919 resultados para Língua portuguesa Sintaxe - Teses


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Muitos trabalhos tm buscado compreender como se d o processamento da concordncia entre sujeito e verbo e investigar fatores que possam influenciar a produo correta da concordncia, gerando os chamados erros de concordncia verbal. Franck et al (2010) realizaram pesquisa na língua francesa e encontraram interferncia devido a elemento movido sintaticamente na produo da concordncia verbal. Se faz necessrio investigar se o fenmeno envolvendo movimento o mesmo em sentenas do portugus brasileiro. Sendo assim, nosso objetivo foi investigar uma possvel interferncia de cpia de nmero plural entre sujeito e verbo (em relao de concordncia) de elemento movido sintaticamente em construo de rvore sinttica do PB, observando a origem do erro e tentando mostrar se h autonomia do formulador sinttico. Ao propormos o dilogo entre Teoria Lingustica e Psicolingustica utilizando o Programa Minimalista, verso mais atual do Gerativismo de Chomsky, a fim de observar a derivao sinttica e o processamento das sentenas, acreditamos que o estudo de formulao sinttica e um olhar por meio de um modelo de processamento, que abarquem tanto a formulao como a produo, esclareceriam a ns pontos importantes sobre o funcionamento da concordncia verbal. A nossa hiptese a de que um erro de concordncia verbal no ocorra devido ao formulador sinttico em estruturas de PB, buscaremos respostas para isso no modelo MIMC (Modelo Integrado Misto da Computao On-Line) (Corra & Augusto, 2007). No entanto, por outro lado, se um erro de concordncia ocorre, tentaremos encontrar uma outra explicao que no proveniente da sintaxe, tal como, por exemplo, devido a aspecto de ordem morfofonolgica e devido a tamanho da sentena, como colocado pelo modelo PMP (Modelo de Processamento Monitorado por parser (Rodrigues, 2006). medida que realizamos dois experimentos com sentenas declarativa e interrogativa com o movimento do elemento DP e QU, os resultados mostram que o tamanho da sentena e fatores morfofonolgicos podem produzir interferncia devido ao tipo de elemento movido. Os resultados cedem terreno para assumir um formulador sinttico autnomo e abre caminho para prximas investigaes sobre o processamento da concordncia verbal e possveis interferncias durante a sua produo

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Como gnero, o dicionrio inscreve-se na sociedade entre as obras de autoridade, que servem como referncia para a construo dos mais diferentes gneros. Alm disso, encerra um discurso pedaggico, j que, por meio das definies, consulentes partilham do conhecimento detido pelo lexicgrafo. O dicionrio tambm um gnero mltiplo, formado por diferentes subgneros, como o verbete e os textos de abertura (prefcio, apresentao, detalhamento). Espcie de colnia, que agrega outros textos, define-se tambm por suas caractersticas formais bem marcadas, como a alfabetao e a composio por verbetes. Mltiplo por sua prpria natureza e sujeito ao dialogismo da enunciao, o dicionrio atravessado por muitas vozes e enunciadores, no apenas os prprios redatores, mas tambm outras obras de referncia, tcnicas ou de outras línguas. Essas vozes so costuradas pelo dicionarista, figura do discurso que gerencia os enunciados, envoltos na expectativa da neutralidade da descrio isenta. nosso grande interesse observar em termos prticos quais so as fronteiras entre o discurso aparentemente isento que se pretende que o dicionrio tenha e as brechas de onde emergem outras vozes que povoam essa colnia. Para busc-las, valemo-nos basicamente dos estudos de polifonia de Ducrot, da noo de ethos de Maingueneau e Charaudeau e das formas de modalizao que Castilho e Castilho (2002) arrolaram em seu estudo sobre os advrbios na Gramtica do portugus falado, volume II. Por meio da pesquisa reversa com base nos termos modalizadores de Castilho e Castilho no Dicionrio Aurlio da língua portuguesa (DALP, 2010) e no Dicionrio Houaiss da língua portuguesa (DHLP, 2009), buscamos partir da definio para as entradas, identificando os enunciadores que se mostram ou se escondem, afianam ou refutam, negam ou afirmam uma proposio. Por meio dessas ocorrncias, podemos chegar a enunciados postos e pressupostos e explorar diferentes aspectos da enunciao, desnudando parte das vozes que povoam essa colnia

