999 resultados para Estudantes de fisioterapia
Resumo:
A fadiga entre os estudantes pode prejudicar a aprendizagem. Avaliou-se a fadiga de graduandos de enfermagem e as relações com o ano de graduação, a participação em atividades extracurriculares, com quem o aluno reside, com a depressão e o índice de massa corporal (IMC). Participaram 189 (60,2%) estudantes da EEUSP, sendo 96,2% de mulheres com idade média de 21,6 anos, 80,9% residiam com os pais, 43,9% realizavam atividades extracurriculares, 24,8% tinham IMC alterado e 22,2% apresentaram disforia ou depressão (Inventário de Depressão de Beck). A fadiga foi moderada/ intensa para 83,5% dos estudantes (Escala de Fadiga de Piper Revisada e Pictograma de Fadiga) e 59,8% relataram prejuízo moderado/intenso nas atividades habituais. A fadiga apresentou correlação positiva com ano de graduação, com o IMC e a depressão (p<0,001). A atividade acadêmica foi a principal causa de fadiga, enquanto o sono e o lazer foram as estratégias mais utilizadas para seu manejo. A fadiga foi significativa e intensa, todavia observou-se descompasso entre freqüência, magnitude e impacto da fadiga nas atividades da vida diária.
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O objetivo deste estudo transversal foi investigar o uso de álcool e níveis de espiritualidade entre estudantes de Enfermagem. Aplicou-se o Teste de Identificação do Uso do Álcool e a Escala de Espiritualidade. Participaram 191 (80,2%) estudantes do curso de Enfermagem de uma cidade do interior de Minas Gerais, sendo 75,4% do sexo feminino, idade média 25 anos, 149 (78%) de religião católica. Quanto ao uso de álcool por sexo, 117 (75%) mulheres faziam uso de bebida alcoólica e 33 (56,9%) bebiam em nível problemático (p?0,05), contra 25 homens (43,1%). Foi encontrada uma pontuação baixa dos níveis de espiritualidade na amostra: em média, mulheres apresentaram escore menor em comparação aos homens (12,7 vs 13,5). Na comparação entre níveis de espiritualidade e beber problemático, observou-se que estudantes com uso de baixo risco apresentaram menores níveis de espiritualidade. Concluiu-se que a espiritualidade pode não funcionar como fator protetor para uso do álcool, sugerindo que esse comportamento pode estar sob o controle de outras variáveis.
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Este estudo tem por objetivo conhecer a percepção de estudantes de enfermagem quanto aos aspectos físicos, pedagógicos e humanos referentes ao laboratório de enfermagem no processo ensino-aprendizagem. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, não experimental. A pesquisa foi realizada com 85 alunos. Um total de 58,8% dos alunos avaliou a estrutura física como ruim ou regular; já a acomodação foi avaliada por 50,6% dos alunos como ruim e péssima. Quanto ao horário de funcionamento, 63,5% dos alunos avaliaram como bom ou ótimo. Os alunos avaliaram positivamente as enfermeiras especialistas em laboratório e as monitoras com 87,0% e 84,9% de bom ou ótimo, respectivamente. A maioria dos aspectos obteve conceito bom, exceto a infra-estrutura física. O aspecto melhor avaliado foi o recurso humano.
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Este artigo tem como objetivo descrever o perfil dos ingressantes da primeira turma do Curso de Licenciatura em Enfermagem da EERP/USP, no ano de 2006, quanto a sexo, idade, estado civil, identidade escolar (ensino fundamental e médio) e vínculo empregatício, destacando suas implicações para o processo ensino-aprendizagem. Estudo de natureza descritivo-exploratória que utiliza questionário como técnica de coleta de dados. Os resultados serão apresentados de modo descritivo, com freqüência absoluta e percentual. A faixa etária dos estudantes é diversa, variando de 19 a 46 anos. A maioria (67,5%) é proveniente de escola pública (ensino médio), havendo 42% de trabalhadores, sendo que 67% desses já atuam na área da saúde. Esses dados podem trazer implicações para a prática pedagógica do professor.
