936 resultados para Insuficiência renal Teses
Resumo:
A incidncia de doenas renais crnicas est aumentando no mundo, e h uma grande necessidade de identificar as terapias capazes de deter ou reduzir a progresso da doena. H crescente evidncia clnica e experimental de que as estatinas poderiam desempenhar um papel teraputico. Recentes estudos clnicos e experimentais tm mostrado que as estatinas tm "efeitos pleiotrpicos", alm da modulao lipdica. Estudos tm avaliado os efeitos das estatinas sobre a progresso da doena renal crnica, mas os resultados so controversos. Estudos ultra-estruturais em humanos e em ratos demonstraram a presena de junes GAP dentro de todas as clulas do glomrulo e os podocitos demonstraram conter principalmente conexina-43 (Cx-43). O presente estudo tem como objetivo observar os efeitos da rosuvastatina na estrutura e ultra-estrutura renal e a expresso glomerular de Cx-43 em ratos normotensos (WKY) e em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). O foco do estudo foi avaliar os efeitos pleiotrpicos da rosuvastatina em rins de animais hipertensos normocolesterolmicos. Os ratos foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: WKY-C: animais normotensos que no receberam rosuvastatina; WKY-ROS: animais normotensos que receberam rosuvastatina 20mg/kg/dia por gavagem orogstrica; SHR-C: animais hipertensos que no receberam rosuvastatina; SHR-ROS: animais hipertensos que receberam rosuvastatina, como descrito no grupo WKY-ROS. Os animais dos grupos SHR-C e SHR-ROS apresentaram nveis de presso arterial maiores que os animais dos grupos WKY-C e WKY-Ros. A massa corporal dos grupos de animais no diferiram significativamente durante o experimento. No houve diferena nos nveis sanguneos de uria, creatinina, cido rico e creatinafosfoquinase entre os animas dos grupos estudados. No entanto, houve um aumento da excreo de protena de 24 horas nos animais do grupo SHR-C. Houve um aumento na rea capsular nos animais do grupo SHR-C. Por microscopia eletrnica de transmisso observou-se que nos animais SHR-C a barreira de filtrao glomerular, o diafragma de fenda e os podcitos esto alterados exibindo os vacolos nos podcitos e pedicelos mais curtos e mais espessos. Por microscopia eletrnica de varredura, os animais SHR-C exibiram pedicelos mais afilados, curtos e tortuosos. Um aumento da imunofluorescncia para Cx-43 foi observada em clulas epiteliais viscerais dos glomrulos dos animais do grupo WKY-ROS e nas clulas parietais e viscerais dos glomrulos dos animais do grupo SHR-ROS, se comparado com os grupos WKY-C e SHR-C. Em concluso, podemos supor que o efeito pleiotrpico renal da rosuvastatina pode ser uma ferramenta teraputica para melhorar a estrutura e conseqentemente a funo renal em indivduos hipertensos.
