999 resultados para Azadirachta indica A. Juss.
Resumo:
Este trabalho avaliou, em laboratório, a toxicidade, a repelência e a deterrência de extratos aquosos de sementes, de folhas e de frutos de Cabralea canjerana ssp. polytricha (Meliaceae) sobre o curuquerê-da-couve Ascia monuste orseis (Lepidoptera). Extratos aquosos a 3, 5 e 10% foram obtidos por infusão do material biológico seco triturado em água destilada e filtrado após 24 h. Dentro de 48 h após o preparo, folhas de couve foram mergulhadas nos extratos ou em água destilada e utilizadas para avaliar o efeito dos extratos na percentagem de sobrevivência e no tempo de vida das larvas. A repelência e a deterrência dos extratos foram avaliadas em testes com e sem chance de escolha de folhas tratadas ou não, avaliando-se, comparativamente, a área consumida e o número de larvas por porção foliar. Houve 100% de mortalidade das larvas nos tratamentos, em contraste com a sobrevivência de 87% delas no controle. Larvas alimentadas com folhas tratadas sobreviveram significativamente menos que larvas do controle. Ao contrário de extratos de folhas e frutos, extratos de sementes apresentaram efeito repelente, mas não intenso o suficiente para evitar o consumo foliar. Houve redução no consumo foliar pelas larvas submetidas ao extrato a 10% nos experimentos com chance de escolha. Quando larvas não tiveram opção de consumir folhas sem extratos, alimentavam-se de folhas tratadas, porém com menor consumo, principalmente nas concentrações de 10 e 5%.
Resumo:
Pesquisas indicaram que a ocorrência de queimadas pode ocasionar comportamentos fenológicos divergentes aos padrões comumente descritos. Este estudo teve como objetivo avaliar se a deciduidade foliar pode indicar a vulnerabilidade de espécies lenhosas ao fogo. Os Ãndices de atividade e intensidade de diferentes fenofases foram comparados entre indivÃduos queimados e não queimados de espécies lenhosas com diferentes graus de deciduidade foliar (decÃdua, semidecÃdua e sempre-verde). Para a espécie decÃdua, as fenofases vegetativas foram similares entre indivÃduos queimados e não queimados. IndivÃduos queimados de uma espécie semidecÃdua apresentaram maior intensidade e atividade das fenofases vegetativas. Para as espécies sempre-verdes, foi registrado o estÃmulo à produção de novas folhas, retardamento de folhas expandidas e senescentes para indvÃduos queimados. Quanto à fenologia reprodutiva, em indivÃduos queimados, foram registradas menor intensidade e atividade de frutos verdes e maduros para espécies decÃdua e semidecÃdua, bem como o estÃmulo da floração e da frutificação para as espécies sempre-verdes. A periodicidade das fenofases pode ser modulada pela ocorrência do fogo mesmo após um intervalo de dois anos. O efeito do fogo foi gradualmente mais pronunciado de espécies decÃduas à s sempre-verdes, o que indica maior vulnerabilidade de espécies lenhosas sempre-verdes a esse distúrbio.
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ABSTRACT The Paratudo (Tabebuia aurea) is a species occurring in the Pantanal of Miranda, Mato Grosso do Sul, Brazil, an area characterized by seasonal flooding. To evaluate the tolerance of this plant to flooding, plants aged four months were grown in flooded soil and in non-flooded soil (control group). Stomatal conductance, transpiration and CO2 assimilation were measured during the stress (48 days) and recovery (11 days) period, totalling 59 days. The values of stomatal conductance of the control group and stressed plants at the beginning of the flooded were 0.33 mol m-2s-1 and reached 0.02 mol m-2 s-1 (46th day) at the end of this event. For the transpiration parameter, the initial rate was 3.1 mol m s-1, and the final rate reached 0.2 or 0.3 mol m-2 s-1 (47/48 th day). The initial photosynthesis rate was 8.9 mmol m-2s-1 and oscillated after the sixth day, and the rate reached zero on the 48th day. When the photosynthesis rate reached zero, the potted plants were dried, and the rate was analyzed (11th day). The following values were obtained for dried plants: stomatal conductance = 0.26 mol m-2 s-1, transpiration rate = 2.5 mol m-2 s-1 and photosynthesis rate = 7.8 mmol m-2 s-1. Flooded soil reduced photosynthesis and stomatal conductance, leading to the hypertrophy of the lenticels. These parameters recovered and after this period, and plants exhibited tolerance to flooding stress by reducing their physiological activities.
