907 resultados para Língua portuguesa Sintaxe - Teses


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Esta dissertao aborda a questo da transferncia entre línguas na aquisio de segunda língua/língua estrangeira (L2/FL), mais especificamente, a influncia do Portugus Brasileiro (PB) como língua materna (L1) na aquisio de ingls como L2/FL no que diz respeito ao preenchimento da posio de sujeito pronominal. Esse fenmeno investigado luz da teoria lingustica gerativista nos moldes do Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995) e da psicolingustica, no mbito das questes de aquisio de L2/FL, cincia responsvel por fornecer modelos procedimentais de como a produo e a compreenso de sentenas podem ser entendidas. A discusso sobre o modo como se d a aquisio de L2 tem se mostrado complexa na literatura. O PB e o ingls diferem em relao satisfao do trao EPP, responsvel pelo preenchimento da posio de sujeito sinttico nas línguas naturais. O PB tem se aproximado do ingls quanto ao preenchimento de sujeitos referenciais, mas no no que concerne aos sujeitos expletivos, apresentando ainda construes de tpico-sujeito, caractersticas que podem interferir na aquisio do valor paramtrico negativo para sujeitos nulos no ingls. A fim de investigar as mudanas que vm afetando o PB nesse mbito e observar o quanto aprendizes de ingls como FL falantes de PB se mostram sensveis agramaticalidade de sentenas com sujeito nulo no ingls em diferentes contextos, foram realizados dois experimentos, ambos com uma tarefa de julgamento de gramaticalidade. O experimento piloto foi realizado com aprendizes dos nveis bsico e avanado e apresentava dois tipos distintos de sentenas (Tipo 1: sujeito nulo e Tipo 2: tpico + sujeito nulo); e um experimento final com aprendizes dos nveis bsico, intermedirio e avanado, com trs tipos de sentenas (Tipo 1: sujeito nulo, Tipo 2: tpico + sujeito nulo e Tipo 3: conjuno + sujeito nulo). Dada a complexidade da gramtica do PB, nossa hiptese de trabalho de que no se observe uma transferncia total, mas o surgimento de uma interlíngua que ora se aproxima, ora se afasta da gramtica-alvo, refletindo a sobrecarga de processamento que lidar com as duas gramticas impe. Os resultados sustentam a hiptese ao indicar que (i) o valor do parmetro do sujeito nulo parece ser transferido da L1 para a L2, uma vez que foi encontrado um alto nmero de respostas incorretas; (ii) a interferncia se d mais fortemente no mbito dos sujeitos expletivos; (iii) h interferncia de restries gerais da gramtica da L1 (restries a V1) na L2; e (iv) a interferncia diminui em funo do aumento da proficincia em L2. Alm disso, nas sentenas do tipo 2, parece haver uma possvel interferncia do PB que acaba por mascarar a omisso do expletivo, o que indica uma dificuldade de integrao de informaes provenientes das limitaes decorrentes da necessidade de processar duas línguas em momentos especficos de modo a evitar a interferncia da língua indesejada, no caso a L1, que por ainda ser dominante exige mais recursos para ser inibida (SORACE, 1999, 2011).

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O propsito deste trabalho analisar os conetivos, ferramentas lingusticas que se propem nos enunciados a estabelecer ligao, do ponto de vista funcional, em seus usos, e que representam valores semnticos importantes discursivamente. Para isso, ser vlido utilizarmos fundamentaes tericas da Lingustica Textual e do Funcionalismo. O corpus de anlise baseia-se em textos cuja tipologia argumentativa, mais especificamente o gnero editorial. Dessa forma, procuraremos analisar como esses conectivos (conjunes, preposies, advrbios...) revelam marcas semnticas importantes que se constituem como verdadeiras estratgias argumentativas por parte dos autores em sua proposta temtica e que precisam ser reconhecidas pelo leitor para uma compreenso textual mais abrangente. Essa forma de abordagem implicar anlises de coeso e de coerncia textuais e, por isso, tambm uma proposta de avaliao de como os textos so constitudos em sua tessitura, resultando na produo de sentido. Os textos em anlise sero os correspondentes aos editoriais da revista Veja, cujo titulo da seo chama-se Carta ao leitor. As abordagens colocaro em relevo os elementos conectores tanto do ponto de vista sinttico-semntico bem como em relao s implicaes pragmtico-discursivas, fatores que serviro de base para compreenso/interpretao dos textos. Espera-se com isso proporcionar anlises contundentes, levando em considerao a descrio, estruturao e o funcionamento da Língua portuguesa, com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento cientfico das abordagens lingusticas