Resumo:
Desordens do sistema renal podem ser as causas da hipertenso arterial, a qual pode, por sua vez, causar doenas renais. A presso sangunea elevada muito comum tambm nas doenas crnicas dos rins, e , alm disso, um conhecido fator de risco para uma mais rpida progresso da falha renal. A incidncia de doenas renais crnicas est aumentando no mundo, e h uma grande necessidade de identificar as terapias capazes de deter ou reduzir a progresso da doena. H crescente evidncia de que as estatinas poderiam desempenhar um papel teraputico. Alm disso, tem sido demonstrado que a atividade fsica melhora a funo renal em pacientes. Estudos ultra-estruturais em humanos e em ratos demonstraram a presena de junes gap dentro de todas as clulas do glomrulo e os podcitos demonstraram conter principalmente conexina-43 (Cx-43). O presente estudo tem como objetivo observar os efeitos da rosuvastatina e da atividade fsica de baixa intensidade na estrutura e ultra-estrutura renal e na expresso glomerular de Cx-43 em ratos normotensos (WKY) e em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Os ratos foram divididos aleatoriamente em oito grupos: WKY-C: animais normotensos que no receberam rosuvastatina; WKY-ROS: animais normotensos que receberam rosuvastatina 20mg/kg/dia por gavagem orogstrica; SHR-C: animais hipertensos que no receberam rosuvastatina; SHR-ROS: animais hipertensos que receberam rosuvastatina, como descrito no grupo WKY-ROS; SED-WKY: animais normotensos sedentrios; EX-WKY: animais normotensos exercitados; SED-SHR: animais hipertensos sedentrios; e, EX-SHR: animais hipertensos exercitados. Os animais dos grupos SHR-C, SHR-ROS e SED-SHR apresentaram nveis de presso arterial maiores que os animais dos grupos WKY-C, WKY-ROS, SED-WKY, EX-WKY e EX-SHR. A massa corporal dos grupos de animais no diferiram significativamente durante o experimento. No houve diferena nos nveis sanguneos de uria, creatinina, cido rico e creatinafosfoquinase entre os animas dos grupos estudados. No entanto, houve um aumento da excreo de protena de 24 horas nos animais do grupo SHR-C. Houve um aumento na rea capsular nos animais do grupo SHR-C. Por microscopia eletrnica de transmisso observou-se que nos animais SHR-C e SED-SHR a barreira de filtrao glomerular, o diafragma de fenda e os podcitos esto alterados exibindo os vacolos nos podcitos e pedicelos mais curtos e mais espessos. Por microscopia eletrnica de varredura, os animais SHR-C e SED-SHR exibiram pedicelos mais afilados, curtos e tortuosos. Um aumento da imunofluorescncia para Cx-43 foi observada em clulas epiteliais viscerais dos glomrulos dos animais do grupo WKY-ROS e nas clulas parietais e viscerais dos glomrulos dos animais do grupo SHR-ROS, se comparado com os grupos WKY-C e SHR-C. Por outro lado, os animais dos grupos SED-SHR e EX-SHR exibiram diminuio da expresso de Cx-43, comparados aos animais SED-WKY e EX-WKY. Em concluso, podemos supor que os efeitos renais da rosuvastatina e da atividade fsica de baixa intensidade podem ser ferramentas teraputicas para melhorar a estrutura e conseqentemente a funo renal em indivduos hipertensos
Resumo:
Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa cujo objetivo geral foi descrever e analisar o perfil epidemiolgico dos pacientes com Insuficiência Cardaca atendidos pela Clinica de IC de um Hospital Universitrio. Os objetivos especficos orientam-se para:(a)Caracterizar os casos de Insuficiência Cardaca segundo variveis demogrficas, variveis clnicas, de diagnstico e co morbidades;(b)Comparar as caractersticas clnicas e demogrficas dos pacientes conforme grupos etiolgicos identificados e frao de ejeo;(c)Determinar a taxa de mortalidade e hospitalizao dos pacientes acompanhados pela clnica. Os dados analisados neste estudo so oriundos de um banco de dados onde so alocadas informaes dos pacientes em atendimento ambulatorial da referida clinica.Para a anlise dos dados foi utilizada a estatstica descritiva, freqncias e porcentagens assim como tabelas e grficos