918 resultados para Língua portuguesa Composição e exercícios
Resumo:
A Ilha de Timor, localizada a leste do arquiplago indonsio, corresponde a um territrio habitado h mais de 40 mil anos e conhecido desde h muitos sculos como fonte de sndalo de alta qualidade. Isso atraiu a ateno dos navegadores portugueses que passavam nesta regio no princpio do sculo XVI. A partir de ento, e por mais de 400 anos, Portugal explorou e ocupou esse territrio, mantendo um controle relativo dos povos locais, organizados em reinos independentes, e medindo foras com a estrutura colonial holandesa. Depois da Segunda Guerra Mundial, com consequncias catastrficas para a ilha, as potncias europeias enfrentaram os processos de descolonizao. Quando a metade oriental da ilha declarou sua independncia, o Timor Portugus daria lugar a Repblica Democrtica de Timor-Leste. No entanto, a invaso indonsia retardou por mais de vinte e quatro anos os anseios de liberdade do povo local. Com a participao decisiva da ONU, a resistncia timorense obteve, enfim, sua vitria e, em 2002, essa nao pode comear a traar seu prprio caminho de forma independente. Uma nova pgina comeou a ser escrita, mas no com menos dificuldades e desafios. Nas entrelinhas desta histria, a língua portuguesa percorreu uma estrada que a levou a ser escolhida como língua oficial da nao recm-formada. Os desafios gerados a partir desta opo se fundamentam em gerar poltica e planejamento lingusticos capazes assegurar a difuso e consolidao do portugus como trao cultural identitrio e diferenciador do povo timorense, ao mesmo tempo em que possa acompanhar e fortalecer a tarefa maior da conquista da estabilidade social e poltica, consolidao da democracia e desenvolvimento desta jovem nao.
Resumo:
Esta pesquisa teve como intuito realizar um mapeamento lexicogrfico de sinais-termo das instituies de ensino superior para registro em sinalrio bilngue (Língua Brasileira de Sinais/Língua Portuguesa). A metodologia adotada se embasou na pesquisa exploratria de carter quantitativo, as fontes de pesquisa para consulta dos dados foram os vdeos interinstitucionais disponibilizados no YouTube, os sinais escritos em Libras na plataforma virtual do SignPuddle e os dados arquivados no grupo de WhatsApp, Glossrio Nacional de Libras (GNL). Os resultados mostraram que com base nos dados coletados nesta pesquisa, das 298 instituies de ensino pblico (109 federais e 128 estaduais e 61 municipais) registradas pelo Censo da Educao Superior de 2018, foram identificadas 135 (69 federais, 41 estaduais e 47 municipais). Conclui-se que o mapeamento lexicogrfico realizado de sinais-termo das IES para registro de um sinalrio bilngue (Língua Brasileira de Sinais/Língua Portuguesa) contribui como fonte de pesquisa para os profissionais bilngues atuantes no Ensino Superior.Esta pesquisa teve como intuito realizar um mapeamento lexicogrfico de sinais-termo das instituies de ensino superior para registro em sinalrio bilngue (Língua Brasileira de Sinais/Língua Portuguesa). A metodologia adotada se embasou na pesquisa exploratria de carter quantitativo, as fontes de pesquisa para consulta dos dados foram os vdeos interinstitucionais disponibilizados no YouTube, os sinais escritos em Libras na plataforma virtual do SignPuddle e os dados arquivados no grupo de WhatsApp, Glossrio Nacional de Libras (GNL). Os resultados mostraram que com base nos dados coletados nesta pesquisa, das 298 instituies de ensino pblico (109 federais e 128 estaduais e 61 municipais) registradas pelo Censo da Educao Superior de 2018, foram identificadas 135 (69 federais, 41 estaduais e 47 municipais). Conclui-se que o mapeamento lexicogrfico realizado de sinais-termo das IES para registro de um sinalrio bilngue (Língua Brasileira de Sinais/Língua Portuguesa) contribui como fonte de pesquisa para os profissionais bilngues atuantes no Ensino Superior.
