831 resultados para Língua portuguesa Brasil Teses


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A avaliao da Educao Bsica tem sido alvo de discusses em diversas esferas da sociedade e centra-se em dois aspectos principais: os quantitativos de controle e os organizacionais dos processos de ensino, ou seja, a avaliao pedaggica. O objetivo desta dissertao refletir sobre a metodologia utilizada na Prova Brasil e as contribuies que esta avaliao pode oferecer a formao de alunos leitores. H alguns trabalhos na rea j que se trata de uma avaliao relativamente recente. Nossa pesquisa se diferencia das demais ao apresentar uma anlise detalhada dos tpicos, descritores e itens que compem a avaliao. O processo de pesquisa empreendido neste estudo perpassa quatro fases: na primeira etapa analisamos os aspectos particulares do sistema avaliativo nacional, na segunda fase refletimos sobre a construo da proposta avaliativa e sua apresentao, na terceira fase relacionamos os elementos presentes na proposta, analisando de que maneira estes elementos afetam positivamente ou negativamente a avaliao e na ltima fase apresentamos nossas consideraes luz das teorias lingusticas e pedaggicas. Utilizamos como corpus os itens de Língua Portuguesa referentes ao 5 ano de escolaridade liberados pelo INEP. Nossa pesquisa evidenciou que apesar de cada item ter como objetivo verificar a habilidade expressa por um nico descritor, boa parte das questes apresenta problemas de seleo textual ou de elaborao fazendo com que determinadas habilidades no sejam efetivamente contempladas na avaliao, fato este que compromete diretamente a confiabilidade dos resultados apresentados. A contribuio social desta pesquisa reside na orientao para o trabalho com a multiplicidade de gneros que circulam na sociedade, ressaltando a importncia da formao plena do educando, no para que ele demonstre bom desempenho em avaliaes, mas para que ele possa atuar em favor de sua prpria vida e em benefcio da sociedade em que est inserido, transformando-a

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A avaliao da qualidade de vida tem sido cada vez mais utilizada pelos profissionais da rea de sade para mensurar o impacto de doenas na vida dos pacientes, bem como para avaliar os resultados dos tratamentos realizados. O crescente interesse por protocolos de pesquisa clnica em doenas no degenerativas do quadril tem encontrado muitos obstculos na avaliao objetiva de seus resultados, principalmente nos estudos de observao de novas intervenes teraputicas, como a artroscopia. O Nonarthritic Hip Score (NAHS) um instrumento de avaliao clnica, desenvolvido originalmente em ingls, cujo objetivo avaliar a funo da articulao do quadril em pacientes jovens e fisicamente ativos. O objetivo desse estudo foi traduzir esse instrumento para a língua portuguesa, adapt-lo para a cultura brasileira e valid-lo para que possa ser utilizado na avaliao de qualidade de vida de pacientes brasileiros com dor no quadril, sem doena degenerativa. A metodologia utilizada a sugerida por Guillemin et al. (1993) e revisado por Beaton et al. (2000), que propuseram um conjunto de instrues padronizadas para adaptao cultural de instrumentos de qualidade de vida, incluindo cinco etapas: traduo, traduo de volta, reviso pelo comit, pr-teste e teste, com reavaliao dos pesos dos escores, se relevante. A verso de consenso foi aplicada em 30 indivduos. As questes sobre atividades esportivas e tarefas domsticas foram modificadas, para melhor adaptao cultura brasileira. A verso brasileira do Nonarthritic Hip Score (NAHS-Brasil) foi respondida por 64 pacientes com dor no quadril, a fim de avaliar as propriedades de medida do instrumento: reprodutibilidade, consistncia interna e validade. A reprodutibilidade foi 0,9, mostrando uma forte correlao; a consistncia interna mostrou correlao entre 0,8 e 0,9, considerada boa e excelente; a validade foi considerada respectivamente boa e excelente; a correlao entre NAHS-Brasil e WOMAC foi 0,9; e a correlao entre o NAHS-Brasil e Questionrio Algofuncional de Lequesne foi 0,79. O Nonarthritic Hip Score foi traduzido para a língua portuguesa e adaptado cultura brasileira, de acordo com o conjunto de instrues padronizadas para adaptao cultural de instrumentos de qualidade de vida. Sua reprodutibilidade, consistncia interna e validade foram tambm demonstradas.

