873 resultados para necrose linfoide
Resumo:
A maioria dos retalhos utilizados na reconstrução dos grandes defeitos pós-tratamento cirúrgico isolado ou associado à radioterapia no câncer da cabeça e pescoço levou os autores a estudar a viabilidade do RMF em 14 pacientes, atendidos no Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital Celso Pierro, PUCCAMP, Campinas. Todos eram portadores de lesões epidermóides avançadas no estádio IV, localizadas na boca (dez), hipofaringe (dois), laringe (um) e pescoço (um). Através do teste exato de Fisher (p< 0,05), aferiu-se a existência ou não da relação da viabilidade do RMF com a idade, estado nutricional, tratamento prévio. Nestes 14 pacientes, foram empregados 16 retalhos, 13 deles viáveis (81,2%) e três (18,8%) com necrose total, não havendo associação entre a viabilidade e a necrose e a idade (p=1,0). Quanto à relação com o tratamento prévio com quimioterapia (três casos) e radioterapia (dois casos), estes não foram significantes (p=0,547).
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OBJETIVO: As espécies ativas de oxigênio (EAO), originadas pela ação da enzima xantina-oxidase, têm importância na fisiopatologia da síndrome isquêmica-reperfusional. Foi nosso objetivo verificar o possível efeito citoprotetor do alopurinol (inibidor da xantina-oxidase) sobre as alterações histológicas decorrentes da isquemia-reperfusão hepática. MÉTODOS: Utilizaram-se 60 ratos Wistar assim divididos: grupo 1(n=20): pré-tratado com alopurinol e submetido à laparotomia e à exposição do pedículo hepático por 45 min.; grupo 2 (n=20): tratado com alopurinol e submetido à isquemia hepática seletiva por 45 min.; e grupo 3 (n=20): submetido apenas à isquemia por 45 min. A cada 24 horas, durante quatro dias, cinco animais de cada grupo foram submetidos a hepatectomias parciais para estudo histopatológico. RESULTADOS: Na análise das 24h, houve aumento significativo da congestão vascular e da necrose nos grupos de animais submetidos à isquemia (2 e 3) quando comparados aos do grupo controle (grupo 1) (p<0,05). Na análise das 48h, os resultados se repetiram em relação à necrose hepática. Não se observaram diferenças significativas nos tempos de 72 e 96h. Além disso, no período das 24h, verificou-se uma diminuição significativa da necrose nos animais submetidos à isquemia e pré-tratados com alopurinol quando comparados ao grupo não tratado. CONCLUSÕES: A isquemia transitória normotérmica hepática causa significativas alterações histopatológicas nos fígados de ratos. Em nosso estudo, o alopurinol exerceu efeito benéfico em relação à necrose hepatocitária, o que reforça o envolvimento da enzima xantina oxidase no dano decorrente da isquemia-reperfusão hepática.
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OBJETIVO: Avaliar a reatividade linfonodal em pacientes com metástase cervical de tumor primário oculto. MÉTODO: Foram avaliados retrospectivamente 24 pacientes submetidos a esvaziamento cervical entre 1983 e 1995 devido à metástase de tumor primário oculto. Os cortes histológicos dos 601 linfonodos resultantes foram corados pela hematoxilina-eosina e avaliados à microscopia óptica. A reatividade linfonodal considerou a presença de hiperplasia paracortical, hiperplasia de centro germinativo e hiperplasia sinusal. Foram avaliadas a relação da reatividade linfonodal, ruptura capsular, necrose e desmoplasia com a recidiva da doença. A análise estatística foi feita com Teste de Fisher com erro inferior a 5%. RESULTADOS: Setenta e sete por cento (77%) dos linfonodos se mostraram reativos. Cinqüenta e cinco por cento (55%) dos pacientes com hiperplasia paracortical ou mista e dezesseis por cento (16%) dos pacientes com hiperplasia de centro germinativo ou linfonodos não reativos estavam assintomáticos por ocasião do último retorno ambulatorial (p=0,11). A presença de necrose tumoral mostrou associação significativa com a presença de desmoplasia (p=0,02). CONCLUSÕES: A reatividade linfonodal é freqüente na maioria das metástases cervicais em tumor primário oculto e a necrose tumoral está diretamente ligada à presença de desmoplasia.