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Esta dissertao de mestrado desenvolve uma pesquisa a respeito da abordagem de morfologia em livros didticos e a contribuio desse contedo lingstico para as aulas de língua portuguesa no ensino mdio. Antes de examinarmos as duas colees didticas adotadas para a investigao, apresentamos uma breve anlise sobre o ensino-aprendizagem de língua materna, salientando aspectos crticos relacionados metodologia e aos contedos de ensino. A seguir, tecemos comentrios sobre o livro didtico e apresentamos o corpus composto por duas colees didticas do ensino mdio, de onde selecionamos os contedos de morfologia. Analisamos a orientao didtico-lingstica dada pelos autores aos estudos referentes morfologia.Tecemos consideraes sobre o enfoque didtico de tais contedos e verificamos a contribuio de cada um para o aprimoramento lingstico do aluno na sua capacidade de produo de textos orais e escritos

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Esta tese aborda o tema Transitividade Verbal em construes predicativas encontradas em corpus construdo com textos jornalsticos impressos do Brasil. Os verbos so estudados segundo ocorrncias retiradas de jornais de grande circulao em trs capitais. Toma-se a semntica, a pragmtica e a sintaxe como determinantes potenciais da transitividade verbal e aborda-se o tema segundo perspectiva histrica, ou seja, procura-se desenhar o percurso do tema nos estudos de língua portuguesa desde a sua primeira gramtica, chegando-se, ento, a reflexes mais atuais e tambm ao tratamento dispensado aos verbos e sua construo predicativa em dicionrios e em gramticas pedaggicas. O confronto com estudos acerca da língua espanhola tambm motivo de ateno, devido proximidade que o tema apresenta nas duas línguas. A partir desses estudos, buscou-se elaborar quadro sistemtico e mais coerente dos verbos segundo a transitividade e construo predicativa, procurando aliar-se a base terica consistente, apresentada pela tradio dos estudos gramaticais, s reflexes tcnico-cientficas acordadas com a realidade lingstica levantada a partir do corpus

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Nesta dissertao, propusemos a anlise de artigos sobre pontuao publicados pela Revista Língua Portuguesa direcionados aos professores de Língua Portuguesa e afins. Este estudo parte da observao de que muitos desses profissionais, sem condies de se submeter a processos de capacitao especializada ou formao continuada, lanam mo dessas publicaes como supostos recursos de atualizao em relao s informaes pertinentes pratica de ensino. A Revista, no entanto, no restringe seu pblico-alvo aos professores: voltada tambm a estudantes, funcionrios de rgos governamentais e secretarias, curiosos do assunto, principalmente executivos e jornalistas. Nesse sentido, o conceito de Recepo e Compreenso Responsiva (BAKHTIN, 1929), em consonncia com a Teoria de Dialogismo do Texto Escrito (SAUTCHUK, 2000) e com a Teoria da Iconicidade Verbal (SIMES, 2009), fomentou a comprovao por meio de marcas dialgicas materializadas na superfcie de nossos textos-crpus da participao desse professor como um tipo especfico de interlocutor. Desse modo, confrontamos as dissonncias terico- gramaticais propaladas nos artigos bibliografia de autoridade no s no tema principal pontuao como em subtemas que atravessavam os escritos em anlise como tema, funo sinttica, estilstica, conjuno e consideraes sobre fala e escrita. Para isso, contamos com o aporte terico que expe desde a abordagem tradicional dos cnones gramaticais da nossa língua at as Gramticas modernas. Alm disso, tericos de diferentes linhas nos ajudaram a registrar o equvoco dos articulistas arrolados, ao se basearem em vises infiis, parciais ou truncadas do que discutiam

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A presente tese revisita uma velha questo: como a língua refere o mundo? Para tanto, apresenta um percurso terico que vai da referncia referenciao, do referente ao objeto-do-discurso. Trata, assim, de questes relativas a lxico, semntica, sintaxe, pragmtica, cognio, para analisar aspectos da textualidade, notadamente a coeso referencial, passeando principalmente por teorias funcionalistas e da Lingustica Textual. Buscando um aproveitamento prtico das questes tericas levantadas, prope-se a leitura e a interpretao de textos literrios e no literrios cujos modos de organizao do discurso variam entre argumentativo, narrativo, descritivo, expositivo, injuntivo atravs do acompanhamento das cadeias referenciais e do fluxo de informao do texto. Acompanhar as categorizaes e recategorizaes das expresses referenciais (presentes nos sintagmas nominais), a introduo e reintroduo dos tpicos discursivos possibilita analisar como ocorre, na interao autor-leitor, a construo dos sentidos e do mundo de nossos discursos