Resumo:
O processo de referenciao nas línguas depende de uma srie de fatores cognitivos, lingusticos e discursivos, sendo fundamental para a conduo da progresso textual, para a constituio dos sentidos e para os propsitos comunicativos dos interlocutores. Em se tratando dos elementos referenciais em uma língua oroauditiva e em uma visuoespacial, podemos inferir que h complexidades e singularidades que denotam diferenas relevantes quanto operao lingustica em questo. Nesse sentindo, buscamos responder, nesse artigo, a seguinte indagao: (i) Como a anfora que se realiza na Língua Portuguesa ocorre na Língua Brasileira de Sinais (Libras), considerando-se a diferena de modalidade entre as duas línguas? Assim sendo, o objetivo geral desse trabalho refletir sobre os processos referenciais realizados por sujeitos surdos na Libras diante das ocorrncias de anforas diretas em recortes textuais da Língua Portuguesa, em um vis tradutrio. Para a realizao da pesquisa, selecionamos recortes textuais escritos em Língua Portuguesa compostos por anforas diretas, os quais foram submetidos ao sujeito surdo para a traduo em Libras, possibilitando em seguida realizar a anlise dos processos referenciais na Libras. Com a anlise do Corpus Paralelo Portugus-Libras foi possvel perceber como a anfora que sai da Língua Portuguesa pode chegar na Libras, considerando as estratgias de construo de cadeias referenciais especficas da modalidade visuoespacial. indispensvel destacar a simultnea relao entre a anfora e a dixis presente nas glosas-Libras analisadas, contribuindo para a construo dos sentidos na Libras, e representando dinamicidade e a fluidez entre os processos referenciais.
Resumo:
Resumo: O presente texto foca a temtica da atuao do Tradutor e Intrprete da Língua de Sinais (TILS), pesquisando sobre o uso da Língua Portuguesa (LP) para Língua Brasileira de Sinais (Libras), em processos de traduo cognitiva para uma interpretao simultnea. Nesse contexto, toda prtica tradutria e interpretativa envolve vrias competncias e, entre elas, algumas especficas que podem ser compreendidas e desenvolvidas a partir das contribuies da Lingustica Cognitiva. Os processos de categorizao humana, com base no processo de corporificao (embodiment), tm elucidado fenmenos relativos influncia de modelos cognitivos e culturais sobre o modo como categorias conceptuais se estruturam e atuam no processo de fazer sentido das experincias biossocioculturais em situaes variadas de interao comunicacional (Lakoff, 1987; Lakoff; Johnson, 1999). A investigao configura-se em um estudo emprico em situao controlada, utilizando recursos de filmagem e sistema de transcrio lingustica. De natureza experimental, investigam-se o conceito abstrato AUTONOMIA ao qual se apropria nos processos tradutrios e interpretativos de LP para Libras. O objetivo visa identificar os processos lingusticos e cognitivos nas atividades do TILS. Com isso, os procedimentos metodolgicos foram divididos em seis etapas, experimentando o mesmo microtexto, em duas verses: (1) o TILS no tem o conhecimento prvio do microtexto e realiza diretamente a interpretao simultnea e, (2) o TILS teve o conhecimento prvio do microtexto para depois realizar a interpretao simultnea. As evdidncias identificadas contribuiem para o aperfeioamento das competncias e habilidades do TILS durante os processos de traduo, compreenso e interpretao simultnea das ocorrncias lexemticas. Os resultados revelam que a performance do TILS, quando refinada numa segunda verso, aps obter o conhecimento prvio do texto interpretante, permite ao TILS alcanar mais referncias sobre as escolhas feitas cognitivamente no ato tradutrio, e posteriormente escolhendo lexemas de uma língua para outra num atividade interpretativa.Palavras-chave: Conceitos Abstratos. Traduo/Interpretao. Língua Portuguesa/Língua de Sinais. Lingustica Cognitiva.
