1000 resultados para Terceiro setor - Estudo de casos
Resumo:
Dados os altos nveis de competitividade que caracterizam a maioria dos mercados contemporneos, muito tem sido estudado a respeito da lealdade, comprometimento e reteno de consumidores na literatura de marketing. As estratgias propostas focam a conquista de consumidores comprometidos afetivamente com as marcas, que entre outros benefcios seriam responsveis por espontaneamente defend-la e divulg-la. Observando o fenmeno ps-industrial do agrupamento de pessoas em torno de padres de consumo prximos, e em alguns casos mais extremos, em torno de uma marca em especfico, alguns estrategistas propuseram a criao de comunidades de marca como forma de reteno de seus clientes atuais e mesmo de atrao de novos. No setor do entretenimento estas comunidades so muito caractersticas e apresentam-se de forma evidenciada atravs dos inmeros f-clubes que podem ser encontrados. Alm desta caracterstica, observa-se tambm que no setor do entretenimento h uma maior evidncia e concentrao dos consumidores comprometidos, os fs devotos. Assim, com o objetivo de ajudar na compreenso da relao das comunidades de marca com a lealdade de clientes, buscou-se compreender o papel do f-clube para um consumidor que individualmente j apresenta um comportamento comprometido, o f devoto. Entre as diversas possibilidades de f-clubes dentro do setor, optou-se por estudar o caso de uma celebridade, pela importncia cultural e econmica que a fama tem na sociedade ps-industrial. Assim sendo, como objetivo secundrio, o trabalho chama a ateno para as relaes de consumo deste tipo especfico de produto, a celebridade. O estudo de caso foi realizado com o cantor Daniel e seus f-clubes. De fato, o estudo levantou que o comprometimento afetivo do f devoto se d pelo processo de sacralizao da marca que ocorre em mbito individual. Assim, neste trabalho no se evidenciou o f-clube como gerador do comprometimento afetivo com a marca. Este um evento que se mostrou ocorrer anterior e independentemente da agremiao. Porm, nos limites do caso estudado, o f-clube demonstrou ser fundamental para a manuteno e intensificao deste tipo de comprometimento. Ao representar o locus privilegiado para a realizao de procedimentos de sustentao da sacralizao da marca, atravs dos rituais, peregrinaes e sacrifcios coletivos, o f-clube mantm operante o antecedente que gerou o comprometimento afetivo deste f. A intensificao do comprometimento atravs do f-clube acontece porque ele proporciona para o f um senso de comunidade, nutrido tanto pelos rituais como pelos sensos de pertencimento e responsabilidade moral que se estabelecem entre os membros. Fica claro, ento, que apesar das vantagens estratgicas de um f-clube, quando criado pela empresa ele perde a caracterstica de comunidade de marca e passa a representar mais um programa de relacionamento e fidelidade, assumindo um inerente interesse comercial. Este clube de fs no demonstra funcionar plenamente como uma comunidade de marca porque uma vez que os significados so atribudos pelos consumidores, a empresa no domina o processo de sacralizao. O f-clube, enquanto comunidade de marca, no pode ser criado nem gerenciado pela empresa. A empresa pode, porm, dar suporte e incentivo para que o ciclo de vida desta comunidade se prolongue.