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Esta dissertao aborda a questo da transferncia entre línguas na aquisio de segunda língua/língua estrangeira (L2/FL), mais especificamente, a influncia do Portugus Brasileiro (PB) como língua materna (L1) na aquisio de ingls como L2/FL no que diz respeito ao preenchimento da posio de sujeito pronominal. Esse fenmeno investigado luz da teoria lingustica gerativista nos moldes do Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995) e da psicolingustica, no mbito das questes de aquisio de L2/FL, cincia responsvel por fornecer modelos procedimentais de como a produo e a compreenso de sentenas podem ser entendidas. A discusso sobre o modo como se d a aquisio de L2 tem se mostrado complexa na literatura. O PB e o ingls diferem em relao satisfao do trao EPP, responsvel pelo preenchimento da posio de sujeito sinttico nas línguas naturais. O PB tem se aproximado do ingls quanto ao preenchimento de sujeitos referenciais, mas no no que concerne aos sujeitos expletivos, apresentando ainda construes de tpico-sujeito, caractersticas que podem interferir na aquisio do valor paramtrico negativo para sujeitos nulos no ingls. A fim de investigar as mudanas que vm afetando o PB nesse mbito e observar o quanto aprendizes de ingls como FL falantes de PB se mostram sensveis agramaticalidade de sentenas com sujeito nulo no ingls em diferentes contextos, foram realizados dois experimentos, ambos com uma tarefa de julgamento de gramaticalidade. O experimento piloto foi realizado com aprendizes dos nveis bsico e avanado e apresentava dois tipos distintos de sentenas (Tipo 1: sujeito nulo e Tipo 2: tpico + sujeito nulo); e um experimento final com aprendizes dos nveis bsico, intermedirio e avanado, com trs tipos de sentenas (Tipo 1: sujeito nulo, Tipo 2: tpico + sujeito nulo e Tipo 3: conjuno + sujeito nulo). Dada a complexidade da gramtica do PB, nossa hiptese de trabalho de que no se observe uma transferncia total, mas o surgimento de uma interlíngua que ora se aproxima, ora se afasta da gramtica-alvo, refletindo a sobrecarga de processamento que lidar com as duas gramticas impe. Os resultados sustentam a hiptese ao indicar que (i) o valor do parmetro do sujeito nulo parece ser transferido da L1 para a L2, uma vez que foi encontrado um alto nmero de respostas incorretas; (ii) a interferncia se d mais fortemente no mbito dos sujeitos expletivos; (iii) h interferncia de restries gerais da gramtica da L1 (restries a V1) na L2; e (iv) a interferncia diminui em funo do aumento da proficincia em L2. Alm disso, nas sentenas do tipo 2, parece haver uma possvel interferncia do PB que acaba por mascarar a omisso do expletivo, o que indica uma dificuldade de integrao de informaes provenientes das limitaes decorrentes da necessidade de processar duas línguas em momentos especficos de modo a evitar a interferncia da língua indesejada, no caso a L1, que por ainda ser dominante exige mais recursos para ser inibida (SORACE, 1999, 2011).

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O propsito deste trabalho analisar os conetivos, ferramentas lingusticas que se propem nos enunciados a estabelecer ligao, do ponto de vista funcional, em seus usos, e que representam valores semnticos importantes discursivamente. Para isso, ser vlido utilizarmos fundamentaes tericas da Lingustica Textual e do Funcionalismo. O corpus de anlise baseia-se em textos cuja tipologia argumentativa, mais especificamente o gnero editorial. Dessa forma, procuraremos analisar como esses conectivos (conjunes, preposies, advrbios...) revelam marcas semnticas importantes que se constituem como verdadeiras estratgias argumentativas por parte dos autores em sua proposta temtica e que precisam ser reconhecidas pelo leitor para uma compreenso textual mais abrangente. Essa forma de abordagem implicar anlises de coeso e de coerncia textuais e, por isso, tambm uma proposta de avaliao de como os textos so constitudos em sua tessitura, resultando na produo de sentido. Os textos em anlise sero os correspondentes aos editoriais da revista Veja, cujo titulo da seo chama-se Carta ao leitor. As abordagens colocaro em relevo os elementos conectores tanto do ponto de vista sinttico-semntico bem como em relao s implicaes pragmtico-discursivas, fatores que serviro de base para compreenso/interpretao dos textos. Espera-se com isso proporcionar anlises contundentes, levando em considerao a descrio, estruturao e o funcionamento da Língua portuguesa, com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento cientfico das abordagens lingusticas