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Como gnero, o dicionrio inscreve-se na sociedade entre as obras de autoridade, que servem como referncia para a construo dos mais diferentes gneros. Alm disso, encerra um discurso pedaggico, j que, por meio das definies, consulentes partilham do conhecimento detido pelo lexicgrafo. O dicionrio tambm um gnero mltiplo, formado por diferentes subgneros, como o verbete e os textos de abertura (prefcio, apresentao, detalhamento). Espcie de colnia, que agrega outros textos, define-se tambm por suas caractersticas formais bem marcadas, como a alfabetao e a composição por verbetes. Mltiplo por sua prpria natureza e sujeito ao dialogismo da enunciao, o dicionrio atravessado por muitas vozes e enunciadores, no apenas os prprios redatores, mas tambm outras obras de referncia, tcnicas ou de outras línguas. Essas vozes so costuradas pelo dicionarista, figura do discurso que gerencia os enunciados, envoltos na expectativa da neutralidade da descrio isenta. nosso grande interesse observar em termos prticos quais so as fronteiras entre o discurso aparentemente isento que se pretende que o dicionrio tenha e as brechas de onde emergem outras vozes que povoam essa colnia. Para busc-las, valemo-nos basicamente dos estudos de polifonia de Ducrot, da noo de ethos de Maingueneau e Charaudeau e das formas de modalizao que Castilho e Castilho (2002) arrolaram em seu estudo sobre os advrbios na Gramtica do portugus falado, volume II. Por meio da pesquisa reversa com base nos termos modalizadores de Castilho e Castilho no Dicionrio Aurlio da língua portuguesa (DALP, 2010) e no Dicionrio Houaiss da língua portuguesa (DHLP, 2009), buscamos partir da definio para as entradas, identificando os enunciadores que se mostram ou se escondem, afianam ou refutam, negam ou afirmam uma proposio. Por meio dessas ocorrncias, podemos chegar a enunciados postos e pressupostos e explorar diferentes aspectos da enunciao, desnudando parte das vozes que povoam essa colnia
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A Língua Gestual Portuguesa (LGP) foi, em 1997, reconhecida como a língua oficial dos surdos portugueses. Os trabalhos pioneiros de William Stokoe, na dcada de 60, sustentaram a evidncia de que os surdos possuem a sua prpria língua, que adquirem de forma natural sempre que expostos a um ambiente lingustico que lhes permita a sua aquisio e desenvolvimento plenos. A LGP uma língua natural e apresenta uma complexidade estrutural equivalente das línguas orais, sendo possvel distinguir elementos descritivos da mo, tais como a configurao, o local de articulao, o movimento, a orientao e ainda os componentes no-manuais. A LGP desenvolve-se num espao sintctico, espao em frente do gestuante, onde se organizam as relaes morfolgicas e sintcticas. Neste artigo, pretendemos descrever e classificar alguns processos de polissemia nominal que detectmos em LGP. Partindo duma abordagem bottom-up, com base num corpus de cem gestos nominais, observmos os processos polissmicos presentes. Tendo como referncia um enquadramento terico-conceptual de cariz cognitivista da noo de polissemia, detectmos processos metonmicos, de denominao atravs de caractersticas estereotpicas de um determinado referente e de possvel contacto lingustico entre a Língua Gestual Portuguesa e a Língua Portuguesa Escrita. Tambm foram encontrados processos de polissemia que parecem assentar numa sinonmia visual e cuja polissemia se reveste de uma identificao sinnima, atravs de uma imagem comum, entre um referente e outro. Salientaremos ainda que este trabalho se considera exploratrio, relativamente, aos processos de polissemia em LGP, sendo nossa inteno continuar a estudar com mais dados este fenmeno.
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A língua gestual (LG) a língua natural da pessoa surda, sendo utilizada como forma de expresso e comunicao da comunidade surda de um determinado pas. Porm, de todo impossvel escrever estas línguas atravs de um alfabeto comum como o da Língua Portuguesa (LP). Em 1974, na Dinamarca, Valerie Sutton criou o SignWriting (SW), um sistema de escrita das línguas gestuais, contrariando assim a ideia de que as línguas espao-visuais no poderiam ter uma representao grfica. Para o surgimento deste sistema foram fundamentais os estudos pioneiros de William Stokoe que reconheceram o estatuto lingustico das línguas gestuais, atribuindo-lhes propriedades inerentes a uma língua, como por exemplo a arbitrariedade e convencionalidade. Neste trabalho apresentamos o SW, sistema de escrita das línguas gestuais j utilizado noutros pases, e questionamos se exequvel e profcua a sua adaptao língua gestual portuguesa (LGP). Nesse sentido, concretizamos a escrita da LGP com base em reas vocabulares distintas e presentes no programa curricular do ensino da LGP. Por ltimo, efetivamos tal proposta atravs de um modelo de ao de formao em SW.
