893 resultados para organizações turísticas
Resumo:
Aquilo que passamos a entender como racional e lgico a partir da era moderna, prov um esquema mental para tomada de aes que carrega um arcabouo de premissas e valores consigo. Essas regras visam a maximizao utilitria das consequncias, esvaziadas de qualquer valor subjetivo. Weber (1994) classificou acessoriamente esse esquema como racionalidade instrumental, que se caracteriza por ser orientada pelos fins, meios e consequncias da ao. Em contraposio, definiu ainda a racionalidade substantiva, postulada nos valores do sujeito, que no se orienta por quaisquer consequncias da ao. Muitos autores partiram dessas racionalidades para representar a dualidade que acomete o mundo a partir da centralidade do mercado e sua lgica instrumental, mas foi Guerreiro Ramos (1989) quem deu contundente contribuio ao estudo das organizações separando diferentes enclaves sociais, nos quais as racionalidades seriam mais adequadas em um ou outro espao. Nesse contexto, o mercado um enclave importante e legtimo, mas apartado de outros, nos quais as relaes sociais existem para servir o sujeito. Esse trabalho, fundamentado na Teoria Crtica, reconhece que as ONGs (Organizações No Governamentais) devem pertencer a um campo distinto daquele das empresas econmicas, por se basearem em racionalidades diferentes das mesmas. Foi realizada uma pesquisa de campo junto a cinco organizações sem fins lucrativos, com fins declarados de ao social (Harmonicanto, Reviverde, ACAM, Observatrio de Favelas e Bola pra Frente), buscando identificar as influncias desviacionistas que a adoo da racionalidade instrumental impe sobre a realizao dos objetivos previstos para essas organizações. Observou-se que existem contingncias que favorecem o uso da instrumentalidade nessas organizações, como: necessidade de autossustentao, rea de atuao, tamanho da organizao, influncia do lder, etc. Conclui-se que tais organizações, apesar de no serem espaos dedicados atualizao do sujeito (como define a Isonomia de Guerreiro Ramos), delatam o seu fim pblico e orientam-se pelas consequncias sempre que absorvem de forma crua a dinmica organizacional de uma empresa econmica.
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Apesar de muita publicidade acerca do tema Seis Sigma, a literatura existente apresenta casos de sucesso, compara o Seis Sigma com o TQM, discute aspectos relacionados metodologia e fatores crticos de sucesso, mas poucas vezes trata de como as organizações de fato implantam e se adaptam metodologia prescrita. Este trabalho realiza uma anlise das origens da Qualidade e a partir dela as origens do Seis Sigma, e como se complementam. Identifica os aspectos relacionados com a escolha do Seis Sigma pelas organizações, como a metodologia implantada e os aspectos de definio de metas, aspectos comportamentais e os relacionados com o aprendizado organizacional. Seis organizações industriais foram analisadas, buscando-se identificar sua experincia de implantao, quais pressupostos da metodologia foram seguidos e os pontos onde houve convergncia entre estas organizações. Os resultados da pesquisa indicam que como todo outro esforo empreendido por uma organizao, a existncia de apoio, recursos e cobrana por parte da alta administrao so fatores que contribuem diretamente para o resultado obtido, e tambm que o alinhamento dos projetos Seis Sigma com o Planejamento Estratgico e aderncia rgida metodologia so fatores fundamentais para obteno de resultados, tanto quantitativos como relacionados com o aprendizado de todos os envolvidos nos projetos. O Seis Sigma tambm pode ser considerado por organizações operando Sistemas de Gesto da Qualidade, e que ainda identifiquem oportunidades de gerado melhoria de desempenho, maior satisfao do cliente ou vantagens competitivas, como qualificador deste Sistema de Gesto.
