1000 resultados para Poesia moderna Séc. XX


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O presente estudo visa a estabelecer uma anlise comparativa entre dois romances da literatura brasileira do século XX, no que tange abordagem realizada pelas obras do fenmeno histrico-social do cangao. As obras escolhidas, Fogo Morto, de Jos Lins do Rego, e Os Desvalidos, de Francisco Dantas, representam dois momentos distintos da produo ficcional nordestina. A primeira est inserida na corrente ficcional das dcadas de 30 e 40. Dcimo romance do escritor paraibano, Fogo Morto representa o cangao na perspectiva do personagem Jos Amaro, seleiro que se transforma em ajudante do cangaceiro Antnio Silvino. A segunda obra, publicada em 1993, representa uma retomada da fico regionalista. O romance focaliza o cangao sob o ponto de vista de Coriolano, personagem que, ao contrrio de Jos Amaro, demonstra dio implacvel pelo cangao, no romance representado por Lampio. A anlise comparativa das obras foi precedida pelo estudo das razes histricas do cangao, bem como a caracterizao do cangaceiro como ser carregado de dubiedade no imaginrio popular nordestino. Com efeito, o cangaceiro ora representado como heri, ora encarado como bandido pelo sertanejo, sendo que essa viso contraditria transportada para a fico, aparecendo nos dois romances que so analisados neste trabalho. A abordagem histrica do cangao realizada a partir de estudos de autores como Rui Fac (1983), Maria Isaura Pereira de Queiroz (1977) e Luiz Bernardo Perics (2010). Tambm foi imprescindvel um breve estudo de Cmara Cascudo (2005), que auxilia a compreender a figura do cangaceiro enquanto heri popular regional. Finalmente, como suporte para o estudo comparativo entre Fogo Morto e Os Desvalidos foram utilizados trabalhos de autores como Jos Paulo Paes (1995) e Snia Lcia Ramalho de Farias (2006), que fornecem elementos importantes para o estabelecimento de relaes entre obras de cunho regionalista, produzidas por escritores nordestinos.

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Este estudo pretende examinar a recepo crtica voltada para a anlise dos aspectos estilsticos e lingusticos da obra de Joo Guimares Rosa (1908-1967). Na dcada de 1950, durante seu auge, a teoria estilstica, principalmente a de origem espanhola, exerceu grande influncia sobre crtica literria brasileira. Este evento coincidiu com o impacto do lanamento de duas das mais importantes obras do ficcionista mineiro, Grande serto: veredas (1956) e Corpo de baile (1956), em grande parte devido linguagem, que um amlgama de popular e erudito e detentora de grande poder de sugesto. Como fruto deste acaso, no mesmo horizonte da obra, surgiram os estudos que formaram a primeira recepo e, entre estes, os que se dedicaram a analisar os diferentes recursos utilizados por Guimares Rosa para compor o seu serto-linguagem, o que justifica a adoo da Estilstica como mtodo. Inseridos nesta corrente crtica esto os trabalhos que nos serviro de objeto de anlise, a exemplo da crtica pioneira de Cavalcanti Proena (1905-1966), Trilhas no Grande Serto (1958), e de trabalhos de outros estudiosos, como Oswaldino Marques (1916-2003), sobre Sagarana e outras publicaes dispersas, e da professora norte-americana Mary L. Daniel (1936). Estes estudos, embora sejam discutveis do ponto de vista metodolgico, conforme ser observado, tornaram-se peas incontornveis dentro da fortuna crtica rosiana por sua contribuio elucidao da obra. Um indicativo disso a existncia de trabalhos mais recentes que ainda ventilam categorias consideradas pela Estilstica como o lxico, que surge em estudos de Nei Leandro de Castro e Nilce Sant'Anna Martins. Como mtodo utilizado nesta dissertao de Mestrado, lana-se mo da hermenutica literria formulada por Hans Robert Jauss (1921-1997) com o objetivo de analisar a recepo crtica de uma abordagem especfica, a Estilstica, e destacar sua relevncia para a compreenso da obra de Guimares Rosa no perodo imediato publicao, assim como propor uma confrontao desta recepo com estudos posteriores que se balizam no mesmo campo de anlise. Igualmente, objetiva-se evidenciar a importncia do leitor para a (res) significao do material ficcional, aqui representado pelo crtico literrio, um leitor diferenciado capaz de oferecer propostas interpretativas e guiar a leitura dos leitores comuns.