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O objeto de estudo deste trabalho so as estruturas em língua portuguesa padro em que ocorre a chamada indeterminao do sujeito. A partir da anlise de textos do gnero entrevista, publicados na Revista Veja (seo 'pginas amarelas'), analisam-se as principais caractersticas sintticas, semnticas, pragmticas e discursivas do sujeito indeterminado. Admitindo que a linguagem permite ao homem interpretar o mundo em que vive, busca-se apresentar os mecanismos de indeterminao do sujeito como uma forma de referenciao indeterminada. Para tanto, foram investigadas, criticamente, as principais noes de sujeito e de sua indeterminao, em diversos estudiosos da língua portuguesa, desde pocas remotas at os dias atuais, comparando-se os critrios (sintticos, semnticos, mrficos e discursivos) apresentados nesses estudos. A partir da anlise do corpus, verifica-se que os diversos mecanismos de indeterminao possuem graus especficos e que se podem permutar. Alm disso, fica patente que h tipos verbais afins a certas estruturas de sujeito indeterminado. Desse modo, a referenciao indeterminada construda a partir do lugar sinttico sujeito caracteriza-se como poderosa estratgia discursiva

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A presente investigao se volta para a expresso de objeto direto anafrico (ODA) na produo de dados espontneos de aquisio bilngue simultnea (BFLA Bilingual First Language Acquisition) de Portugus Brasileiro (PB) e de ingls. A literatura em BFLA tem assumido que as duas línguas so adquiridas de maneira independente (DE HOUWER, 1990, 2005; PARADIS; GENESEE, 1996), porm indica que pode haver momentos de interao entre os dois sistemas lingusticos, resultando em transferncia entre propriedades paramtricas das línguas (HULK; MLLER, 2000; MLLER; HULK, 2001; PREZ-LEROUX, et al 2009 ; STRIK; PREZ-LEROUX, 2011; SORACE, 2011). Essa investigao conduzida com base na teoria de Princpios & Parmetros (CHOMSKY, 1981) do Gerativismo, reformulada com o Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995). PB e ingls se diferenciam em relao marcao paramtrica para ODA: o PB admite objeto nulo anafrico (ON) e o ingls no. A hiptese de trabalho adotada de que haver transferncia do PB para o ingls. Dois tipos de categorias nulas so observados: objetos nulos ditico (Odeit) e anafrico (ON). Assume-se que a manifestao do primeiro tipo indica um estgio default universal, que constituiria uma estratgia facilitadora (RIZZI, 2005). A possibilidade de uso de ONs agramaticais no ingls concebida como resultado da presena de dados ambguos, que reforariam essa possibilidade equivocadamente no ingls, em consonncia com o defendido em Hulk & Mller (2000) e Mller & Hulk (2001). Assume-se, ademais, que as restries semnticas que regem a distribuio das formas possveis para ODA no PB (CYRINO, 2006; LOPES, 2009) s poderiam ser detectadas em uma faixa etria mais alta. So analisados dados espontneos de trs bilngues simultneos (N, L e A) em interao com seus pais. N foi acompanhado dos 2;1,18 aos 3;8,24 anos de idade, enquanto L foi acompanhada dos 2;5,30 aos 3;1,1 anos e A foi acompanhado dos 3;2,6 aos 3;8,26 anos. As manifestaes de ODA foram identificadas e classificadas em DP, pronome, ON e ODeit. Comparando os bilngues, constatou-se que cada criana parece estar em um momento de aquisio: N apresenta instncias de ODeit em contextos imperativos e pronomes aparecem apenas no ingls aos 2;5,2 anos. L tem preferncia por DPs nas duas línguas e usa pronomes apenas na língua inglesa. Aos 2;6,22 anos, surgem instncias de ON com mais frequncia no PB, mas tambm no ingls. A criana A apresenta todos os tipos de preenchimento de ODA e ONs aparecem nas duas línguas. Os dados indicam que ONs agramaticais esto presentes no ingls, sugerindo que h transferncia do PB para o ingls