Resumo:
O terceiro setor vem atraindo atenes crescentes da sociedade, das empresas e do governo. Toda semana deparamo-nos com reportagens sobre aquele setor ou sobre o trabalho de suas organizaes. O tema responsabilidade social das empresas est na moda. O governo Brasileiro tem procurado, atravs de legislao e parcerias, normatizar e aproveitar a energia do setor. Vimos surgir, nos ltimos anos, uma profuso de cursos, acadmicos e gerenciais, destinados profissionalizao das ONGs e entidades similares. O objetivo do presente estudo entender um desses aspectos administrativos, o da estratgia, aplicado ao terceiro setor. Para tal, foi feita uma anlise macro do setor, uma descrio de seus principais players e foram analisadas as caractersticas bsicas e distintivas deste setor em relao ao setor produtivo, para se descrever o ambiente de estudo. Foi escolhida para estudo de caso uma organizao de grande visibilidade do terceiro setor e procurou-se descrever sua histria, suas caractersticas, seus fatos e seu discurso, para ser possvel uma interpretao de sua linha estratgica e de seus fatores de sucesso. Os resultados da pesquisa mostram que a estratgia da organizao estudada definida pela viso de seu lder e fundador, e apoiada em caractersticas do projeto original da organizao, um grupo de percusso que se tornou uma banda. Tambm se constatou que seu sucesso pode ser atribudo s suas vrias eficincias, bastante diferente da lgica de eficincia das empresas privadas. Tambm foi feita a considerao dos cuidados para utilizao, nas organizaes do terceiro setor, dos modelos e tcnicas administrativas oriundas do conhecimento desenvolvido originalmente para as empresas privadas. O propsito da presente pesquisa contribuir para o acmulo de conhecimento acadmico na rea de estratgia organizacional, especialmente estratgia em organizaes do terceiro setor, e para as prticas de gesto de suas organizaes.
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o objetivo do presente estudo duplo: (1) identificar e analisar os fatores que contribuem para acentuar o hiato capacidade de planejar e incapacidade de implementar o planejamento estratgico e (2) analisar e exemplificar a prtica do planejamento estratgico nas empresas. estatais do setor de telecomunicaes, para que os administradores do setor repensem a atual situaao das telecomunicaes no pas e conscientizem-se do seu papel enquanto ator responsvel pela proposiao de um novo modelo institucional que atenda s necessidades da populaao brasileira. A finalidade aqui, porm, no analisar os acontecimentos atuais e torn-los justificativa para um novo modelo de planejamento, mas propor um modelo realista capaz de incorporar as variveis ambientais, ainda que falte os elementos norteadores de uma poltica de telecomunicaes, ou que restries legais orientem os procedimentos efetivos do trabalho, interferindo no funcionamento quotidiano da organizao. No entanto, os elementos restritivos so quase sempre aceitos sem o questionamento devido. Na verdade, as empresas estatais do setor de telecomunicaes tm se limitado a arguir sobre o limite de investimento, sob a alegao da forte demanda reprimida, mas at nesse ponto a arguio frgil, se se considerar a distribuio de rendas no pas que toma, cada dia mais, o telefone um artigo de luxo, contrariamente ao que se observa em todo o mundo, onde qualquer evoluo de servios s foi iniciada depois do atendimento bsico a toda a populao. O estudo composto de nove captulos. O primeiro deles uma introduo ao estudo, atravs da fonnulao do problema e da situao-problema objeto da pesquisa. No segundo captulo aborda-se o referencial terico bsico para a formulao de hipteses para a pesquisa mais adaptadas Administrao Pblica. O terceiro, Estratgia e Planejamento Estratgico, tem a preocupao de resgatar na teoria administrativa os aspectos conceituais que podero ajudar a compreender as especificidades da Administrao Pblica. No quarto captulo, sobre a dimenso do planejamento no setor estatal de telecomunicaes, discute-se a estrutura do setor, a representatividade das telecomunicaes na economia brasileira e a perspectiva dos gerentes de nove empresas operadoras do Sistema Telebrs e de seu Centro de Pesquisa sobre planejamento e sua imprescindibilidade nos ambientes turbulentos e competitivos. O quinto captulo apresenta o sistema de planejamento adotado pela empresa observada: modelo, caractersticas, instrumentos, o perfil do profissional que trabalha em reas de planejamento e ainda a localizao do planejamento na estrutura organizacional. A montagem do perfil fruto de pesquisa realiz.ada junto a empresa. No sexto captulo, em oposio ao quinto, apresenta-se o sistema de planejamento sob a tica de gerentes e funcionrios, a partir dos resultados da pesquisa-ao. O que o aspecto formal apresenta em termos de funcionamento ideal do processo de planejamento criticado pelos gerentes e tcnicos, apontando as falhas do processo. No stimo capitulo se aborda pontos do hiato, caracteristicos do setor de telecomunicaOes, apontados na pesquisa pelos participantes e hipteses preliminares da dissertao. Estes pontos constituem efetivas barreiras ao planejamento estratgico, pois justificam a falta de atuao estratgica em decorrncia das amarras que sAo impostas s operadoras dos servios de telecomunicaes. Embora sejam preliminares, o capitulo oitavo pretende encaminhar propostas para reformulao do planejamento do Setor de TelecomunicaOes, atravs de uma soluo alternativa para o Caso-TElEMIG. Finalmente o captulo nove apresenta algumas consideraes finais e conclusivas sobre o tema, objeto da dissertao.