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O objeto de estudo deste trabalho so as estruturas em língua portuguesa padro em que ocorre a chamada indeterminao do sujeito. A partir da anlise de textos do gnero entrevista, publicados na Revista Veja (seo 'pginas amarelas'), analisam-se as principais caractersticas sintticas, semnticas, pragmticas e discursivas do sujeito indeterminado. Admitindo que a linguagem permite ao homem interpretar o mundo em que vive, busca-se apresentar os mecanismos de indeterminao do sujeito como uma forma de referenciao indeterminada. Para tanto, foram investigadas, criticamente, as principais noes de sujeito e de sua indeterminao, em diversos estudiosos da língua portuguesa, desde pocas remotas at os dias atuais, comparando-se os critrios (sintticos, semnticos, mrficos e discursivos) apresentados nesses estudos. A partir da anlise do corpus, verifica-se que os diversos mecanismos de indeterminao possuem graus especficos e que se podem permutar. Alm disso, fica patente que h tipos verbais afins a certas estruturas de sujeito indeterminado. Desse modo, a referenciao indeterminada construda a partir do lugar sinttico sujeito caracteriza-se como poderosa estratgia discursiva

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A presente investigao se volta para a expresso de objeto direto anafrico (ODA) na produo de dados espontneos de aquisio bilngue simultnea (BFLA Bilingual First Language Acquisition) de Portugus Brasileiro (PB) e de ingls. A literatura em BFLA tem assumido que as duas línguas so adquiridas de maneira independente (DE HOUWER, 1990, 2005; PARADIS; GENESEE, 1996), porm indica que pode haver momentos de interao entre os dois sistemas lingusticos, resultando em transferncia entre propriedades paramtricas das línguas (HULK; MLLER, 2000; MLLER; HULK, 2001; PREZ-LEROUX, et al 2009 ; STRIK; PREZ-LEROUX, 2011; SORACE, 2011). Essa investigao conduzida com base na teoria de Princpios & Parmetros (CHOMSKY, 1981) do Gerativismo, reformulada com o Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995). PB e ingls se diferenciam em relao marcao paramtrica para ODA: o PB admite objeto nulo anafrico (ON) e o ingls no. A hiptese de trabalho adotada de que haver transferncia do PB para o ingls. Dois tipos de categorias nulas so observados: objetos nulos ditico (Odeit) e anafrico (ON). Assume-se que a manifestao do primeiro tipo indica um estgio default universal, que constituiria uma estratgia facilitadora (RIZZI, 2005). A possibilidade de uso de ONs agramaticais no ingls concebida como resultado da presena de dados ambguos, que reforariam essa possibilidade equivocadamente no ingls, em consonncia com o defendido em Hulk & Mller (2000) e Mller & Hulk (2001). Assume-se, ademais, que as restries semnticas que regem a distribuio das formas possveis para ODA no PB (CYRINO, 2006; LOPES, 2009) s poderiam ser detectadas em uma faixa etria mais alta. So analisados dados espontneos de trs bilngues simultneos (N, L e A) em interao com seus pais. N foi acompanhado dos 2;1,18 aos 3;8,24 anos de idade, enquanto L foi acompanhada dos 2;5,30 aos 3;1,1 anos e A foi acompanhado dos 3;2,6 aos 3;8,26 anos. As manifestaes de ODA foram identificadas e classificadas em DP, pronome, ON e ODeit. Comparando os bilngues, constatou-se que cada criana parece estar em um momento de aquisio: N apresenta instncias de ODeit em contextos imperativos e pronomes aparecem apenas no ingls aos 2;5,2 anos. L tem preferncia por DPs nas duas línguas e usa pronomes apenas na língua inglesa. Aos 2;6,22 anos, surgem instncias de ON com mais frequncia no PB, mas tambm no ingls. A criana A apresenta todos os tipos de preenchimento de ODA e ONs aparecem nas duas línguas. Os dados indicam que ONs agramaticais esto presentes no ingls, sugerindo que h transferncia do PB para o ingls

