951 resultados para Huanghe River Estuary
Resumo:
A Amazônia tem imensos recursos florestais, abrigando um terço das florestas tropicais do mundo. A Amazônia brasileira compreende uma área maior que 5 milhões de km2, o que corresponde a 61 % do território brasileiro. A região norte produz 72,45% da madeira em tora do Brasil, o estado do Pará contribui com 55,47% de acordo com IBMA (2007). A exploração madeireira na Amazônia é caracterizada como “garimpagem florestal”, ou seja, os exploradores entram na floresta selecionam as toras de valor comercial e a retiram. Passando-se certo tempo, eles voltam novamente a essa área e a exploram, esse processo de exploração está acontecendo em um intervalo de tempo cada vez menor. A Amazônia legal abrigava 833 serrarias circulares em 1998. Essas serrarias estavam localizadas principalmente no estuário amazônico (71%) – nos furos e tributários dos rios Amazonas, Xingu, Tocantins e Pará. Essas processadoras familiares consumiram conjuntamente 1,3 milhões de metros cúbicos de madeira em tora (5% da produção da Amazônia). Neste trabalho estimou-se o balanço de carbono em serrarias do estuário do rio Amazonas e foi desenvolvido o ciclo de vida do carbono para uma serraria no estuarino amazônico. Foi identificado que no processo produtivo da comunidade há um caminho bem definido do recurso natural (biomassa/madeira): exploração florestal, transporte de biomassa, transformação (empresas madeireiras) / processos produtivos, geração e utilização de resíduos, transporte de madeira processada, comercialização/mercado. O objetivo deste trabalho foi avaliar os recursos energéticos através do fluxo (inputs e outputs) da madeira e da energia no processo. Para isso, desenvolveu um modelo que simulou os fluxos de carbono, da madeira e a área afetada pela exploração. Neste trabalho criou-se um modelo específico onde se avaliou o fluxo de carbono para o cenário estudado; a avaliação do impacto ambiental foi alcançada, onde obteve um valor positivo, uma captura de carbono cerca de 55 tCO2/mês, mesmo com a baixa eficiência do sistema produtivo, em torno de 36% conclui-se que o sistema atual de exploração não polui mas poderia ser melhorado a fim de alcançar uma maior eficiência do processo produtivo. Enquanto ao resíduo gerado aproximadamente 64% do volume de madeira que entra na serraria conseguira gerar aproximadamente 1240 kW de energia elétrica mensal.
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O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é a maior fonte supridora de matéria-prima para a indústria de palmito no Brasil. A forma com que a espécie vem sendo explorada tem ocasionado, em algumas áreas, a sua degradação e a redução da oferta de frutos. O objetivo deste trabalho foi o de estudar o processo de regeneração natural dos açaizais nativos de várzea do estuário amazônico que foram alterados em decorrência da extração do palmito. A pesquisa foi conduzida no município de Igarapé-Miri, Pará, Brasil, onde foram analisados fatores fenológicos vegetativos, de crescimento e socioeconômicos, visando subsidiar a definição de técnicas que auxiliem o manejo racional do açaizeiro. Para a realização dos estudos foram selecionadas quatro áreas de açaizais com diferentes períodos após a extração do palmito (0, 12, 24 e 36 meses) para a obtenção de dados sobre a população de plantas, emissão de perfilhos, altura, diâmetro e número de folhas dos estipes, produção de matéria seca, produtividade e rentabilidade dos açaizais manejados e não-manejados. Os resultados mostram que aos 48 meses após a extração do palmito os açaizais nativos encontram-se reabilitados e voltam a ser produtivos, apresentando uma população de 1.600 plantas/ha, das quais 30 % iniciaram a produção de frutos e 50 % encontravam-se aptas a produzir palmito. Verificou-se que a coleta de frutos é mais lucrativa que a extração de palmito, e que o manejo é uma prática que aumenta a produtividade e a rentabilidade dos açaizais nativos de várzea.