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O desenvolvimento desse trabalho trata da construo discursiva do imigrante hispano-americano no Brasil, principalmente na regio sul do pas. O marco terico que orienta esse estudo inclui-se na Anlise da Discurso de linha francesa. Destacam-se aspectos importantes do trajeto discursivo que os imigrantes hispano-americanos produziram a partir da dcada de 60 e que se estende at a dcada de 90. Grande parte desse perodo coincide com o aparecimento das ditaduras militares em Amrica Latina, demarcando, assim, um espao histrico-discursivo especfico. Da mesma forma, ressaltam-se implicaes desse percurso imigrante quando discutimos a insero na língua portuguesa, o que exige uma negociao com a língua materna espanhol. Podemos identificar esse movimento quando encontramos resistncias expostas no mbito enunciativo. Quando assinalamos esses dois pontos: insero histrico-discursiva e insero na língua portuguesa, nos apoiamos em dois conceitos desenvolvidos por Pcheux em sua teoria discursiva, sendo eles: real da histria e real da língua, os quais comportam aspectos de um indecifrvel que tanto na histria como na língua produzem fendas, que traduzidas enquanto falhas permitem oxigenao e deslocamento de significaes. Finalmente e, conforme o quadro aqui exposto, cabe dizer que o fio que orienta nossa pesquisa procura elucidao sobre o processo que o imigrante hispano-americano realiza nesse acontecimento migratrio e nele identificar os elementos num discurso que o represente.

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Os dirios de escrita ntima constituem tipo de texto do domnio confessional. Apresentam narrativas pessoais com caractersticas especficas ao gnero, como datao, marcas de subjetividade, escrita informal e coloquialidade. Durante muitos anos, eram escritos em cadernos e guardados a sete chaves por seus autores para que no fossem lidos por outras pessoas. Por volta dos anos 80, surgiram as agendas de adolescentes. Aproveitando o modelo pr-definido industrialmente, as agendas eram preenchidas dia a dia, como um dirio, mas com a novidade do acrscimo de elementos semiticos, como fotos, papis de bala, recortes de revistas, entre outros. Alm disso, traziam como diferencial a presena de um leitor participativo: os textos eram compartilhados com amigos, e bilhetes e comentrios eram escritos nas pginas das agendas. Com o advento da Internet, o dirio e a agenda se fundem no blog que aproveita os recursos do suporte virtual para tornar o gnero interativo, hipertextual e multimdia, acentuando o processo de leitura e de escrita nos jovens produtores de blogs. Paralelamente, a escrita se torna grande ferramenta de comunicao no ambiente virtual, adquirindo caractersticas peculiares em funo da rapidez na comunicao e da economia de digitao. A partir da teoria de Bakthin sobre gneros do discurso e do conceito de gneros digitais de Marcuschi, a pesquisa apresenta como objeto perceber e elencar categorias pertinentes aos gneros dirio e blog para analis-las e compar-las, na inteno de mapear um possvel percurso dos dirios aos blogs de adolescentes, discutindo o contraste pblico-privado na escrita ntima, bem como suas principais marcas lingusticas, percebendo vantagens e desvantagens de sua utilizao como ferramenta auxiliar no processo de aprendizagem da escrita e da leitura de Língua Portuguesa. A pesquisa foi motivada pela discusso de que a escrita digital pode prejudicar o desenvolvimento da produo textual de jovens em formao, o que no se confirmou, visto que a estrutura sinttica da língua se mantm, e que a variao acontece apenas no nvel vocabular, no interferindo na comunicao. Os resultados apontam para a utilizao de blogs na educao como complementao do material pedaggico e como incentivo leitura, escrita, construo da argumentao e do posicionamento crtico, aproximando a escola da vida cotidiana dos estudantes