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O ensino-aprendizagem da disciplina Língua Portuguesa se apresenta como um desafio para professores e alunos; muito disso se deve falta de reconhecimento da diversidade lingustica (LIMA, 2014). H uma tendncia no ambiente escolar em se valorizar apenas uma norma lingustica, ignorando as diferentes normas que fazem parte do convvio em sociedade. Com isso, os discentes entram em conflito, pois aquilo que apresentado para eles como a Língua Portuguesa est bem distante da sua experincia pessoal com a língua. Em via de eliminar esse conflito, os PCNs e o PNLD estabelecem a insero do tema variao lingustica no contedo programtico da disciplina Língua Portuguesa. Entretanto, ainda perdura uma lacuna no tratamento desse tema. A preocupao em preencher essa lacuna motivou este trabalho, que teve como objetivo principal propor e aplicar uma sequncia didtica que abordasse os seguintes temas: língua, gramticas e normas lingusticas, a fim de contribuir com a realizao de uma Educao Lingustica eficaz (BAGNO; RANGEL, 2005). Esses trs contedos principais geraram desdobramentos que proporcionaram a discusso dos seguintes tpicos: variao e preconceito lingusticos. A sequncia didtica elaborada composta por oito etapas em que so intercalados momentos de aula expositiva e de atividades ldicas. A aplicao da proposta de sequncia didtica ocorreu em uma turma de nono ano do Ensino Fundamental de um CIEP (Centro Integrado de Educao Pblica) localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. As ferramentas utilizadas para identificar os contedos assimilados pelos alunos foram a avaliao da participao da turma e os resultados de quatro atividades especficas. Considerando a complexidade e o ineditismo dos conceitos apresentados na sequncia didtica, o desempenho da classe foi satisfatrio. Os alunos tambm responderam a dois questionrios, um no incio da sequncia e outro ao final, que tinham o propsito de avaliar se houve mudana com relao ao entendimento da existncia de variao lingustica e do preconceito lingustico. O primeiro questionrio revelou que a maioria dos alunos j havia sofrido e praticado preconceito lingustico; j o segundo mostrou que a maioria dos discentes assimilou a noo de preconceito lingustico e rompeu com a ideia de certo e errado na língua. Como objetivo secundrio, este trabalho intentou deixar um legado para professores, pois com esta dissertao a ao no ficar limitada apenas ao nono ano daquele CIEP, mas poder contribuir com o ensino lingustico de diversas escolas; e para pesquisadores, pois este registro descreve um modelo de trabalho acadmico em que se pretendeu aplicar o princpio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso. A expectativa que, somados a trabalhos similares, seja possvel abrir um precedente de trabalhos acadmicos fundamentados teoricamente e desenvolvidos de forma prtica, alm de realizados com preocupaes sociais e educacionais

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O presente trabalho tem por objetivo analisar o valor expressivo das frases nominais no romance Pedro Pedra, de Gustavo Bernardo. No ensino de língua materna, comumente as frase nominais s recebem a classificao de construo que dispensa o uso do verbo. Desse modo, pouco explorado dessa construo lingustica. A presente pesquisa estabelece, portanto, como objetivo uma proposta de leitura que busca no s o valor gramatical das frases nominais, mas tambm o valor expressivo que elas podem desempenhar no texto. Alm disso, procura estreitar o elo indispensvel, na Educao Bsica, entre as aulas de língua materna e as de literatura , a fim de articular a leitura do texto literrio com o ensino de Língua Portuguesa. Durante a pesquisa, observou-se que as frases nominais possuem variaes e que cada uma delas apresenta uma caracterstica prpria, expressando, nas passagens em que so utilizadas, uma especificidade. no universo descritivo que as construes nominais ganham maior destaque, contribuindo para a representao mental do elemento descrito, dando-lhe realce e propiciando impresses sensoriais. Desse modo, a presente dissertao trabalha as frases nominais como um recurso expressivo da língua. Com isso, pretende-se a reflexo sobre a produtividade do trabalho com a leitura literria nas aulas de língua materna, levando em conta de que o texto literrio possui todas as possiblidades da língua em potencial.