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O estudo teve como objetivos verificar a ocorrência de cefaleia como a principal dor e caracterizar essa experiência e o prejuízo causado por ela nas atividades cotidianas de estudantes universitárias de enfermagem. Trata-se de um estudo transversal, realizado na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil, de maio a junho de 2008, com 203 estudantes, (idade média de 21 anos; d.p.=1,8), 48,5% da classe econômica A. A cefaleia foi a principal dor para 34,5% das universitárias; de forte intensidade; descrita como latejante (74,3%), pontada (62,9%) e enjoada (55,7%); com episódios à tarde (52,9%), com duração de algumas horas do dia (51,4%). Os fatores relacionados ao início da dor foram: os estudos (17,1%) e o estresse (11,4 %) e as atividades mais prejudicadas: a capacidade de concentração (84,3%) e o humor (84,3%) (p<0,05). A cefaleia é menos frequente nesta população comparada a estudos realizados em outros países e prejudica as atividades cotidianas das universitárias.
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Esta investigação visou analisar o processo de construção das narrativas reflexivas em portfólios de estudantes de enfermagem. Trata-se de um estudo qualitativo, que analisou os portfólios da disciplina Promoção da Saúde na Educação Básica, ministrada no quarto semestre do curso de Licenciatura em Enfermagem. Os resultados indicaram a predominância inicial de registros descritivos, com a incipiente abordagem de aspectos teóricos articulados aos aspectos vivenciais. Com o transcorrer das discussões em grupo e das vivências foram apresentadas narrativas com elementos mais críticos e reflexivos, com justificativas das ações descritas e relações com aspectos teórico-práticos estudados na disciplina e no curso. O estudo conclui que há um processo de produção das narrativas crítico-reflexivas em portfólios que pode incluir descrição sintética, senso comum, idealização, e que, de modo singular, possibilita a inclusão do outro, das diferenças e de revisão teórica.
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O mapeamento conceitual (MC) é uma estratégia de ensino que pode ser utilizada para resoluções de casos clínicos, porém de trabalhosa execução manuscrita. O estudo teve por objetivos descrever os desafios e as contribuições do software Cmap Tools® para a construção de mapas conceituais para resolução de caso clínico. Para isso, utilizou-se método descritivo, qualitativo, com estudantes da 3ª série de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. A estratégia de ensino foi aplicada e os dados foram coletados pela técnica do grupo focal. Os resultados evidenciaram que o software facilita e garante a organização, visualização e correlação dos dados, porém com dificuldades iniciais relacionadas ao manejo das ferramentas que dispõe. Concluiu-se que o software Cmap Tools® favoreceu a construção dos MC por seus recursos de formatação e autoformatação e que estratégias de orientação deveriam ser implantadas para a fase inicial de utilização.
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Este Ensaio Clínico Randomizado simples-cego verificou níveis de ansiedade dos estudantes de Enfermagem de nível médio da Escola de Enfermagem São Joaquim, do Hospital Beneficência Portuguesa, e a eficácia da auriculoterapia na redução desses níveis. Foi aplicado o Inventário de Ansiedade Traço-Estado no início, após 8 e 12 sessões e no follow-up (quinze dias). A amostra foi composta por 71 indivíduos divididos em três grupos: Controle sem intervenção (25), Auriculoterapia (24), e Placebo (22). Resultados: Na análise de variância (ANOVA) houve diferença estatisticamente significativa pelo Post Hoc entre os grupos controle/auriculoterapia na segunda (p=0.000), terceira (p=0.012) e quarta avaliações (p=0.005); e entre grupos placebo/controle, somente na 2ª avaliação (p=0.003). A auriculoterapia com os pontos Shenmen e Tronco Cerebral foi mais eficaz para a diminuição dos níveis de ansiedade em estudantes de Enfermagem (20,97%), em comparação com os pontos sham (13,74%), porém, estudos com amostragem mais representativa se fazem necessários.
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A educação inclusiva tem por base atender os alunos sem distinção, proporcionando uma educação voltada a todos, de forma a identificar as necessidades educacionais de qualquer aluno. O presente estudo tem como objetivos verificar a ocorrência de deficiências; identificar os recursos pedagógicos que possibilitam a inclusão; conhecer as barreiras arquitetônicas, de comunicação, de atitudes e pedagógicas e que interferem no desempenho dos estudantes durante o curso e identificar as sugestões dos alunos para promover a inclusão. Trata-se de estudo exploratório, descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados junto a estudantes de graduação em Enfermagem por meio da aplicação de um questionário com questões abertas e fechadas. Dos respondentes, 66,3% apresentavam deficiência visual; 1,2%, deficiência auditiva e não houve relato de deficiência física. As barreiras arquitetônicas foram as mais citadas pelos estudantes participantes da pesquisa, seguidas das barreiras pedagógicas.