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Trabalho de investigao das marcas de iconicidade em letras-de-msica brasileira que representam os vrios Brasis. Anlise do crpus com fundamentao semntico-semitica, endossada pela perspectiva sociolingustica, como ponto de partida para a caracterizao dos itens lexicais como cone, ndice ou smbolo, luz da Teoria da Iconicidade, como identificadores de um espao sociocultural. A orientao sociolingustica sustenta nossas reflexes acerca da importncia da insero dos diversos usos lingusticos na prtica de ensino de língua portuguesa, que precisa acompanhar a vida da linguagem na comunicao cotidiana, com vistas valorizao e democratizao da língua. Ademais, impe-se reconhecer a heterogeneidade lingustica como fator de riqueza da língua. O trabalho de anlise consiste em uma metodologia que permite associar o texto a uma imagem com significado representativo das particularidades lingustico-discursivas de uma cultura regional. Os resultados esperados incluem a afirmao da potencialidade lingustico-semitica da letra-de-msica como gnero textual suficiente para a demonstrao dos valores socioculturais impressos na língua e, possivelmente, como um gnero de importante valor literrio que se pode aproveitar para dinamizar aulas de língua portuguesa

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A implementao da Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) em 1959 e a assuno da Lingustica no Brasil na dcada de 60 so acontecimentos que provocaram profundas mudanas no fazer gramatical. A NGB, enquanto acontecimento discursivo, ao evidenciar determinados termos e silenciar outros, reestrutura a memria do discurso gramatical brasileiro, regulando a relao do sujeito com o dizvel e instaurando uma nova formao discursiva dominante, a qual se sobreps s formaes discursivas anteriores. No presente trabalho, partimos do pressuposto de que, apesar do efeito da censura imposta pela terminologia oficial, o discurso gramatical produzido aps a sua instituio constitutivamente da ordem do heterogneo. Assim sendo, com base no aporte terico da Anlise de Discurso de Pcheux e Orlandi e nos estudos do projeto Histria das Ideias Lingusticas, investigamos o funcionamento do discurso legitimado pela NGB nas gramticas cuja publicao a sucederam, mais especificamente em sete gramticas publicadas entre 1959 e 1969. Interessa-nos, portanto, com vistas a depreender a forma como se materializa a tenso entre os sentidos oficiais e os sentidos censurados, desnaturalizar o processo de (re)significao dos termos acolhidos pela NGB, depreendendo, assim, como os sentidos silenciados se fizeram significar na materialidade lingustica das gramticas

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A Lei 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como língua e o Decreto 5626/05 garante aos surdos o acesso educao por meio da língua de sinais. Este ltimo estabelece, ainda, que a LIBRAS seja inserida como disciplina curricular obrigatria em todos os cursos de formao de professores e licenciaturas, assim como que se oferea o ensino de Portugus como segunda língua nos cursos de Letras, tendo como prazo limite para a instituio dessas exigncias o ano de 2010. Essas mudanas coincidem com outra, recm-instituda, a da Reforma das Licenciaturas (Resolues nos 1 e 2 CNE/CP 2002). Assim, a dissertao teve por objetivos: (1) verificar como foram institudas as duas disciplinas, exigidas pelo Decreto em questo, nas novas grades curriculares das universidades pblicas; e (2) identificar discursos sobre o surdo e a língua de sinais que circulam nesses espaos de formao docente. O trabalho visou a responder s seguintes perguntas de pesquisa: como se estabelece o dilogo entre as exigncias do Decreto, a Reforma das Licenciaturas e as Universidades? Que concepes sobre a LIBRAS e o ensino de línguas circulam nessas Instituies de Ensino Superior (IES) responsveis pela formao de professores e de futuros pesquisadores? A anlise teve como crpus ementas de disciplinas referentes ao ensino de LIBRAS e de Portugus como segunda língua para surdos das cinco universidades pblicas do estado do Rio de Janeiro. A perspectiva terica seguiu pressupostos da Anlise do Discurso francesa de base enunciativa interdiscurso (MAINGUENEAU, 1997, 1998, 2001, 2008), intertextualidade e memria discursiva (ORLANDI, 2007) , assim como noes de enunciado, dialogismo e gnero do discurso (BAKHTIN 1992, 1993). A metodologia teve carter exploratrio. Verificamos, no que se refere implementao dessas exigncias legais, um entendimento diferenciado por parte de cada uma das universidades, que instituem distintos perfis profissionais. Contudo, os resultados da anlise apontaram para o predomnio de uma concepo de ensino baseada numa viso estruturalista de língua e na decodificao de vocbulos

