Impacto da dinâmica da demanda dos frutos de açaí nas relações socioeconômicas e composição florística no estuário amazõnico

Nos últimas décadas a demanda pelo açaí no estado do Pará cresceu gradualmente, já que a produção e mercado da fruta de açaí são a base da economia de mais de 20 municípios paraenses. A prática do extrativismo do açaizeiro é praticada pelos homens, mulheres e crianças, voltada para autoconsumo e para a comercialização. Devido a este fato, a dinâmica do extrativismo do açaizeiro começou a mudar pelo aumento da demanda do açaí para o mercado, principalmente pelo valor de importância e interesse econômico. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os impactos das mudanças da demanda dos frutos de açaí na (i) relação econômica da renda do açaí e na (ii) densidade e composição florística das áreas agroflorestais manejadas pelos ribeirinhos. O estudo realizou-se na comunidade São João Batista, município de Abaetetuba, Pará - Brasil. A população tem como principal fonte de trabalho a extração do fruto de açaí. Foram feitas entrevistas semi-estruturadas e abertas às famílias residentes na comunidade considerados pequenos e médios produtores de açaí. As entrevistas abarcaram dois componentes, o aspecto econômico e o aspecto social. Além disso, coletaram-se dados diários sobre a quantidade de rasa de açaí coletada, consumida e vendida, e o preço de cada rasa, com a finalidade de caracterizar a produção e preço nas diferentes temporadas da safra. Também se realizou o levantamento florístico mediante um inventário com a finalidade de caracterizar a vegetação, avaliar a densidade e composição florística dos açaizeiros. Para isso estabeleceu-se um total de 10 parcelas de 20 x 50 m (1000 m² ou 0.1 ha) distribuídas em cinco propriedades selecionadas, medindo o diâmetro de todos os indivíduos adultos > 10 cm de DAP (diâmetro à altura do peito) e para palmeiras com DAP > 2 cm e estimou-se a altura total (H) de cada individuo da base até o ponto mais alto das folhas. A análise da diversidade dos açaizais utilizou-se o índice de Shannon-Wiener e o índice de Simpson através do programa estatístico PAST – PAlaentologicalSTatistics, ver. 1,27. Como principais resultados obtiveram-se que na comunidade de São João Batista, a venda da produção de açaí é realizada para intermediários (marreteiros) (55%), no mercado de Abaetetuba (29%), no mercado de Belém (10%) e para marreteiro e/ou no mercado de Abaetetuba (6%). O município de Abaetetuba desde o ano 2005 teve uma queda na produção extrativa passando de 10.500 t (2004) a 900 t (2005) e progressivamente diminuindo até 770 t (2008). A quantidade da produção de açaí cultivada aumentou de 15.625 t (2003) a 131.250 t (2008) representando 99,4% da produção total. Na comunidade, foi inventariado 1043 indivíduos de árvores com um total de 11 famílias e 28 espécies, ocupando áreas basais maiores as famílias Arecaceae (8.83) e Fabaceae (6.77) e com maiores números de indivíduos (831 e 147 respectivamente). As espécies com maiores índices de valor de importância (IVIs) e de densidade registraram-se a Euterpe oleracea (777 indivíduos), Pterocarpus sp. (126) e Mauritia flexuosa (50). Obtiveram-se valores baixos nos índices de Simpson: 0.4275 e Shannon: 1.071, o que indica que se tem uma baixa diversidade resultante da atividade de manejo e extração de palmito e frutos de açaí levando a uma monocultura para o consumo e venda dos frutos. Concluindo, que o aumento do preço é forçado pelo crescimento da demanda, provocando a ampliação das áreas de cultivo e plantio de açaí para o aumento da produção. O impacto socioeconômico do manejo e cultivo dos açaizais sobre a economia ribeirinha e a economia extrativa do estuário amazônico gera grandes oportunidades de emprego, renda e qualidade de vida para as populações das várzeas e dos centros urbanos, sobretudo favorecendo aos mais pobres.

