381 resultados para Neoliberalism.
Resumo:
No nosso tempo, as questões relativas à universidade e educação superior trazem consigo grandes incertezas, quer no que diz respeito às funções da universidade nas sociedades contemporâneas, à sua organização interna, às relações que estabelecem com os centros de poder político, económico e financeiro quer relativas à inclusão de novos públicos, ao saber que se transmite e à relação entre ensino, investigação e inovação. As questões que nos inquietam relacionam-se com a dimensão epistemológica da universidade, ou seja, como ela será capaz ou não de incorporar outros modelos de racionalidade e outras epistemologias que resultam da diversidade e riqueza culturais existentes no mundo. A partir de algumas propostas e análises teóricas (Bernheim & Chauí, Estermann, Freire, Nóvoa, Santos, Teodoro), defende-se a tese de que as universidades convencionais, pelos seus compromissos com o poder económico- financeiro e com as agendas internacionais impostas pelas organizações neoliberais, pela sua estrutura ainda colonial e pelo grau de colonialidade que invade as dimensões do poder e do conhecimento, não têm capacidade para incluir os diversos saberes e promover a interculturalidade. Apresentam-se algumas experiências inovadoras de educação superior na América Latina, sobretudo as universidades interculturais que, enraizadas nas comunidades indígenas e afrodescendentes, os seus projetos pretendem responder aos anseios e necessidades dos povos e nações que historicamente foram excluídos dos processos de construção social. Apresenta-se a proposta de Boaventura Santos da universidade popular dos movimentos sociais (UPMS) e recuperam-se os princípios do pensamento de Paulo Freire aplicados a uma educação superior emancipatória e popular.
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Este artículo plantea que los TLC se inscriben dentro de una lógica de profundización de la globalización económica y del pensamiento neoliberal, en donde los mercados abiertos, el desmantelamiento del Estado y la reducción del gasto público, entre otras, son las condiciones necesarias para dicha profundización. De acuerdo con el autor los TLC son otra de las estrategias de Estados Unidos frente a la arremetida de los bloques económicos como la Unión Europea y a la lentitud de las negociaciones en la OMC, por lo tanto este tipo de acuerdos solo reedita la misma lógica neo liberal e implica un sometimiento a la geopolítica de Estados Unidos.
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La autora pasa revista a las causas que dieron origen a la realización del Foro Social Mundial y a los que han sido los principales objetivos de este evento en sus cinco ediciones. Igualmente, analiza algunas de las problemáticas que enfrenta tanto la organización como el desarrollo del Foro, haciendo énfasis en los fuertes cuestionamientos que han venido surgiendo en cuanto a los resultados concretos del mismo. De Souza finaliza planteando la necesidad de un cambio radical en cuanto a las alternativas antiimperialistas y antineoliberales.
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Under present historical conditions of extreme social inequity, sustained by structural impoverishment, the destruction of living conditions and deterioration of environmental integrity, under the logic of big business, and precisely when the people’s organizations are working intensely in defending creatively human rights and health, academic public health evidences an exasperating passiveness; university departments, local and federal government agencies and even non-governmental organizations, keep implementing ineffective and innocuous health programs -some of them sustained by an expensive propaganda apparatus- that reproduce the same conventional plans, most of which end up reinforcing the rules of the neoliberal game. The present paper seeks to explain this historical surrender of public health; the institutional incapacity to foresee the structural roots of that flourishing pathology of inequity; and its divorce from the struggle of the most progressive social organizations. To accomplish this critique of hegemonic public health, the author analyzes the historical and epistemological roots of that “blindness” and the ideological fundaments of that political passiveness.
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This work seeks to reconstruct the dynamics of the agreements and disagreements between the State and the indigenous peoples in Ecuador, emphasising particularly on two key elements: first, the indigenous peoples participation and exercise of their political rights, in particular the right to self-government and autonomy within their jurisdictions; and secondly, indigenous peoples’ degree of direct influence on public policies’ formulation and implementation, specially those directly affecting their territories, including the exploitation of natural resources. In Ecuador, during this historical period, the state has gone through three major moments in its relationship with indigenous peoples: neo - indigenism associated to developmentalism (1980-1984); multiculturalism associated to neoliberalism (1984- 2006) as one of the dominant trends over the period; and the crisis of neoliberalism and the search for national diversity and interculturalism associated to post- neoliberalism (2007-2013). Each has had a particular connotation, as to the scope and methods to respond to indigenous demands. In this context, this research aims to answer the central question: how has the Ecuadorian State met the demands of the indigenous movement in the last three decades, and how has it ensured the validity of their gradually recognized rights? And how and to what extent by doing so, it contradicts and alters the existing economic model based on the extraction of primary resources?