Resumo:
Relata-se um surto espontâneo de intoxicação em suÃnos pela ingestão de sementes de Aeschynomene indica e a reprodução da doença nessa espécie animal. O surto espontâneo ocorreu numa propriedade de criação de suÃnos localizada na região central do Rio Grande do Sul. Nessa propriedade havia 100 suÃnos (20 matrizes e 80 suÃnos jovens de várias categorias). Os suÃnos eram alimentados com uma ração feita na propriedade pela mistura de 50% farelo de milho, 25% de farelo de soja, 5% de um suplemento vitamÃnico-mineral de origem comercial e 20% quirera de arroz contaminada por 40% de sementes de A. indica. Embora aparentemente todos os suÃnos tenham recebido a mesma ração, apenas os suÃnos de 45 dias de idade foram afetados; as taxas de morbidade, mortalidade e letalidade foram respectivamente 25%-40%, 8,5%-20% e 25%-66%. Os sinais clÃnicos apareceram cerca de 24 horas após o inÃcio da administração da ração contendo sementes de A. indica e incluÃam vários graus de incoordenação no andar, quedas, decúbito esternal com membros pélvicos posicionados afastados entre si, decúbito lateral e morte. Não foi possÃvel determinar quantos suÃnos se recuperaram e quanto tempo levou a recuperação. Um suÃno foi submetido à eutanásia e necropsiado na propriedade. A doença foi reproduzida em 5 suÃnos jovens (A-E) alimentados com uma ração contendo 10% (SuÃno A), 15% (SuÃno B) e 20% (SuÃnos C-E) de sementes de A. indica e em um suÃno mais velho (SuÃno F) que recebeu uma ração com 16,5% de sementes de A. indica. Os sinais clÃnicos foram semelhantes aos observados nos suÃnos do surto espontâneo. Os SuÃnos A, B e F foram submetidos à eutanásia e os SuÃnos C-E morreram de uma doença aguda respectivamente 16, 21 e 24 horas após o inÃcio do experimento. Os achados de necropsia incluÃam acentuada hiperemia das leptomeninges em todos os suÃnos, grandes quantidades de sementes de A. indica no estômago e avermelhamento transmural da parede do intestino e conteúdo intestinal sanguinolento nos SuÃnos C-E. Um hematoma foi observado no pulmão do SuÃno C. Os achados histopatológicos no encéfalo dos suÃnos alimentados com as maiores concentrações (20%) de sementes de A. indica (C-E) consistiram em áreas focais e simétricas de congestão, edema, hemorragia e tumefação do endotélio vascular em diversos núcleos e no córtex telencefálico. Nos SuÃnos A e B, que receberam menores concentrações das sementes de A. indica, e no SuÃno F, caso espontâneo da doença, as alterações histológicas no encéfalo consistiam de áreas bem definidas de malacia focal simétrica; nessas áreas a neurópila normal era obliterada por numerosos macrófagos espumosos dispostos em estreita aposição, astrocitose e capilares com endotélios tumefeitos. Os focos de malacia focal simétrica em suÃnos intoxicados com sementes de A. indica afetavam os núcleos cerebelares e vestibulares, a substância negra, o putâmen e os núcleos mesencefálicos, oculomotor e núcleo vermelho. Esses dados indicam que a ingestão de sementes de A. indica é responsável por essa condição neurológica, que a doença pode ser fatal e que parece afetar igualmente suÃnos jovens e adultos. O desenlace clÃnico e as alterações patológicas são dependentes da dose e as lesões encefálicas progridem de danos vasculares a edema vasogênico, hemorragia e malacia.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito protetor da acetamida nas intoxicações experimentais por Pseudocalymma elegans em ovinos, caprinos e coelhos, com a finalidade de comprovar indiretamente que o monofluoroacetato (MF) é responsável pelos sinais clÃnicos e a morte dos animais que ingerem essa planta. Foram realizados experimentos para determinar a dose letal da planta coletada em Rio Bonito, RJ, em diferentes épocas do ano para ovinos e caprinos e ajustar a dose de acetamida a ser administrada. - No primeiro experimento, dois ovinos e dois caprinos receberam 1,0g/kg de P. elegans fresca e um animal de cada espécie foi