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Esta pesquisa cita os dois processos pelos quais podem ser formados os neologismos e estuda os formados por emprstimos, em corpus constitudo por dados colhidos em textos publicitrios da mdia em corpus escrito da língua portuguesa do Brasil. As fontes de dados foram variados veculos de comunicao. Objetivou-se identificar a diversidade de classes/funes, campos semnticos, funes do uso nos textos, veculos de comunicao (como os jornais, as revistas, os stios da internet, a televiso, o outdoor, o busdoor, o wallpaper, o folheto e a mala direta) que apresentaram esses itens neolgicos. Tratando ainda dos emprstimos, foram descritas as ocorrncias da influncia das línguas de outros pases nos usurios da língua portuguesa do Brasil. Constatou-se que o ingls foi a língua fonte que contribuiu com mais emprstimos e que h um continuum nos estgios de adaptao desses itens. Apontou-se a descrio discursiva da língua materna para resolver o conflito e a polmica que envolvem o uso desses emprstimos. Finalizando, construiu-se um glossrio com os neologismos formados por emprstimos encontrados no corpus

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O presente trabalho visa a contribuir com o avano das pesquisas na rea de multimodalidade, mais especificamente na rea aplicada ao contexto de ensino de língua estrangeira. Analisa-se uma amostra de textos multimodais em um livro didtico produzido e utilizado no Brasil como ferramenta para o ensino de ingls como língua estrangeira para alunos adultos iniciantes em um curso livre. Tendo em vista a preocupao, apontada no prprio material didtico, em atender s necessidades e expectativas desses alunos, objetiva-se, atravs desta investigao: verificar como se d a interao entre o verbal e o visual no livro didtico selecionado; verificar como essa interao contribui para atingir os objetivos pedaggicos propostos pelo material; e, por fim, contribuir, de alguma maneira, para o letramento multimodal de alunos em língua estrangeira. Tais objetivos determinam a natureza hbrida desta pesquisa que, alm da sua dimenso analtico-descritiva, apresenta tambm uma dimenso pedaggica, que visa a apresentar propostas de trabalho multimodal com algumas das atividades selecionadas para anlise. A seleo dos textos multimodais para a composio do corpus desta pesquisa foi baseada na observao da recorrncia de imagens com determinados personagens ao longo do livro. Tal recorrncia provocou questionamentos que s poderiam ser respondidos a partir da anlise desses personagens representados em situaes de (inter)ao, o que deu lugar seleo das representaes narrativas que os inclussem. Os personagens em questo so desenhos criados para os fins pedaggicos do material e so representados em situaes sociais muito limitadas: a maior parte dessas representaes parece formar uma sequncia narrativa cuja interao acontece em uma festa; entre as outras representaes, que no representam a referida festa como contexto, incluem-se interaes no escritrio, no restaurante, no parque e ao telefone. Uma anlise da representao visual desses atores sociais revelou que, apesar da incluso de uma negra entre os personagens, e a consequente suposta viso multicultural transmitida com essa incluso, os participantes representam um grupo homogneo, pertencentes ao mesmo segmento social, que s interagem entre eles mesmos em situaes sociais limitadas, no sendo, portanto, representativos da diversidade tnica, social e cultural do Brasil, ou dos pases em que o ingls falado. Aps a anlise da representao dos atores sociais, analisam-se, com vistas a atingir os objetivos deste trabalho, os padres de representao e de interao nos textos multimodais selecionados, segundo categorias do quadro da multimodalidade de van Leeuwen (1996). Verifica-se, a partir de tais anlises, que o verbal e o visual nem sempre apresentam uma relao direta, e que, quando apresentam, tal relao no explorada pelo material, tornando o visual um elemento meramente decorativo que, na maioria das vezes, em nada contribui para o desenvolvimento das unidades. Por essa razo, e por se tratar de uma pesquisa centrada no contexto pedaggico, propem-se, ao final das anlises, atividades de explorao de alguns dos textos multimodais analisados, visando formao multimodal do aluno em língua estrangeira