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A Língua Gestual Portuguesa (LGP) foi, em 1997, reconhecida como a língua oficial dos surdos portugueses. Os trabalhos pioneiros de William Stokoe, na dcada de 60, sustentaram a evidncia de que os surdos possuem a sua prpria língua, que adquirem de forma natural sempre que expostos a um ambiente lingustico que lhes permita a sua aquisio e desenvolvimento plenos. A LGP uma língua natural e apresenta uma complexidade estrutural equivalente das línguas orais, sendo possvel distinguir elementos descritivos da mo, tais como a configurao, o local de articulao, o movimento, a orientao e ainda os componentes no-manuais. A LGP desenvolve-se num espao sintctico, espao em frente do gestuante, onde se organizam as relaes morfolgicas e sintcticas. Neste artigo, pretendemos descrever e classificar alguns processos de polissemia nominal que detectmos em LGP. Partindo duma abordagem bottom-up, com base num corpus de cem gestos nominais, observmos os processos polissmicos presentes. Tendo como referncia um enquadramento terico-conceptual de cariz cognitivista da noo de polissemia, detectmos processos metonmicos, de denominao atravs de caractersticas estereotpicas de um determinado referente e de possvel contacto lingustico entre a Língua Gestual Portuguesa e a Língua Portuguesa Escrita. Tambm foram encontrados processos de polissemia que parecem assentar numa sinonmia visual e cuja polissemia se reveste de uma identificao sinnima, atravs de uma imagem comum, entre um referente e outro. Salientaremos ainda que este trabalho se considera exploratrio, relativamente, aos processos de polissemia em LGP, sendo nossa inteno continuar a estudar com mais dados este fenmeno.

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Esta investigao incide sobre o treino de Estratgias de Aprendizagem a estudantes universitrios zimbabueanos aprendentes da Língua Portuguesa (LP) como Língua Estrangeira que revelaram, na sua maioria, problemas gramaticais relativos Concordncia Nominal em textos escritos de provas de exame realizadas entre os anos 1999 e 2011. Desenvolve-se, por um lado, uma Gramtica Pedaggica que consiste no ensino de aspetos gramaticais problemticos apresentados pelos estudantes com base na Abordagem Comunicativa de Ensino de uma Língua No Materna e, por outro, ensinam-se as Estratgias de Aprendizagem orientadas para a aquisio da Gramtica luz dos subsdios da Instruo Baseada nas Estratgias de Aprendizagem no tratamento dos aspetos gramaticais desviantes em relao ao Portugus Europeu. Avaliam-se os produtos destes ensinamentos com base em instrumentos apropriados como testes de avaliao da aprendizagem da gramtica e um questionrio da tendncia de aplicabilidade das Estratgias de Aprendizagem. O corpus constitudo de cerca 2224 erros gramaticais isolados com base numa grelha tipolgica envolvendo 4 reas - Lxico, Lxico-Sintaxe, Sintaxe e Morfo-Sintaxe, recolhidos nos 3 anos acadmicos do Curso de BAA general com a LP. Faz-se uma caracterizao da populao-alvo, em funo de um questionrio com cerca de 27 perguntas preenchido por 44 estudantes do Curso de BAA general com a LP nos anos acadmicos mecionados, de forma a termos uma noo em relao a (i) situao sociolingustica; (ii) viso em relao aplicao da aprendizagem LP na vida social; (iii) opinio em relao aprendizagem da LP na Universidade do Zimbabu.

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A língua gestual (LG) a língua natural da pessoa surda, sendo utilizada como forma de expresso e comunicao da comunidade surda de um determinado pas. Porm, de todo impossvel escrever estas línguas atravs de um alfabeto comum como o da Língua Portuguesa (LP). Em 1974, na Dinamarca, Valerie Sutton criou o SignWriting (SW), um sistema de escrita das línguas gestuais, contrariando assim a ideia de que as línguas espao-visuais no poderiam ter uma representao grfica. Para o surgimento deste sistema foram fundamentais os estudos pioneiros de William Stokoe que reconheceram o estatuto lingustico das línguas gestuais, atribuindo-lhes propriedades inerentes a uma língua, como por exemplo a arbitrariedade e convencionalidade. Neste trabalho apresentamos o SW, sistema de escrita das línguas gestuais j utilizado noutros pases, e questionamos se exequvel e profcua a sua adaptao língua gestual portuguesa (LGP). Nesse sentido, concretizamos a escrita da LGP com base em reas vocabulares distintas e presentes no programa curricular do ensino da LGP. Por ltimo, efetivamos tal proposta atravs de um modelo de ao de formao em SW.