956 resultados para Rural development projects
Resumo:
A actividade vitivinícola possui um conjunto diverso de características presentes no solo, território e comunidade que fazem parte do património cultural de uma determinada região. Quando a tradição se traduz num conceito como terroir que é formado por características territoriais, sociais e culturais de uma região rural, o vinho apresenta uma “assinatura” que se escreve “naturalmente” no paladar regionalmente identificado. Os vinhos da Região de Nemea, na Grécia e de Basto (Região dos Vinhos Verdes) em Portugal, estão ambos sob a proteção dos regulamentos das Denominações de Origem. No entanto, apesar de ambos serem regulados por sistemas institucionais de certificação e controlo de qualidade, afigura-se a necessidade de questionar se o património cultural e a identidade territorial específica, “impressa” em ambos os terroirs, pode ser protegida num sentido mais abrangente do que apenas origem e qualidade. Em Nemea, a discussão entre os produtores diz respeito ao estabelecimento de sub-zonas, isto é incluir na regulação PDO uma diferente categorização territorial com base no terroir. Ou seja, para além de estar presente no rótulo a designação PDO, as garrafas incluirão ainda informação certificada sobre a área específica (dentro do mesmo terroir) onde o vinho foi produzido. A acontecer resultaria em diferentes status de qualidade de acordo com as diferentes aldeias de Nemea onde as vinhas estão localizadas. O que teria possíveis impactos no valor das propriedades e no uso dos solos. Para além disso, a não participação da Cooperativa de Nemea na SON (a associação local de produtores de vinho) e como tal na discussão principal sobre as mudanças e os desafios sobre o terroir de Nemea constitui um problema no sector vitivinícola de Nemea. Em primeiro lugar estabelece uma relação de não-comunicação entre os dois mais importantes agentes desse sector – as companhias vinícolas e a Cooperativa. Em segundo lugar porque constituiu uma possibilidade real, não só para os viticultores ficarem arredados dessa discussão, como também (porque não representados pela cooperativa) ficar impossibilitado um consenso sobre as mudanças discutidas. Isto poderá criar um ‘clima’ de desconfiança levando a discussão para ‘arenas’ deslocalizadas e como tal para decisões ‘desterritorializadas’ Em Basto, há vários produtores que começaram a vender a sua produção para distribuidoras localizadas externamente à sub-região de Basto, mas dentro da Região dos Vinhos Verdes, uma vez que essas companhias tem um melhor estatuto nacional e internacional e uma melhor rede de exportações. Isto está ainda relacionado com uma competição por uma melhor rede de contactos e status mais forte, tornando as discussões sobre estratégias comuns para o desenvolvimento rural e regional de Basto mais difícil de acontecer (sobre isto a palavra impossível foi constantemente usada durante as entrevistas com os produtores de vinho). A relação predominante entre produtores é caracterizada por relações individualistas. Contudo foi observado que essas posições são ainda caracterizadas por uma desconfiança no interior da rede interprofissional local: conflitos para conseguir os mesmos potenciais clientes; comprar uvas a viticultores com melhor rácio qualidade/preço; estratégias individuais para conseguir um melhor status político na relação com a Comissão dos Vinhos Verdes. Para além disso a inexistência de uma activa intermediação institucional (autoridades municipais e a Comissão de Vinho Verde), a inexistência entre os produtores de Basto de uma associação ou mesmo a inexistência de uma cooperativa local tem levado a região de Basto a uma posição de subpromoção nas estratégias de promoção do Vinho Verde em comparação com outras sub-regiões. É também evidente pelos resultados que as mudanças no sector vitivinícolas na região de Basto têm sido estimuladas de fora da região (em resposta também às necessidades dos mercados internacionais) e raramente de dentro – mais uma vez, ‘arenas’ não localizadas e como tal decisões desterritorializadas. Nesse sentido, toda essa discussão e planeamento estratégico, terão um papel vital na preservação da identidade localizada do terroir perante os riscos de descaracterização e desterritorialização. Em suma, para ambos os casos, um dos maiores desafios parece ser como preservar o terroir vitivinícola e como tal o seu carácter e identidade local, quando a rede interprofissional em ambas as regiões se caracteriza, tanto por relações não-consensuais em Nemea como pelo modus operandi de isolamento sem comunicação em Basto. Como tal há uma necessidade de envolvimento entre os diversos agentes e as autoridades locais no sentido de uma rede localizada de governança. Assim sendo, em ambas as regiões, a existência dessa rede é essencial para prevenir os efeitos negativos na identidade do produto e na sua produção. Uma estratégia de planeamento integrado para o sector será vital para preservar essa identidade, prevenindo a sua desterritorialização através de uma restruturação do conhecimento tradicional em simultâneo com a democratização do acesso ao conhecimento das técnicas modernas de produção vitivinícola.