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Esta tese tem por objetivo avaliar a contribuio, a nosso ver pioneira, de Othon Moacyr Garcia para os estudos lingusticos, textuais e literrios no Brasil. A primeira parte de nosso estudo se concentrar nas principais contribuies dadas pelo livro Comunicao em prosa moderna, cuja primeira edio data de 1967; a segunda parte estudar sua contribuio crtica literria brasileira, por meio de seus ensaios estilsticos; a terceira parte consistir num resumo de sua obra dispersa, e a quarta parte tambm ser um resumo das cartas que recebeu e enviou em sua correspondncia com escritores e estudiosos da língua e da literatura

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Nesta dissertao, analisam-se alguns ditos populares retomados em msicas do cancioneiro popular, com base na teoria da metfora conceptual (Lakoff e Jonhson, 1980; Kvecses, 2002), e na teoria da integrao conceptual (Fauconnier e Turner, 2002). Busca se investigar se a projeo metafrica presente no dito empregado em situaes cotidianas se sustenta, quando o mesmo retomado em uma letra de msica. Este estudo encontra sua justificativa em uma das assunes basilares da lingustica cognitiva de que as metforas conceptuais esto presentes tanto nas conversas cotidianas quanto nas manifestaes literrias e artsticas. Pretende se, assim, observar a multidirecionalidade dos processos de significao desse tipo de construo lingustica, a fim de postular seu poder projetivo e metafrico na mente dos falantes. Dentro do repertrio de construes proverbiais em portugus, perceptvel a construo proverbial condicional com a configurao sinttico semntica [x P Q], entre as quais foi escolhida como objeto de estudo a configurao [Quem P Q]. A escolha das msicas foi aleatria, j que no se buscou um gnero ou estilo especfico, mas canes que possussem ditos populares em suas letras. Na anlise, de cunho interpretativo, procedeu-se a identificao do papel da metfora conceptual presente no dito empregado em situaes cotidianas e nas 10 msicas selecionadas para este estudo. Em seguida, postularam-se redes de integrao conceptual subjacente ao sentido dos ditos nas interaes em geral e nas msicas, de modo a explicar que as diferenas de sentido observadas ou no nos ditos transpostos para letras de msicas esto relacionadas ao tipo de rede de integrao conceptual ativado durante o processo de mesclagem. As redes de integrao postuladas para explicar a construo de sentido dos ditos e destes nas msicas analisadas, revelam compresses das relaes de CAUSA EFEITO, MUDANA, IDENTIDADE, ANALOGIA DESANALOGIA e TEMPO, devido, sobretudo, ao papel que os ditos desempenham ao ilustrar cenas da vida das pessoas. Entre as metforas que estruturam os ditos, nas interaes e nas msicas, encontram-se A VIDA UMA VIAGEM / A VIDA UM TRAJETO QUE DEVE SER PERCORRIDO COM CAUTELA / VIDA UM JOGO DE AZAR; TEMPO LOCAL PARA ONDE ALGO SE DESLOCA; DIFICULDADES SO IMPEDIMENTOS (IN) TRANSPONVEIS; RELIGIO UMA TRANSAO COMERCIAL; MORAL UM OBJETO PRECIOSO (MAS FRGIL COMO O VIDRO); EXAGEROS SO GOLPES INCERTOS. Espera-se que a hiptese aventada com este estudo motive outras pesquisas sob o escopo terico da Lingustica Cognitiva; em especial, as teorias da metfora e da mesclagem conceptual, as quais revelaram um potencial descritivo promissor para anlise de fenmenos semntico-pragmticos da língua portuguesa, como os ditos populares, construes situadas no topo da escala de idiomaticidade