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OBJETIVOS: A ingestão de álcalis provoca graves lesões no tubo digestório alto. A comercialização de substâncias cáusticas em forma líquida facilita o seu uso com intenções suicidas e torna as afecções por elas provocadas relativamente comuns. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar as conseqüências morfológicas da infusão de substância cáustica no estômago murino. MÉTODO: Foram estudados 20 ratos Wistar adultos, de ambos os sexos. Após jejum alimentar de 12 horas, instilou-se 1ml de hidróxido de sódio (NaOH) a 5% através de cateter orogástrico. Os ratos foram divididos aleatoriamente em quatro grupos (n=5), de acordo com o tempo de acompanhamento: 24 horas, sete dias, 30 dias e 90 dias, respectivamente. Decorrido o tempo de acompanhamento, os ratos foram mortos e seus estômagos foram avaliados macro e microscopicamente. RESULTADOS: Após 24 horas, os estômagos estavam dilatados e com aderências ao fígado, omentos e pâncreas. Suas mucosa e submucosa apresentavam áreas de necrose de coagulação do corpo e do antro entremeada por intensa infiltração bacteriana. Após sete dias, os estômagos permaneciam dilatados e mantendo o mesmo padrão necrótico anterior, porém sem os focos sépticos. Nos grupos de um e três meses, a cavidade abdominal teve aspecto normal. Os estômagos apresentavam consistência endurecida e com proliferação fibrovascular. CONCLUSÃO: Os animais que sobreviveram à necrose e à intensa infiltração bacteriana da primeira semana desenvolveram reparação progressiva de seus estômagos, porém acompanhada de complicações decorrentes da fibrose cicatricial.
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OBJETIVO: Comparar as técnicas operatórias de ligadura simples (A) e de sepultamento sem ligadura do coto apendicular (B). MÉTODO: Foram utilizados 36 coelhos da linhagem Nova Zelândia, machos, distribuídos aleatoriamente em dois grupos de 18, divididos respectivamente em subgrupos de seis animais cada um e praticada a eutanásia decorrido o tempo pós-operatório de sete, 14 e 21 dias. Foram avaliados macroscopicamente conforme a ferida operatória estivesse limpa, tivessem abscesso ou deiscência e a cavidade abdominal pela presença de aderências peritoneais. Foi feita avaliação histológica pela presença ou ausência dos seguintes parâmetros: infiltrado inflamatório agudo e crônico, fibrose, granuloma de corpo estranho, necrose e integridade da camada mucosa. RESULTADOS: Nos achados macroscópicos não foram observadas diferenças significantes no sétimo, 14º e 21º P.O. quanto à presença de abscesso e deiscência da ferida operatória entre os grupos A e B; o mesmo ocorreu quanto à presença de aderências peritoneais entre alças intestinais. Nos achados microscópicos houve diferença significante no 21º P.O. quanto ao infiltrado inflamatório agudo maior no grupo B, e à integridade da camada mucosa, maior no A. Na contagem de fibras colágenas houve diferença significante no 21º P.O., maior no grupo B. CONCLUSÃO: Do ponto de vista histológico a técnica de ligadura simples é superior à de sepultamento sem ligadura do coto apendicular.