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Dominant paradigms of causal explanation for why and how Western liberal-democracies go to war in the post-Cold War era remain versions of the 'liberal peace' or 'democratic peace' thesis. Yet such explanations have been shown to rest upon deeply problematic epistemological and methodological assumptions. Of equal importance, however, is the failure of these dominant paradigms to account for the 'neoliberal revolution' that has gripped Western liberal-democracies since the 1970s. The transition from liberalism to neoliberalism remains neglected in analyses of the contemporary Western security constellation. Arguing that neoliberalism can be understood simultaneously through the Marxian concept of ideology and the Foucauldian concept of governmentality – that is, as a complementary set of 'ways of seeing' and 'ways of being' – the thesis goes on to analyse British security in policy and practice, considering it as an instantiation of a wider neoliberal way of war. In so doing, the thesis draws upon, but also challenges and develops, established critical discourse analytic methods, incorporating within its purview not only the textual data that is usually considered by discourse analysts, but also material practices of security. This analysis finds that contemporary British security policy is predicated on a neoliberal social ontology, morphology and morality – an ideology or 'way of seeing' – focused on the notion of a globalised 'network-market', and is aimed at rendering circulations through this network-market amenable to neoliberal techniques of government. It is further argued that security practices shaped by this ideology imperfectly and unevenly achieve the realisation of neoliberal 'ways of being' – especially modes of governing self and other or the 'conduct of conduct' – and the re-articulation of subjectivities in line with neoliberal principles of individualism, risk, responsibility and flexibility. The policy and practice of contemporary British 'security' is thus recontextualised as a component of a broader 'neoliberal way of war'.
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The military offers a form of welfare-for-work but when personnel leave they lose this safety net, a loss exacerbated by the rollback neoliberalism of the contemporary welfare state. Increasingly the third sector has stepped in to address veterans’ welfare needs through operating within and across military/civilian and state/market/community spaces and cultures. In this paper we use both veterans’ and military charities’ experiences to analyse the complex politics that govern the liminal boundary zone of post-military welfare. Through exploring ‘crossing’ and ‘bridging’ we conceptualise military charities as ‘boundary subjects’, active yet dependent on the continuation of the civilian-military binary, and argue that the latter is better understood as a multidirectional, multiscalar and contextual continuum. Post-military welfare emerges as a competitive, confused and confusing assemblage that needs to be made more navigable in order to better support the ‘heroic poor’.
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O Estado e o mercado são instituições complementares. O Estado é a instituição principal que coordena as sociedades modernas; é o sistema constitucional e a organização que o garante; é o principal instrumento através do qual as sociedades democráticas estão moldando o capitalismo de modo a alcançar seus próprios objetivos políticos. Os mercados são instituições baseadas na competição, regulada pelo Estado para que contribuam com a coordenação da economia. Enquanto o liberalismo emergiu no século 18 para combater o estado autocrático, desde os anos 1980 o neoliberalismo (uma distorção maior do liberalismo econômico) tornou-se dominante e montou um assalto ao estado em nome do mercado, mas eventualmente também atacou o mercado. A macroeconomia neoclássica e a teoria da escolha pública foram as meta-ideologias que deram a esse assalto um apelo ‘científico’ e matemático.
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Os empresários industriais e a burocracia pública formaram um pacto político que foi dominante no Brasil desde os anos 1930 até os anos 1980. O nacional-desenvolvimento era a estratégia de desenvolvimento que esse grupo adotou. Entretanto, o desastre econômico e político que o Plano Cruzado (1986) representou e a hegemonia mundial do neoliberalismo desde os anos 1980 foram determinantes na sua perda de poder desde o início dos anos 1990. Nessa década, a FIESP e o IEDI não foram capazes de apresentar um discurso alternativo ao discurso então dominante neoliberal. Desde os anos 2000, porém, e particularmente desde o governo Lula, existem sinais de que estão reorganizando seu discurso e dando um conteúdo macroeconômico mais consistente com o controle da inflação e o crescimento econômico.
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Esta dissertação apresenta uma análise da proposição de ações de responsabilidade social empresarial em micro e pequenas empresas, a partir de uma orientação da governança de um Arranjo Produtivo Local. A atualidade do tema o aproxima do desenvolvimento sustentável, entendido como alternativa de inserção econômica e social num ambiente em que predominou a globalização de mercados sob orientação neoliberal. Para a pesquisa de campo foi escolhido o arranjo de moda íntima de Nova Friburgo e região, no Rio de Janeiro. O elevado grau de informalidade que ainda existe em empresas de confecção, bem como a quantidade de resíduos que geram, reforçam o interesse em se conhecer o escopo e o alcance das práticas de responsabilidade social. A hipótese é de que as ações existentes não estão consistentemente consolidadas na orientação da governança, nem se constituem em caminhos decisivos para um desenvolvimento sustentável.