tratado previamente com 2,0g/kg de acetamida. Nenhum animal apresentou alterações clÃnicas ou morreu. Ao que tudo indica a planta poderia estar menos tóxica, já que foi coletada no fim da estação das águas. - No segundo experimento, dois ovinos e dois caprinos receberam 0,67 e 1,0g/kg da planta dessecada, após tratamento prévio, com 2,0 e 3,0g/kg de acetamida, respectivamente. Todos os animais morreram, pois administramos doses muito altas de P. elegans. - No terceiro experimento, dois ovinos e dois caprinos receberam 0,333g/kg de P. elegans dessecada, após administração prévia de 2,0 g/kg de acetamida. Uma semana depois, o protocolo acima foi repetido, porém sem o antÃdoto. Nos experimentos com coelhos, foram administradas doses de 0,5 e 1,0g/kg de elegans dessecada após a administração de 3,0g/kg de acetamida. Sete dias depois, repetiu-se o protocolo, com exceção da administração de acetamida. Esta, quando administrada previamente, evitou o aparecimento dos sinais clÃnicos e a morte dos ovinos, caprinos e coelhos, já os animais não tratados com acetamida apresentaram sintomatologia e morreram. Clinicamente, os ovinos e caprinos manifestaram taquicardia, jugulares ingurgitadas, pulso venoso positivo, decúbito esternal e tremores musculares. Na "fase dramática", os animais caÃam em decúbito lateral, esticavam os membros, faziam movimentos de pedalagem e morriam em poucos minutos. Nos coelhos observaram-se apatia, tremores musculares, decúbito lateral e vocalização minutos antes da morte. A avaliação macroscópica revelou, nos ovinos e caprinos, jugulares ingurgitadas, aurÃculas, veia cava caudal e cranial dilatadas, além de edema pulmonar, congestão hepática e edema na subserosa da vesÃcula biliar. Nos coelhos as principais alterações observadas foram aurÃculas dilatadas, veia cava caudal e cranial ingurgitadas, fÃgado e vasos do diafragma congestos. O exame histopatológico revelou, em dois ovinos e um caprino, degeneração hidrópico-vacuolar dos túbulos urinÃferos contornados distais associada à cariopicnose. Nos coelhos havia congestão hepática acentuada com numerosos corpúsculos de choque. Nossos resultados comprovam, de forma indireta, que MF é responsável pela morte dos animais que ingerem essa planta, uma vez que compostos "doadores de acetato" como a acetamida, são capazes de reduzir a inibição competitiva do MF pelo mesmo sÃtio ativo (Coenzima A), o que impede a formação do fluorocitrato, seu metabólito ativo, formado no organismo por meio da denominada "sÃntese letal"
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo avaliar e comparar o efeito protetor da acetamida nas intoxicações experimentais por monofluoroacetato (MF) e por folhas frescas de Palicourea marcgravii em bovinos, no intuito de confirmar, de forma prática, que esse composto é o princÃpio tóxico responsável pelo quadro clÃnico-patológico e pela morte dos animais intoxicados por essa planta. Três bovinos receberam MF, por via oral, na dose de 0,5mg/kg e, em seguida, a dois desses animais administraram-se acetamida, por via oral, nas doses de 0,38 e 2,0g/kg. Outros dois bovinos receberam 1,0g/kg de P. marcgravii, em seguida, a um deles administrou-se 1,0 g/kg de acetamida. Acetamida, quando administrada em quantidades suficientes (maior dose), evitou o aparecimento dos sinais clÃnicos e a morte de todos os animais que receberam MF ou P. marcgravii. Tal efeito protetor foi, de fato, confirmado após uma semana, quando o mesmo protocolo experimental foi repetido, para cada bovino, porém sem a administração de acetamida. Todos os bovinos não tratados com acetamida manifestaram sinais clÃnicos e morreram subitamente. O quadro clÃnico-patológico manifestado pelos bovinos intoxicados por MF ou P. marcgravii foi semelhante e, caracterizou-se por "morte súbita". Os animais em geral, apresentaram taquicardia, taquipnéia, tremores musculares, jugular repleta com pulso venoso positivo, polaquiúria, instabilidade, perda de