1000 resultados para Professores do básico
Resumo:
A supervisão pedagógica, no âmbito da formação inicial de professores, é entendida como o trabalho desenvolvido pelo supervisor (na Região Autónoma da Madeira mais comummente conhecido como orientador de estágio) junto dos estagiários nas escolas. Assim sendo, tentámos inteirar-nos sobre a supervisão pedagógica efectuada ao 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário na Região Autónoma da Madeira. Para tal entrevistámos os supervisores em exercício de funções, no ano lectivo de 2002/2003, para indagarmos das suas representações sobre a sua prática supervisiva. Partimos para o nosso trabalho com o referido objectivo, orientados pela legislação vigente, e sobretudo, por uma literatura especializada em supervisão pedagógica nomeadamente na definição do seu raio de acção, nos modelos e práticas supervisivas, na função do supervisor, nas estratégias activas de formação e nas concepções pedagógicas do estágio.
Resumo:
O presente estudo insere-se no âmbito da administração educacional, focalizando uma das grandes dimensões organizacionais: a liderança, mais especificamente, os estilos de liderança. Estudos realizados sobre esta temática têm identificado tendências reveladoras de que a liderança é permeada pelo contexto, pelas pessoas lideradas e pelo próprio líder. Através de um estudo bibliográfico, abordámos os conceitos de liderança, enveredando por um breve historial acerca das teorias e estilos de liderança, salientando os estilos de liderança transformacional, transaccional e laissez-faire. Em virtude da análise teórico-conceptual acerca da liderança, procurámos estudar a dimensão da liderança escolar que apresenta especificidades e características próprias. Procurámos conhecer os desafios que são colocados ao líder escolar através das características que são inerentes às escolas da actualidade, conceptualizando os processos de autonomia, o modelo de administração e gestão e culturas docentes. Partindo da contextualização dos conceitos de liderança(s) perspectivada(s) nas organizações escolares, enveredámos pela caracterização do líder escolar, abordando a questão da influência, ou não, do género na liderança, bem como o papel e funções do líder, fazendo referência à complementaridade e diferenças entre os conceitos de liderança e gestão, abordando a área da motivação para a liderança, com particular destaque para a teoria de motivação de McClelland. Tendo como objecto de estudo a liderança escolar, pretendemos investigar, perspectivando uma abordagem qualitativa, numa aproximação ao estudo de caso, a opinião dos directores das escolas públicas do 1.º Ciclo do Ensino Básico da RAM e a opinião de uma amostra de educadores e professores, procurando compreender quais os estilos de liderança(transformacional, transaccional e laissez-faire), que são privilegiados pelos directores de escola, designados de líderes formais. Os resultados da investigação sugerem que as percepções dos directores, dos professores e dos educadores indicam o estilo de liderança transformacional como o mais utilizado pelos directores de escola. Em relação ao estudo das motivações dos líderes, quer os directores quer os professores e educadores apontam como principais motivações o sucesso e a afiliação.
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Esta dissertação surge no âmbito do Mestrado em Ensino das Artes Visuais do ensino do 3º ciclo e Ensino Secundário. É composta por três partes: fundamentos teóricos, investigação científica e relatório da prática pedagógica. A primeira parte corresponde aos fundamentos teóricos, em que foi feito um estudo sobre a educação artística em Portugal e o papel do professor na educação pela arte. A investigação científica, que tem como título “O corpo na linguagem performativa”, apresenta uma abordagem à arte da performance referindo conceitos e representantes. Nesta análise foram fundamentais os conceitos e teorias de alguns autores, como por exemplo Roselee Golberg, Renato Cohen, Jorge Glusberg, entre outros. A terceira parte é concernente ao relatório da prática pedagógica realizado em duas escolas distintas, na Escola Secundária Francisco Franco e na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, ambas no concelho do Funchal. O estágio realizado visou a aplicação da investigação científica nas práticas de ensino que decorreram nas referidas escolas, permitindo aos professores estagiários a experiência de leccionar e transmitir os seus conhecimentos na prática pedagógica e, consequentemente, reflectir acerca do ensino artístico no panorama actual.