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OBJETIVO: Avaliar o padrão de invasão na interface tumor-hospedeiro com alguns parâmetros que caracterizam a lesão primária com a intenção de caracterizar essa informação como fator influente na adequação terapêutica de pacientes com lesões iniciais na laringe. MÉTODOS: Análise retrospectiva das fichas médicas e revisão histológica dos blocos dos espécimes cirúrgicos de 49 pacientes portadores de carcinoma epidermóide inicial da laringe (T1 e T2), tratados no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Complexo Hospitalar Heliópolis - SP, entre 1977 e 1997. O padrão da invasão da neoplasia no tecido subjacente foi definido no ponto de invasão tumoral (critério de Bryne) em quatro categorias (padrão de 1 a 4), e a avaliação estatística descritiva das variáveis (macroscopia T, N, necrose tumoral e padrão de invasão) foi feita para a associação das mesmas, através dos testes de hipóteses do Qui-quadrado e para as freqüências com Teste Exato de Fisher, com 95% de significância. RESULTADOS: A relação do padrão de invasão e da microscopia demonstrou, para as lesões infitrativas, dez casos (41,6%), no padrão 1, oito (33,3%) no padrão 2 e seis (25,0%) no padrão 3. Para as lesões vegetantes, seis (24,0%) padrão 1, 15 (60,0%) padrão 2 e nove (16,0%) padrão 3. Quanto à região anatômica, para a glote tivemos dez (29,4%) padrão 1, 17 (50,0%) padrão 2 e sete (20,6%) padrão 3. Para a supraglote, seis (40,0%) padrão 1, seis (40,0%) padrão 2 e dez (23,3%) padrão 3. Para N+ , quatro (66,7%) padrão 1 e dois (33,3%) padrão 2. Para a necrose tumoral, quando ausente, tivemos 13 (31,7%) padrão 1, 19 (46,3%) padrão 2 e nove (21,9%) padrão 3. Quando presente, três (37,5%) padrão 1, quatro (50,0%) padrão 2 e um (12,5%) padrão 3. Finalmente, o prognóstico não tem qualquer relação com o padrão de invasão, sendo nos pacientes vivos, 14 (87,5%) padrão 1, 16 (72,5%) padrão 2 e sete (70,0%) padrão 3. CONCLUSÃO: A diversidade dos resultados e a não confirmação estatística impõem a necessidade de se desenvolver estudos prospectivos, com maior série de casos, para conclusões mais confiáveis em relação ao padrão de invasão em lesões classificadas como iniciais, inclusive utilizando-se tumores primários de outras localizações.
N-acetilcisteína diminui a congestão hepática na lesão de isquemia e reperfusão: estudo experimental
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OBJETIVOS: A isquemia tem sido utilizada na cirurgia hepática desde o início do século. Embora possibilite a diminuição da perda sangüínea durante as ressecções e a manutenção do órgão à espera de um transplante, a ausência de perfusão traz como conseqüência um dano ao órgão, que se amplifica por ocasião da sua reoxigenação. A N-Acetilcisteína é uma droga capaz de repor os estoques celulares de glutationa, um antioxidante fundamental no controle das lesões resultantes do restabelecimento da perfusão sangüínea, esperando-se dessa forma que diminua a lesão acima descrita. Com o propósito de avaliar a capacidade da N-Acetilcisteína reduzir o dano hepático, utilizou-se um modelo murino de isquemia e reperfusão normotérmica. MÉTODO: Foram utilizados vinte ratos Wistar fêmeas, divididos em dois grupos. No grupo tratado, 400mg/kg de N-Acetilcisteína foram administrados pela via intravenosa, 15 minutos antes do clampeamento do pedículo do lobo esquerdo por 90 minutos. No grupo controle foi administrado o volume equivalente de solução fisiológica. Foi estabelecido um período de quatro horas de reperfusão, após o qual os animais foram sacrificados para a realização de análise histopatológica do lobo esquerdo com coloração de Hematoxilina-Eosina. A lesão tecidual foi quantificada quanto à presença de congestão, esteatose e necrose. RESULTADOS: O estudo evidenciou a capacidade de a N-Acetilcisteína diminuir significativamente a congestão. Não houve diferenças quanto à presença de esteatose e necrose. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos permitem-nos concluir que o uso prévio da N-Acetilcisteína nos processos de isquemia e reperfusão, em normotermia, é capaz de diminuir a congestão hepática. A N-Acetilcisteína não diminui a presença de esteatose e necrose.