equilÃbrio, por vezes, cambaleavam e apoiavam a cabeça no flanco. Na fase final, todos os animais deitavam-se e levantavam-se com maior frequencia, deitavam ou caÃam em decúbito lateral, esticavam os membros, faziam movimentos de pedalagem, apresentavam respiração ofegante, arritmia, opistótono, nistagmo, mugiam e morriam. A duração da "fase dramática" variou de 2 a 26min. À necropsia verificaram-se, em geral, aurÃculas, jugulares, ázigos e pulmonares leve a moderadamente ingurgitadas, leve a acentuado edema da subserosa da vesÃcula biliar, sobretudo, na sua inserção no fÃgado, bem como moderada quantidade de lÃquido espumoso róseo na traquéia e brônquios. O exame histopatológico revelou, no rim de todos os animais, leve até acentuada degeneração hidrópico-vacuolar das células epiteliais dos túbulos urinÃferos contornados distais associada à picnose nuclear; no fÃgado, havia leve a moderada congestão, discreta a moderada tumefação e moderada vacuolização de hepatócitos, predominantemente, centrolobular, necrose de coagulação individual ou de grupos de hepatócitos e corpúsculos de choque. Os dados obtidos neste trabalho comprovam, de forma prática, que MF é o princÃpio tóxico de P. marcgravii responsável pelo quadro clÃnico-patológico e a morte dos animais que ingerem e se intoxicam naturalmente por essa planta, uma vez que a acetamida atua como antÃdoto eficaz (efeito antagônico) de forma idêntica em ambas as intoxicações.
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Dentre as causas da ineficácia no controle de plantas daninhas destaca-se a resistência delas aos herbicidas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a suspeita de resistência de Eleusine indica a inibidores de acetil-CoA carboxilase (ACCase) e investigar a ocorrência de resistência cruzada entre os inibidores de ACCase. Biótipo de Eleusine indica originado do Mato Grosso com suspeita de resistência aos herbicidas inibidores de ACCase foi avaliado em casa de vegetação na sua suscetibilidade para diversos produtos do grupo dos ariloxifenoxipropionatos e cicloexanodionas. Estudos de resposta à dose confirmaram que o biótipo era 18 vezes mais insensÃvel ao sethoxydim do que biótipo suscetÃvel nunca aspergido com herbicidas. Também se constatou resistência cruzada ao fenoxaprop, cyhalofop, propaquizafop e butroxydim. Não se observou resistência cruzada aos produtos fluazifop, haloxyfop, quizalofop e clethodim.
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Determinações bioquÃmicas e fÃsico-quÃmicas são úteis para verificar o tipo de interação herbicida. Três experimentos foram conduzidos com dois herbicidas geradores de estresse oxidativo para demonstrar o possÃvel sinergismo em sua associação. Plantas de girassol foram cultivadas em solução nutritiva até o estádio de dois pares de folhas, quando então os herbicidas foram aplicados. Os tratamentos consistiram de metribuzin a 0 e 0,28 µmol L-1 e clomazone a 0 e 80 µmol L-1, com quatro repetições, isolados e em mistura. No material coletado, três dias após a aplicação, determinou-se o malondialdeÃdo (MDA), pelo método das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Em outro experimento, os herbicidas foram testados sobre 40 discos de 4 mm de folhas de girassol imersas em 5 mL de tampão MES-NaOH, em pH 6,5. Os tratamentos consistiram de metribuzin a 0 e 12 µmol L-1 e clomazone a 0 e 237 µmol L¹, com quatro repetições, isolados e em mistura. Os discos foliares tratados foram incubados por 24 h no escuro a 24 ºC e por 36 h sob luz, à mesma temperatura. A condutividade eletrolÃtica da solução foi então medida. Em relação ao metribuzin e clomazone aplicados isoladamente, a mistura dos dois herbicidas aumentou o equivalente MDA em 217 e 166%, e a condutividade eletrolÃtica, em 37 e 41%, respectivamente. Esses resultados demonstram, em nÃvel bioquÃmico e fÃsico-quÃmico, a existência de sinergismo na mistura de metribuzin e clomazone, nas doses estudadas.