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A tecnologia da informao (TI) tem provocado mudanas significativas nas empresas, mudanas estas que muitas vezes no tm um grau de sustentabilidade coerente com os bons resultados obtidos, principalmente no que se refere aos ativos intangveis organizao. Nesse sentido, o ERP Enterprise Resource Planning ou Sistemas de Informaes Gerenciais SIG so sistemas que esto sendo discutidos e analisados no s pela academia e institutos ligados comercializao do ERP, como tambm pelo prprio meio empresarial como uma tecnologia de agregao de valor intangvel s organizações. Este trabalho, atravs de um estudo de caso, baseado em pesquisa de natureza essencialmente qualitativa, mas com alguns ferramentais quantitativos, e de carter exploratrio, numa empresa do ramo de TI, localizada no Distrito Federal, analisa a evoluo dos componentes do capital intelectual (capital de processos, capital de relacionamento, capital de inovao e capital humano), aps a implantao do ERP. O objetivo deste estudo foi determinar a influncia do ERP no desenvolvimento do capital intelectual numa organizao de TI de pequeno porte do Distrito Federal. O referencial terico contextualiza a importncia da tecnologia da informao. Faz-se um apanhado da taxonomia existente de ativos intangveis, abordando suas importncias para a competitividade de organizações modernas, e apresenta categorizaes dos diferentes tipos de intangveis. A principal concluso da pesquisa que existem fortes evidncias que o capital de processos evoluiu aps a implantao do ERP. Entretanto, no existe evidncias de que houve evoluo no capital de inovao. J para o capital de relacionamento e humano as evidncias de evoluo so fracas
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Esta tese sustenta que a implantao de modelos hbridos de governana em organizações ou sistemas que antes eram governados por tipos hierarquizados cria novos custos de transao e que isso no impede a continuidade nem a expanso desse modelo porque a sua escolha no unicamente baseada na minimizao dos custos de transao, mas tambm nos efeitos de performance proporcionados. Para chegar a essa concluso, investigaram-se as caractersticas das transaes referentes contratao de servios hospitalares pela Secretaria de Estado da Sade de So Paulo, os custos decorrentes dessas caractersticas associados aos problemas tpicos de governana, e o desempenho das organizações aps a implantao do modelo. Para estabelecer tal relao, realizou-se um estudo comparativo entre trs hospitais pblicos estaduais governados por Organizações Sociais de Sade OSS e trs hospitais da administrao direta, com portes e perfis assistenciais similares. Foram entrevistados os atores-chave dos hospitais e da rea responsvel pela gesto dos contratos com as OSS e analisados relatrios e os dados oficiais do Ministrio da Sade e da Secretaria Estadual de Sade sobre o desempenho dos hospitais escolhidos. Concluiu-se que a governana das OSS incrementou os custos de transao em cerca de 1% dos gastos totais, mas que os hospitais segundo esse modelo apresentaram um desempenho altamente satisfatrio em comparao com o grupo de hospitais da administrao direta. Outra descoberta do estudo que a introduo do modelo das OSS reduziu, nesses hospitais, os nveis de incerteza comportamental e ambiental, que ficaram significativamente mais baixas do que os percebidos pelos hospitais da administrao direta.