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Orientador: Ivo de Sousa Nunes
Resumo:
Com esta investigação procurou-se aprofundar o conhecimento sobre o processo comunicacional que se estabelece entre a escola e a família ao nível do 1º ciclo do ensino básico, e mais especificamente descrever as práticas e apreender e compreender o significado que os professores conferem a essas práticas. Numa primeira fase foram inquiridos 132 professores do 1º ciclo do ensino básico do Funchal através de um questionário traduzido e adaptado (Montandon, 1989), através do qual se procuraram identificar as práticas de contacto individual e colectivo e as suas circunstâncias. Numa segunda fase promoveu-se a discussão em dois focus groups distintos de modo a compreender o significado que os agentes no terreno e os peritos em educação, quer na área governativa quer na área formativa, conferiam às práticas comunicacionais. Os resultados indicaram que os professores preferem os contactos individuais e informais com os pais, de quem têm em geral uma representação negativa, e cuja principal finalidade é o conhecimento da criança. O factor essencialmente diferenciador das práticas dos professores foi o tempo de serviço nas suas dimensões pessoais, profissionais e sociais. Neste contexto, a formação de professores, inicial ou contínua, é sublinhada como uma forma de promover a comunicação entre pais e professores.
Resumo:
Este relatório pretende abordar todo o processo de estágio pedagógico que ocorreu no ano lectivo de 2009/2010 na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio Bento de Gouveia. O Núcleo de Estágio de Educação Física foi constituído por quatro estagiários, duas orientadoras da escola e um orientador da Universidade da Madeira, sendo que os estagiários subdividiram-se em dois grupos e desenvolveram a sua prática lectiva no 2º e 3ºCiclo, respectivamente. Portanto no nosso caso em particular, a prática lectiva foi desenvolvida numa turma de 5º ano sob orientação pedagógica de uma professora da escola do 2ºCiclo. A estrutura deste relatório segue, de uma forma geral, a composição das tarefas a realizar no estágio pedagógico, ou seja, a sua análise é expressa por pontos e subpontos referentes às “linhas programáticas das actividades e avaliação”. Após alguns pontos introdutórios e a própria caracterização da escola o primeiro grande tema a ser abordado é a prática lectiva, fazendo referência à gestão do processo de ensino/aprendizagem na turma que nos foi atribuída/escolhida, bem como outra componente importante e que também se prolongou por todo o ano lectivo, a assistência a aulas. Relativamente às actividades de intervenção na comunidade escolar, os estagiários integrados no 2ºCiclo, utilizaram um dia e uma temática tradicionalmente enfatizados na escola e desenvolveram uma actividade para os alunos em geral. Esta actividade intitulou-se a “Expedição do Pai Natal”, e como o próprio nome indica, relacionou-se com as festividades do Natal, tendo por objectivo principal a divulgação das várias actividades extracurriculares presentes na escola aos alunos. Esta foi a actividade de estágio com a maior amplitude de intervenção, ou seja, mobilizamos um grande número de alunos e professores na escola, garantindo uma oportunidade de aprendizagem interessante a esse nível. As Actividades de integração no meio foram desenvolvidas numa lógica de conhecimento e intervenção na turma que leccionávamos. Destas actividades fazem parte a caracterização da turma (relacionada fortemente com a descoberta de hábitos de actividade física e alimentação dos alunos); o estudo de caso (relacionado com o estudo de um aluno que se destacou negativamente na turma); e a acção de extensão curricular. Esta acção intitulou-se “Família Activa” e abordou os temas referidos na caracterização da turma relacionados com a saúde. Nesta fase intervimos nas turmas, não só a nível dos alunos mas também a nível dos Encarregados de Educação e Professores. Por outro lado, as Actividades de natureza científico – pedagógica foram rentabilizadas no sentido de desenvolver alguns temas que nasceram das nossas vivências pedagógicas. No nosso caso em particular, de uma forma individual abordámos a aprendizagem dos Jogos Desportivos Colectivos através do jogo (Teaching Games For Understanding), e a nível colectivo, e da autoria do Núcleo de Estágio, abordámos as Potencialidades e Limitações do Programa Nacional de Educação Física. De uma forma resumida, estas foram as actividades desenvolvidas neste estágio pedagógico. Gostaríamos que não encarassem este documento com uma soma de várias acções mas sim como uma acção global do estagiário que pode ser decomposta em vários níveis de intervenção, sendo que todos eles contribuem para a nossa formação profissional e pessoal de uma forma eclética. É neste sentido que existem algumas abordagens de conjunto, sobretudo nos pontos finais.