Identificação de regiões com variação no número de cópias de segmentos de DNA em bovinos de raças autóctones espanholas

Pós-graduação em Genética e Melhoramento Animal - FCAV

Hydrochemical variability at the Upper Paraguay Basin and Pantanal wetland

Compartmentalization is a prerequisite to understand large wetlands that receive water from several sources. However, it faces the heterogeneity in space and time, resulting from physical, chemical and biological processes that are specific to wetlands. The Pantanal is a vast seasonally flooded continental wetland located in the centre of South America. The chemical composition of the waters that supply the Pantanal (70 rivers) has been studied in order to establish a compartmentalization of the wetland based on soil-water interactions. A PCA-based EMMA (End-Members Mixing Analysis) procedure shows that the chemistry of the rivers can be viewed as a mixture of 3 end-members, influenced by lithology and land use, and delimiting large regions. Although the chemical composition of the end-members changed between dry and wet seasons, their spatial distribution was maintained. The results were extended to the floodplain by simple tributary mixing calculation according to the hydrographical network and to the areas of influence for each river when in overflow conditions. The resulting map highlights areas of high geochemical contrast on either side of the river Cuiaba in the north, and of the rivers Aquidauana and Abobral in the south. The PCA-based treatment on a sampling conducted in the Nhecolandia, a large sub region of the Pantanal, allowed the identification and ordering of the processes that control the geochemical variability of the surface waters. Despite an enormous variability in electrical conductivity and pH, all data collected were in agreement with an evaporation process of the Taquari River water, which supplies the region. Evaporation and associated saline precipitations (Mg-calcite, Mg-silicates K-silicates) explained more than 77% of the total variability in the chemistry of the regional surface water sampling.

Cryptic Species of the Anastrepha fraterculus Complex (Diptera: Tephritidae): A Multivariate Approach for the Recognition of South American Morphotypes

Although a large amount of data have been published in past years on the taxonomic status of the Anastrepha fraterculus (Wiedemann) species complex, there is still a need to know how many species this complex comprises, the distribution of each one, and their distinguishing features. In this study, we assessed the morphometric variability of 32 populations from the A. fraterculus complex, located in major biogeographical areas from the Neotropics. Multivariate techniques for analysis were applied to the measurements of 21 variables referring to the mesonotum, aculeus, and wing. For the first time, our results identified the presence of seven distinct morphotypes within this species complex. According to the biogeographical areas, populations occurring in the Mesoamerican dominion (Mexico, Guatemala, and Panama) were clustered within a single natural entity labeled as the "Mexican" morphotype; whereas in the northwestern South American dominion, samples fell into three distinct groups: the "Venezuelan" morphotype with a single population from the Caribbean lowlands of Venezuela, the "Andean" morphotype from the highlands of Venezuela and Colombia, and the third group or "Peruvian" morphotype comprised the samples from the Pacific coastal lowlands of Ecuador and Peru. Three additional groups were identified from the Chacoan and Paranaense sub-regions: the morphotype "Brazilian-1" was recognized as including the Argentinean samples with most pertaining to Brazil, and widely distributed in these biogeographical areas; the morphotype "Brazilian-2" was recognized as including two samples from the state of Sao Paulo (Ilha-Bela and Sao Sebastiao); whereas the morphotype "Brazilian-3" included a single population from Botucatu (state of Sao Paulo). Based on data published by previous authors showing genetic and karyotypic differentiation, as well as reproductive isolation, we have concluded that such morphotypes indeed represent natural groups and distinct taxonomic entities.

Selección del alimento en la hormiga argentina, Linepithema humile (Mayr, 1868) Hymenoptera, Formicidae)

Asignatura: Etología de los recursos pesqueros (Licenciatura Ciencias del Mar)

Megadeslizamientos en las Islas Canarias

[ES] Los deslizamientos gravitatorios implicando volúmenes relativamente reducidos (millones de m3) son muy frecuentes, no así los que afectan a decenas, centenares e incluso miles de km3. Estos deslizamientos gigantes o megadeslizamientos son especialmente importantes y frecuentes en las islas oceánicas, particularmente en sus primeras etapas de desarrollo en escudo. Fueron descubiertos en las Islas Hawaii, donde alcanzan volúmenes ?prodigiosos? de miles de km3, pero es en las Canarias donde, a pesar de su menor volumen, son particularmente espectaculares y donde han sido mejor estudiados, tanto en sus etapas pre- y post-colapso en tierra, como las características y extensión de sus depósitos de avalancha en los fondos marinos. Los megadeslizamientos no sólo son procesos muy importantes en el desarrollo de las islas oceánicas y en sus riesgos naturales, sino que influyen en su variabilidad petrológica y aportan importantes recursos paisajísticos en forma de espectaculares valles y calderas

Autenticación de personas a partir de la biometría de la región dígito palmar

[ES] En este artículo se presenta un sistema novedoso para la autenticación automática de personas basado en un indicador biométrico de la mano: la huella de la región dígito palmar. La imagen de los pliegues de la base del dedo índice se ha tomado con una cámara digital comercial. Dichas imágenes han sido digitalmente procesadas con el fin de realzar las colinas y valles de los pliegues de la piel. Estas líneas son seguidas para establecer los puntos de bifurcación y término denominados minucias, los cuales forman el descriptor de la huella dígito palmar. Un clasificador basado en un umbral y el coeficiente de correlación de Pearson verifica si una nueva huella pertenece a la identidad reclamada. Los resultados obtenidos muestran una confianza superior al 98% trabajando con 38 personas entre las cuales se incluyen huellas de baja calidad.