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O ensino-aprendizagem da disciplina Língua Portuguesa se apresenta como um desafio para professores e alunos; muito disso se deve falta de reconhecimento da diversidade lingustica (LIMA, 2014). H uma tendncia no ambiente escolar em se valorizar apenas uma norma lingustica, ignorando as diferentes normas que fazem parte do convvio em sociedade. Com isso, os discentes entram em conflito, pois aquilo que apresentado para eles como a Língua Portuguesa est bem distante da sua experincia pessoal com a língua. Em via de eliminar esse conflito, os PCNs e o PNLD estabelecem a insero do tema variao lingustica no contedo programtico da disciplina Língua Portuguesa. Entretanto, ainda perdura uma lacuna no tratamento desse tema. A preocupao em preencher essa lacuna motivou este trabalho, que teve como objetivo principal propor e aplicar uma sequncia didtica que abordasse os seguintes temas: língua, gramticas e normas lingusticas, a fim de contribuir com a realizao de uma Educao Lingustica eficaz (BAGNO; RANGEL, 2005). Esses trs contedos principais geraram desdobramentos que proporcionaram a discusso dos seguintes tpicos: variao e preconceito lingusticos. A sequncia didtica elaborada composta por oito etapas em que so intercalados momentos de aula expositiva e de atividades ldicas. A aplicao da proposta de sequncia didtica ocorreu em uma turma de nono ano do Ensino Fundamental de um CIEP (Centro Integrado de Educao Pblica) localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. As ferramentas utilizadas para identificar os contedos assimilados pelos alunos foram a avaliao da participao da turma e os resultados de quatro atividades especficas. Considerando a complexidade e o ineditismo dos conceitos apresentados na sequncia didtica, o desempenho da classe foi satisfatrio. Os alunos tambm responderam a dois questionrios, um no incio da sequncia e outro ao final, que tinham o propsito de avaliar se houve mudana com relao ao entendimento da existncia de variao lingustica e do preconceito lingustico. O primeiro questionrio revelou que a maioria dos alunos j havia sofrido e praticado preconceito lingustico; j o segundo mostrou que a maioria dos discentes assimilou a noo de preconceito lingustico e rompeu com a ideia de certo e errado na língua. Como objetivo secundrio, este trabalho intentou deixar um legado para professores, pois com esta dissertao a ao no ficar limitada apenas ao nono ano daquele CIEP, mas poder contribuir com o ensino lingustico de diversas escolas; e para pesquisadores, pois este registro descreve um modelo de trabalho acadmico em que se pretendeu aplicar o princpio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso. A expectativa que, somados a trabalhos similares, seja possvel abrir um precedente de trabalhos acadmicos fundamentados teoricamente e desenvolvidos de forma prtica, alm de realizados com preocupaes sociais e educacionais