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Estudo exploratório de abordagem qualitativa cujo objetivo foi conhecer as percepções de estudantes de enfermagem frente ao cuidado do dependente químico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 17 estudantes de enfermagem de uma universidade pública da cidade de São Paulo, que desenvolveram estágio em serviços especializados no uso de álcool e drogas, no período de 2007 e 2009.Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo e a avaliação das falas permitiu evidenciar que o cuidar do dependente químico foi considerado interessante, porém difícil e desgastante. Como pontos positivos, os estudantes apontaram a discussão sobre a teoria e a vivência, o que possibilitou a transformação das concepções vinculadas a um modelo moral para outras, pautadas em modelos técnicos, científicos e éticos. Concluiu-se que essa estratégia de ensino pode contribuir para a mudança das percepções dos enfermeiros frente a esses pacientes.
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Essa investigação qualitativa objetivou analisar a visão dos trabalhadores de uma Unidade Básica de Saúde quanto à presença no serviço de estudantes de graduação em enfermagem. Dezoito trabalhadores foram sujeitos de entrevistas semi-estruturadas, analisadas após transcrição. Na análise de conteúdo identificamos dois temas: A lentificação e a vivificação do serviço e O (des)preparo para aprender e ensinar. Os resultados apontam para um processo de parceria ensino-serviço ainda em construção, em que os trabalhadores sentem-se aprendendo, mas também desvalorizados. Com a presença dos estudantes, a dinâmica do trabalho é modificada, tornando-se mais lenta. Ao mesmo tempo, a presença estudantil interroga as formas hegemônicas de atender rapidamente. Evidencia-se expectativa de colaboração nas ações, havendo preferência pelos estudantes dos últimos anos que executam procedimentos e não requerem acompanhamento constante. Concluimos que a aproximação entre universidade e serviços da Atenção Básica expõe tensões que, se analisadas coletivamente, podem engendrar novas formas de cuidar, ensinar e aprender.
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Estudo exploratório, descritivo, comparativo, com abordagem quantitativa, cujo objetivo foi comparar o conhecimento de estudantes do ensino médio de duas escolas estaduais públicas de Peruíbe, SP, Brasil, sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids), nos anos de 1999 e 2010. Nos dois anos, na população estudada predominaram estudantes do sexo feminino, menores de 18 anos, solteiros e de cor branca. Foi encontrada diferença estatisticamente significativa quanto ao conhecimento sobre HIV/aids entre os grupos estudados. Verificou-se que mesmo havendo intervalo de dez anos entre os estudos, os dois grupos de estudantes não se consideraram vulneráveis ao HIV e apresentaram dúvidas quanto ao conhecimento correto sobre o tema, o que indica a necessidade de sua abordagem contínua com adolescentes jovens.
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Segundo a literatura, as condições sociais e culturais exercem grandes influências no processo de escolha de carreira. Por outro lado, o capital social pode ser um excelente recurso para conseguir boas oportunidades de emprego no mercado de trabalho. A presente investigação procura estudar o impacto dos antecedentes sociais e do capital social sob as expectativas de carreira de jovens universitários de ascendência africana. A recolha dos dados foi feita através da aplicação de um questionário a vários alunos do ensino superior de várias universidades portuguesas (públicas e privadas), a fim de medir as seguintes variáveis: a auto-eficácia escolar, a instrumentalidade escolar, o locus de controlo, a instrumentalidade no trabalho, a expectativa face ao trabalho, e o capital social. A amostra é constituída por 150 estudantes, 82 do sexo feminino e 66 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 19 e os 44 anos, e 102 estudantes com pais de nacionalidade portuguesa e 45 com pais de nacionalidade africana. Mostram os resultados do presente estudo que a pertença a uma rede social com bons recursos e prestadora de apoio faz desenvolver menos expectativas de dimensões extrínsecas nos estudantes no início de carreira. Ainda, de acordo com os resultados, sabe-se que os estudantes universitários de ascendência africana desenvolvem atitudes mais positivas face à escola e desenvolvem mais expectativas de dimensões extrínsecas face ao trabalho.