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O presente estudo constitui-se em uma leitura fincada nos moldes esttico-recepcionais do romance Grande serto: veredas, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Aps um estudo histrico-artstico das categorias de heris apresentadas no decorrer da histria literria universal e analisadas pela crtica, tais como na epopia (heri pico), no medievo (heri medieval), na tragdia (heri trgico) e no romance (heri romanesco), incluindo a categoria de heri formulada por Georg Lukcs: o heri demonaco, bem como o heri na modernidade (heri moderno), apresentar-se- um exame diferenciado da figura da persona baseado na tipologia terico-crtica jaussiana de heri, que, por sua vez, ser utilizado para considerao de um estudo interpretativo e de recepo crtica sobre a personagem na obra rosiana, sobretudo a partir de 1956. Dessa forma, demonstrar-se- que a atualidade do tema sustentada pelas obras literrias, que se oferecem como objetos de interrogao para o pensamento crtico, renovando os princpios tericos de cada poca. Para tanto, a anlise volta-se para o estudo de importantes nomes da crtica literria no Brasil e no exterior, cuja seleo se deu em funo da categoria do heri, tais como Manuel Cavalcanti Proena (1958), Mario Vargas Llosa (1966), Antonio Candido (1969), Walnice Nogueira Galvo (1972), Benedito Nunes (1982), Davi Arrigucci Jr (1994), Jos Antonio Pasta Jr (1999) e Ettore Finazzi-Agr (2004), com a finalidade de compreender e explicitar a importncia da reconstruo do horizonte de expectativa a partir da trade hermenutica que permite ao leitor participar da gnese do objeto esttico, expandindo seu contexto e significaes.

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O escritor paraense Dalcdio Jurandir (1909 1979) alm de publicar os dez romances que compem o chamado Ciclo do Extremo Norte, contribuiu para diversos peridicos de Belm e do Rio de Janeiro e escreveu o livro Linha do Parque (1959) sob encomenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB) do qual era membro. Esse romance, escrito aos moldes do Realismo Socialista esttica oficial da Unio Sovitica (URSS) naquele perodo, que se estendeu tambm a vrios outros pases, por meio de seus partidos comunistas narra as lutas dos operrios na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, no decorrer da primeira metade do século XX. Nessa obra, perceptvel o destaque dado ao trabalho das mulheres nas fbricas e nas reunies da Unio Operria, as quais participam ativamente, em igualdade com os homens, do movimento operrio retratado no livro. Este trabalho, portanto, objetiva analisar a importncia das personagens femininas para o desenvolvimento de tal narrativa, dando destaque quelas que tiveram grande participao nas lutas dos operrios descritas no romance, refletindo tambm sobre as manifestaes ideolgicas que esto presentes na obra.

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Este estudo discute as percepes da populao belenense sobre o perodo do Regime Militar de 1964, centrando a anlise no segmento militar: Militares Graduados da Aeronutica. Buscamos compreender a vivncia destes no cotidiano da capital paraense no perodo de 1964-1985. Tal se manifesta para alm da poltica e da economia, retratando aspectos da sociedade relativos ao trabalho, ao lazer e vida privada, na qual as diferentes realidades e instncias so vivenciadas e adquirem variados sentidos e significados no dia-a-dia. Temos o intuito de compreender os sentidos atribudos pelos militares a suas atividades dirias, seja no mbito institucional, seja no meio civil. Utilizamos para esta percepo a documentao (registros fotogrficos, jornais internos, cartazes) do Primeiro Comando Areo Regional sediado em Belm (I COMAR), alm de entrevistas sistematizadas de militares e seus familiares. Essas duas esferas Civil-Militar so cruzadas enfocando suas vivncias no mbito civil e podem ter uma relao direta ou indireta com as esferas polticas, econmicas e sociais do Regime Militar.

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A presente dissertao analisa a atuao da editora Guajarina na divulgao da literatura de cordel no Par a partir de uma histria do livro e da leitura, tendo como recorte o perodo de 1922 a 1949. Nesse sentido, procuramos explorar algumas questes relacionadas ao cordel que no se reduzem aos textos, tais como: a problematizao da associao entre cordel, cultura popular e folclore; a produo e circulao dos folhetos; e as representaes e estratgias dos poetas nas histrias de crimes. Desse modo, a anlise da Guajarina e de seus folhetos nos permite entender alguns significados das mltiplas prticas de leitura da sociedade no contexto da primeira metade do século XX. Alm dos folhetos, tambm so utilizadas fontes como jornais, revistas e colees encadernadas de modinhas.

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A tela A Conquista do Amazonas de Antnio Parreiras procura representar o domnio lusitano sobre os povos amaznicos, demonstrando a soberania do branco, fato este essencial para o incio da repblica brasileira. Neste caso, o quadro uma tentativa de reviver as grandes conquistas lusitanas, utilizando-se de uma analogia, como se a implantao Republicana ganhasse uma dimenso grandiosa, caracterstica das conquistas europeias do perodo colonial. Portanto, ter um fato passado, capaz de gerar uma unidade, era considerado essencial formao de uma nao. Sendo caracterizada como um princpio espiritual; considerada sagrada e baseada em um passado heroico. Neste caso, a nao era uma solidariedade em larga escala, constituda da percepo dos sacrifcios feitos no passado. O artista desempenhou um papel fundamental, buscando as origens da existncia da nao, imaginando-a, de modo a apresent-la aos cidados, confrontando-os, mesmo nos locais mais distantes da nao.