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As situações de bullying nos contextos escolares são um dos problemas sociais que têm vindo a ser objecto de estudo, um pouco por todo o mundo, demonstrando uma aproximação à própria realidade de cada contexto. Estes estudos têm permitido determinar a prevalência do bullying entre os alunos, as formas utilizadas, os espaços onde ocorrem com maior incidência e os que mais intervêm no bullying, mas compreender e medir o bullying é uma tarefa complexa, exigindo uma perspectiva sistémica no seu diagnóstico e compreensão. De modo a dar resposta às situações de bullying, têm sido desenvolvidos programas e projectos de intervenção com consideráveis evidências que podem ser eficazes na sua redução, quando consideram a realidade de cada contexto e quando envolvem todos os seus agentes educativos. O estudo de caso aqui apresentado, do tipo misto (qualitativo e quantitativo), tem como objectivo realizar um retrato abrangente do clima escolar, incluindo as percepções de todos os agentes educativos de modo a aferir a prevalência, formas, espaços onde ocorre, e intervenientes nas situações de bullying e violência. Participaram 523 alunos do 6º ao 9º ano de escolaridade, 227 do género feminino e 294 do género masculino, 77 professores, 24 funcionários e 42 encarregados de educação. As diferenças de género, idade e ciclo de escolaridade vão ao encontro dos estudos nacionais e internacionais, verificando-se que o Índice de Bullying aponta para 10,08% de alunos, sendo mais vítimas os dos 10 - 12 anos e do 2º ciclo de escolaridade, a forma de agressão mais predominante a física e verbal, diferenças no tipo de agressão em função do género e os locais onde ocorrem, com maior frequência, são à porta da escola, corredores e jardim. Estes resultados permitem obter um diagnóstico da realidade escolar, possibilitando desenvolver futuramente uma intervenção preventiva.
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Investigações recentes revelam que o stress é considerado um dos indicadores de mau-estar docente (Jesus, 2005). Para lidar com estas novas realidades, os professores necessitam de controlar/lidar com o stress e as suas emoções nas circunstâncias mais adversas. Desta forma, o principal objectivo deste estudo foi perceber de que forma a percepção emocional e a inteligência emocional são importantes para gerir problemas de stress ocupacional. Para tal, utilizaram-se quatro instrumentos diferentes: O teste de regulação emocional de Berkeley (Gross & John, 2003), o teste de expressividade Emocional de Berkeley (Gross & John, 2003), a escala de meta-conhecimento dos estados emocionais a Trait Meta-Mood Scale” (TMMS 24) (Salovey & Mayer 1990) e a escala de avaliação do grau de vulnerabilidade ao stress a 23QVS (Serra, 2000). Estes testes foram aplicados numa sessão única a 292 professores dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, do distrito do Funchal, sendo 64,7% do sexo feminino e 35,3% do sexo masculino de diferentes grupos disciplinares. Analisou-se a influência de algumas variáveis como o género, a idade, estado civil, número de filhos, habilitações, anos de serviço, nível de ensino que lecciona e o grupo disciplinar na explicação da percepção emocional, da inteligência emocional e da vulnerabilidade ao stress. Realizaram-se igualmente os estudos correlacionais das diferentes medidas utilizadas. Os resultados mostraram que os professores que apresentam maiores capacidades para clarificar e regular as suas próprias emoções são aqueles que apresentam menor vulnerabilidade ao stress. Para finalizar destacaremos as implicações que este estudo traz para a intervenção em contextos educativos.