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A ictiofauna de poças de maré tem sido bem estudada em regiões temperadas e tropicais do Pacifico. No Brasil, ainda é incipiente o conhecimento ecológico das poças de maré e das assembléias de peixes que as habitam. O presente estudo pretendeu investigar a composição e distribuição espaço-temporal das assembléias de peixes associadas às poças de maré em habitats de afloramento rochoso, floresta de mangue e marismas da Ilha do Areuá, estuário inferior do rio Curuçá, Norte do Brasil. Amostragens trimestrais foram realizadas entre fevereiro e novembro de 2009, durante a maré baixa de sizígia (lua nova), utilizando metodologia padronizada. As variáveis ambientais sofreram modificações ao longo do gradiente vertical e foram responsáveis pela distribuição espacial e temporal da ictiofauna no afloramento rochoso. A salinidade, profundidade média e heterogeneidade do substrato foram as variáveis que mais explicaram as variações na distribuição da ictiofauna. A comparação entre os habitats de afloramento rochoso, floresta de mangue e marismas evidenciou que as assembléias de peixes do afloramento rochoso são claramente distintas daquela presente nos habitats vegetados (floresta de mangue e marismas). Os resultados deste estudo sugerem que há preferências pela ictiofauna por determinados habitats em função das variáveis ambientais e heterogeneidade do substrato, porém mais estudos devem ser realizados levando em consideração relações inter e intra-especificas.
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A presença de elementos não essenciais nas águas superficiais do rio Amazonas é uma preocupação global, o objetivo da pesquisa foi estudar a distribuição dos elementos As, Al, Mn, e Pb na água do estuário do rio Amazonas. As amostras foram coletadas em três regiões distintas: Canal Norte (AP), Canal Sul (PA) e rio Pará (PA) em três profundidades, com um total de 84 amostras. A espectrometria de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado (ICPAES) foi utilizada para avaliar os teores de Al, Mn e Pb e a espectrofotometria de absorção atômica com geração de hidretos (HGAAS) foi usada para a análise do As. O As variou de <0,35 a 50,60 µg/L, o Al de <1,88 a 3347,70 µg/L, o Mn de 0,13 a 403,39 µg/L e Pb de <0,18 a 57,78 µg/L. Em média As (canal Sul), Al (todas as regiões), Mn (canal Norte e Sul) e Pb (canal Norte e Sul) se encontraram em valores acima do permitido pela legislação brasileira. Os elementos podem ter origem antrópica originária de atividade de mineração e industrial e origem natural proveniente de decomposição de rochas ígneas da bacia de drenagem do rio Amazonas que disponibilizam o elemento na forma ligada ao material particulado em suspensão.
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A criação de camarão (carcinicultura) é uma das atividades da aquicultura amplamente empregada nos estuários e manguezais brasileiros. A ração dada aos camarões é enriquecida em compostos fosfatados. Desta forma, os efluentes produzidos pelas fazendas podem acelerar os processos de eutrofização. O Estuário do Rio Coreaú (CE) vem apresentando um crescimento na prática da carcinicultura, porém dados de qualidade ambiental são escassos para o monitoramento da região. No presente trabalho, pretendeu-se avaliar a contribuição das fazendas de carcinicultura situadas às margens do Estuário do Rio Coreaú, no aporte de fósforo. As principais formas de fósforo: biodisponível (P-Bio), ligado aos oxi-hidróxidos de ferro (P-Fe), ligado à apatita biogênica, autigênica e aos carbonatos (P-CFAP), ligado à apatita detrítica (P-FAP) e o fósforo orgânico (P-Org), bem como carbono orgânico total (%COT) e clorofila-a foram determinadas em amostras de sedimentos superficiais e testemunhos das margens do Estuário do Rio Coreaú. As concentrações de P-Total obtidas nos sedimentos superficiais foram bastante elevadas e mostram a necessidade de estudos de monitoramento. A fração com maior representatividade foi a P-Fe compondo cerca de 30% do P-Total, o que demonstra a capacidade dos oxi-hidróxidos de ferro em imobilizar ou liberar o fósforo. A contribuição dos efluentes das fazendas ficou evidenciada pelas concentrações mais elevadas do P-Org nos pontos locados em frente às fazendas. Nos testemunhos, as concentrações de P-Total foram mais elevadas no ponto com sedimentos predominantemente finos (silte e argila), com as frações P-Fe, PCFAP e P-FAP sendo as principais contribuintes. Os dados de taxa de sedimentação disponíveis e os incrementos do P-Total indicam o possível período de desmatamento e o início ou a máxima atividade das fazendas de carcinicultura no final da década de 1980 e meados de 1990, respectivamente. As concentrações elevadas de fósforo, %COT e dos teores de clorofila-a obtidas sugerem uma contribuição antrópica significativa no Estuário do Rio Coreaú e um elevado potencial de eutrofização.