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Objetivou-se neste estudo avaliar a eficiência de controle de herbicidas inibidores da ACCase aplicados em pós-emergência em plantas de Eleusine indica submetidas a diferentes teores de água no solo. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, com a aplicação de três diferentes herbicidas (fluazifop-p-butil, haloxyfop-methyl e sethoxydim + óleo mineral Assist); o delineamento experimental utilizado para cada herbicida foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, constituÃdo de um fatorial 3 x 4, sendo a combinação de três manejos hÃdricos (-0,03, -0,07 e -1,5 MPa) e quatro doses desses produtos (100, 50, 25 e 0% da dose recomendada). Os parâmetros fisiológicos avaliados foram: taxa fotossintética, condutância estomática, transpiração, temperatura da folha e matéria seca das plantas. As avaliações visuais de fitotoxicidade foram realizadas aos 14 dias após a aplicação. Os manejos hÃdricos aplicados não influenciaram o controle das plantas nos tratamentos testados, com exceção do herbicida sethoxydim, que teve sua eficiência hÃdrica prejudicada quando da deficiência hÃdrica nas aplicações das doses fracionadas. A taxa fotossintética, a transpiração e a condutância estomática foram maiores em plantas submetidas ao manejo hÃdrico de 13%, as quais apresentaram as menores temperaturas foliares em relação à temperatura ambiente.
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Eleusine indica (goosegrass) is a diploid grass weed which has developed resistance to ACCase inhibitors during the last ten years due to the intensive and frequent use of sethoxydim to control grass weeds in soybean crops in Brazil. Plant dose-response assays confirmed the resistant behaviour of one biotype obtaining high resistance factor values: 143 (fenoxaprop), 126 (haloxyfop), 84 (sethoxydim) to 58 (fluazifop). ACCase in vitro assays indicated a target site resistance as the main cause of reduced susceptibility to ACCase inhibitors. PCR-generated fragments of the ACCase CT domain of the resistant and sensitive reference biotype were sequenced and compared. A point mutation was detected within the triplet of aspartate at the amino acid position 2078 (referred to EMBL accession no. AJ310767) and resulted in the triplet of glycine. These results constitute the first report on a target site mutation for a Brazilian herbicide resistant grass weed.
Resumo:
In the last growing seasons, goosegrass (Eleusine spp.) control failures have been observed following application of glyphosate on Roundup Ready® soybean in Rio Grande do Sul (RS) - Brazil, suggesting this species' resistance to the herbicide. Thus, the objectives of this study were to identify the occurrence of goosegrass resistance to the herbicide glyphosate in RS; and to determine the predominant species of the genus Eleusine, as well as the LD50 and GR50 of the suspected resistant biotypes. Two experiments were conducted under greenhouse conditions: one to identify the biotypes resistant to glyphosate, and the other, a dose-response curve experiment, as well as a study of the botanical characteristics of the species. In the first experiment, 39 biotypes were tested, mainly Eleusine indica, collected with suspected resistance to glyphosate. The glyphosate dose was 2,160 g e.a. ha-1, and the control was evaluated at 28 days after treatment. All biotypes were effectively controlled,with the biotypes from the municipality of Boa Vista do Incra showing greater tolerance. Two biotypes suspected of resistance (12.1 and 12.3) and a susceptible biotype in a dose-response experiment were tested at the following doses: 0, 135, 270, 540, 1,080, 1,620, and 2,160 g e.a. ha-1. The results of this experiment showed that biotype 12.1 does not present resistance to glyphosate and biotype 12.3 has a low level resistance since it is effectively controlled by the herbicide at the maximum dose.
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The natural infestations are composed of numerous species that compete for environmental resources such as water, light, nutrients and space. The objective of this study was to evaluate the interference of mixed infestations Sorghum sudanense (sudangrass) and Eleusine indica (goosegrass) in the presence of soybean and corn. The experimental design was completely randomized with four replications and the experimental units consisted of plastic pots with a volume capacity of 8 L. The treatments were associations of plants S. sudanense and E. indica in the proportions 8:0, 6:2, 4:4,2:6 and 0:8, respectively, corresponding to 100, 75, 50, 25 and 0% S. sudanense and the reverse for E. indica. In all treatments remained constant four soybean or corn plants per experimental unit. The variables analyzed in the weeds were shoot dry weight, root, total and height of plants. The competitive analysis was accomplished through diagrams applied to replacement series experiment and indexes of competiveness. The results indicated that E. indica was more competitive than S. sudanense in mixed infestations with corn. Rather, S. sudanense was more competitive than E. indica, in mixed infestations with soybean, demonstrating differences in competitiveness among the weeds.