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O objetivo da pesquisa Organizações No Governamentais: um estudo de caso da Federao de rgos para Assistncia Social e Educacional (FASE) analisar a interveno social desta ONG, com destaque para a dimenso educativa das prticas e concepes atravs das quais se realiza sua interveno. Para o alcance do objetivo acima enunciado foi necessrio fazer uma pesquisa com o propsito de uma anlise qualitativa da atuao histrica da FASE, procurando captar as provveis mudanas por que passou e passa essa Organizao, para, desse modo, compreender sua base conceitual. Assim, a pesquisa foi dirigida para o exame dessas transformaes, levando-se em considerao as mudanas polticas, econmicas e sociais por que passa a sociedade brasileira nos anos de 1980 e 1990, principalmente. Essa pesquisa procura fazer uma anlise qualitativa da atuao histrica da FASE, principalmente no campo educacional, compreendendo a educao no seu sentido amplo, ou seja, no-institucional, no-escolar e sim scio educativo. Dessa forma, analiso a FASE como uma ONG paradigmtica, ou seja, uma organizao que serve de referncia para a compreenso de outras organizações. Assim, a pesquisa procurar compreender como as ONGs vm se comportando diante dos conflitos sociais a partir das parcerias e do uso de recursos diretos ou indiretos do Banco Mundial, bem como, se est fazendo algum tipo de disciplinamento e controle sobre os movimentos sociais, ou ainda, se estes interferem nas polticas sociais implementadas. Esta tese est organizada da forma que se segue. No primeiro Captulo articulo a experincia de educador popular com as questes de pesquisa, considerando a minha trajetria de vida, a relevncia desta pesquisa e as indicaes metodolgicas a partir da apresentao da FASE como sujeito histrico. No segundo Captulo reflito sobre as metamorfoses por que passou e passa o Estado, as suas possveis relaes com os movimentos sociais e as ONGs como espaos pblicos e/ou privados. No terceiro Capitulo discuto a formao das ONGs e suas perspectivas poltica e educativa a partir do seu surgimento e consolidao no Brasil, o chamado terceiro setor e as suas possveis diferenciaes, a relao com o Banco Mundial e as relaes e interferncias nos projetos das ONGs e, por fim, projeto uma poltica educacional que tenha a emancipao humana como base para a transformao social. No quarto Captulo analiso a FASE a partir de sua histria, trajetria e concepo, seu projeto social e a sua interveno educacional nos anos de 1980 e 1990, procurando desvendar as possveis diferenciaes nos seus encaminhamentos. Concluo tecendo algumas consideraes sobre o carter contraditrio das ONGs.
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Anlise das parcerias firmadas entre Organizações da Sociedade Civil de Interesse Pblico e municpios do interior do Estado de Pernambuco frente ao permissivo legal. Estado e neoliberalismo. O Estado visto como ineficiente e incapaz de prestar os servios que lhe so prprios. A Reforma do Estado como mote para estimular a transferncia de atividades exercidas pelo Estado para entidades privadas que atenderiam a interesses pblicos desvinculados do assim denominado ncleo estratgico configurado por funes essenciais definio e execuo das polticas pblicas. Burocracia e gerencialismo. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. A transferncia das atividades no-exclusivas do Estado vista como sada para a melhoria da capacidade de o Estado atender s demandas sociais. Servios sociais ou no exclusivos. Publicizao ou privatizao? Terceiro setor. Organizações no governamentais. Entidades sem fins lucrativos. Ttulos e qualificaes concedidos a entidades do terceiro setor. Organizações sociais - OSs: a tentativa de privatizao de entidades estatais. Os contratos de gesto como mecanismo de obteno de resultados. As organizações da sociedade civil de interesse pblico - OSCIPs e a nova tentativa de passar atividades prestadas pelo Estado para o setor privado, o chamado terceiro setor. Os termos de parceria como forma de passar prestao de servios a particular sem o devido processo de concorrncia. O voluntariado como meio em si para prestao dos servios objeto dos termos de parceria. As muitas brechas e fragilidades da Lei 9.790/1999 Lei das OSCIPs, considerada o marco legal do terceiro setor. As parcerias entre municpios do Estado de Pernambuco e entidades qualificadas como OSCIPs com intuitos diversos do proposto na Lei.