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OBJETIVO: Investigar os níveis de liberação de TNF-alfa?em cultura de monócitos em portadores humanos da forma hepatoesplênica de esquistossomose mansônica. MÉTODO: Foram incluídos aleatoriamente, no estudo, 39 voluntários de idades variando entre 15 e 31 anos, 19 homens e 20 mulheres, divididos em três grupos. Grupo 1 (GC) 12 indivíduos sadios, sem esquistossomose. Grupo 2 (AI) 18 indivíduos portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica, que tinham se submetido a esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda e auto-implante de tecido esplênico no omento maior, quando tinham idades entre 7 e 16 anos. Esses pacientes receberam oxaminiquine na dose de 20mg/kg 30 dias antes do procedimento cirúrgico. O seguimento médio atual é de cerca de 8 anos. Grupo 3 - pacientes esplenectomizados sem auto-implante esplênico (ESAI) constituído de nove adultos jovens que tinham se submetido à esplenectomia sem auto-implante esplênico e desconexão ázigo-porta. Os pacientes esquistossomóticos dos grupos 2 e 3 tiveram confirmação dessa doença pela presença de fibrose de Symmers nas biópsias hepáticas realizadas durante o ato cirúrgico. Foram colhidos 6 ml de sangue periférico de cada um dos voluntários incluídos no presente estudo, cujos monócitos foram separados por centrifugação e cultivados no meio de cultura CultilabÒ). Amostras de 100ml do sobrenadante da cultura de monócitos (10(6) células/ml), de cada indivíduo dos três grupos, eram colhidos para determinação das concentrações de TNF-alfa. Essa concentração era mensurada pelo estudo colorimétrico de ELISA para citocinas (QuanticininasTM - Sistema R&D), após 4 horas de estimulação com PMA e incubação, em uma atmosfera úmida com 5% de CO² a 37ºC. RESULTADOS: As concentrações de TNF-alfa? não diferiram significantemente nos três grupos estudados [(GC 135,0 ± 51,6 pg/ml; AI 97,0 ± 25,4 pg/ml e ESAI 107,0 ±. 52,1 pg/ml) - ANOVA, F = 0,210; p = 0,813]. CONCLUSÃO: Os achados contribuem para hipótese de que após esplenectomia com ou sem auto-implante esplênico a função dos monócitos, com relação a produção de TNF-alfa, mantém-se preservada.
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OBJETIVO: Analisar os resultados do tratamento cirúrgico das formas necrosantes, ou graves, da pancreatite aguda e da forma crônica agudizada. MÉTODO: Foi preenchido um protocolo, de modo consecutivo e prospectivo, de 68 pacientes operados por pancreatite aguda grave e crônica agudizada, no período de 1982 a 2000. Os pacientes foram classificados em três categorias: 1. Pancreatite aguda biliar; 2. Pancreatite aguda de causa indeterminada; 3. Pancreatite crônica agudizada. RESULTADOS: As indicações para o tratamento cirúrgico foram: diagnóstico incerto (32,3%); necrose infectada (60,3%) e para necrosectomia (7,4%). As operações realizadas foram: desbridamento de necrose infectada(70,6%); operações sobre as vias biliares (20,6%) e desbridamento de grandes necroses (7,4%). Os óbitos hospitalares incidentes, por categoria foram: 1. Pancreatite aguda biliar (33,3%); 2. Pancreatite aguda indeterminada (45,0%); 3. Pancreatite crônica agudizada (37,0%). A média de óbitos foi de 38,2%. Vinte e cinco pacientes foram reoperados, uma ou várias vezes, e nestes a mortalidade foi de 40,0%. Os abscessos foram responsáveis por 52,0% dos óbitos e as outras complicações que resultaram em óbitos, sempre evoluiram para infecção. CONCLUSÕES: Ocorreu um alto índice de operações por diagnóstico incerto. Esta indicação deve se restringir aos casos onde não seja possível o diagnóstico diferencial com certas causas de abdome agudo. As indicações para tratar precocemente a litíase biliar devem ser evitadas ou reduzidas a situações específicas. As reoperações são freqüentemente indicadas nesses pacientes e a infecção foi a principal causa de morte.