para a demonstrao dos dados levantados.Os mesmos foram analisados atravs do software SPSS v.18.0, no qual se utilizou a estatstica multivariada e curvas de sobrevida de Kaplan-Meyer.Os resultados apontam para uma predominncia masculina de 60,1%, com idade de 63,5 anos. Na caracterizao quanto classe funcional observa-se que a predominante a classe funcional I e II com 73,6% do total. Os pacientes assistidos apresentam uma mdia de 42% da frao de ejeo do ventrculo esquerdo e 61,7% possuem etiologia no isqumica. Em nosso estudo, descrevemos 71,8% de portadores de disfuno sistlica. Os pacientes com etiologia isqumica tinham predomnio do sexo masculino(70,7%), e a etiologia no isqumica com uma prevalncia maior do sexo feminino(45,5%vs 29,3%;p<0,001). Alm disso, os pacientes isqumicos eram mais idosos (p<0,001), com historia familiar de DAC(p<0,041), presena de diabetes (p<0,001). A disfuno sistlica(FE<50%) era predominante no grupo de pacientes isqumicos(77%vs 69%; p=0,048).As classes funcionais mais avanadas(III e IV) foram menos predominantes nos indivduos isqumicos(32,5%) em relao aos no isqumicos(41,3%;p=0,041).O paciente de etiologia isqumica recebeu tratamento farmacolgico semelhante ao no isqumico com exceo do uso de AAS(p<0,001).Esses indivduos cursaram com maior numero de internaes por outras causas exceto IC(p<0,001) e maior numero de bitos(p=0,007).Em relao frao de ejeo, observou-se que indivduos com FE>50% tinham predomnio do sexo feminino(p=0,006),mais idosos(p<0,001),de etiologia no isqumica(p=0,048) e classes funcionais I e II(p=0,025).Indivduos com FE<50% eram mais graves, apresentando maior nmero de internaes por IC(37,8%vs20%;p<0,001), e internaes por outras causas(27,2%vs17,5%;p=0,018) e maior nmero de bitos (18%vs8,4%;p=0,005) do que os com frao de ejeo preservada. O resultado desse estudo teve como finalidade o conhecimento do perfil de uma populao prpria, com o objetivo de aprimorar a assistncia prestada a ela. Os enfermeiros de Clnicas de IC, juntos com os profissionais da equipe multidisciplinar, desempenham papel fundamental no acompanhamento, orientao e educao desses pacientes.
Resumo:
A insuficiência cardaca (IC) uma sndrome clnica de elevada incidncia e com um prognstico ruim a longo prazo. Ela a via final comum da maioria das doenas que acometem o corao, sendo um dos mais importantes desafios clnicos na rea da sade. O xido ntrico (NO) representa, por intermdio de sua influncia sobre o endotlio e as plaquetas, um importante papel na regulao da homeostase vascular. Este gs de meia-vida curta sintetizado a partir do aminocido L-arginina, pela enzima NO sintase (NOS), levando produo de guanosina monofosfato cclica (GMPc). Estudos mostram que anormalidades na biodisponibilidade de NO em plaquetas podem contribuir para eventos trombticos, no tendo sido ainda avaliada na IC. Na primeira parte do estudo, o objetivo foi investigar o efeito da IC na atividade e na expresso da NOS em plaquetas, no contedo intraplaquetrio de GMPc, na agregao plaquetria, alm dos parmetros antropomtricos e da composio corporal, das variveis bioqumicas, dos aminocidos plasmticos, do estresse oxidativo (plasma e plaquetas) e da concentrao sistmica de marcadores inflamatrios em 15 pacientes com IC e 15 controles saudveis. Na segunda parte do estudo, objetivou-se avaliar os efeitos do treinamento fsico (TF) regular nessas mesmas variveis (exceto a expresso da NOS) e nas variveis hemodinmicas e respiratrias. Para tal, foram avaliados 15 pacientes com IC que se mantiveram sedentrios e 15 pacientes com IC que realizaram 30 minutos de atividade fsica aerbia e treinamento contraresistncia muscular localizada com pesos livres e mquinas, trs vezes por semana, durante 24 semanas. Os resultados da primeira etapa do estudo demonstraram hiperagregabilidade plaquetria induzida tanto por colgeno como por ADP, com aumento do estresse oxidativo, da atividade basal da NOS e da concentrao de GMPc, estando os nveis plasmticos de L-arginina em pacientes com