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Esta dissertao estuda o processo de verticalizao em Belm, capital do Estado do Par, centrado especificamente na antiga avenida 15 de Agosto, hoje avenida Presidente Vargas, entre as dcadas de 1940 e 1950. Este processo foi fruto de esforos polticos e administrativos que visaram alterar a paisagem do centro da cidade com o estmulo a construo do arranha-cu e a modernizao local em consonncia com o que ocorria em outras partes do Brasil e do mundo. Dentre os recortes possveis pretende-se historicizar este processo local o qual objetivou, sobretudo, valorizar a rea estudada bem como os efeitos deste elemento vertical na paisagem da cidade, as mudanas nas polticas pblicas que versaram sobre este processo e as consequentes transformaes que os mesmos geraram nas diferentes representaes sobre o espao urbano.

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A proposta desta dissertao discutir a formao do primeiro movimento armado de reao ao tenentismo e ao Governo Provisrio no Estado do Par, materializado numa revolta de civis e militares, liderada por sargentos de uma pequena unidade do Exrcito na cidade de bidos, interior da Amaznia, em 1932, com o objetivo de analisar os seus significados, as experincias dos sujeitos, as estratgias de luta e a relao da revolta com a Revoluo Constitucionalista de So Paulo. Oitenta anos depois, o acontecimento, que teve trgico desfecho na batalha naval de Itacoatiara, ainda permanece um dos captulos amaznicos mais desconhecidos da histria do Brasil. Em busca de resposta, o trabalho examina o discurso oficial do interventor paraense no sentido de invalidar a legitimidade da ao rebelde e seu reflexo na sociedade da poca.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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A prtica de medicina, a organizao dos servios de sade e o incio do ensino mdico no Estado do Par so apresentados em uma perspectiva cronolgica desde os primeiros relatos, aps a chegada de Francisco Caldeira Castelo Branco, em 1616, at a fundao da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Par, em 1919. Alguns fatos histricos so destacados e contextualizados, assim como mencionados determinados personagens que tiveram participao efetiva nos acontecimentos relatados. Tambm so comentados aspectos relacionados ao ensino mdico, tanto no mbito nacional quanto no Estado do Par, e sua importncia para a Regio Amaznica e parte do nordeste brasileiro.

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O artigo esboa uma biografia de Anna Turan Machado Falco. Nascida em 1862, em Igarap Miri, Estado do Par, foi a primeira mdica paraense, formada em 1887, nos Estados Unidos da Amrica. Aps retornar ao Brasil e revalidar seu diploma na Faculdade de Medicina da Bahia, exerceu sua profisso no Par, no Acre e em So Paulo, onde faleceu, em 1940.

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Este estudo tem por finalidade apresentar as imagens de leituras praticadas por personagens-leitores, no livro Chove nos campos de Cachoeira (1941), de Dalcdio Jurandir (1909-1979). O intuito da pesquisa trazer um novo olhar sobre a produo ficcional do escritor, a partir das leituras de personagens e conhecer, por meio da fico, o complexo cultural existente na regio marajoara. A obra que abre o ciclo do Extremo Norte apresenta vrios personagens que representam diferentes tipos de leitores: desde o leitor de obras eruditas ao leitor intensivo de folhetins. Dessa forma, o escritor paraense, ao lado da denncia social, prpria desse romance e de todo o ciclo, figura no complexo processo de aquisio da cultura letrada na regio. Assim, a pesquisa foi dividida em cinco captulos: o primeiro captulo compreende a parte introdutria da pesquisa; o segundo, aborda A fico dalcidiana no espao amaznico, composto pelos tpicos Dalcdio: o leitor da Amaznia e O espao amaznico redimensionado, que tratam da leitura do escritor e da projeo do cenrio marajoara de maneira real e imaginria, apontando os problemas sociais, comuns ao Brasil e ao resto do mundo. No terceiro, ser focalizada a teoria sobre leitura, leitor e personagem, apontando os principais tericos utilizados na pesquisa. O quarto captulo tratar dos leitores da famlia do Major Alberto, com os tpicos O gabinete de leitura do Major Alberto, Eutanzio: a falncia do ser e a eternizao da palavra e Alfredo: um menino leitor. O quinto e ltimo captulo abordar as diferenas paradoxais entre leituras e leitores, mostrando um leitor comum ao lado de um erudito, nos tpicos Os contrassensos do Dr. Campos e Salu, leitor e contador de histrias.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Sabemos que para os romnticos alemes a traduo tem um carter fundador, estando associada ao prprio conceito de Bildung, como j assinalava Antoine Berman. A Bildung remete necessariamente dimenso da experincia, processo de desdobramento e alargamento que encontra uma metfora perfeita na noo de viagem, to cara aos romnticos. Tal movimento de travessia que constitui a inquietante "tarefa do tradutor" pode ser entendido como uma navegao por essa regio nebulosa onde se ouve o canto das Sereias e, como pensava Maurice Blanchot, corre-se o risco do desaparecimento.