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Os comportamentos polticos representam um domnio singular das relaes interpessoais no ambiente de trabalho, sendo considerado um fenmeno complexo, persuasivo e por vezes ambguo. Embora sejam vrias as condies individuais e situacionais responsveis pela sua existncia, todas elas estimulam e fornecem resultados favorveis tanto para os indivduos quanto para grupos dentro da organizao. Apesar dos resultados serem favorveis para alguns, a percepo de poltica na empresa parece ter um efeito negativo e, assim, desmotivador sobre as pessoas. Nesta pesquisa, abordamos o comportamento poltico a partir de seus fundamentos conceituais o poder e a influncia e mltiplos antecedentes, centrando o estudo nas suas diversas implicaes. Em concreto, o objetivo compreender como algumas atitudes e comportamentos individuais como comprometimento, satisfao, desempenho, negligncia e intenes de sada so influenciados pelos comportamentos polticos percebidos na organizao e quais os impactos para os envolvidos. Teoricamente, discute-se o conceito de Comportamento poltico, apresentando suas caractersticas fundamentais, causas e conseqncias. A seguir, com base no modelo terico para estudo da poltica proposto por Ferris et al (1996), as hipteses de pesquisa foram formuladas. Para testar a validade emprica, trs estudos de campo foram realizados 2 quantitativos e 1 qualitativo totalizando 461 funcionrios de empresas no Brasil, predominantemente de regies metropolitanas. Os resultados quantitativos revelam que, de uma maneira geral, o comportamento poltico impacta negativamente no comprometimento, satisfao e desempenho. Ainda, que influencia diretamente as intenes de sada e comportamentos negligentes. Os resultados tambm revelam que tais respostas possuem variaes significativas quando analisados por perfil pessoal e profissional, investigado e validado pela dimenso qualitativa da pesquisa. Por fim, implicaes tericas e prticas dos resultados obtidos so explicitadas, alm de sugestes de aes focais para a evoluo da gesto empresarial.
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Este trabalho trata do processo de transformao do sistema de gesto do Hospital Evandro Chagas/Fiocruz. Enfoca as caractersticas das organizações hospitalares pblicas e os desafios de coordenao do trabalho mdico e de pesquisa, tomando aquele Hospital como referncia para reflexo. Apresenta e discute os princpios de organizao de sistemas de gesto a partir das compreenses do planejamento estratgico-situacional e da teoria das macroorganizações de Carlos Matus. Finalmente, considera que o processo de desenvolvimento gerencial das organizações hospitalares, a partir da experincia em foco, deve ser compreendido em pelo menos duas dimenses mutuamente condicionantes: a primeira, ao nvel do aperfeioamento das estruturas e mtodos gerenciais; e a segunda, ao nvel da profissionalizao dos dirigentes hospitalares.
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A Dissertao procura demonstrar a viabilidade de capacitao das organizações empresarias dos pases em desenvolvimento - notadamente as brasileiras - para atuar sob o padro de competitividade econmica intensivo em conhecimento, a despeito das defasagens estruturas das economias desses pases. A partir da estratgia de potencializao da capacidade tecnolgica nas organizações, tal proposio comprovada atravs da aplicao da teoria da gesto contempornea, combinada com as experincias de "practitioners" organizacionais e com as evidncias empricas colhidas junto a dirigentes da amostra de 28 empresas. Inicialmente, esboado o significado atual de tecnologia, sob a perspectiva organizacional, e analisadas as principais transformaes da ambincia externa que interferem na gesto da capacidade tecnolgica das empresas. Em seguida, o estudo define duas estratgias consideradas viveis capacitao tecnolgica empresarial, quais sejam: a) aprendizagem tecnolgica e capacitao organizacional e b) modalidades de cooperao tecnolgica inter-empresarial, com nfase na gesto das "joint-ventures" internacionais. O estudo conclui que apesar da crise do Estado e da instabilidade, vigentes na economia brasileira, identifica-se, em seu setor produtivo nichos de empresas engajadas em processos de capacitao tecnolgica, atravs das estratgias aqui abordadas. aptas a competir no mercado global do prximo milnio. Essas evidncias confirmam a viabilidade de tais estratgias, tornando-as teis s empresas que desejam atualizar-se frente as atuais tendncias de gesto tecnolgica.
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A presente dissertao tem como objetivo compreender como o relacionamento entre as organizações da sociedade civil, atuantes na rea de gerao de trabalho e renda, no Bairro do Jaguar, Municpio de So Paulo, visando ao entendimento de suas implicaes. A metodologia utilizada foi a de estudo de caso. Foram realizadas dez entrevistas semi-estruturadas com representantes das organizações pesquisadas. A partir das entrevistas, diversos temas puderam ser analisados: informaes sobre as organizações, seus programas, projetos e aes; desafios enfrentados; parcerias; o papel desempenhado por algumas organizações especficas; o relacionamento entre as organizações da sociedade civil atuantes no Jaguar; e o relacionamento entre as mesmas e o governo. As organizações pesquisadas retratam claramente a variedade de tipos de organizações da sociedade civil existentes, assim como apresentam diferentes misses, tamanhos, modos de funcionamento e impactos. Apesar do grande nmero de organizações da sociedade civil presentes no Bairro do Jaguar, percebe-se que h uma ausncia de trabalho em rede, de parcerias e de sinergias.