Resumo:
A formação de ecótipos em Cabralea canjerana subsp. polytricha foi estudada em áreas de cerrado e vereda de uma reserva ecológica no municÃpio de Uberlândia, MG, utilizando modelos de genética quantitativa para medida de plasticidade fenotÃpica. Os ecótipos foram caracterizados quanto à altura dos indivÃduos, peso de frutos e sementes, número de sementes viáveis por fruto e sincronização no perÃodo de floração. Existe grande variabilidade genética para caracteres importantes na determinação do valor adaptativo da subspécie. Os genótipos respondem fenotipicamente à heterogeneidade ambiental, provocada pelo gradiente cerrado/vereda, em dois dos três caracteres observados. As respostas plásticas foram distintas entre os genótipos, quanto à direção e intensidade. Assincronia temporal de floração e o modo de ação de dispersores de sementes podem contribuir para a evolução da divergência entre ecótipos na área estudada.
Resumo:
A morfologia e anatomia de muitas espécies do cerrado são desconhecidas, sendo os frutos e sementes ainda menos estudados. Assim, esse trabalho objetivou estudar morfoanatomicamente os frutos e sementes de Byrsonima intermedia, uma das espécies mais freqüentes dos cerrados de São Paulo, descrevendo-os ontogeneticamente. Verificou-se que o ovário é súpero, tricarpelar e trilocular, com um óvulo por lóculo; a epiderme externa é unisseriada, com cutÃcula espessa no ápice e delgada na base do órgão; o mesofilo ovariano é multisseriado, parenquimático e vascularizado; a epiderme interna é unisseriada, com células que se dividem precocemente. Os óvulos são subcampilótropos, bitegumentados, com nucelo projetado através da micrópila; hipóstase e epÃstase são observadas. Durante o desenvolvimento do pericarpo, as divisões celulares restringem-se à fase inicial do desenvolvimento, ocorrendo previamente à diferenciação seminal. O fruto maduro é do tipo drupóide, carnoso, com pirênio lenhoso formando três lóculos. O exocarpo é unisseriado; o mesocarpo externo é parenquimático, ocorrendo esclereÃdes dispersas na região apical do fruto; no mesocarpo interno ocorrem várias camadas de esclereÃdes alongadas em diversos sentidos; o endocarpo é multisseriado, com as esclereÃdes alongadas longitudinalmente. A origem meso-endocárpica dos tecidos lignificados deste pericarpo contraria a definição clássica dos frutos drupóides, que destaca apenas o endocarpo lenhoso. A semente apresenta tegumentos e endosperma reduzidos. O embrião tem eixo hipocótilo-radicular contÃnuo, com dois cotilédones enrolados em espiral.
Resumo:
A polinização, o sistema reprodutivo e a fenologia da floração de Byrsonima gardnerana A. Juss foram estudados em uma área de Caatinga situada no Parque Nacional do Catimbau, Agreste de Pernambuco. Byrsonima gardnerana é uma espécie arbustiva com flores hermafroditas e zigomorfas, que mudam de cor em decorrência da polinização. O recurso floral primário é o óleo. O padrão de floração é anual, durando 4-5 meses, ao longo da estação seca. A espécie é auto-incompatÃvel, apresenta alta viabilidade polÃnica e elevada razão pólen/óvulo. Foram observadas 11 espécies de abelhas visitando as flores de B. gardnerana, nove delas atuando como polinizadoras (sete espécies de Centris) e duas como pilhadoras de pólen. As espécies de Centris foram as mais freqüentes e efetivas, coletando óleo e pólen, neste caso vibrando as anteras, sempre contatando as estruturas reprodutivas das flores. Flores de B. gardnerana constituem, portanto, importante fonte de alimento para as abelhas especializadas nativas, cuja necessidade dos óleos florais na composição da dieta de suas larvas garante constantes visitas.