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Esta é uma investigação sobre os erros linguísticos mais frequentes praticados por professores e alunos em textos formais. Trata-se de um estudo de caso, realizado numa escola pública com ensino básico e secundário da Região Autónoma da Madeira. Os testes dos alunos e as atas que os professores redigem das várias reuniões em que participam na escola constituem os corpora dos textos formais. Os informantes foram trinta e dois alunos, todos do 12º ano de cursos científico-humanísticos, e oitenta professores de diversos grupos disciplinares. Dado que não foi possível abranger todos os tipos de erros observados, optou-se por analisar as três áreas gramaticais em que a sua ocorrência foi mais problemática, a saber, ortografia, pontuação e coesão sintática, em detrimento de outras como a semântica, a lexicologia e a coerência textual. Este é um trabalho eminentemente prático que tem como objetivos primordiais enumerar os principais erros observados e comparar as diferenças de desempenho entre os dois grupos de informantes. Para isso, dividiu-se a análise em duas partes: a primeira é, essencialmente, descritiva e interpretativa; enquanto a segunda se baseia nos dados quantitativos para chegar a conclusões que, de outra forma, não seriam percetíveis. No final, sugerem-se algumas estratégias que poderão ajudar a diminuir a incidência do erro no meio escolar.
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Este estudo quantitativo, transversal e preditivo tem como objectivo analisar a influência da autoeficácia na satisfação profissional dos professores portugueses. A amostra é constituída por 327 professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico (trabalham com alunos dos 6 aos 10 anos) que responderam a um questionário de dados sociodemográficos e escalas validadas para a população portuguesa para as variáveis em estudo. Realizada a análise de regressão linear múltipla, verificou-se que o aumento da “eficácia instrucional” e da “eficácia nos relacionamentos interpessoais” predizem um aumento da satisfação docente na dimensão “relação com a profissão” (R2 = .27). A uma melhor perceção da “relação interpessoal/institucional” (R2 = .20), corresponde uma diminuição da “eficácia instrucional” e um aumento da eficácia nos relacionamentos interpessoais.
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A criatividade desempenha um papel importante e de elevado potencial na sociedade atual e refere-se usualmente à capacidade de realizar produções novas e originais adaptadas às limitações de uma situação ou problema. O stress é também de crucial importância. De acordo com a literatura, o stress representa um fenómeno significativo pela responsabilidade na sua afetação quer o nível do comportamento quer o nível do desenvolvimento dos profissionais e pessoas em geral, sendo que neste estudo foca-se o stress na prática docente. Nesta linha de raciocínio, a presente investigação vai ao encontro de tentar perceber e estudar estes dois construtos, a criatividade e o stress, num contexto específico: a Educação e, mais propriamente, junto de docentes. Como tal, procurou-se compreender como ambos os conceitos se relacionam. Esta investigação tem como apoio dois instrumentos: a Escala de Personalidade Criativa – EPC (Jesus, et al, 2011; Garcês, 2013) e o Questionário de Stress nos Professores — QSP (Gomes et al., 2006; Gomes, 2007). Participaram 84 indivíduos, 72.6% do sexo feminino e 27.4% do sexo masculino. Os resultados apontam para a não existência de uma relação entre a criatividade e o stress docente, assim como uma não relação significativa entre as variáveis demográficas recolhidas e a criatividade. Contudo encontrou-se significância entre o género, a classe etária, o grupo disciplinar, o tempo de serviço e os hobbies com o stress. Conclui-se com a discussão e reflexão sobre os resultados obtidos como também as limitações inerentes ao estudo e sugestões futuras.