Resumo:
Este trabalho observa e descreve o processo de composição de termos em textos de Medicina em língua alem e sua traduo para o portugus. Ao buscar o reconhecimento de padres de construo da terminologia e da sua traduo, a pesquisa faz uma reviso da literatura que inclui o tratamento gramatical e lexicogrfico dos compostos em alemo, de trabalhos que tratam da traduo de Komposita, alm de revisar fundamentos tericos de Terminologia e de Traduo e sua relao com a composição de termos. A perspectiva adotada pela pesquisa vincula Lingstica de Corpus e enfoques de perspectiva textual de Terminologia, alm de relacionar padres de traduo de compostos a uma maior ou menor insero cultural do texto traduzido. O trabalho apresenta um levantamento quantitativo e qualitativo de ocorrncias de compostos e de suas tradues em um corpus formado por textos didticos de Medicina nas subreas Fisiologia e Gentica. O corpus alinhado alemo-portugus composto por 99 pargrafos de texto. A diversidade de escolhas de traduo verificada e a concentrao de escolhas no padro substantivo+preposio+substantivo apontam uma baixa insero cultural da traduo produzida para o portugus
Resumo:
Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Trabalho de investigao das marcas de iconicidade em letras-de-msica brasileira que representam os vrios Brasis. Anlise do crpus com fundamentao semntico-semitica, endossada pela perspectiva sociolingustica, como ponto de partida para a caracterizao dos itens lexicais como cone, ndice ou smbolo, luz da Teoria da Iconicidade, como identificadores de um espao sociocultural. A orientao sociolingustica sustenta nossas reflexes acerca da importncia da insero dos diversos usos lingusticos na prtica de ensino de língua portuguesa, que precisa acompanhar a vida da linguagem na comunicao cotidiana, com vistas valorizao e democratizao da língua. Ademais, impe-se reconhecer a heterogeneidade lingustica como fator de riqueza da língua. O trabalho de anlise consiste em uma metodologia que permite associar o texto a uma imagem com significado representativo das particularidades lingustico-discursivas de uma cultura regional. Os resultados esperados incluem a afirmao da potencialidade lingustico-semitica da letra-de-msica como gnero textual suficiente para a demonstrao dos valores socioculturais impressos na língua e, possivelmente, como um gnero de importante valor literrio que se pode aproveitar para dinamizar aulas de língua portuguesa
Resumo:
Ao se falar de língua, fala-se da classe social que se imagina associada a essa mesma língua. Fundamentada na Anlise do Discurso Franco-Brasileira (iniciada na Frana pelo grupo de Michel Pcheux e retrabalhada no Brasil a partir de formulaes de Eni Orlandi) e analisando corpra diversos, que se encontram em gramticas, dicionrios, manuais de redao jornalstica e o jornal carioca Meia Hora de Notcias, esta dissertao busca entender como os sentidos sobre língua e classe social vo sendo constitudos ao mesmo tempo. A Anlise do Discurso com que este estudo vai trabalhar se apresenta como um campo inserido no entremeio das cincias humanas e sociais. Entre as principais questes levantadas por este campo, esto as crenas ilusrias em que as palavras emanam sentidos prprios, apropriados, e em que o sujeito o dono de seu dizer e de suas intenes. Entende-se, na Anlise do Discurso, que os sentidos so irrecorrivelmente formados ideologicamente, e que o sujeito se constitui analogamente, por processos inconscientes que no deixam de fora tambm a historicidade das relaes sociais. Dessa forma, para se compreender como se do as relaes entre as formaes de sentido entre língua e classe social, importar a depreenso do funcionamento discursivo do tratamento que os instrumentos de gramatizao do variedade lingustica. No Meia Hora, tambm se procura analisar de que modo um jornal vai significando, inscrito numa prtica jornalstica determinada, língua e classe social concomitantemente, atravs do uso de uma língua imaginria
Resumo:
Esta dissertao de mestrado desenvolve uma pesquisa a respeito da abordagem de morfologia em livros didticos e a contribuio desse contedo lingstico para as aulas de língua portuguesa no ensino mdio. Antes de examinarmos as duas colees didticas adotadas para a investigao, apresentamos uma breve anlise sobre o ensino-aprendizagem de língua materna, salientando aspectos crticos relacionados metodologia e aos contedos de ensino. A seguir, tecemos comentrios sobre o livro didtico e apresentamos o corpus composto por duas colees didticas do ensino mdio, de onde selecionamos os contedos de morfologia. Analisamos a orientao didtico-lingstica dada pelos autores aos estudos referentes morfologia.Tecemos consideraes sobre o enfoque didtico de tais contedos e verificamos a contribuio de cada um para o aprimoramento lingstico do aluno na sua capacidade de produo de textos orais e escritos
Resumo:
O presente trabalho sugere que o ensino de morfologia possa contribuir com a proficincia em leitura e escrita dos alunos. Buscou-se refletir sobre essa prtica com a inteno de mostrar o ensino de um componente curricular como meio e no como fim em si mesmo. Focaliza-se o funcionamento do sistema da língua para que, com tal domnio, amplie-se sua competncia lingstica. Propomos a discusso em classe da pertinncia do sentido contextual da nova formao que aparece nos textos dos cronistas eleitos seguida da reutilizao das mesmas (ou similares) em seus prprios textos. O que sugerimos exatamente uma prtica inversa habitualmente vista nas escolas. Confrontamos semelhanas e dessemelhanas das combinaes lexicais com outros processos de formao de palavras por composição, alm de verificar se as combinaes lexicais so passveis de anlises estruturais e semnticas
Resumo:
Esta tese prope uma reflexo sobre o ensino da hiprbole na escola, adequada s exigncias do ensino de língua materna, consoante ao papel que língua e linguagem exercem na interao verbal. Inicia-se com a investigao de disciplinas lingsticas que entendem o texto como prtica discursiva alternada entre interlocutores mutuamente influenciados, e se estende anlise produtiva da hiprbole na construo argumentativa do enunciador. Aproveita a (quase) consolidada presena do texto jornalstico em sala de aula, como veculo de informao, e acrescenta o estudo discursivo das hiprboles como estratgia do enunciador das colunas polticas e editoriais jornalsticos, no dilogo textual. Busca a identificao das pistas deixadas pelo enunciador, em marcas formais, com a inteno de (inter)agir sobre o leitor. Oferece possveis leituras das palavras utilizadas pelo jornalista, considerando os vrios elementos constitutivos da cena enunciativa; apresenta a possibilidade de aplicao de alguns contedos gramaticais em estrutura discursiva textual e sugere exercícios de compreenso e produo de texto
Resumo:
Nesta dissertao, propusemos a anlise de artigos sobre pontuao publicados pela Revista Língua Portuguesa direcionados aos professores de Língua Portuguesa e afins. Este estudo parte da observao de que muitos desses profissionais, sem condies de se submeter a processos de capacitao especializada ou formao continuada, lanam mo dessas publicaes como supostos recursos de atualizao em relao s informaes pertinentes pratica de ensino. A Revista, no entanto, no restringe seu pblico-alvo aos professores: voltada tambm a estudantes, funcionrios de rgos governamentais e secretarias, curiosos do assunto, principalmente executivos e jornalistas. Nesse sentido, o conceito de Recepo e Compreenso Responsiva (BAKHTIN, 1929), em consonncia com a Teoria de Dialogismo do Texto Escrito (SAUTCHUK, 2000) e com a Teoria da Iconicidade Verbal (SIMES, 2009), fomentou a comprovao por meio de marcas dialgicas materializadas na superfcie de nossos textos-crpus da participao desse professor como um tipo especfico de interlocutor. Desse modo, confrontamos as dissonncias terico- gramaticais propaladas nos artigos bibliografia de autoridade no s no tema principal pontuao como em subtemas que atravessavam os escritos em anlise como tema, funo sinttica, estilstica, conjuno e consideraes sobre fala e escrita. Para isso, contamos com o aporte terico que expe desde a abordagem tradicional dos cnones gramaticais da nossa língua at as Gramticas modernas. Alm disso, tericos de diferentes linhas nos ajudaram a registrar o equvoco dos articulistas arrolados, ao se basearem em vises infiis, parciais ou truncadas do que discutiam