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O presente trabalho tem por objetivo analisar o valor expressivo das frases nominais no romance Pedro Pedra, de Gustavo Bernardo. No ensino de língua materna, comumente as frase nominais s recebem a classificao de construo que dispensa o uso do verbo. Desse modo, pouco explorado dessa construo lingustica. A presente pesquisa estabelece, portanto, como objetivo uma proposta de leitura que busca no s o valor gramatical das frases nominais, mas tambm o valor expressivo que elas podem desempenhar no texto. Alm disso, procura estreitar o elo indispensvel, na Educao Bsica, entre as aulas de língua materna e as de literatura , a fim de articular a leitura do texto literrio com o ensino de Língua Portuguesa. Durante a pesquisa, observou-se que as frases nominais possuem variaes e que cada uma delas apresenta uma caracterstica prpria, expressando, nas passagens em que so utilizadas, uma especificidade. no universo descritivo que as construes nominais ganham maior destaque, contribuindo para a representao mental do elemento descrito, dando-lhe realce e propiciando impresses sensoriais. Desse modo, a presente dissertao trabalha as frases nominais como um recurso expressivo da língua. Com isso, pretende-se a reflexo sobre a produtividade do trabalho com a leitura literria nas aulas de língua materna, levando em conta de que o texto literrio possui todas as possiblidades da língua em potencial.

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A Língua Gestual Portuguesa (LGP) foi, em 1997, reconhecida como a língua oficial dos surdos portugueses. Os trabalhos pioneiros de William Stokoe, na dcada de 60, sustentaram a evidncia de que os surdos possuem a sua prpria língua, que adquirem de forma natural sempre que expostos a um ambiente lingustico que lhes permita a sua aquisio e desenvolvimento plenos. A LGP uma língua natural e apresenta uma complexidade estrutural equivalente das línguas orais, sendo possvel distinguir elementos descritivos da mo, tais como a configurao, o local de articulao, o movimento, a orientao e ainda os componentes no-manuais. A LGP desenvolve-se num espao sintctico, espao em frente do gestuante, onde se organizam as relaes morfolgicas e sintcticas. Neste artigo, pretendemos descrever e classificar alguns processos de polissemia nominal que detectmos em LGP. Partindo duma abordagem bottom-up, com base num corpus de cem gestos nominais, observmos os processos polissmicos presentes. Tendo como referncia um enquadramento terico-conceptual de cariz cognitivista da noo de polissemia, detectmos processos metonmicos, de denominao atravs de caractersticas estereotpicas de um determinado referente e de possvel contacto lingustico entre a Língua Gestual Portuguesa e a Língua Portuguesa Escrita. Tambm foram encontrados processos de polissemia que parecem assentar numa sinonmia visual e cuja polissemia se reveste de uma identificao sinnima, atravs de uma imagem comum, entre um referente e outro. Salientaremos ainda que este trabalho se considera exploratrio, relativamente, aos processos de polissemia em LGP, sendo nossa inteno continuar a estudar com mais dados este fenmeno.

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Esta investigao incide sobre o treino de Estratgias de Aprendizagem a estudantes universitrios zimbabueanos aprendentes da Língua Portuguesa (LP) como Língua Estrangeira que revelaram, na sua maioria, problemas gramaticais relativos Concordncia Nominal em textos escritos de provas de exame realizadas entre os anos 1999 e 2011. Desenvolve-se, por um lado, uma Gramtica Pedaggica que consiste no ensino de aspetos gramaticais problemticos apresentados pelos estudantes com base na Abordagem Comunicativa de Ensino de uma Língua No Materna e, por outro, ensinam-se as Estratgias de Aprendizagem orientadas para a aquisio da Gramtica luz dos subsdios da Instruo Baseada nas Estratgias de Aprendizagem no tratamento dos aspetos gramaticais desviantes em relao ao Portugus Europeu. Avaliam-se os produtos destes ensinamentos com base em instrumentos apropriados como testes de avaliao da aprendizagem da gramtica e um questionrio da tendncia de aplicabilidade das Estratgias de Aprendizagem. O corpus constitudo de cerca 2224 erros gramaticais isolados com base numa grelha tipolgica envolvendo 4 reas - Lxico, Lxico-Sintaxe, Sintaxe e Morfo-Sintaxe, recolhidos nos 3 anos acadmicos do Curso de BAA general com a LP. Faz-se uma caracterizao da populao-alvo, em funo de um questionrio com cerca de 27 perguntas preenchido por 44 estudantes do Curso de BAA general com a LP nos anos acadmicos mecionados, de forma a termos uma noo em relao a (i) situao sociolingustica; (ii) viso em relao aplicao da aprendizagem LP na vida social; (iii) opinio em relao aprendizagem da LP na Universidade do Zimbabu.