Resumo:
Esta dissertao examina o processo de acumulao de capacidades para atividades de operao e de inovao em gesto de processos e os mecanismos subjacentes de aprendizagem em empresas de servios, especificamente, da indstria bancria, levando-se em considerao as especificidades do contexto de economias emergentes. Durante as ltimas dcadas duas dcadas tem havido numerosos estudos sobre acumulao de capacidades tecnolgicas e os mecanismos subjacentes de aprendizagem. Porm, ainda so escassos os estudos empricos sobre o relacionamento entre essas duas variveis no contexto de empresas de servios, especialmente no mbito da indstria bancria. Essa escassez de estudos dessa natureza fortemente observada no Brasil. Por isso, buscando ampliar o entendimento sobre a trajetria de acumulao de capacidades tecnolgicas e os mecanismos subjacentes de aprendizagem em empresas de servios, esta dissertao avalia a funo tecnolgica gesto de processos de uma empresa de servios bancrios, especificamente, a rea de tecnologia da informao e comunicao do Banco do Brasil S.A. durante o perodo de 1982 a 2008. Baseando-se em evidncias empricas qualitativas e quantitativas, de primeira mo, coletadas a partir de um extensivo trabalho de campo, esta dissertao encontrou os seguintes resultados: 1. A rea de TIC da empresa acumulou, de 1982 a 2008, capacidades tecnolgicas em gesto de processos atravs de esforos em aquisio e converso de conhecimentos, de forma que nesse perodo, iniciando no nvel Operacional Bsico, onde era capaz somente de executar operaes bancrias bsicas, atingisse o nvel Inovador Intermedirio, onde passou a ser capaz de implementar mudanas avanadas na gesto dos processos internos. Alm disso, foram encontradas diferenas na velocidade de acumulao das capacidades no perodo estudado e entre as duas unidades internas da rea de TIC, ambas em funo dos esforos empreendidos na capacitao em gesto de processos. Cabe ressaltar que a empresa atingiu o 5 nvel, em uma escala de 6 nveis, mas no atingiu a fronteira tecnolgica. 2. Os processos de aprendizagem foram fontes essenciais para a acumulao de capacidades tecnolgicas em gesto de processos. Os processos de aquisio e converso de conhecimentos possibilitaram que a empresa criasse a base necessria para assimilar conhecimentos mais avanados e complexos. Apesar da importncia expressiva dos processos de aprendizagem, percebeu-se que outros fatores internos (mudanas organizacionais) e externos (polticas econmicas) tambm influenciaram na acumulao de capacidades tecnolgicas em gesto de processos. Porm, no foi importante a quantidade desses mecanismos, mas o seu funcionamento ao longo do tempo. Os resultados observados neste estudo permitem concluir que (i) a trajetria de acumulao de capacidades tecnolgicas um processo intencional, contnuo e crescente, decorrente de esforos e investimentos integrados em todas as dimenses das capacidades tecnolgicas, (ii) os mecanismos de aprendizagem influenciam a acumulao de capacidades tecnolgicas e (iii) a utilizao de modelos adaptados realidade das empresas garante uma anlise mais fidedigna do seu comportamento. Esta dissertao contribui para o entendimento da complexidade envolvida no processo de acumulao de capacidades tecnolgicas, fator preponderante no diferencial competitivo para empresas de economias emergentes, e especialmente para indstria bancria, onde a competitividade requer processos internos de qualidade elevada que resultem em eficincia operacional e incremento no desempenho econmico-financeiro. E, ainda, ressalta a importncia da dimenso organizacional como suporte s demais dimenses de capacidades tecnolgicas, atravs da organizao de processos internos e estratgias corporativas. Alm disso, sugere aos executivos das empresas do setor bancrio brasileiro que a criao intencional de um processo cclico e contnuo de desenvolvimento dos mecanismos de aprendizagem, considerando suas caractersticas-chave, auxilia a empresa em sua trajetria de acumulao de capacidades tecnolgicas. Dessa forma, importante que esses executivos considerem os investimentos em capacitao tecnolgica como forma de manter uma posio competitiva sustentvel no mercado em que atuam, adequando a estratgia gerencial empresarial.
