767 resultados para corporate governance mechanisms
Resumo:
A literatura internacional que analisa os fatores impactantes das transações com partes relacionadas concentra-se no Reino Unido, nos EUA e no continente asiático, sendo o Brasil um ambiente pouco investigado. Esta pesquisa tem por objetivo investigar tanto os fatores impactantes dos contratos com partes relacionadas, quanto o impacto dessas transações no desempenho das empresas brasileiras. Estudos recentes que investigaram as determinantes das transações com partes relacionadas (TPRs), assim como seus impactos no desempenho das empresas, levaram em consideração as vertentes apresentadas por Gordon, Henry e Palia (2004): (a) de conflitos de interesses, as quais apoiam a visão de que as TPRs são danosas para os acionistas minoritários, implicando expropriação da riqueza deles, por parte dos controladores (acionistas majoritários); e (b) transações eficientes que podem ser benéficas às empresas, atendendo, desse modo, aos objetivos econômicos subjacentes delas. Esta pesquisa apoia-se na vertente de conflito de interesses, com base na teoria da agência e no fato de que o cenário brasileiro apresenta ter como característica uma estrutura de propriedade concentrada e ser um país emergente com ambiente legal caracterizado pela baixa proteção aos acionistas minoritários. Para operacionalizar a pesquisa, utilizou-se uma amostra inicial composta de 70 empresas com ações listadas na BM&FBovespa, observando o período de 2010 a 2012. Os contratos relacionados foram identificados e quantificados de duas formas, de acordo com a metodologia aplicada por Kohlbeck e Mayhew (2004; 2010) e Silveira, Prado e Sasso (2009). Como principais determinantes foram investigadas proxies para captar os efeitos dos mecanismos de governança corporativa e ambiente legal, do desempenho das empresas, dos desvios entre direitos sobre controle e direitos sobre fluxo de caixa e do excesso de remuneração executiva. Também foram adicionadas variáveis de controle para isolar as características intrínsecas das firmas. Nas análises econométricas foram estimados os modelos pelos métodos de Poisson, corte transversal agrupado (Pooled-OLS) e logit. A estimação foi feita pelo método dos mínimos quadrados ordinários (MQO), e para aumentar a robustez das estimativas econométricas, foram utilizadas variáveis instrumentais estimadas pelo método dos momentos generalizados (MMG). As evidências indicam que os fatores investigados impactam diferentemente as diversas medidas de TPRs das empresas analisadas. Verificou-se que os contratos relacionados, em geral, são danosos às empresas, impactando negativamente o desempenho delas, desempenho este que é aumentado pela presença de mecanismos eficazes de governança corporativa. Os resultados do impacto das medidas de governança corporativa e das características intrínsecas das firmas no desempenho das empresas são robustos à presença de endogeneidade com base nas regressões com variáveis instrumentais.
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Este estudo tem como objetivo compreender a forma com que os mecanismos de governança corporativa interferem na gestão de uma pequena empresa familiar. Para isso, adotaram-se a perspectiva de Hart (1995), que discorre sobre governança corporativa, e de Leone (2005) para empresas familiares. Para alcançar este objetivo, adotou-se, em relação à condução da pesquisa, uma abordagem qualitativa, por meio do método do estudo de caso. A triangulação de dados foi utilizada como instrumento de coleta de dados por meio de pesquisa documental, observação assistemática e entrevista semiestruturada, e a análise de dados foi realizada através da análise de conteúdo. Como contribuição teórica, este estudo amplia o Modelo de Quatro Círculos com Contexto e Sistema de Valores com a introdução de proprietários formais e informais, gerando o Modelo de Cinco Círculos. A presença da governança corporativa foi identificada através dos fatores de diferenciação e da implantação de onze mecanismos de governança que gerou mudanças no controle da empresa, no processo sucessório, na profissionalização e na captação de recursos. Os mecanismos encontrados foram denominados como: “empresa controladora”; “respeito fraternal”; “projetos pessoais”; “pró-labore dos gestores familiares”; “ausência de remuneração dos familiares não gestores”; “aconselhamento profissional”; “prestação de contas”; “proteção do empreendimento familiar”; “alinhamento de interesses na gestão”; “atribuições e responsabilidades”; e “atenção aos interesses dos stakeholders”. Tais mecanismos não possuem ordem cronológica, pois o respeito fraternal e projetos pessoas já existiam antes da criação da empresa familiar. Quanto ao controle, destaca-se o mecanismo prestação de contas, que possibilitou uma ligação entre a família e a empresa; permitiu clareza, transparência, igualdade entre todos os irmãos, diminuindo a assimetria informacional; facilitou uma comunicação aberta e honesta entre todos os proprietários, transmitindo uma sensação de segurança e previsibilidade; e contribuiu para eliminar e/ou minimizar conflitos entre os proprietários (formais e informais). Quanto à sucessão, os mecanismos proteção do empreendimento familiar, aconselhamento profissional, respeito fraternal estão possibilitando planejar o processo sucessório da empresa; facilitaram a comunicação entre os familiares, e assim, diminuiu a assimetria informacional; e realizaram a manutenção e administração dos bens mobiliários da família empresária. Quanto à profissionalização, os mecanismos proteção do empreendimento familiar e respeito fraternal viabilizaram a participação de todos para decidir sobre a profissionalização da empresa. Com relação à captação de recursos, os mecanismos atribuições e responsabilidades e atenção aos interesses dos stakeholders possibilitaram a empresa, durante todo seu ciclo de vida, a buscar recursos financeiros sem dificuldade, gerando um maior investimento, crescimento e geração de empregos