Geoquímica de cenizas volcánicas a lo largo de dos transectas en Sudamérica: implicaciones ambientales

VIII Congreso geológico de España, Oviedo, 17-19 julio 2012

La inundación del Mar Negro. ¿Pudo haber sido ésta la inundación de Noé?

[ES] Entre 15 y 6 mil años atrás, durante la era del Neolítico, el nivel del Mar Mediterráneo subió entre 100 y 10 m. por debajo de su nivel actual. En esta época el Mar Negro era un lago de agua dulce (Lago Nuevo Euxino) que desembocaba en el Mar Egeo. Sin embargo, durante este periodo se fue secando poco a poco y el nivel de su superficie descendió a 150 mmetros por debajo de su nivel actual. Hace 7.150 años, tal vez gracias a la ayuda de un terremoto, el mar rompió el dique del Bósforo que separaba el Lago Nuevo Euxino del Mar Egeo. En un principio fue una pequeña corriente de agua salada que fluía a través del valle del Bósforo hacia el lago, pero en poco tiempo ésta se convirtió en un torrente y luego en un diluvio. Fue tanta la cantidad de agua salada que fluía a través del Bósforo que el nivel del lago subía ventricuatro centrímetros por día y se llenó en tan sólo dos años. Debido a esta inundación, los valles se convirtieron en trampas mortales y las personas que vivían en la periferia del lago se vieron obligados a evacuar sus hogares y ciudades y trasladarse a terrenos más altos, escapando hacia Europa, India, Mesopotamia, Armenia, Anatolia y Grecia. Algunos historiadores sostienen que los refugiados que llegaron a Egipto comenzaron la leyenda de la Atlántida. Según los profesores Ryan y Pitman, descubridores de la inundación del Mar Negro, todos los habitantes de esta diáspora hablaban un lenguaje similar, Indo-Europeo, y por ello explican las similitudes existentes entre el sánscrito, el alemán y el latín. Los profesores Ryan y Pitman proponen además en su libro que la inundación del Mar Negro, la devastación y la posterior diáspora es la base para el relato bíblico del Diluvio Univeral de Noé.

Geomorphologische Untersuchungen im Land der tausend Hügel - oder: Wie europäisch ist die rwandische Landschaftsentwicklung?

Das ursprüngliche Ziel der vorliegenden Dissertation war die Untersuchung der Talgenese im Zentralen Hügelland Rwandas. Entstehung und Form der Täler, die Stratigraphie und das Alter der Hang- und Talsedimente sowie die wirkenden reliefgestaltenden Prozesse sind bei weitem nicht abschließend erforscht. Da Strukturen und Prozesse im Rahmen von Prozessresponssystemen in Wechselwirkung stehen, bietet die Untersuchung der Strukturen gleich zwei Möglichkeiten, sich den Prozessen zu nähern: Strukturen sind sowohl Verursacher als auch Indikatoren von Prozessen. Entsprechend der ursprünglichen Fragestellung sollten nach einer Beschreibung der gegenwärtigen Strukturen (morphographische Geomorphologie) die formbildenden Prozesse ergründet werden (funktionale Geomorphologie), um dann die Entwicklung der Strukturen und Prozesse unter Einbeziehung der relevanten Phasen der Erdgeschichte und des Paläoklimas zu rekonstruieren (genetische Geomorphologie). Im Verlauf der zu diesem Zweck durchgeführten geomorphologisch-stratigraphischen Untersuchungen in den Tälern der Region von Butare (Südrwanda) stellten sich aber die holozänen Hangdeckschichten und Talfüllungen als derart mächtig heraus, dass tiefer liegende Sedimente nicht erschlossen werden konnten. Die älteren Strukturen ließen sich daher nur unzureichend rekonstruieren und die eingangs formulierte Fragestellung konnte nicht wie erwartet bearbeitet werden. Angesichts der Mächtigkeit der Sedimente wurde offensichtlich, dass sowohl die spätpleistozäne als auch die holozäne Dimension der Sedimentbildung völlig unterschätzt wurde. Diese Beobachtungen warfen zwei grundlegende Fragen auf: einerseits die Frage warum die holozänen Sedimente so mächtig ausgebildet sind, und andererseits, weshalb ihre Mächtigkeit derartig unterschätzt wurde. Rasch stellte sich heraus, dass die Bearbeitung der ersten Frage eine interdisziplinäre Öffnung und die der zweiten Frage eine interkulturelle Öffnung der Fragestellung erforderte. Dabei stellen sich vor allem zwei Fragen: Zum einen, inwiefern der europäische Ursprung der Begriffe, Theorien und Modelle, die zur Beschreibung und Interpretation der rwandischen landschaftlichen und landschaftsgestaltenden Prozesse verwendet werden, eben jene Beschreibung und Interpretation beeinflusst, und zum anderen, ob und inwiefern auch naturwissenschaftliche Disziplinen in ihrem Umgang mit ‚natürlich gedachten’ Strukturen und Prozessen von diesen Konstruktionen betroffen sind. Ziel der Dekonstruktion der Begriffe, Theorien und Modelle ist kein ‚richtigerer’ oder ‚wahrhaftigerer’, sondern ein ‚bewussterer’ Umgang mit den Begriffen, Theorien und Modellen und dadurch eine bewusstere Rekonstruktion der Strukturen und Prozesse der Landschaften und Paläolandschaften des rwandischen Zentralen Hügellandes.rn