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A língua gestual (LG) a língua natural da pessoa surda, sendo utilizada como forma de expresso e comunicao da comunidade surda de um determinado pas. Porm, de todo impossvel escrever estas línguas atravs de um alfabeto comum como o da Língua Portuguesa (LP). Em 1974, na Dinamarca, Valerie Sutton criou o SignWriting (SW), um sistema de escrita das línguas gestuais, contrariando assim a ideia de que as línguas espao-visuais no poderiam ter uma representao grfica. Para o surgimento deste sistema foram fundamentais os estudos pioneiros de William Stokoe que reconheceram o estatuto lingustico das línguas gestuais, atribuindo-lhes propriedades inerentes a uma língua, como por exemplo a arbitrariedade e convencionalidade. Neste trabalho apresentamos o SW, sistema de escrita das línguas gestuais j utilizado noutros pases, e questionamos se exequvel e profcua a sua adaptao língua gestual portuguesa (LGP). Nesse sentido, concretizamos a escrita da LGP com base em reas vocabulares distintas e presentes no programa curricular do ensino da LGP. Por ltimo, efetivamos tal proposta atravs de um modelo de ao de formao em SW.

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Este trabalho trata de aspectos lingsticos e gramaticais de teses de doutorado e de dissertaes de mestrado produzidas em uma escola superior de administrao da cidade de So Paulo, no perodo compreendido entre 1989 e 1993. O trabalho divide-se em trs partes. Na primeira, estudam-se as orientaes de autores especializados na anlise e na redao de textos. Com base em uma amostra de teses e dissertaes, examina-se como so - ou no - aplicadas nas frases essas orientaes. So comentados os problemas de elaborao de texto encontrados e so feitas recomendaes. Na segunda parte, estudam-se as orientaes de conceituados autores especializados em gramtica normativa da língua portuguesa. Com base na amostra das teses e dissertaes, examina-se como so aplicadas nos vocbulos e nas frases essas orientaes. So comentadas as dificuldades gramaticais encontradas e so feitas recomendaes. So comentadas tambm dificuldades gramaticais da fala dos administradores. Na terceira parte, esto as concluses suscitadas pelo exame da teoria e pelo exame da pesquisa realizada

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Este trabalho prope-se a estudar os sentidos das preposies essenciais do portugus, a partir da Teoria da Enunciao de mile Benveniste. As preposies consideradas advm de um corpus de dados retirado de gramticas contemporneas do portugus. Ao abordar a descrio do sentido das preposies nas gramticas e estudos lingsticos brasileiros, constatamos que essa descrio baseada em noes paradigmticas constantes e genricas, tais como espao e tempo. A partir dos textos de anlise de Benveniste, constatamos que o estudo da língua depende da considerao de uma dupla sintaxe, a saber, sintaxe da língua e sintaxe da enunciao, de uma dupla definio de sentido, a saber, valor e referncia, de uma dupla definio de unidade, a saber, locuo e enunciado e de uma dupla definio de língua, a saber, língua enquanto sistema de signos (língua) e língua enquanto comunicao intersubjetiva (língua-discurso). Constatamos ainda que a dupla considerao do sentido depende da postulao de uma unidade intermediria entre língua e língua-discurso, dita locuo ou signo-palavra. Alm disso, tal estudo nos mostra que uma metodologia de anlise do sentido depende da simultnea considerao das relaes de dissociao de forma e integrao de sentido entre signos-palavra. A partir do estudo dos textos da Teoria da Enunciao, observamos que, para o estudo do sentido das preposies, devemos considerar que o significado genrico e repetvel da locuo na língua determinado pela referncia nica e irrepetvel da locuo no enunciado Assim, as noes genricas de espao e tempo das preposies enquanto signo transformam-se em sentidos particulares a partir das relaes sintagmtico-semnticas de integrao da preposio enquanto signopalavra. Para estudar os sentidos das preposies, construmos um corpus de fatos constitudo de textos extrados da verso online do jornal Zero Hora do ano de 2004. Com o auxlio do aplicativo Wordsmith, identificamos a estrutura de locues da língua enquanto sistema de signos. A partir de 24 anlises enunciativas das preposies, constatamos que as noes de espao ou de tempo das preposies so determinadas pela posio singular que o locutor e, por vezes, o alocutrio ocupa em cada enunciado, ou seja, pela sintaxe da enunciao.