IC diminudo. A expresso da iNOS, estava aumentada em plaquetas de pacientes com IC em relao aos controles saudveis.Tambm foi observado aumento da resposta inflamatria, com maiores nveis sistmicos de protena C reativa, fibrinognio, interleucina-6 e fator de necrose tumoral α. Aps o perodo de TF, houve aumento do VO2 mximo e a agregao plaquetria induzida tanto por colgeno quanto por ADP estava diminuda. Ocorreu um aumento dos nveis plasmticos de L-arginina e, uma reduo da atividade da NOS aps o TF. Em relao ao estresse oxidativo, tanto a produo sistmica, quanto a intraplaquetria de substncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBARs) e a carbonilao diminuram na presena da atividade aumentada das enzimas superxido dismutase (SOD) e da catalase aps o TF. Houve uma diminuio da resposta inflamatria, uma diminuio do colesterol total, do LDL e dos triglicerdeos e um aumento do HDL, aps oTF. Nossos resultados sugerem que o TF tem efeitos antioxidantes, anti-inflamatrios e antiagregantes, que parece ser independente da produo de NO, sendo uma importante ferramenta no farmacolgica no tratamento da IC
Resumo:
O nmero de pacientes com doena renal crnica est aumentando, em todo o mundo, em escala alarmante. Como resultado, observamos um elevado quantitativo de indivduos que dependem do acesso e do tratamento dialtico para garantir sobrevida e qualidade de vida. Esse cuidado, entretanto, apresenta significativos problemas em diversas localidades do pas. Ainda que uma estrutura adequada seja condio necessria, mas no suficiente, para um cuidado de qualidade, pode-se supor que aumente a probabilidade da assistncia prestada ter um potencial de promover resultados em sade mais positivos. Este estudo, descritivo e de carter normativo, objetivou mapear os servios de terapia dialtica existentes no municpio de Volta Redonda que oferecem procedimentos para o SUS e examinar sua conformidade com os padres mnimos presentes nas diversas resolues e demais legislaes a respeito, focando em aspectos da estrutura e processo. Para tal, utilizou-se de trs estratgias complementares: (a) busca de dados secundrios presentes nas bases de dados nacionais e municipais; (b) entrevistas com os responsveis tcnicos pelas duas unidades existentes no municpio, com o responsvel pela Superintendncia de Controle, Avaliao e Auditoria da SMS/VR e pela Vigilncia Sanitria Estadual, e (c) exame das cpias dos relatrios de vistoria sanitria realizada nos servios nos anos de 2010 e 2011. Os resultados so apresentados em seis categorias: (1) conhecimento sobre o processo de admisso e preparo dos pacientes para entrada em Terapia Renal Substitutiva; (2) conformidade dos servios de dilise existentes em Volta Redonda s exigncias legais, desdobrando em estrutura fsica, parque de equipamentos, modalidades de dilise oferecida, controle e qualidade da gua utilizada na dilise, atividades de controle de infeces e de proteo sade dos trabalhadores; (3) fluxo de encaminhamento dos pacientes em tratamento dialtico para transplante; (4) monitoramento dos indicadores de avaliao peridica dos servios de Dilise; (5) produo assistencial desses servios; e, por fim,(6) aes de controle e avaliao desenvolvidas junto s Unidades de Terapia Renal Substitutiva. O estudo permitiu identificar que, em diversos aspectos, os servios de dilise de Volta Redonda esto fora de conformidade s exigncias legais expressas nas diversas portarias e resolues que tratam da estrutura e condies de funcionamento dos servios de terapia renal substitutiva. Isso grave e pode estar significando que os pacientes que se utilizam destes servios possam, de alguma maneira, estar recebendo um cuidado longe do adequado. Foi tambm mostrada a dificuldade do servio de Controle, Avaliao e Auditoria da SMS/VR em montar trabalho conjunto de monitoramento no cumprimento das exigncias realizadas pelo rgo de vigilncia estadual, que pode contribuir para melhorar a qualidade da assistncia recebida pelos pacientes renais crnicos em Volta Redonda.