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A Work Project, presented as part of the requirements for the Award of a Masters Degree in Finance from the NOVA – School of Business and Economics
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In traumatic financial times, both shareholders and the media promptly blame companies for lack of decent corporate governance mechanisms. Proxy statement proposals have increasingly been used by the more active shareholders as to vindicate managers to correct anomalies and restore financial markets’ confidence. I examine the proposals of the largest companies in the S&P 500 index after the Lehmann Brothers crash and their effect on stock prices. Proposals initiated by shareholders negatively impact the company’s stock price, particularly if the proposers are unions, pension funds and institutional investors. Also, I find corporate governance proposals to harm firm’s market performance, unlike compensation and social policy proposals whose effects are intangible. The exception to these disappointing attempts to improve companies’ conduct relies on proposals shared by several investors.
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Tese de Doutoramento em Contabilidade
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El presente documento realiza una descripción de como estaban estructuradas las juntas directivas de las principales empresas del país para el periodo de 1956 a 1957. De manera simultánea, se lleva a cabo un cuidadoso análisis, junto con un ejercicio comparativo, de si estas estructuras estaban en acorde a lo que sugiere la literatura acerca de la Gobernanza Corporativa.
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Purpose – The primary aim of this paper is to examine whether boards of directors with independent members function as effective corporate governance mechanisms in Chinese State-Owned Enterprises(SOEs), by analysing four characteristics of non-executive directors (NEDs) that impact on their effectiveness, namely their degree of independence, information, incentive, and competence. Design/methodology/approach – Being exploratory in nature, the research uses qualitative methods for data collection. It is based on an interpretivist perspective of social sciences, analysing and explaining the factors that influence the effectiveness of NEDs. Findings – The findings indicate that the NED system is weak in China as a result of the concentrated ownership structure, unique business culture, intervention of controlling shareholders and the lack of understanding of the benefits brought by NEDs. Research limitations/implications – The paper examines the salient features of and challenges to the system of NEDs of SOEs in present-day China. It provides an understanding of how the various perceptions of the board, gathered from in-depth interviews of corporate directors, leads to new interpretations of board effectiveness. The research, however, is limited owing to a relatively small sample size and the sensitive nature of the information collected. Originality/value – The study aims to fill gaps in the literature and contribute to it by assessing the “real” views and perceptions of NEDs in China in an institutional environment significantly different from that of the USA, the UK and other western economies.
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A análise sobre se a existência de comitês de investimentos que concedam poderes de ingerência aos cotistas é uma variável levada em consideração pelos potenciais investidores de fundos de investimento em participação (“FIPs”) utilizados como veículos de investimento em Private Equity (“FIPs PE”) no mercado brasileiro é o objeto do presente trabalho, cujo objetivo é verificar se há competição entre gestores de FIPs PE pela inclusão de tais comitês em seus regulamentos, com vistas a prospectar um maior número de cotistas. Por meio da realização de pesquisa empírica, na qual serão analisados os regulamentos de FIPs PE que foram registrados desde o ano de 2006 até o ano de 2011 perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), com vistas a examinar se houve aumento no número de regulamentos que previssem comitês de investimento e no número de gestores que adotam comitês de investimento usualmente nos fundos que gerem, se pretende comprovar a hipótese de que os comitês de investimento são uma variável que interfere na decisão dos investidores sobre em qual FIP PE investirão seus recursos e, portanto, que os gestores de FIPs PE tendem a estabelecer este mecanismo nos regulamentos dos fundos que gerem. Os pressupostos teóricos que justificam a adoção de mecanismos de governança pelos FIPs PE, com base na literatura sobre a teoria da agência – enfatizando-se os temas da assimetria de informação, risco moral, seleção adversa e custos de agência - e, ainda, os mecanismos de governança mais usuais na indústria de FIPs PE são apresentados de forma a conferir ao tema o devido embasamento teórico. A relevância deste trabalho decorre da importância que a indústria de Private Equity possui na economia, por atuar em determinado estágio de um empreendimento onde o acesso ao financiamento é via de regra escasso. Além disso, o tema se revela atual, já que houve, apenas no ano de 2011, captações recordes de fundos de Private Equity no Brasil, que somaram um montante de US$ 8,1 bilhões.