Resumo:
Doutoramento em Gestão
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In Bosnia Herzegovina the development of clear policy objectives and endorsement of a long-term, coherent and mutual agricultural and rural development policy have also been affected by structural problems: a lack of reliable information on population and other relevant issues, the absence of an adequate land registry system and cadastre. Moreover in BiH the agricultural and rural sectors are characterized by many factors that have typically affected transition countries such as land fragmentation, lack of agricultural mechanization and outdated production technologies, and rural aging, high unemployment and out-migration. In such a framework the condition and role of women in rural areas suffered for the lack of gender disaggregated data and a consequent poor information that lead to the exclusion of gender related questions in the agenda of public institutions and to the absence of targeted policy interventions. The aim of the research is to investigate the role and condition of women in the rural development process of Republic of Srpska and to analyze the capacity of extension services to stimulate their empowerment. Specific research questions include the status of women in the rural areas of Republic of Srpska, the role of government in fostering the empowerment of rural women, and the role of the extension service in supporting rural women. The methodology - inspired by the case study method developed by R. Yin - is designed along the three specific research questions that are used as building blocks. Each of the three research questions is investigated with a combination of methodological tools - including surveys, experts interviews and focus groups - aimed to overcome the lack of data and knowledge that characterize the research objectives.
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With an increasing demand for rural resources and land, new challenges are approaching affecting and restructuring the European countryside. While creating opportunities for rural living, it has also opened a discussion on rural gentrification risks. The concept of rural gentrification encircles the influx of new residents leading to an economic upgrade of an area making it unaffordable for local inhabitants to stay in. Rural gentrification occurs in areas perceived as attractive. Paradoxically, in-migrants re-shape their surrounding landscape. Rural gentrification may not only cause displacement of people but also landscape values. Thus, this research aims to understand the twofold role of landscape in rural gentrification theory: as a possible driver to attract residents and as a product shaped by its residents. To understand the potential gentrifiers’ decision process, this research has provided a collection of drivers behind in-migration. Moreover, essential indicators of rural gentrification have been collected from previous studies. Yet, the available indicators do not contain measures to understand related landscape changes. To fill this gap, after analysing established landscape assessment methodologies, evaluating the relevance for assessing gentrification, a new Landscape Assessment approach is proposed. This method introduces a novel approach to capture landscape change caused by gentrification through a historical depth. The measures to study gentrification was applied on Gotland, Sweden. The study showed a population stagnating while the number of properties increased, and housing prices raised. These factors are not indicating positive growth but risks of gentrification. Then, the research applied the proposed Landscape Assessment method for areas exposed to gentrification. Results suggest that landscape change takes place on a local scale and could over time endanger key characteristics. The methodology contributes to a discussion on grasping nuances within the rural context. It has also proven useful for indicating accumulative changes, which is necessary in managing landscape values.
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Informe final del projecte realitzat per al Centre de Cooperació per al Desenvolupament de la UPC.
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Las conductas, prácticas y actitudes de los pequeños productores agropecuarios muchas veces carecen de sentido si son vistas exclusivamente desde el punto de vista técnico. Atendiendo a la importancia de perfeccionar y potenciar las prácticas de extensión rural, resulta de particular interés aportar a la comprensión del mundo de sentido subjetivo de los pequeños productores, para generar estrategias de mayor impacto. De esta forma, se llevó a cabo una investigación cualitativa en la localidad de Misión Tacaaglé, (provincia de Formosa, Argentina) que permitió contribuir a la descripción de la representación social que los pequeños productores tienen del extensionista, actor de suma importancia para distintas iniciativas de desarrollo rural. La metodología utilizada incluyó observación participante y toma de entrevistas abiertas y semiestructuradas. Concretamente, en el artículo se describen (1) los sentidos asociados a la figura del extensionista, (2) la función asignada a este profesional y (3) las características valoradas en él. Las conclusiones señalan la importancia de comprender el punto de vista del pequeño productor, con el fin de generar estrategias de intervención más efectivas y duraderas. Finalmente, se destaca la tendencia de los pequeños productores a adoptar posicionamientos pasivos y a valorar de manera ambivalente al extensionista, lo que habla de la necesidad de generar vínculos horizontales y dialógicos entre técnicos y productores con el fin de superar estas limitaciones.