Resumo:
Pesquisas realizadas por instituies ligadas s pequenas e mdias empresas brasileiras, em particular, as no-financeiras, revelam que o ndice de mortalidade tem sido elevado ao longo dos ltimos anos. A despeito do empenho dos empreendedores em criar as condies necessrias para garantir a sobrevivncia de suas empresas, a falta de capacidade gerencial, em geral, na organizao dos vrios processos e atividades, tem conduzido as empresas para caminhos pouco favorveis. Neste sentido, a preocupao com os riscos que naturalmente permeiam os negcios de uma empresa so, quase sempre, por desconhecimento, desprezados ou relevados a um segundo plano. Risco parte do dia-a-dia da existncia das empresas, podendo alguns serem menos impactantes enquanto outros, se concretizados, ameaar a longevidade da empresa. Desta forma, uma perfeita compreenso e domnio dos princpios e processos para uma gesto segura de riscos contribuir para uma tomada de decises adequada e para a garantia de melhores resultados para a empresa. Este trabalho tem como propsito apresentar e testar um modelo qualitativo de gesto de risco que possa ser utilizado por pequenas empresas no-financeiras brasileiras. A empresa escolhida para atender a este estudo de caso foi uma pequena empresa brasileira do setor de servios que opera em regime de franchising. Os resultados obtidos, por meio de toda documentao apresentada luz do modelo proposto, apontam para a adequabilidade do modelo em empresa deste gnero, bem como para a concordncia por parte dos gerentes e do empreendedor quanto necessidade de implantao deste tipo de gesto como forma de assegurar a sobrevivncia da empresa.
Resumo:
O tema Gesto de Pessoas tem sido considerado nos ltimos tempos como uma questo de grande importncia para a gerao de competitividade interna nas empresas, tanto para a literatura quanto para os prticos. Entendendo que essa varivel um fator crtico para o desenvolvimento e desempenho sustentvel das pequenas e mdias empresas, esse estudo de caso se prope a analisar o modelo de gesto de pessoas aplicado nas pequenas e mdias empresas1 do setor de calados no Brasil. O mtodo utilizado foi aplicao de pesquisa por meio de entrevistas, junto aos funcionrios de um grupo de pequenas e mdias empresas, utilizando-se como base de comparao a mesma aplicao em uma empresa de grande porte do mesmo setor. Os resultados estatsticos auferidos a partir da tcnica de comparao de mdias e anlise fatorial evidenciam que h coerncia entre as bases tericas e as assertivas que integram o instrumento utilizado para avaliar a populao estudada. Observou se a existncia de influncia e relao positiva entre as variveis analisadas e um comportamento distinto entre PMEs e GDE empresa.