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Esta tese se dedica a estudos na área de finanças. Os estudos se subdividem nas subáreas de microestrutura e apreçamento de ativos, mas há uma inserção do trabalho em finanças corporativas, uma vez que trato da governança corporativa das empresas. No primeiro capítulo estimo o coeficiente de assimetria de informação embutido no spread de compra e venda de ações brasileiras. Além disso, verifico se há padrões para esse coeficiente e para o próprio spread em relação ao tamanho da transação e à hora de negociação. No capítulo dois, eu investigo quais características ligadas às empresas têm relação com as variáveis estimadas no capítulo 1, o coeficiente de assimetria de informação embutido no spread de compra e venda de ações brasileiras e o próprio spread. A governança corporativa das empresas é uma das características examinadas. No terceiro capítulo, eu observo quais mecanismos de governança corporativa fazem com que haja uma relação antagônica entre os retornos das ações brasileiras e o índice de governança corporativa, conforme mostrado por Carvalhal e Nobili (2011). Nesta investigação, dou ênfase à concentração acionária das empresas brasileiras que, em comparação com países mais desenvolvidos, é extremamente alta.
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Esse trabalho investiga empiricamente a relação entre custo de agência e as medidas de monitoramento interno disponíveis aos investidores brasileiros nas empresas nacionais, utilizando amostras de companhias abertas entre os anos de 2010 e 2014, totalizando 134 empresas analisadas e 536 observações. Para medir tal relação, foram utilizadas, como variáveis de monitoramento interno, informações sobre a remuneração variável dos executivos, entre elas o uso de outorgas de opções de compra de ações, a composição do conselho de administração, dando ênfase à representatividade dos conselheiros independentes e à dualidade entre Chairman e CEO, e o percentual do capital social das companhias que está sob propriedade dos executivos. Como proxy para custo de agência, foram utilizados os indicadores Asset Turnover Ratio e General & Administrative Expenses (G&A) como percentual da Receita Líquida. Neste contexto, foram estabelecidas duas hipóteses de pesquisa e estimados modelos de regressão em painel controlados por efeitos fixos de tempo e empresa, empregando como variável dependente as variáveis proxy do custo de agência e utilizando as variáveis endividamento e tamanho das empresas como variáveis de controle. Os resultados dos modelos demonstram que, na amostra selecionada, há uma relação positiva e significativa entre o percentual da remuneração variável e as proxies de custo de agência, comportamento este contrário ao esperado originalmente. Conclui-se assim que as empresas que apresentam uma maior composição variável no total remunerado ao executivo, incorrem em um maior custo de agência, o que leva à conclusão de que tais ferramentas não são boas estratégias de alinhamento de interesses entre executivos e acionistas. As demais variáveis de monitoramento interno não apresentaram significância.
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This thesis addresses the question of how business schoolsestablished as public privatepartnerships (PPPs) within a regional university in the English-speaking Caribbean survived for over twenty-one years and achieved legitimacy in their environment. The aim of the study was to examine how public and private sector actors contributed to the evolution of the PPPs. A social network perspective provided a broad relational focus from which to explore the phenomenon and engage disciplinary and middle-rangetheories to develop explanations. Legitimacy theory provided an appropriate performance dimension from which to assess PPP success. An embedded multiple-case research design, with three case sites analysed at three levels including the country and university environment, the PPP as a firm and the subgroup level constituted the methodological framing of the research process. The analysis techniques included four methods but relied primarily on discourse and social network analysis of interview data from 40 respondents across the three sites. A staged analysis of the evolution of the firm provided the ‘time and effects’ antecedents which formed the basis for sense-making to arrive at explanations of the public-private relationship-influenced change. A conceptual model guided the study and explanations from the cross-case analysis were used to refine the process model and develop a dynamic framework and set of theoretical propositions that would underpin explanations of PPP success and legitimacy in matched contexts through analytical generalisation. The study found that PPP success was based on different models of collaboration and partner resource contribution that arose from a confluence of variables including the development of shared purpose, private voluntary control in corporate governance mechanisms and boundary spanning leadership. The study contributes a contextual theory that explains how PPPs work and a research agenda of ‘corporate governance as inspiration’ from a sociological perspective of ‘liquid modernity’. Recommendations for policy and management practice were developed.