Indagine sociolinguistica sulla minoranza linguistica storica francese in Piemonte: il caso delle valli valdesi

Au Piémont quatre minorités linguistiques historiques sont protégées par la loi: occitane, française, provençale et walser. Les municipalités francophones du Piémont sont vingt-huit, dont la plupart se trouve sur un territoire appelé « vallées vaudoises ». Le français est parlé comme un dialecte régional et il peut être considéré comme une variété de la langue, car il diffère du français de France pour son vocabulaire et sa prononciation. Le but de cette étude est celui d’examiner le degré de diffusion du français dans les vallées vaudoises, vérifier la présence d’initiatives de protection et l’engagement de la population. La présente étude est composée par sept parties. Le Chapitre 1 et 2 présentent l’état des recherches et définissent la méthode et le but de l’étude. Le Chapitre 3 présente un aperçu de l’histoire linguistique de la région, examine la situation linguistique actuelle notamment des minorités linguistiques historiques et du dialecte régional et analyse les lois qui protègent les minorités. Le Chapitre 4 décrit le territoire habité par la minorité française et présente un aperçu sur les événements historiques qui ont fait de ce territoire une communauté multilingue. Le Chapitre 5 analyse les compétences de la population, le degré de diffusion et les traits sociolinguistiques de la minorité. Le Chapitre 6 décrit les raisons de l’importance de la préservation du français dans les vallées vaudoises et présente un aperçu des initiatives de protection. La Conclusion présente les résultats et les possibles évolutions futures de l’étude. Afin d’atteindre l’objectif de l’étude, un sondage en ligne et plusieurs interviews ont été effectués ; ceux-ci ont permis d’obtenir des données ensuite analysées d’un point de vue statistique. En général, ce patrimoine est aujourd’hui très fragile ; cependant, un procès de revitalisation a commencé.

L’archéologie entre glaciers et sommets. Dernières découvertes dans les Alpes Bernoises (Cantons de Berne et du Valais, Suisse)

Connus sous le nom populaire de palafittes, les habitats préhistoriques construits sur les rives des lacs subalpins du Néolithique à l’aube de l’âge du Fer (entre 5300 et 700 av. J.-C.) offrent des informations exceptionnelles sur l’évolution culturelle d’une importante région européenne, grâce à la préservation remarquable des matériaux organiques, en particulier du bois. À partir de la deuxième moitié du XXe siècle, le perfectionnement des techniques de fouille subaquatiques et de la dendrochronologie permettront la construction d’un schéma chronologique précis pour l’Europe nord-alpine. Les recherches contribueront à des observations d’ordre écologique à l’échelle locale et régionale et à l’identification des rythmes de développement des villages. Sous l’égide de l'UNESCO, les années 2010 verront la constitution d’un inventaire vaste et uniforme des sites préhistoriques des lacs circumalpins, classés Patrimoine culturel mondial en juin 2011. De nombreux objets préhistoriques, romains et médiévaux ont été découverts entre 2003 et 2010, au Schnidejoch, un col des Alpes bernoises occidentales à 2756 m d’altitude, à la frontière entre les cantons de Berne et du Valais. Les hautes températures de l'été 2003 ont provoqué la fonte d'un petit champ de glace et mis en lumière les vestiges. Les recherches ont été programmées à la suite d’une série d’informations fournies par des randonneurs. Les objets en matière organique (bois, écorce de bouleau, cuir, fibres végétales) revêtent une très grande importance car ils ont permis l’obtention de plus d’une cinquantaine de datations radiocarbone ; elles indiquent le passage du col entre la moitié du Ve millénaire av. J.-C. et l’année 1000 de notre ère. En outre, les séries de datations suggèrent l’alternance de périodes de praticabilité et d’inaccessibilité du col. Le Schnidejoch est actuellement le plus ancien témoignage de la traversée des Alpes, reliant l‘Oberland bernois par les vallées de la Simme et du Rhône.