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Las conductas, prácticas y actitudes de los pequeños productores agropecuarios muchas veces carecen de sentido si son vistas exclusivamente desde el punto de vista técnico. Atendiendo a la importancia de perfeccionar y potenciar las prácticas de extensión rural, resulta de particular interés aportar a la comprensión del mundo de sentido subjetivo de los pequeños productores, para generar estrategias de mayor impacto. De esta forma, se llevó a cabo una investigación cualitativa en la localidad de Misión Tacaaglé, (provincia de Formosa, Argentina) que permitió contribuir a la descripción de la representación social que los pequeños productores tienen del extensionista, actor de suma importancia para distintas iniciativas de desarrollo rural. La metodología utilizada incluyó observación participante y toma de entrevistas abiertas y semiestructuradas. Concretamente, en el artículo se describen (1) los sentidos asociados a la figura del extensionista, (2) la función asignada a este profesional y (3) las características valoradas en él. Las conclusiones señalan la importancia de comprender el punto de vista del pequeño productor, con el fin de generar estrategias de intervención más efectivas y duraderas. Finalmente, se destaca la tendencia de los pequeños productores a adoptar posicionamientos pasivos y a valorar de manera ambivalente al extensionista, lo que habla de la necesidad de generar vínculos horizontales y dialógicos entre técnicos y productores con el fin de superar estas limitaciones.
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Las conductas, prácticas y actitudes de los pequeños productores agropecuarios muchas veces carecen de sentido si son vistas exclusivamente desde el punto de vista técnico. Atendiendo a la importancia de perfeccionar y potenciar las prácticas de extensión rural, resulta de particular interés aportar a la comprensión del mundo de sentido subjetivo de los pequeños productores, para generar estrategias de mayor impacto. De esta forma, se llevó a cabo una investigación cualitativa en la localidad de Misión Tacaaglé, (provincia de Formosa, Argentina) que permitió contribuir a la descripción de la representación social que los pequeños productores tienen del extensionista, actor de suma importancia para distintas iniciativas de desarrollo rural. La metodología utilizada incluyó observación participante y toma de entrevistas abiertas y semiestructuradas. Concretamente, en el artículo se describen (1) los sentidos asociados a la figura del extensionista, (2) la función asignada a este profesional y (3) las características valoradas en él. Las conclusiones señalan la importancia de comprender el punto de vista del pequeño productor, con el fin de generar estrategias de intervención más efectivas y duraderas. Finalmente, se destaca la tendencia de los pequeños productores a adoptar posicionamientos pasivos y a valorar de manera ambivalente al extensionista, lo que habla de la necesidad de generar vínculos horizontales y dialógicos entre técnicos y productores con el fin de superar estas limitaciones.
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Some issues also have a distinctive title.
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Description based on: 1992.
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"March, 1987"--Cover.
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This honors thesis is an anthropological exploration of women's cooperatives in two regions of rural Morocco. Specifically, I am interested in how contemporary development projects such as the cooperative are understood by the peoples of these regions. By conducting first-hand ethnographic research among women's cooperatives in two drastically different environments of rural Morocco, I gain further insight into the roles that culture and geography play in determining the 'success' of cooperatives inlocal communities. In using the term 'success,' I will compare notions of success as used by both Western development organizations as well as local people in Morocco. I examine and analyze the very delicate and complex interaction that occurs between largely Western development agencies and local cultures particularly through the lens of gender. I will also convey the importance of an exchange of cultural practices through development projects rather than the imposition of one cultural system on another. In writing this thesis, I hope to contribute to the growing field of the anthropologyof development, a subset of cultural anthropology that examines international development practices and the economic, social, and political factors that have an impact on the local culture. I examine cooperatives from the perspectives of both the people whoparticipate in them through personal interviews as well as development institutions through an ongoing body of published literature. Focusing on gender implications that such development initiatives have on the rural cultures of Morocco, I argue that gender identities are crucial aspects of local cultures that must be addressed within development practices. On a broader scale, I argue that a deeper knowledge of local cultures is essential if development agencies are to be 'successful' in non-Western cultures.
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Contemporary strategies for rural development in Australia are based upon notions of self-help and bottom-up, community-based initiatives which are said to 'empower' the individual from the imposing structures of government intervention. While such strategies are not entirely new to Australia, they have, it seems, been inadequately theorised to date and are generally regarded, in rather functionalist terms, as indicative of attempts to cut back on public expenditure. Harnessing itself to the 'governmentality' perspective, this paper explores government and 'expert' discourses of rural community development in Queensland and suggests, instead, that these strategies are indicative of an advanced liberal form of rule which seeks to 'govern through community'. With this in mind, three basic research questions are identified as worthy of further exploration; how are the notions of self-governing individuals and communities constructed in political discourse; what political rationalities are used to justify current levels of(non) intervention and finally; what are the discourses, forms and outcomes of empowerment at the local level? The paper concludes by arguing that while the empowering effects of self-help are frequently cited as its greatest virtue, it is not so much control as the added burden of responsibility that is being devolved to local people. Given the emphasis of the governmentality perspective on strategies for 'governing at a distance', however, these conclusions can hardly be unexpected. (C) 2000 Elsevier Science Ltd, All rights reserved.