Vivências Adaptativas e Desempenho Académico dos Estudantes Cabo-verdianos da Universidade de Cimbra
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Esta dissertação de mestrado teve como objectivo principal, evidenciar as áreas de adaptação e desempenho académico que se apresentam mais problemáticas para o estudante universitário cabo-verdiano e as possíveis relações existentes entre elas. Em termos metodológicos, trata-se de um estudo quantitativo, não experimental e descritivo cujos dados foram recolhidos através de dois questionários de administração directa: um questionário de caracterização sócio-demografica da amostra, e o Questionário de Vivências Académicas (17 subescalas) construído por Almeida e Ferreira (1997) com o acréscimo de três novas subescalas (Adaptação ao clima, Domínio da língua e Adaptação à cultura) de características psicométricas muito satisfatórias (valores de alfa de Cronbach de .84 .85 e de .80 respectivamente). Os resultados obtidos numa amostra de 72 estudantes cabo-verdianos indicamnos que as principais dificuldades de adaptação à universidade enfrentadas por esses estudantes situam-se ao nível da relação com os professores, da preparação de base para o curso, do sistema de ensino e da adaptação ao clima e à cultura portuguesa. O desempenho académico, por sua vez, é afectado principalmente pelas dificuldades de adaptação, pela fraca preparação de base para o curso e pelas dificuldades financeiras. Perante estas conclusões e numa lógica de intervenção, para apoio aos processos de integração e realização académica destes estudantes, fará sentido uma maior atenção a estas variáveis que parecem ter um papel fundamental na sua adaptação académica. Os resultados obtidos entre as 20 dimensões de adaptação avaliadas apontam para a existência de correlações estatisticamente significativas entre as dimensões de adaptação sócio-cultural e as vivências adaptativas de carácter académico, vocacional, pessoal, social, bem como, entre as dimensões adaptativas e a percepção dos estudantes acerca do seu desempenho académico. Foram ainda encontradas diferenças com significado estatístico ao nível das vivências académicas em função do género, da situação de frequência do ensino superior, das áreas de estudo realizadas no 12º ano, do regresso de férias, ou não, para Cabo Verde e do ciclo de Bolonha frequentado. De entre os resultados é de realçar que os rapazes evidenciaram médias mais elevadas nas dimensões do Bem-estar psicológico, Envolvimento em actividades extracurriculares, Relação com os colegas, Adaptação ao clima e Adaptação à cultura. Quanto a situação de frequência do ensino superior, os estudantes que representam o primeiro elemento na família, a frequentar o ensino superior, revelaram melhores níveis de adaptação à instituição. As áreas de estudo frequentadas no 12º ano estão significativamente relacionadas com as dimensões de Desenvolvimento da carreira e Domínio da língua, sendo as pontuações favoráveis aos alunos provenientes da área de Humanidades. De igual modo, os estudantes que já foram de férias para Cabo Verde evidenciaram maiores níveis de adaptação nas dimensões de Desenvolvimento da carreira e Domínio da língua. Finalmente, em relação ao ciclo de Bolonha frequentado, os estudantes que se encontram no 2º ciclo apresentam melhores vivências adaptativas nas dimensões de Bases de conhecimento para o curso, Relação com a família, Percepção pessoal de competência, Métodos de estudo, Desenvolvimento da carreira, Adaptação à instituição, Bem-estar psicológico, Adaptação ao curso e Auto-confiança. As notas de candidatura à universidade e a situação financeira não se revelaram um factor de diferenciação das vivencias adaptativas dos estudantes universitários caboverdianos. No seu conjunto, os resultados sugerem que a adaptação sócio-cultural pode ser uma condição importante para a adaptação à universidade dos estudantes caboverdianos, sendo relevante a sua consideração na organização dos apoios sociais e psicopedagógicos que lhes podem ser dirigidos.
Resumo:
Apesar de não ser a primeira opção da maioria dos estudantes cabo-verdianos, o Brasil se configura como um importante pólo de formação de recursos humanos qualificados para o arquipélago. Mais de mil jovens já se instalaram no país, que oferece baixo custo de vida e facilidade de idioma. No Rio de Janeiro, onde se concentrou a pesquisa, os estudantes se deparam com uma sociedade em transformação, em meio a uma ampla política de valorização das identidades negra e africana. Tais políticas, somadas às expectativas dos brasileiros em relação a manifestações de “africanidade”, geram um impacto nesses jovens. Provenientes de um país que atribui à mestiçagem a especificidade da identidade nacional, parte dos entrevistados passou a se identificar como negro e africano, construindo um olhar crítico em relação a esse discurso. Como futura elite intelectual, cabe perguntar qual poderá ser a influência dessa formação nos rumos do arquipélago.