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OBJETIVO: Avaliar os efeitos do subgalato de bismuto (SGB) usado na área cruenta pós-hepatectomia parcial, quanto a sangramento, aderências e estudo histológico. MÉTODO: Foram utilizados 30 ratos divididos em dois grupos iguais,submetidos à hepatectomias parciais com bisturi de lâmina. Para realizar a hemostasia no grupo 1 (G1), foi utilizado bisturi eletrônico e no grupo 2 (G2), SGB. No 7º dia de pós-operatório (PO), os animais foram mortos, e na cavidade abdominal foram observados sangramento, aderências e, a seguir, realizada a hepatectomia total englobando todos os tecidos adjacentes para análise histológica. No estudo histológico foram analisados: trombose da microcirculação, reação granulomatosa, necrose, fibrose, grau de inflamação e aderências. RESULTADOS: Não foi observado sangramento no PO nos dois grupos. No G1 estavam presentes aderências de omento ao fígado, consideradas neste trabalho como fisiológicas em 80% dos ratos, e no G2 estas aderências foram por outros órgãos, consideradas neste trabalho como anômalas em todos os casos. No exame histológico, quanto à reação granulomatosa e aderências, todos os ratos as apresentaram. Quanto à trombose e necrose o G1 apresentou maior intensidade. Quanto à fibrose e grau de inflamação os resultados foram semelhantes em ambos os grupos. CONCLUSÕES: Ambos os métodos são eficientes para prevenir hemorragia. O G2 apresentou aderências anômalas inviabilizando seu uso em humanos. O G1 revelou mais trombose e necrose. Quanto à reação granulomatosa, fibrose, grau de inflamação e aderências microscópicas, os resultados foram iguais nos dois grupos.
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OBJETIVO: Mostrar a possibilidade da utilização do 1/3 proximal da perna como região doadora para o retalho fasciocutâneo sural de pedículo distal. MÉTODO: Estudo prospectivo de cinco casos operados para o tratamento de feridas de diversas etiologias na região distal da perna e pé, com utilização de retalho sural de pedículo distal abrangendo tecido da região superior da perna. Os tamanhos dos retalhos, e dos pedículos, e a incidência de perda parcial e total dos retalhos foram avaliados. RESULTADOS: Todos os casos tiveram uma evolução final satisfatória, com cicatrização da ferida e preservação anatômica e funcional do membro. Houve necrose parcial da área cutânea em dois retalhos. Não houve perda total de nenhum dos retalhos. Em dois casos necessitamos de mais de um tempo cirúrgico. CONCLUSÕES: A utilização de tecido fasciocutâneo da região superior da perna, correspondente ao trajeto subfascial do nervo, é possível e confere ao cirurgião a possibilidade de confeccionar retalhos mais amplos para tratar lesões mais extensas do tornozelo ou com pedículos mais longos para tratar as regiões do retropé e mediopé.
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OBJETIVO: A doxorrubicina, um dos fármacos mais utilizados no tratamento do câncer, apresenta toxicidade cardiopulmonar acentuada, muitas vezes impedindo o tratamento completo. O tocoferol (vitamina E), por sua vez, demonstrou atenuar os efeitos cardiotóxicos provocados pela doxorrubicina, permitindo o uso de uma dose maior. Em trabalho anterior, desenvolvemos um modelo constante de injúria pulmonar induzida pela doxorrubicina em pulmões de ratos (dose de 7 mg/kg). O objetivo deste estudo é testar o possível efeito protetor do tocoferol no modelo desenvolvido. MÉTODO: Utilizou-se 24 ratos Wistar, machos, pesando entre 250-350g. O grupo 1 recebeu soro intragástrico (IG) e soro intravenoso (IV); o grupo 2 recebeu tocoferol IG (400 UI) e soro IV; o grupo 3 recebeu soro IG e doxorrubicina IV e o grupo 4 recebeu tocoferol IG e doxorrubicina IV. Após sacrifício, o bloco pulmonar de cada rato foi analisado histologicamente. RESULTADOS: Os achados microscópicos foram pré-estabelecidos (congestão, hemorragia e necrose). O grupo 1 (controle) não apresentou alterações importantes. O grupo 3 (doxorrubicina) apresentou dano estabelecido previamente. O grupo 4 (doxorrubicina e tocoferol) e o grupo 2 (tocoferol) apresentaram dano importante, mas sem diferença estatística (p>0,05). CONCLUSÕES: O tocoferol poderia ter efeito na diminuição do dano intersticial, uma vez que tem sido utilizado na proteção cardíaca. Entretanto, não houve diferença em relação aos danos previamente estabelecidos.