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A criatividade e o seu conceito são alvo da comunidade científica por representarem interesse uma vez que trata-se de um tema complexo que traz alguma discórdia quanto à sua definição. Guilford revolucionou os estudos da criatividade e introduziu o conceito de Pensamento Divergente (PD) que consiste em encontrar o maior número de soluções para um problema. O objetivo da investigação consiste na construção, aferição e validação de uma prova de avaliação do pensamento divergente à população portuguesa. Neste estudo participaram 561 sujeitos, do 3º ciclo do Ensino Básico, sendo 50.4% do sexo masculino e 49.6% do sexo feminino. A prova é composta por três questões e avalia a Fluência, a Flexibilidade, a Originalidade e a Elaboração. O alpha de Cronbach do conjunto Fluência e Flexibilidade foi de 0.91. A fiabilidade da Originalidade e Elaboração fez-se por meio de acordo interobservadores. Utilizou-se ainda as variáveis inteligência e rendimento escolar para observar a validade do instrumento. Verificou-se uma associação positiva e significativa entre: a Inteligência Geral e a Fluência, Flexibilidade e Originalidade; a Perceção dos Professores acerca da Criatividade dos alunos e a Fluência, Flexibilidade e Originalidade, indicando que os professores identificam os alunos com mais capacidades de PD; a Perceção dos Professores acerca da Criatividade dos alunos e o Rendimento Escolar, ou seja, os alunos percecionados como mais criativos são os que obtêm melhores notas. Verificou-se também uma diferença de género para a Fluência e a Elaboração sendo que o género feminino apresenta uma média superior; verificou-se diferenças significativas entre a Escolaridade e a Fluência, Flexibilidade e Elaboração onde os 9º anos apresentam médias superiores em comparação aos 7º e 8º anos e aos Cursos de Educação e Formação (CEF). De uma forma geral, a Prova de Avaliação do Pensamento Divergente (PAPD) apresenta resultados estatisticamente significativos mas devem de ser feitos novos estudos de forma a os confirmar.
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O presente relatório de estágio pretende dar a conhecer todo o trabalho realizado no âmbito da obtenção do grau de Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Este trabalho incide sobre a investigação-ação praticada ao longo do estágio pedagógico realizado em dois contextos educativos, nomeadamente no 1.º Ciclo do Ensino Básico e na Educação Pré-escolar. O primeiro foi concretizado na Escola Básica com PréEscolar da Nazaré, na turma B do 2.º ano e o segundo no Infantário “O Girassol”, na Sala de Transição I. Com a investigação-ação pretendeu-se, no 1.º Ciclo, demonstrar quais as alternativas que os professores tipicamente tradicionais têm para tornar o processo de ensinoaprendizagem mais ativo, participativo e diversificado. No pré-escolar, ambicionou-se demonstrar como é que o educador pode promover o desenvolvimento da identidade pessoal das crianças, com momentos de aprendizagem inerentes a todas as áreas de conteúdo. Os estágios contaram com o reconhecimento das caraterísticas de cada contexto e com a reflexão sobre os momentos de aprendizagem planificados pela estagiária. Estes últimos incluem não só as atividades desenvolvidas dentro da sala, mas também, os projetos desenvolvidos com a comunidade educativa e a família, bem como as ações que foram desenvolvidas com os membros da instituição. Todo o processo de investigação surgiu de forma contínua, à semelhança de um ciclo, no desenrolar de quatro fases principais: planificar, agir, observar e refletir, revelando-se numa metodologia dinâmica e reflexiva, que promoveu a sucessiva adequação e melhoria de estratégias. Neste documento, apresentam-se as opções pedagógicas adotadas na prática, as ações desenvolvidas na instituição educativa, as notas de campo e os registos efetuados como suporte da observação participada bem como as avaliações realizadas com o objetivo de verificar os efeitos das estratégias na aprendizagem. O relatório termina com algumas considerações finais acerca dos resultados da investigação-ação, bem como com uma referenciação dos aspetos valorizados na construção da profissão docente, adquiridos com o estágio pedagógico.