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Ps-graduao em Lingustica e Língua Portuguesa - FCLAR

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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Cultura e Comunicao), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2016

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No presente relatrio, apresento um trabalho que foca parte dos elementos representativos do patrimnio popular, oral, potico e cultura do concelho de Vidigueira, composto por uma abordagem que respeita o trabalho dos seus poetas populares e por um processo que se prende com a traduo destas poesias populares na sua passagem da língua portuguesa para a língua francesa. atravs destas formas poticas, dcimas e quadras, que cinco poetas e uma poetisa, todos eles autctones e residentes neste concelho, retratam as suas matrizes scio-culturais, espaciais e intelectuais. Quanto traduo dos poemas, este processo aspira transmisso da carga cultural contida nestas formas de poesia popular, a cidados francfonos. Para alm da utilizao de algumas ferramentas de traduo, aqui, e em simultneo, so tambm aplicadas as tcnicas de traduo apreendidas durante o percurso acadmico. ABSTRACT; ln this report, I present a work that focuses a part of the representative elements of the popular, oral and poetic heritage as well as the culture of Vidigueira council, based on a study containing the work of its popular poets and the process of dealing with the translation of these popular poems from Portuguese to French. It's through these poetic forms, tenth and quatrains, that five poets and a poetess, all of them native and residents in this council, portray their intellectual, spatial, and sociocultural frameworks. Regarding the translation of the poems, the process aims at the transmission of the cultural environment included in these forms of popular poetry, to francophone citizens. Besides the using of some translation tools, here, and simultaneously, are also used the techniques of translation learnt during my academic studies. Rsum; Dans ce rapport, je prsent un travai! concentr dans une partie des lments reprsentatifs du patrimoine populaire, oral, potique et culturel de la municipalit de Vidigueira, compos par une approche concemant le travai!de ses poetes populaires et aussi un processus dont l'objectif est de traduire ces posies populaires du Portugais vers le Franais. C'est travers ces formes potiques, dizains et quatrains, que cinq poetes et une potesse, autochtones et rsidents dans cette municipalit, prsentent leurs matrices socioculturelles, spatiales et intellectuelles. En ce qui concerne la traduction des poemes, ce processus vise la transmission de la charge culturelle contenue dans ces formes de posie populaire, aux citoyens francophones. Au mme temps que j'en utilise quelques outils de traduction, j'en applique aussi les techniques de traduction apprises pendant le parcours acadmique.