Recurring slope lineae in equatorial regions of Mars

The presence of liquid water is a requirement of habitability on a planet. Possible indicators of liquid surface water on Mars include intermittent flow-like features observed on sloping terrains. These recurring slope lineae are narrow, dark markings on steep slopes that appear and incrementally lengthen during warm seasons on low-albedo surfaces. The lineae fade in cooler seasons and recur over multiple Mars years. Recurring slope lineae were initially reported to appear and lengthen at mid-latitudes in the late southern spring and summer and are more common on equator-facing slopes where and when the peak surface temperatures are higher. Here we report extensive activity of recurring slope lineae in equatorial regions of Mars, particularly in the deep canyons of Valles Marineris, from analysis of data acquired by the Mars Reconnaissance Orbiter. We observe the lineae to be most active in seasons when the slopes often face the sun. Expected peak temperatures suggest that activity may not depend solely on temperature. Although the origin of the recurring slope lineae remains an open question, our observations are consistent with intermittent flow of briny water. Such an origin suggests surprisingly abundant liquid water in some near-surface equatorial regions of Mars.

Integración de la Medicina Tradicional y del Sistema de Salud Formal en las Estrategias Familiares Andinas

La medicina tradicional no solamente sigue vigente en los Andes bolivianos, sino constituye la opción de primera elección para las familias rurales. Un estudio realizado en dos comunidades de la Subcentral Waka Playa, Municipio Tapacarí, muestra que los campesinos quechua-hablantes de los valles interandinos integran el sistema tradicional con el sistema de salud formal en el marco de sus estrategias familiares, reflejando un diálogo ínter-ontológico entre diferentes concepciones de salud y de enfermedad. A lo largo de una larga interacción con su entorno natural, los pobladores de los Andes han desarrollado concepciones específicas sobre el ser humano, su relación con la naturaleza, la salud y la enfermedad. Este proceso resultó en un sistema de salud complejo, donde intervienen expertos locales como son los curanderos-adivinos y los parteros y que se basa en un amplio uso y conocimiento de la flora y fauna nativas. A parte de estos conocimientos especializados, la medicina tradicional andina se expresa también en las prácticas terapéuticas diarias de la población, transmitidas y re-inventadas de generación en generación en el contexto de la familia y de la comunidad. La introducción del sistema de salud formal en el área de estudio en los años 90, representado por una posta de salud, impactó las comunidades locales principalmente por el acceso a vacunas – y la consecuente erradicación de algunas enfermedades - y a métodos contraceptivos. Sin embargo, la biomedicina es todavía de acceso muy limitado además de, según la población local, no tener la capacidad para curar ciertas enfermedades locales como el “susto,” el “mal viento” o la “colerina”. Como en otras áreas del conocimiento ecológico local, se observa una pérdida general de los conocimientos vinculados a la medicina tradicional andina debido a varios factores socioeconómicos, el más impactante siendo el proceso masivo de migración de las zonas rurales a los centros urbanos y al trópico boliviano. Sin embargo, estos conocimientos todavía se mantienen vigentes y son altamente valorizados por la población local, como un elemento del mantenimiento de sus formas de vida y de relacionamiento con la “Madre Tierra” (Pachamama). Las familias de Waka Playa integran la medicina tradicional y el sistema de salud formal en sus estrategias de vida, en diferentes grados según factores como la migración, la educación, el sexo y la edad. El uso de la flora medicinal local también es diferenciado según la localización de la vivienda principal de las familias y la consecuente concentración geográfica de sus actividades en las diferentes zonas de producción agroecológicas. Por ultimo, el interés personal influye sobre el grado y el tipo de conocimiento de cada familia. La medicina tradicional juega un rol fundamental en el bien-estar de las familias campesinas andinas y por ello constituye un potencial importante para un desarrollo sostenible. En esta perspectiva, la revalorización de los saberes locales y la construcción de puentes de diálogo con el sistema de salud local son sumamente importantes. Este punto de vista tiene perspectivas prometedoras en el contexto político actual boliviano, que apoya la medicina tradicional en el marco del reconocimiento de las identidades indígenas, en miras a un desarrollo endógeno.