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Os manguezais do estado do Pará representam importante segmento da costa norte brasileira sobre os quais pouco se conhece das características geológicas e as relações com área(s)-fonte. A pesquisa foi realizada no estuário do rio Marapanim, na costa paraense, para demonstrar a contribuição de sedimentos continentais para a formação dos sedimentos dos manguezais. Foram coletados sedimentos da Formação Barreiras e solos dela derivados (principais fontes terrígenas), e os sedimentos de manguezal. Nos sedimentos de manguezal foram realizadas análises granulométricas, determinação dos teores de carbono (C %) e medidas de pH, Eh e salinidade intersticial. A determinação mineralógica e a geoquímica multi-elementar foi feita nos sedimentos lamosos e nos sedimentos continentais adjacentes, para comparações. Os sedimentos de manguezal são sílticoargilosos (> 90 %), com teores de carbono entre 0,75 a 3,5 %. A mineralogia principal é composta por quartzo, goethita, hematita, caulinita, illita, além de zircão, turmalina, estaurolita e cianita como acessórios, assinatura mineralógica típica dos sedimentos da Formação Barreiras e dos solos. De ocorrência comum nesses manguezais, os minerais neoformados são: esmectita, feldspato potássico, pirita, halita, gipso e a jarosita. O enriquecimento em SiO2, Al2O3, Fe2O3, e TiO2 nos manguezais e os níveis crustais dos metais-traço refletem o clima tropical e a composição mineralógica da área-fonte, rica em quartzo e caulinita e a ausência de influência antrópica. A composição química associada à matéria orgânica, abundantes diatomáceas além de Fe, S e os aportes de Cl-, Na+, K+, Ca++ e Mg++ da água do mar, identificam o ambiente deposicional e os minerais autigênicos. O padrão de fracionamento dos elementos-traço nos manguezais também corrobora a marcante contribuição da área-fonte continental. Esses sedimentos apresentam o predomínio dos Elementos Terras Rara Leves (ETRL) sobre os Elementos Terras Raras Pesados (ETRP) com elevadas razões de Th/Co; La/Th; La/Sc; La/Co e Zr/Sc e Th/ Sc e Ba/Co, elementos presentes nas rochas ígneas félsicas que originaram os sedimentos terrígenos.
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The Vancouver International Airport (YVR) is the second busiest airport in Canada. YVR is located on Sea Island in the Fraser River Estuary - a world-class wintering and staging area for hundreds of thousands of migratory birds. The Fraser Delta supports Canada’s largest wintering populations of waterfowl, shorebirds, and raptors. The large number of aircraft movements and the presence of many birds near YVR pose a wide range of considerable aviation safety hazards. Until the late 1980s when a full-time Wildlife Control Program (WCP) was initiated, YVR had the highest number of bird strikes of any Canadian commercial airport. Although the risks of bird strikes associated with the operation of YVR are generally well known by airport managers, and a number of risk assessments have been conducted associated with the Sea Island Conservation Area, no quantitative assessment of risks of bird strikes has been conducted for airport operations at YVR. Because the goal of all airports is to operate safely, an airport wildlife management program strives to reduce the risk of bird strikes. A risk assessment establishes the current risk of strikes, which can be used as a benchmark to focus wildlife control activities and to assess the effectiveness of the program in reducing bird strike risks. A quantitative risk assessment also documents the process and information used in assessing risk and allows the assessment to be repeated in the future in order to measure the change in risk over time in an objective and comparative manner. This study was undertaken to comply with new Canadian legislation expected to take effect in 2006 requiring airports in Canada to conduct a risk assessment and develop a wildlife management plan. Although YVR has had a management plan for many years, it took this opportunity to update the plan and conduct a risk assessment.
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The Cananeia-Iguape system, SE Brazil, consists of a complex of lagoonal channels, located in a United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) Biosphere Reserve. Nevertheless, important environmental changes have occurred in approximately the last 150 yrs due to the opening of an artificial channel, the Valo Grande, connecting the Ribeira de Iguape River to the lagoonal system. Our objective is to assess the historical record of the uppermost layers of the sedimentary column of the lagoonal system in order to determine the history of environmental changes caused by the opening of the artificial channel. In this sense, an integrated geochemical-faunal approach is used. The environmental changes led significant modifications in salinity, in changes of the depositional patterns of sediments and foraminiferal assemblages (including periods of defaunation), and, more drastically, in the input of heavy metals to the coastal environment. The concentrations Pb in the core analyzed here were up to two times higher than the values measured in contaminated sediments from the Santos estuary, the most industrialized coastal zone in Brazil.