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Como gnero, o dicionrio inscreve-se na sociedade entre as obras de autoridade, que servem como referncia para a construo dos mais diferentes gneros. Alm disso, encerra um discurso pedaggico, j que, por meio das definies, consulentes partilham do conhecimento detido pelo lexicgrafo. O dicionrio tambm um gnero mltiplo, formado por diferentes subgneros, como o verbete e os textos de abertura (prefcio, apresentao, detalhamento). Espcie de colnia, que agrega outros textos, define-se tambm por suas caractersticas formais bem marcadas, como a alfabetao e a composio por verbetes. Mltiplo por sua prpria natureza e sujeito ao dialogismo da enunciao, o dicionrio atravessado por muitas vozes e enunciadores, no apenas os prprios redatores, mas tambm outras obras de referncia, tcnicas ou de outras línguas. Essas vozes so costuradas pelo dicionarista, figura do discurso que gerencia os enunciados, envoltos na expectativa da neutralidade da descrio isenta. nosso grande interesse observar em termos prticos quais so as fronteiras entre o discurso aparentemente isento que se pretende que o dicionrio tenha e as brechas de onde emergem outras vozes que povoam essa colnia. Para busc-las, valemo-nos basicamente dos estudos de polifonia de Ducrot, da noo de ethos de Maingueneau e Charaudeau e das formas de modalizao que Castilho e Castilho (2002) arrolaram em seu estudo sobre os advrbios na Gramtica do portugus falado, volume II. Por meio da pesquisa reversa com base nos termos modalizadores de Castilho e Castilho no Dicionrio Aurlio da língua portuguesa (DALP, 2010) e no Dicionrio Houaiss da língua portuguesa (DHLP, 2009), buscamos partir da definio para as entradas, identificando os enunciadores que se mostram ou se escondem, afianam ou refutam, negam ou afirmam uma proposio. Por meio dessas ocorrncias, podemos chegar a enunciados postos e pressupostos e explorar diferentes aspectos da enunciao, desnudando parte das vozes que povoam essa colnia

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Esta dissertao de mestrado desenvolve uma pesquisa a respeito da abordagem de morfologia em livros didticos e a contribuio desse contedo lingstico para as aulas de língua portuguesa no ensino mdio. Antes de examinarmos as duas colees didticas adotadas para a investigao, apresentamos uma breve anlise sobre o ensino-aprendizagem de língua materna, salientando aspectos crticos relacionados metodologia e aos contedos de ensino. A seguir, tecemos comentrios sobre o livro didtico e apresentamos o corpus composto por duas colees didticas do ensino mdio, de onde selecionamos os contedos de morfologia. Analisamos a orientao didtico-lingstica dada pelos autores aos estudos referentes morfologia.Tecemos consideraes sobre o enfoque didtico de tais contedos e verificamos a contribuio de cada um para o aprimoramento lingstico do aluno na sua capacidade de produo de textos orais e escritos

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Esta tese aborda o tema Transitividade Verbal em construes predicativas encontradas em corpus construdo com textos jornalsticos impressos do Brasil. Os verbos so estudados segundo ocorrncias retiradas de jornais de grande circulao em trs capitais. Toma-se a semntica, a pragmtica e a sintaxe como determinantes potenciais da transitividade verbal e aborda-se o tema segundo perspectiva histrica, ou seja, procura-se desenhar o percurso do tema nos estudos de língua portuguesa desde a sua primeira gramtica, chegando-se, ento, a reflexes mais atuais e tambm ao tratamento dispensado aos verbos e sua construo predicativa em dicionrios e em gramticas pedaggicas. O confronto com estudos acerca da língua espanhola tambm motivo de ateno, devido proximidade que o tema apresenta nas duas línguas. A partir desses estudos, buscou-se elaborar quadro sistemtico e mais coerente dos verbos segundo a transitividade e construo predicativa, procurando aliar-se a base terica consistente, apresentada pela tradio dos estudos gramaticais, s reflexes tcnico-cientficas acordadas com a realidade lingstica levantada a partir do corpus

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Dentre os muitos captulos da gramtica normativa, a colocao dos pronomes oblquos tonos um dos que mais apresenta diferenas entre o portugus do Brasil e o de Portugal. Neste trabalho, procuramos demonstrar que as regras poderiam ser simplificadas ou at mesmo reduzidas, com base no estudo de um corpus organizado a partir de textos formais, presentes em um dos principais veculos da mdia impressa brasileira, onde predomina a variedade padro culta do idioma