Resumo:
Diversas evidncias comprovam que a obesidade est associada a alteraes estruturais e funcionais do corao em modelos humanos e animais. Outros estudos recentes tambm demonstram que a obesidade humana est associada com alteraes na funo e na estrutura vascular, especialmente em grandes e mdias artrias. Estudos epidemiolgicos tm confirmado que a obesidade um fator de risco significativo para o aparecimento de proteinria e de doena renal terminal em uma populao normal. Com o objetivo de determinar as alteraes morfolgicas relacionadas ao remodelamento cardaco, vascular e renal em um modelo experimental de obesidade induzida pelo glutamato monossdico (MSG) e os efeitos da metformina sobre estes achados, foram estudados 25 ratos divididos em cinco grupos: controle com 16 e 22 semanas (CON-16 e CON-22); obeso com 16 e 22 semanas (MSG-16 e MSG-22) e obeso + metformina (MET-22) 300mg/Kg/dia por via oral. A caracterizao da resistncia insulina foi feita atravs da medida da insulina plasmtica e clculo do ndice de HOMA-IR. As anlises morfolgicas e quantificao do colgeno miocrdico foram feitos pelo sistema de imagem Image Pro Plus analysis. A presso arterial sistlica foi levemente maior no grupo MSG-22, adquirindo significncia estatstica quando comparada com o grupo MSG-16 (1222 vs 1082 mmHg, p<0,05). Por outro lado, o grupo MET-22 mostrou nveis mais baixos de presso arterial (1181 mmHg), sem alcanar diferena significativa. No grupo de animais obesos, foi observado aumento na relao mdia-lumen com 16 semanas (39,93,7 vs 30,22,0 %, p<0,05) e com 22 semanas (39,81,3 vs 29,51,2%, p<0,05), que foi reduzida com o uso da metformina (31,50,9%). O depsito de colgeno na rea perivascular no ventrculo esquerdo foi significativamente maior no grupo MSG-22 (1,390,06 vs 0,830,06 % no CON-22, p<0,01), sendo atenuado pela metformina (1,020,04%). No rim, a rea seccional transversa das arterolas intrarrenais foi semelhante entre os grupos (18,52,2 no CON-16; 19,93,7 no MSG-16; 18,93,1 no CON-22; 21,81,5 no MSG-22; 20,21,4 no MET-22). Foi observado aumento da rea glomerular no grupo MSG-22 (141,34,5 vs 129,50,5 m2), mas sem significncia estatstica. Em concluso, nos ratos com obesidade induzida pelo MSG, com resistncia insulina, as alteraes cardacas foram mais proeminentes do que as alteraes renais. No corao foram observados sinais de remodelamento vascular hipertrfico nas pequenas artrias intramiocrdicas e evidncias de fibrose miocrdica mais proeminente na rea perivascular, alteraes que foram, pelo menos parcialmente, atenuadas com o uso de metformina durante seis semanas, mostrando que esta droga pode ser benfica na preveno de complicaes cardacas, vasculares e renais associadas com a obesidade.