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A pancreatite aguda tem sido alvo de grandes discussões que vão desde o entendimento de sua fisiopatologia até a investigação de novas modalidades terapêuticas. Reconhece-se que a necrose pancreática e a falência orgânica múltipla - mormente associadas à infecção - representam os principais fatores determinantes da evolução para o óbito, mas, apesar dos grandes avanços em seu estudo, a doença permanece como um desafio para o clínico e o cirurgião. Deste modo, um melhor conhecimento dos mecanismos envolvidos em sua fisiopatologia pode ser a chave para um tratamento mais eficaz, principalmente em relação às formas graves, cuja letalidade ainda encontra-se substancialmente elevada. Baseado nestas considerações, o presente trabalho tem por objetivo a revisão bibliográfica da fisiopatologia, dos fatores patogênicos envolvidos na história natural da pancreatite aguda grave e dos eventos associados à síndrome da resposta inflamatória sistêmica e à sepse, esboçando-se assim o mosaico patogênico desta importante condição.
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OBJETIVO: A nefrectomia laparoscópica em doadores vivos para transplante renal vem assumindo um papel importante na era das cirurgias minimamente invasivas, acarretando menor morbidade aos doadores, e resultados semelhantes à técnica aberta no que se refere ao enxerto renal. O objetivo do presente artigo é relatar a experiência do nosso serviço utilizando a técnica de controle dos vasos renais usando fio cirúrgico e clips vasculares. MÉTODO: Foram realizadas 45 nefrectomias utilizando a técnica vídeo-assistida, com ligadura dos vasos renais com clips de titânio (LT-300) e fio cirúrgico. As variáveis analisadas foram tempo cirúrgico, perda sangüínea, tempo de isquemia quente, permanência hospitalar, necessidade de conversão e complicações. RESULTADOS: O procedimento foi realizado com sucesso em todos os casos. O tempo cirúrgico médio foi de 118 minutos, com perda sangüínea estimada em 84ml e tempo de isquemia quente de 4,3 minutos. Dois casos de íleo prolongado, uma lesão de veia gonadal, um escape de artéria renal e uma necrose de ureter foram observados. A permanência hospitalar média foi de 3,7 dias. O uso de clips vasculares e fio cirúrgico reduziu a perda de tecido venoso comparado à técnica com staplers e gerou redução de custos. CONCLUSÕES: A nefrectomia vídeo-assistida com a técnica descrita é factível e mostrou ser efetiva na contenção de gastos e na redução de tecido venoso perdido.
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OBJETIVO: O estudo pretende relatar a experiência inicial de um serviço de cirurgia plástica ao implantar um grupo de microcirurgia, analisando as complicações e resultados da casuística. MÉTODO: No período de fevereiro de 2003 a junho de 2004, foram realizados 20 procedimentos de microcirurgia reconstrutiva variando em reconstruções de cabeça e pescoço, mama e membros inferiores. As complicações foram divididas em imediatas (intra-operatórias), recentes (até 21dias) e tardias (após 21dias). Foram analisadas complicações relacionadas às reconstruções, divididas em menores (perda parcial do retalho e/ou satisfação parcial do plano pré-operatório) e maiores (perda total do retalho e/ou não satisfação do plano pré-operatório). Em relação às áreas doadoras, foram divididas em menores (com necessidade de re-intervenção cirúrgica) e maiores (deformidade não satisfatória ao cirurgião ou não aceitável ao paciente). Os resultados foram classificados como bons, satisfatórios ou ruins. RESULTADOS: Quinze retalhos sobreviveram (73,68% de sucesso) e em cinco houve perda total. Foram encontradas, em relação à reconstrução, 21,05% de complicações imediatas, 45% de recentes e nenhuma tardia. Em relação à área doadora, foram observadas apenas complicações recentes (35%). Os resultados (reconstrução) foram classificados em bons (55%), satisfatórios (20%) e ruins (25%). Os resultados (áreas doadoras) foram bons (65%), satisfatórios (35%) e ruins (0%). CONCLUSÃO: A incidência aumentada de necrose total do retalho talvez se deva à seleção de pacientes. Observou-se uma grande dificuldade na implantação de um serviço de microcirurgia. Os resultados, bons e satisfatórios em 75% das reconstruções e em 100% das áreas doadoras favoreceram a sedimentação e credibilidade do procedimento.