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Implementation of social investments through corporate foundations is growing and, therefore, it is important to study their governance aspects better. Governance is conceptualized as a set of control and incentive mechanisms to overcome the so-called agency conflicts, which originate from the separation of property and management in for-profit organizations, a concept also applied to nonprofit institutions. It is argued that corporate foundations have the characteristics both of companies and of civil society organizations, which distinguishes them from both types of organizations. This paper analyses a study in which a set of governance mechanisms, adapted from those identified by a literature review of corporate and nonprofit governance, was selected for study. It is an exploratory descriptive case study, which analyzed data about eight organizations collected through publications and interviews with their CEOs. The data analysis indicates that it is appropriate to distinguish the different organization types and to apply the agency theory. Research results indicate that the selected governance mechanisms may be adapted and used in corporate foundations. However, they are only partially applied in the observed cases, which suggests the need for further studies that might consolidate these practices in such organizations.
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Corporate governance is the system by which organisations direct and control their functions and relate to their stakeholders in order to manage their business, achieve their mission and objectives and meet the necessary standards of accountability, integrity and propriety. It is a key element in improving efficiency and accountability as well as enhancing openness and transparency. A significant element of the Governmentâ?Ts programme for health service reform is the strengthening of governance and accountability arrangements across the health system. Read the Report (PDF, 1mb)
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The three essays constituting this thesis focus on financing and cash management policy. The first essay aims to shed light on why firms issue debt so conservatively. In particular, it examines the effects of shareholder and creditor protection on capital structure choices. It starts by building a contingent claims model where financing policy results from a trade-off between tax benefits, contracting costs and agency costs. In this setup, controlling shareholders can divert part of the firms' cash ows as private benefits at the expense of minority share- holders. In addition, shareholders as a class can behave strategically at the time of default leading to deviations from the absolute priority rule. The analysis demonstrates that investor protection is a first order determinant of firms' financing choices and that conflicts of interests between firm claimholders may help explain the level and cross-sectional variation of observed leverage ratios. The second essay focuses on the practical relevance of agency conflicts. De- spite the theoretical development of the literature on agency conflicts and firm policy choices, the magnitude of manager-shareholder conflicts is still an open question. This essay proposes a methodology for quantifying these agency conflicts. To do so, it examines the impact of managerial entrenchment on corporate financing decisions. It builds a dynamic contingent claims model in which managers do not act in the best interest of shareholders, but rather pursue private benefits at the expense of shareholders. Managers have discretion over financing and dividend policies. However, shareholders can remove the manager at a cost. The analysis demonstrates that entrenched managers restructure less frequently and issue less debt than optimal for shareholders. I take the model to the data and use observed financing choices to provide firm-specific estimates of the degree of managerial entrenchment. Using structural econometrics, I find costs of control challenges of 2-7% on average (.8-5% at median). The estimates of the agency costs vary with variables that one expects to determine managerial incentives. In addition, these costs are sufficient to resolve the low- and zero-leverage puzzles and explain the time series of observed leverage ratios. Finally, the analysis shows that governance mechanisms significantly affect the value of control and firms' financing decisions. The third essay is concerned with the documented time trend in corporate cash holdings by Bates, Kahle and Stulz (BKS,2003). BKS find that firms' cash holdings double from 10% to 20% over the 1980 to 2005 period. This essay provides an explanation of this phenomenon by examining the effects of product market competition on firms' cash holdings in the presence of financial constraints. It develops a real options model in which cash holdings may be used to cover unexpected operating losses and avoid inefficient closure. The model generates new predictions relating cash holdings to firm and industry characteristics such as the intensity of competition, cash flow volatility, or financing constraints. The empirical examination of the model shows strong support of model's predictions. In addition, it shows that the time trend in cash holdings documented by BKS can be at least partly attributed to a competition effect.
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We examine for the first time the association of different measures of ownership and control, and separation ratios with firm’s value and performance for 108 non-financial firms that traded their stock during the period 1998 to 2002. We found that large blockholders exert a positive influence upon firm’s valuation and performance, which validates the positive monitoring approach of large shareholders, but also found that this relation is not monotone implying that when separation of control and ownership tends to increase, a negative effect is exerted on firm’s valuation. Furthermore, we report first estimates of a survey of corporate governance practices conducted in 2004 for 43 Colombian non-financial companies. The index’s scores suggest that implementation of good governance in Colombian firms has been slow and poor as measured by the average of the Index that is below half the maximum attainable value. Regrettably, we did not find any support to recent theories that predict a positive association between good governance practices, measured by the CGI, and performance. At most there exists a positive relationship for sub-index but the results were not statistically significant in general.