Resumo:
A transição entre ciclos de ensino é descrita pela literatura como um acontecimento de vida que pode ser problemático e desencadear situações de tensão e de stress, provocando o insucesso escolar dos alunos. Neste contexto, a adaptação do aluno aos novos problemas e desafios vai depender em grande medida das experiências precedentes, assim como da qualidade das experiências vividas na escola de acolhimento. Por isso, professores e pais/encarregados de educação concordam que os momentos de transição devem ser muito bem pensados, de modo a se realizarem harmoniosamente (Bento, 2007). O presente estudo teve como propósito conhecer a problemática do processo de transição do 1.º para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, em cinco escolas da Região Autónoma da Madeira, percecionada pelos alunos, respetivos pais/encarregados de educação e professores. Para o efeito, a investigação foi conduzida em duas vertentes: “antes” e “depois” da transição dos alunos entre o 1.º e o 2.º ciclos, no final do ano letivo de 2011/2012. A partir de um estudo de caso, recorremos à aplicação do inquérito por questionário aos alunos do 4.º e 5.º anos de escolaridade e aos respetivos pais/ encarregados de educação, bem como à realização de entrevistas a oito docentes, quatro professores titulares de turma do 4.º ano e quatro diretores de turma do 5.º ano. Apontou-se para uma metodologia que, apesar de ter contado com indicadores quantitativos, assumiu forte preocupação interpretativa, com o intuito de atingir uma maior profundidade de análise dos processos de pensamento e de ação dos intervenientes na transição escolar. Dos resultados obtidos foi possível inferir que a transição do 4.º para o 5.º ano era preparada no interior de cada organização e que os alunos se sentiam, na generalidade, satisfeitos com a mesma, evidência confirmada pelas perceções dos pais e dos professores. Não obstante os docentes reconheceram que a articulação promove uma maior continuidade entre os ciclos de ensino e proporciona uma melhor adaptação às exigências impostas pela progressão na escolaridade, constatou-se que as práticas de articulação entre as escolas eram muito incipientes.
Resumo:
O Estágio Pedagógico (EP) é um dos momentos com mais significado para a formação inicial dos professores. O objetivo deste relatório foi descrever e refletir as estratégias pedagógicas utilizadas nas quatro áreas de intervenção das linhas programáticas do EP: a prática letiva, as atividades de integração no meio, as atividades de intervenção na comunidade escolar e as atividades de natureza científico-pedagógica. O nosso EP foi realizado na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro durante o ano letivo de 2014/2015. O núcleo de estágio foi constituído por duas estagiárias. A prática letiva foi realizada em duas turmas da escola, uma do 9º ano do ensino regular e uma do 12º ano do ensino profissional (turma partilhada). Inclui-se ainda neste ponto a conceptualização de um instrumento de observação e a assistência a aulas. As atividades de integração no meio foram compostas pelas atividades de apoio à direção de turma: (1) caraterização da turma, e (2) estudo caso. Um conhecimento aprofundado da turma permite aos professores delinear de uma forma mais adequadas as atividades pedagógicas ao longo do ano letivo. Estas atividades culminaram com a ação de extensão curricular, onde se promoveu a aproximação entre a escola e os encarregados de educação. Relativamente à atividade de intervenção na comunidade escolar, dirigida para toda a comunidade educativa, teve como objetivo a promoção de atividade física na escola. Finalmente, as atividades de natureza científico-pedagógica tiveram como propósito refletir sobre o papel e a importância do Professor de Educação Física na promoção da atividade física utilizando o exemplo do Voleibol e do Atletismo (ação coletiva), e consciencializar os professores sobre as potencialidades e contributos do Voleibol num plano formativo/educativo, facultando ferramentas metodológicas (ação individual). O Estágio Pedagógico veio contribuir para a aquisição de uma nova visão sobre a prática profissional docente em Educação Física e um desenvolvimento da capacidade autocrítica sobre a prática profissional.