Resumo:
Existem mais de 50 mil ONGs internacionalizadas no planeta. Tais entidades so muito importantes para a conscientizao da sociedade, para o monitoramento de empresas e rgos governamentais, para a ajuda na criao de organizaes intergovernamentais internacionais, entre outras funes. Entretanto, apesar da internacionalizao de empresas e da gesto do terceiro setor serem ambas estudadas h vrias dcadas, existem poucos trabalhos acadmicos (especialmente com a lente da rea de management) que exploram o cruzamento destes dois temas: a internacionalizao de organizaes no governamentais sem fins lucrativos. Sendo assim, o principal propsito desta pesquisa o estudo da seguinte questo de pesquisa: por que as ONGs se internacionalizam e como so definidas as estratgias de internacionalizao das mesmas? Aps a reviso bibliogrfica e entrevistas exploratrias iniciais, realizei pesquisas de campo atravs de estudos de caso (quatro casos foram estudados) e de uma survey (367 respondentes). Como principais achados, pode-se citar a percepo de que h mais benefcios do que custos ao se internacionalizar uma ONG, indcios mostraram que o processo de deciso racional e que motivaes econmicas esto entre as mais importantes na deciso de ir ao estrangeiro, de escolher um parceiro neste processo e de escolher quais sero os pases de destino. Os estudos de caso revelaram tambm a forte influncia do empreendedor social na internacionalizao das entidades. Identificou-se um forte carter emergente no processo de ida ao estrangeiro, em contraponto a uma estratgia de internacionalizao mais planejada. Entretanto, identificou-se que quanto maior a maturidade internacional da ONG, mais planejado tende a ser o processo de expanso geogrfica internacional. Quanto s parcerias e rede das ONGs, constatou-se que os relacionamentos influenciam na internacionalizao. As percepes levantadas na survey no s confirmaram as impresses dos casos, como apontaram alguns indcios interessantes. As principais motivaes para a internacionalizao de uma ONG citadas pelos profissionais foram: captar recursos no exterior, trazer boas prticas e atender necessidades no estrangeiro. Desconhecimento de formatos legais de atuao no estrangeiro foi a barreira apontada como mais relevante. Foram elencados tambm os principais critrios na escolha dos destinos da internacionalizao e os principais motivadores para o uso de redes no processo. Sugeri diversos temas futuros de pesquisa que acredito que possam avanar alguns tijolos na construo do conhecimento ligado ao tema.
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Identificam-se, no presente estudo, os fatores crticos da estratgia empresarial para que as empresas possam ter sucesso no Brasil, especialmente as empresas do setor eletroeletrnico.Para tanto, foram analisadas cinco empresas de excelente desempenho, consideradas a partir de questes como: melhorias operacionais, estratgias da gesto do risco e delegaes do poder da tomada de decises para a equipe local, fatores estes importantes para que se estabelecesse uma comparao com as demais empresas. Ainda, as razes do mau desempenho das empresas japonesas no setor eletroeletrnico no Brasil e em geral, tambm foram identificadas. So elas: a falta de capacidade da gesto do risco (devido ao fato de a maioria das empresas japonesas terem se desenvolvido num ambiente onde existe baixo risco, em decorrncia da interferncia governamental em seu pas de origem) e a ausncia de delegao de poderes necessrios tomada de deciso dos executivos japoneses locais para as gerncias locais.