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Este projeto examina a recente experiência (1992-1997) de incentivos fiscais para estimular o patrocínio empresarial à cultura. Uma lei federal ("Lei Rouanet"), e aproximadamente 20 leis, entre estaduais e municipais, estão em vigor atualmente. Elas fornecem um indispensável complemento ao dispêndio governamental em cultura. Constituem uma experiência a ser encorajada e avaliada em seus aspectos quantitativos e qualitativos. Esta pesquisa poderá servir como o primeiro passo para se construir uma ferramenta para acompanhamento dessa política pública, que vem sendo hoje, aliás, adotada em quase todos os países desenvolvidos, em qualquer parte do mundo.
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The 2008 global financial crisis was the consequence of the process of financialization, or the creation of massive fictitious financial wealth, that began in the 1980s, and of the hegemony of a reactionary ideology, namely, neoliberalism, based on selfregulated and efficient markets. Although capitalism is intrinsically unstable, the lessons from the stock-market crash of 1929 and the Great Depression of the 1930s were transformed into theories and institutions or regulations that led to the “30 glorious years of capitalism” (1948–77) and that could have avoided a financial crisis as profound as the present one. It did not because a coalition of rentiers and “financists” achieved hegemony and, while deregulating the existing financial operations, refused to regulate the financial innovations that made these markets even more risky. Neoclassical economics played the role of a meta-ideology as it legitimized, mathematically and “scientifically”, neoliberal ideology and deregulation. From this crisis a new capitalism will emerge, though its character is difficult to predict. It will not be financialized but the tendencies present in the 30 glorious years toward global and knowledge-based capitalism, where professionals will have more say than rentier capitalists, as well as the tendency to improve democracy by making it more social and participative, will be resumed.
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O presente trabalho analisa a formulação das políticas culturais no Brasil a partir da análise de dois casos bastante distintos: as leis de incentivo, formuladas no início da década de 1990, na esteira do neoliberalismo, e o Programa Cultura Viva, formulado no ano de 2004, no primeiro mandato do Presidente Lula. A partir da análise detalhada do contexto de formulação de cada uma das políticas culturais, bem como dos públicos efetivamente atendidos e dos valores disponibilizados, mostramos tratarse de duas formas de políticas culturais que apontam para diferentes horizontes em termos de cidadania cultural. Na questão das leis de incentivo, analisamos a passagem do modelo fordista de acumulação para a acumulação flexível, relacionando a importância das estratégias de branding para as novas formas da cultura do consumo. No caso do Programa Cultura Viva, analisamos quais os grupos privilegiados, delimitando os alcances e limites dessa política. Em nossa abordagem, apoiamo-nos no referencial gramsciano de hegemonia, relacionando-a fortemente com a cultura numa sociedade de classes. Dada à singularidade do conceito de sociedade civil na abordagem do pensador italiano, além da evidente relevância que essa esfera assume com o ideário neoliberal, faz-se necessário uma análise histórica de sua evolução, na busca de evidências que apontem para uma política emancipatória a partir das ações nessa esfera, e no seu relacionamento com o Estado e o mercado.
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Análise das parcerias firmadas entre Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e municípios do interior do Estado de Pernambuco frente ao permissivo legal. Estado e neoliberalismo. O Estado visto como ineficiente e incapaz de prestar os serviços que lhe são próprios. A Reforma do Estado como mote para estimular a transferência de atividades exercidas pelo Estado para entidades privadas que “atenderiam a interesses públicos” desvinculados do assim denominado núcleo estratégico configurado por funções essenciais à definição e execução das políticas públicas. Burocracia e gerencialismo. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. A transferência das atividades não-exclusivas do Estado vista como saída para a melhoria da capacidade de o Estado atender às demandas sociais. Serviços sociais ou não exclusivos. Publicização ou privatização? Terceiro setor. Organizações não governamentais. Entidades sem fins lucrativos. Títulos e qualificações concedidos a entidades do terceiro setor. Organizações sociais - OSs: a tentativa de privatização de entidades estatais. Os contratos de gestão como mecanismo de obtenção de resultados. As organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIPs e a nova tentativa de passar atividades prestadas pelo Estado para o setor privado, o chamado “terceiro setor”. Os termos de parceria como forma de passar prestação de serviços a particular sem o devido processo de concorrência. O voluntariado como meio em si para prestação dos serviços objeto dos termos de parceria. As muitas brechas e fragilidades da Lei 9.790/1999 – Lei das OSCIPs, considerada o marco legal do terceiro setor. As “parcerias” entre municípios do Estado de Pernambuco e entidades qualificadas como OSCIPs com intuitos diversos do “proposto” na Lei.