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A interaco dos humanos com os computadores envolve uma combinao das tarefas de programao e de utilizao. Nem sempre explcita a diferena entre as duas tarefas. Introduzir comandos num programa de desenho assistido por computador utilizao ou programao numa linguagem interpretada? Modificar uma folha de clculo com macros utilizao ou programao? Usar um Integrated Development Environment ou IDE para inserir dados num ficheiro utilizao (do IDE) ou programao? A escrita de um texto usando LaTeX ou HTML utilizao ou programao numa markup language? Recorrer a um programa de computao simblica utilizao ou programao? Utilizar um processador de texto utilizao ou programao visual? Ao utilizador no se exige um conhecimento completo de todos os comandos, todos os menus, todos os smbolos do software que utiliza. Nem a memorizao da sintaxe e de todos os pormenores de funcionamento de um programa um atributo necessrio ou sequer til ao utilizador; a concretizao desse conhecimento no assegura maior eficincia na utilizao. Quando se comea, apenas algumas instrues elementares so recebidas, por vezes de um colega, de um Professor, ou obtidas recorrendo pesquisa na Internet. Com a familiarizao, o utilizador exige mais do Software que usa e de si prprio: um manual passa a ser um recurso de grande utilidade. A confiana conquistada gera, periodicamente, a necessidade de auto-exame e de aumento do mbito do conhecimento. Desta forma, quem utiliza computadores acaba por ser confrontado com uma tarefa que, efectivamente, pode ser considerada ou requer programao. Pe-se uma questo no imediato (se ningum decidiu por si) que a da seleco da linguagem de programao. A abordagem multiparadigma e longa experincia de utilizao do C++ tornam-no atractivo para aplicaes onde a eficincia se combina com a disponibilidade de estruturas de dados e algoritmos adoptados pela indstria (o que coloquialmente se denomina STL, Standard Template Library, cf. [#breymann, #josuttis], mais geralmente biblioteca Standard). Adicionalmente, linguagens populares como o Java, C# e PHP possuem sintaxes inspiradas e em muitas partes coincidentes com as do C e C++. Por exemplo, um ciclo for em Java parcialmente coincidente com o do C99, que um sub-conjunto do for do C++. So os pormenores, a eficincia e as capacidades do C++ que permitem a criao de software Profissional. Todos os sistemas operativos clssicos (Unix, Microsoft Windows, Linux) dispem de compiladores, IDE, bibliotecas e so em grande parte construdos recorrendo a C e C++. Relativamente a outras linguagens, a quantidade de ferramentas disponvel e o conhecimento adquirido durante dcadas difcil de ignorar. Esse conhecimento faz com que a sintaxe do C++ parea muito maior do que o estritamente necessrio e afaste potenciais interessados. A longa evoluo do C++ introduziu tambm uma diferena no estilo muito marcada. Cdigo dos anos 80 e 90 do sculo XX frequentemente menos legvel do que o que correntemente se produz. Muitos tutoriais disponveis online fazem parecer a linguagem menos rigorosa (e mais complexa) do que na realidade , j que raramente apresentado o caso geral da sintaxe. Constata-se que muitos autores ainda usam os cabealhos do C, quando j no so necessrios. Scott Meyers afirma que o C++ uma federao de linguagens [#scottmeyers] e por esse facto requer perspectivas de abordagem distintas de outras linguagens. Sem alguma sistematizao difcil apreciar a sua compacidade e coerncia. Porm, a forma harmoniosa como as componentes sintcticas se encaixam uma grande mais-valia do C++ s constatada com experimentao e leitura atenta. A presente monografia dirige-se a quem pretenda utilizar o C++ como ferramenta profissional de Software. Em termos de pr-requisitos Acadmicos, dir-se- que um curso (1 Ciclo) de Cincia ou de Engenharia aumentar o interesse por certos aspectos mais tcnicos da linguagem mas qualquer indivduo com gosto pela experimentao tirar proveito do contedo. Este texto no busca a exaustividade enciclopdica na cobertura do tema. Neste texto forneo, de forma directa, uma introduo ao C++ a qual permite comear a produzir cdigo sem os custos da disperso de fontes e notaes na recolha de informao. Antecipo assim a sua utilizao nos Pases de Língua Portuguesa, uma vez que os textos que encontrei so ora mais exigentes ora menos completos, frequentemente ambos.