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Esse estudo, ancorado nos pressupostos da Teoria dos Custos de Transao (TCT) e da Viso Relacional da Estratgia (RV), contribuiu para o entendimento do processo de criao de valor nos relacionamentos com fornecedores e clientes. A partir de mltiplas unidades de anlise, foram estudadas quatro empresas do setor de embalagens, seus clientes e fornecedores, sob uma abordagem qualitativa de estudo de casos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, observao e documentos e foram analisados por meio da tcnica de anlise de contedo e do Process Tracing. Os resultados evidenciaram que o valor criado nos relacionamentos composto por duas parcelas: o valor inicial, que se deve ao conjunto de competncias individuais que as empresas depositam na relao e que so compartilhadas, e o valor adicional resultante da interao entre as empresas valor criado pela relao. A segunda parcela do valor, foco desse estudo, ocorre por meio de processos/episdios, que possuem trs etapas bem definidas: incio, desenvolvimento e materializao. O incio do processo impulsionado por eventos que se relacionam a dois contextos tpicos: necessidade da empresa cliente e inovao. A fase de desenvolvimento direcionada por trs mecanismos tpicos: Alavanca, Vanguarda e Combinao. A etapa de materializao pode resultar em um produto, um processo, um servio ou um ativo especfico. A partir da interao entre essas possibilidades, o processo de criao de valor pode seguir diversos caminhos causais, resultando o diagrama proposto. No processo de criao de valor como um todo, a etapa de desenvolvimento a mais importante, pois ela determina o nvel e o tipo de confiana necessria, o risco envolvido e se haver ou no o desenvolvimento de um ativo especfico. Por conseguinte, essa deciso carrega importantes implicaes competitivas. Alm das contribuies tericas no que se refere identificao e explicao dos mecanismos de criao de valor, esse estudo contribuiu marginalmente para a compreenso do poder explicativo das teorias utilizadas e sua complementaridade. Enquanto a TCT explica o valor inicial criado nos relacionamentos e as modificaes sofridas nas relaes ocasionadas pelas transaes, a RV possui elementos que contribuem para o melhor entendimento do valor criado resultante da interao entre as empresas ao longo do tempo. Os resultados encontrados abriram possibilidades para o desenvolvimento da Viso Relacional por meio de possveis relaes entre as fontes de vantagem competitiva. Governana e troca de informaes so condies necessrias para o processo de criao de valor, sendo que elas podem assumir graus de importncia diferentes. Complementaridade de recursos, na presena de confiana, gera um ativo especfico. Ativo especfico , portanto, um resultado do processo de criao de valor. Finalmente, esse estudo ofereceu importantes contribuies prticas no que se refere ao entendimento das contingncias e processos que podem gerar vantagem competitiva s empresas e os desdobramentos associados.
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O sistema de franquias vem recebendo um destaque cada vez maior nas mdias voltadas para negcios devido ao seu grande desenvolvimento tanto no Brasil quanto no restante do mundo, apresentando um alto ndice de crescimento, alm de possuir um grande potencial para atingir patamares ainda maiores. Com base nas teorias da agncia e de recursos da empresa, foram descritas as principais abordagens sobre este setor, ampliando o conceito de contrato como suporte da relao entre franqueadores e franqueados para uma anlise qualitativa sobre o relacionamento entre as partes, identificando ainda suas evolues ao longo do tempo, vantagens e desvantagens, modelos e desafios de gesto. Um estudo de mbito nacional realizado por Toledo e Proena (2005) enalteceu que um dos grandes motivos que geram o insucesso de uma rede de franquias a falta de comprometimento na manuteno do bom relacionamento do franqueador para com seus franqueados. E este o tema central deste trabalho, com o objetivo de dar a devida importncia a este tpico, mostrando como ele influenciado pelo grau de maturidade da rede e a sua relevncia para o sucesso do negcio. Atravs de um estudo comparativo de casos, de carter exploratrio, tendo como principal forma de coleta de dados as entrevistas presenciais realizadas com franqueadores e franqueados de duas redes no segmento de alimentao brasileiro, foram obtidos resultados quanto a forma com que o relacionamento tem sido gerido por ambas as partes, em diversos mbitos, e a sua relao com o estgio de maturidade em que a rede se encontra, tornando o estudo relevante para o mercado, com contribuies tanto acadmicas, como a congruncia de pesquisas, quanto corporativas, como a conexo de boas prticas e lies aprendidas com os conceitos abordados.
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O trabalho analisa a potencialidade do desenvolvimento de alian??as entre o p??blico e o privado na gest??o p??blica municipal brasileira da sa??de. A relev??ncia da quest??o pauta-se na transfer??ncia de responsabilidade da presta????o de servi??os de sa??de para os munic??pios, posterior ?? promulga????o da Constitui????o Federal, aliada ?? limita????o da capacidade de gest??o dos mesmos. As an??lises aqui tratadas referem-se ??s alian??as previstas no arcabou??o legal brasileiro, estabelecidas entre o ente p??blico e o terceiro setor. Essas alian??as s??o introduzidas pela reforma do aparelho do Estado, em 1995, no ??mbito da qual se utilizou a estrat??gia de publiciza????o que tratou do fortalecimento dessa alian??a entre o Estado e o Terceiro Setor. A partir dos modelos poss??veis de parcerias com o terceiro setor, este estudo apresenta uma an??lise do modelo das organiza????es sociais (OS), trazendo ?? luz estrat??gias e desafios para sua implementa????o.
