passado. Por isso, o historiador encontra, raramente na documentação, dados ou relatos sobre o papel das mulheres no avançar da História. Apenas são conhecidos os destinos e as acções das grandes Rainhas ou das mulheres cujas vidas estiveram, intimamente, ligadas às de homens de poder. Geralmente a história da mulher tem sido baseada na história da família, a que pertenceu, devido a discriminação de género de que sempre foi objecto. O historiador cabo-verdiano encontra-se perante o mesmo dilema, mas com a agravante da nossa História estar despovoada, igualmente, de figuras masculinas. É necessário prover a nossa História de personagens representativas de cada época, para que possamos apreender melhor o nosso passado. 1 Entre a história que, segundo
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Tenim documentats més de 30.000 contractes d'establiment emfitèutic (la majoria, amb caràcter de subestabliment) concedits a la regió de Girona (actuals comarques del Baix i de l'Alt Empordà, del Gironès i de La Selva) entre 1768 i 1862, anys en què van ser inscrits en els llibres del Registre d’hipoteques. Sabem que durant aquests mateixos anys se'n concediren molts més, ja que ens manca la informació relativa a l'ofici de Figueres entre 1774 i 1806 i la comarca de l’Alt Empordà va concentrar un 40% dels establiments concedits entre 1806 i 1862. És molt possible, doncs, que el nombre total s'apropés als 35.000. La xifra no és negligible; a mitjan segle XIX vivien a la regió unes cinquanta mil famílies. Es fa necessari, doncs, reflexionar sobre aquesta pràctica
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Realizado en la Facultad de Filosofía y Letras de Valladolid, por 3 profesores del centro, para la asignatura de Literatura Norteamericana de la Licenciatura en Filología Inglesa. El objetivo era realizar un estudio real de adecuación de programas, clases teóricas, prácticas, valoración y desarrollo de lecturas obligatorias con la finalidad de elaborar un manual y material tecnológico-didáctico en el que se integren la teoría y la práctica de la enseñanza de la poesía norteamericana, adecuada a las futuras exigencias docentes del sistema de créditos europeo ECTS. Igualmente, se pretende la elaboración de un anexo informático, en CD, al manual sobre Poesía Norteamericana, que se pueda actualizar en el tiempo y que contenga de manera comentada la bibliografía más relevante, de modo que sea útil para la investigación en el caso de alumnos de Tercer Ciclo de Filología Inglesa. Los resultados del proyecto son excelentes, en primer lugar sirven a los miembros del equipo para hacer una valoración metodológica de sus propias materias docentes e introducir las nuevas tecnologías para conseguir una mayor eficacia docente. Aunque no está del todo terminada, la sugerencia de bases de datos que contienen información relevante ya comprobada sobre los autores propuestos despierta un gran atractivo en los alumnos, al igual que poder disponer de comentarios de referencia.
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Estudiar el fenómeno migratorio gallego en Iberoamérica desde el siglo XIX, y especialmente desde 1880 ata a actualidade. Proyecto de investigación configurado por aportaciones de varios campos científicos, en nuestro caso nos centramos en las aportaciones del ámbito educativo. Las escuelas de americanos son una experiencia alternativa a la educación popular para la Galicia rural. Hasta principios de siglo las Sociedades de Instrucción de los Centros Gallegos no consigen desenvolver un proyecto educativo común, a pesar del incremento de dichas agrupaciones. El movimiento federativo no consigue diseñar un programa de acción unificado y compartido por todas las asociaciones para intervenir de manera coordinada en el ámbito escolar, a pesar de ser los intereses de los diferentes grupos similares. Las Sociedades de Instrucción asumen la tarea de programar la enseñanza en la zona que cada una representa implantando y sosteniendo centros gratuitos de instrucción primaria, elemental y superior para que la enseñanza llegase a donde le era imposible a la oferta pública. Se favorece el acceso de los niños más humildes con el objeto de contrarestar el monopolio elitista de la educación del momento, imprimiendole a sus acciones un sesgo netamente popular. Conscientes de formar hombres para la emigración intentaban poner a su alcance las destrezas más útiles para afrontar los periplos de la emigración. A pesar de la diversidad de los enfoques las propuestas programáticas de las numerosas sociedades de instrucción confluyen en una bondad renovadora que anima y preside la dinámica de intervención de estas corporaciones en el eje educativo. Otro tema a resaltar es la pluralidad de modelos arquitectónicos de los diversos inmuebles que nos impide señalar unas características identificativas para todos ellos sin no es la simbología de lo transoceánico. La acción mancomunada de los emigrantes constituyó un factor de estímulo decesivo en el proceso de difusión e institucionalización de la enseñanza popular en Galicia, aportando un aire nuevo de modernización con inequívocas resonancias regeneracionistas para muchas parroquias del país.