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This work quantifies, using ADP and rating curve techniques, the instantaneous outflows at estuarine interfaces: higher to middle estuary and middle to lower estuary, in two medium-sized watersheds (72 000 and 66 000 km(2) of area, respectively), the Jaguaribe and Contas Rivers located in the northeastern (semi-arid) and eastern (tropical humid) Brazilian coasts, respectively. Results from ADP showed that the net water balances show the Contas River as a net water exporter, whereas the Jaguaribe River Estuary is a net water importer. At the Jaguaribe Estuary, water retention during flood tide contributes to 58% of the total volume transferred during the ebb tide from the middle to lower estuary. However, 42% of the total water volume (452 m(3) s(-1)) that entered during flood tide is retained in the middle estuary. In the Contas River, 90% of the total water is retained during the flood tide contributing to the volume transported in the ebb tide from the middle to the lower estuary. Outflows obtained with the rating curve method for the Contas and Jaguaribe Rivers were uniform through time due to river flow normalization by dams in both basins. Estimated outflows with this method are about 65% (Contas) and 95% (Jaguaribe) lower compared to outflows obtained with ADP. This suggests that the outflows obtained with the rating curve method underestimate the net water balance in both systems, particularly in the Jaguaribe River under a semi-arid climate. This underestimation is somewhat decreased due to wetter conditions in the Contas River basin. Copyright. (C) 2011 John Wiley & Sons, Ltd.
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The present study raised the hypothesis that the trophic status in a tropical coastal food web from southeastern Brazil can be measured by the relation between total mercury (THg) and nitrogen isotope (delta(15)N) in their components. The analysed species were grouped into six trophic positions: primary producer (phytoplankton), primary consumer (zooplankton), consumer 1 (omnivore shrimp), consumer 2 (pelagic carnivores represented by squid and fish species), consumer 3 (demersal carnivores represented by fish species) and consumer 4 (pelagic-demersal top carnivore represented by the fish Trichiurus lepturus). The values of THg, delta(15)N, and trophic level (TLv) increased significantly from primary producer toward top carnivore. Our data regarding trophic magnification (6.84) and biomagnification powers (0.25 for delta(15)N and 0.83 for TLv) indicated that Hg biomagnification throughout trophic positions is high in this tropical food web, which could be primarily related to the quality of the local water.
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The daytime abundance and localized distribution of fishes in relation to temperature were studied in a small tidal cove by beach seining on seven dates in the Back River estuary, Maine, during the summers of 1971 and 1972. Temperatures on the seven dates ranged from 15.1–26.2 C, and salinities ranged from 17.3–24.7‰. Eighteen species of fishes were captured, with mummichogs, smooth flounders, Atlantic silversides and Atlantic herring together comprising over 98% of the catch. Mummichogs and Atlantic silversides were captured primarily near the inner end of the cove, while other abundant species were caught mainly at the outer end of the cove. Several species seem well adapted to naturally warm cove temperatures. Others seem now virtually excluded because of warm temperatures. Winter flounder, Atlantic herring, and Atlantic tomcod might be excluded from the cove during daytime in summer if artificial warming of the cove were permitted.
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These studies were performed from September 10 to 29, 2007 in the Kara Sea in transects westward of the Yamal Peninsula, near the St. Anna Trough, in the Ob River estuary (Obskay Guba), and on the adjacent shelf. Concentration of chlorophyll a in the euphotic layer varied from 0.02 to 4.37 µg/l, aver. 0.76 µg/l. Primary production in the water column varied from 10.9 to 148.0 mg C/m**2/day (aver. 56.9 mg C/m**2/day). It was shown that frontal zones divided the Kara Sea into distinct areas with different productivities. Maximum levels of primary production were measured in the deep part of the Yamal transect (132.4 mg C/m**2/day) and the shallow Kara Sea shelf near the Ob River estuary (74.9 mg C/m**2/day). Characteristics of these regions were low salinity of the surface water layer (19-25 psu) and elevated silicon concentration (12.8-28.1 µg-atom/l). It is explainable by river runoff. Frontal zones of the Yamal current within the Yamal and Ob transects showed high assimilation numbers reached to 2.32 and 1.49 mg C/mg Chl/hr, respectively; they were maximal for studied areas.
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New maps of mean monthly distribution of chlorophyll and primary production in the Kara Sea were compiled using joint processing of CZCS (1978-1986), SeaWiFS (1998-2005), and MODIS (2002-2006) satellite data and field measurements. The annual primary production of phytoplankton is estimated at 22.3 x 10**6 t C per year or 70 mg C/m**2 per day. Results of calculations of the organic carbon budget in the Kara Sea are presented.