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O objetivo desta tese analisar, orientar e indicar algumas formas de mensurao de resultados das aes ou programas na rea de Gesto de Pessoas ao longo dos anos, bem como de novas tendncias no setor de agroenergia. O trabalho procura tambm propor prticas de planejamento estratgico e, indicadores para as organizações com foco no desenvolvimento e nas mudanas previstas nas organizações, no mercado de trabalho, nos modelos de gesto e de negcios do segmento de produo de cana-de-acar para os prximos anos. No estudo so analisados as transformaes organizacionais, novos desafios competitivos do presente e do futuro, e a forma como a rea de Recursos Humanos nas diversas organizações do setor, tem acompanhado tal processo, verificando o impacto dessas aes em um contexto de mudanas nos processos da cadeia agrcola (mecanizao do plantio, colheita,.dentre outros), da cadeia industrial (biorefinarias, etanol de segunda gerao, gaseificao...dentre outros), e no desenvolvimento organizacional e humano como parte integrante de um programa de sustentabilidade das organizações. So abordados metodologias, sistemas e ferramentas de planejamento estratgico, e mensurao propostas por certos autores que visam a demonstrar o impacto das estratgias e as aes na Gesto de Pessoas em direo ao cumprimento das metas e objetivos das organizações, em um cenrio de forte crescimento interno e global do mercado de bioenergia. Nesse cenrio, expe-se e discute-se como as empresas do setor sucroalcooleiro utilizam, na prtica, essas metodologias e os indicadores de performance da rea frente s necessidades, e indicam-se as melhores prticas e ferramentas que visam a facilitar os processos decisrios, o uso de mtricas de Recursos Humanos para previso e acompanhamento do Capital Humano, e a otimizao dos recursos e dos investimentos frente aos novos desafios do setor. Embora j se notem vrias iniciativas visando a tornar a Gesto de Pessoas um fator estratgico para as organizações da agroenergia, a pesquisa identificou que a rea de Recursos Humanos est evoluindo nessa direo e pode contribuir de forma efetiva para a melhor performance e sustentabilidade dos negcios. Palavras chaves: Cana-de Acar, Estratgia Organizacional, Capital Humano
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A viso predominante na teoria econmica de que organizações de propriedade difusa e complexas tm maior probabilidade de sobreviver se separarem os detentores dos direitos aos resduos das decises de gesto. Nos pases de economia desenvolvida, os modelos de governana das cooperativas agropecurias de propriedade difusa e complexas promovem a desvinculao dos cooperados da gesto da empresa. Isto , naqueles pases os cooperados delegam ao conselho de administrao o direito de controle formal da organizao e existe separao do processo decisrio. Em contrapartida, trabalhos anteriores apontam que as organizações brasileiras similares concentram propriedade e gesto. O desalinhamento com os preceitos tericos e a divergncia entre os modelos de governana motivaram a investigao conduzida nessa tese, que objetivou mensurar se os modelos brasileiros separam ou concentram propriedade e gesto e seus possveis determinantes dessa escolha. Inicialmente, foram coletados dados de 77 organizações e mensurado um ndice para representar se suas estruturas de governana separam de jure e de facto, separam parcialmente ou concentram a propriedade e as decises de gesto. Na sequncia, foram utilizados os modelos logit e tobit para investigar possveis fatores que determinam a delegao do direito de controle formal e a separao entre as decises de controle e gesto. Os resultados apontam que existem diferentes modelos de governana coexistindo no Brasil. Embora exista uma expressiva parcela de cooperativas que no desvinculam os cooperados das decises de gesto, h tambm um grupo de cooperativas que separam de facto os proprietrios das decises de gesto. Ainda, os resultados dos modelos permitiram apontar que a estrutura de propriedade difusa, ao contrrio do que estabelecido pela teoria, no afeta a probabilidade de delegao dos direitos de controle. Nas organizações estudadas, a possibilidade de os membros do conselho obterem benefcios privados ao controle afeta negativamente a probabilidade de delegao do direito de controle. Porm, a reputao e a eficcia do conselho em agir em prol dos interesses dos associados e o nvel de informao dos scios sobre as atividades desenvolvidas pela cooperativa tm efeito positivo sobre a transferncia do controle. No obstante a caracterstica da complexidade no afetar a separao do processo decisrio, a autonomia do conselho para nomear ou destituir o presidente do conselho de administrao e a existncia de clusulas estatutrias que limitam a reeleio do presidente tm efeitos positivos sobre probabilidade de alocao das decises de controle e gesto, respectivamente, ao conselho de administrao e CEO. Os resultados instigam novas pesquisas e reflexes, pois fatores relacionados estrutura de propriedade difusa e complexidade no foram corroborados, conforme aponta a teoria. Talvez, as cooperativas brasileiras utilizem relaes contratuais ainda no observveis e diferenciadas daquelas organizações localizadas, por exemplo, nos EUA.