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O estudo objetiva descrever as motivaes para a adoo do trade marketing no setor de lojas de convenincia, bem como suas atribuies e posio na estrutura organizacional. Utilizou-se o estudo de casos mltiplos para investigar as motivaes e prticas de quatro redes de lojas de convenincia, alm de cinco fabricantes indicados pelas redes pesquisadas. Constatou-se que a existncia de uma rea formal de trade marketing no condio suficiente para garantir a colaborao entre os fabricantes e os varejistas de lojas de convenincia. As aes de trade marketing so desenvolvidas e negociadas com o franqueador, todavia sua execuo ocorre na instncia do franqueado. Trata-se, portanto, de uma relao tripartite (trade) composta por fabricante, franqueador das lojas de convenincia e seus franqueados.
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Este artigo tem como objetivo compreender como os modelos de avaliao de projetos sociais em cinco ONGs da Grande Florianpolis so influenciados em decorrncia de sua matriz ideolgica e natureza do foco de sua atuao. Com experincia e aplicabilidade no campo educacional, tais modelos esto sendo adaptados e utilizados em avaliaes de projetos sociais. Assim, para se atingir este objetivo, buscou-se inicialmente identificar o campo reconhecido como terceiro setor e sua realidade formal, para depois apresentar os conceitos de ONGs e a evoluo das avaliaes em projetos sociais. Os diversos modelos de avaliaes foram agrupados em abordagens similares em decorrncia de sua atribuio de valor, fontes filosficas e ideolgicas, bem como predilees metodolgicas. A presente pesquisa caracteriza-se como qualitativa, utilizando como estratgia de campo o estudo de caso, do tipo interpretativo que utilizou categorias conceituais, do tipo fechadas, e a anlise de contedo como tcnica de anlise dos dados. Os resultados apontam para a constatao de que os modelos avaliativos so influenciados pela natureza de atuao das ONGs estudadas, por crenas filosficas e ideolgicas e predilees metodolgicas.
Resumo:
Tese de Doutoramento em Engenharia Txtil
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O objetivo deste trabalho foi propor a utilizao da anlise de redes sociais (ARS) direcionada aos arranjos institucionais, possibilitando a pesquisa emprica da responsabilidade socioambiental no setor florestal. Foi realizado um estudo de caso, no qual se construiu graficamente uma rede a partir da identificao de todas as organizaes atuantes em projetos ambientais atravs de parcerias com empresas do setor. A base de dados empregada foi o Relatrio de Responsabilidade Socioambiental da Associao Brasileira de Celulose e Papel (BRACELPA, 2006). Os dados, processados pelo software UCINET, permitiram visualizar interaes entre o setor privado, o setor pblico e o terceiro setor. A partir dessa base de dados foi possvel detectar cinco subgrupos de atuao socioambiental formados pelas empresas do setor florestal e suas parceiras, alm da existncia de diferenas quantitativas e qualitativas entre os arranjos institucionais de cada subgrupo. Esses arranjos podem ser explorados inserindo em futuras anlises outros atributos aos atores sociais pertencentes rede. A metodologia permite a obteno de dados estratgicos, sendo a Bracelpa possvel articuladora e potencializadora da atuao socioambiental das empresas atravs do fortalecimento dos laos relacionais entre os subgrupos. Este trabalho abordou o conceito de redes sociais e de anlise de redes para as Cincias Florestais. Em especial, os resultados apontaram caminhos para novas pesquisas sobre cultura gerencial, multiplicao de informaes, dinamizao das aes, sinergia com parceiros e potencial de incorporao da metodologia pelas prprias organizaes do setor.