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O ERRO, fenmeno sempre presente nas nossas vidas, e a LIDERANA, tpico mais estudado em Cincias Sociais, so o foco e os temas desta dissertao. Com uma abordagem moderadamente positivista, dois questionrios (EOQ e MLQ) foram aplicados a 125 lderes em 27 organizações no Brasil. A partir dos dados coletados, buscou-se avaliar exploratoriamente as correlaes entre os fatores de tratamento do erro e os fatores que medem os estilos de liderana, segundo um dos modelos da Escola Transformacional. Tambm foram realizadas mltiplas regresses para se verificar de que forma os fatores de liderana poderiam predizer os de tratamento do erro. A pesquisa exploratria produzida neste trabalho traz importantes relaes entre os fatores que compem os dois construtos: por exemplo, Considerao Individual significativo ao estimular o Aprendendo com os Erros, este achado pode ser facilmente aplicado em diferentes organizações e de forma independente de grupos. O receio e o medo, causados pelo erro, crescem com uma Gesto por Exceo (passiva) e, diminuem, caso haja o compartilhamento dos objetivos e da viso de longo prazo pelo lder. A Antecipao ao Erro tambm apresenta diferenas entre fatores caractersticos da Liderana Transformacional e do estilo Laissez-Faire. Enquanto o desafio das idias, valores e crenas pelo lder eleva a Antecipao ao Erro, uma Gesto por Exceo (passiva) reduz a mesma. Pensando sobre Erros tambm apresenta relaes inversas para os estilos de Liderana Transacional e Laissez-Faire. O tempo como gestor e o tempo na posio tambm apareceram como significativos para Tenso Causada pelo Erro, Antecipao ao Erro e Pensando sobre os Erros, todos eles fatores do Questionrio de Orientao para o Erro (EOQ). Os resultados encontrados so muito teis, por terem aplicao para as organizações e para os indivduos, e podem ser usados em processos de seleo, treinamento e na avaliao da adequao do estilo dos lderes para o ambiente da organizao. O estudo conclui com argumentos que fundamental que o ERRO faa parte da agenda das organizações, bem como que os lderes o assumam no seu dia a dia.
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O presente trabalho, tomando como referencial a teoria das representaes sociais, prope-se a esboar, a partir dos resultados de uma pesquisa emprica realizada junto a uma amostra privilegiada de servidores pblicos, o campo comunicacional pelos quais se define o lugar da participao no contexto da administrao pblica do Estado. No mbito terico destacou-se a relao entre representao social e comportamento, conferindo uma maior nfase na anlise das propriedades estruturais da representao atravs da identificao de seu ncleo central e de seu sistema perifrico associado. Os resultados indicam que, longe de estimular prticas corporativas, a adoo de formas participativas de gesto pode contribuir para a construo de um modelo de administrao pblica que responda aos requisitos de eficincia, eficcia e efetividade.