Resumo:
Pacientes com doena renal crnica (DRC) na fase no dialtica so normalmente orientados a seguir uma dieta hipoproteica e hipossdica. Estudos nacionais e internacionais mostram que a adeso a essa dieta tem sido baixa e difcil de ser mantida, pois requer mudanas importantes no hbito alimentar. O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto de um programa de educao nutricional sobre a adeso dieta hipoproteica em pacientes com DRC em tratamento conservador. Trata-se de um ensaio clnico randomizado, prospectivo com durao de 5 1,5 meses. Foram acompanhados 85 pacientes com DRC na fase no dialtica, atendidos em dois Ambulatrios de Nutrio e Doenas Renais do Hospital Universitrio Pedro Ernesto. Os pacientes foram divididos de forma aleatria em 2 grupos: Interveno (n=39) e Controle (n=46). Os pacientes do Grupo Interveno foram submetidos a um programa de educao nutricional, alm da orientao de dieta hipoproteica (0,6 a 0,75 g/kg/dia). Os pacientes do Grupo Controle foram submetidos apenas orientao de dieta hipoproteica (0,6 a 0,75 g/kg/dia). A avaliao da adeso foi feita a partir da estimativa do consumo de protena por recordatrio alimentar de 24 horas. Adotou-se como critrio de adeso apresentar ao final do estudo reduo de ao menos 20% da ingesto proteica inicial. A avaliao nutricional e laboratorial foi realizada no incio e no trmino do estudo. Os parmetros antropomtricos avaliados foram peso, estatura, dobras cutneas do trceps, bceps, subescapular e supra-ilaca e permetro da cintura e do brao. As laboratoriais foram creatinina, uria, potssio, fsforo, glicose e albumina no plasma e sdio e uria na urina de 24 horas. Ao avaliar o amostra total, 51,8% dos pacientes eram do sexo masculino, com mdia de idade de 63,4 11,0 anos, IMC indicativo de sobrepeso (28,8 5,4 kg/m2) e filtrao glomerular estimada (FGe) de 32,6 12,2 mL/mim/1,73m2. As caractersticas iniciais no diferiram entre os Grupos Interveno e Controle. Ambos os grupos apresentaram melhora dos parmetros laboratoriais e antropometricos, com reduo significante da uria plasmtica e da glicemia no Grupo Controle (P < 0,05 vs incio do estudo) e do IMC em ambos os grupos (P < 0,05 vs incio do estudo). Aps o perodo de acompanhamento, o Grupo Interveno e o Grupo Controle apresentaram ingesto proteica significantemente diferente (0,62 0,2 vs 0,77 0,26 g/kg/dia, respectivamente). A ingesto de sdio no mudou de forma significante em ambos os grupos no inicio e trmino do acompanhamento. A Adeso ingesto proteica foi observada em 74,4% do Grupo Interveno e em 47,8% do Grupo Controle (P < 0,05). A anlise de regresso logstica multivariada revelou que pertencer ao Grupo Interveno e sexo masculino se associaram com a Adeso (P <0,05), mesmo aps corrigir para outras variveis testadas. Com base nos achados desse estudo, pode-se concluir que o programa de educao nutricional foi uma ferramenta eficaz no tratamento dietoterpico do paciente com DRC na pr-dilise, pois promoveu melhora na adeso dieta hipoproteica, alm de ter promovido melhora dos parmetros antropomtricos e laboratoriais.
Resumo:
Trata-se de uma reviso bibliogrfica na modalidade integrativa, enfocando estudos que abordam a temtica relacionada consulta de enfermagem permeada em aes educativas pacientes com insuficiência cardaca (IC). Foi delimitado o problema de pesquisa: qual seria a contribuio da consulta de enfermagem visando o controle e gerenciamento dos sinais e sintomas nos pacientes portadores de IC? Os objetivos propostos pelo estudo foram descrever as caractersticas da produo encontrada que abordam a consulta de enfermagem baseada na educao em sade no paciente com IC, e avaliar as intervenes mediante as estratgias utilizadas na consulta. A estratgia de busca ocorreu atravs do Portal Capes nas bases de dados Lilacs, Scielo, Scopus, Pubmed e Web of Science. O levantamento bibliogrfico abrangeu as publicaes nacionais e internacionais, de janeiro de 1995 a julho de 2012. Foram identificados 769 artigos, sendo excludos 739 por diferentes motivos, restando 30 artigos que compuseram a amostra final do estudo. A anlise dos estudos permitiu identificar que os mesmos foram publicados com maior frequncia pela comunidade internacional (63,33%) e que as publicaes se intensificaram a partir de 2003. Em relao identificao dos autores, 66,6% so enfermeiros, 20,0% so mdicos e enfermeiros e 13,3% so mdicos. Houve um predomnio de estudos quantitativos (86,6%). As principais estratgias de ensino identificadas e direcionadas pacientes com IC foram: orientao individual, monitorizao telefnica, visita domiciliar, impressos, orientaes em grupo e recurso audiovisual. Dentre as principais abordagens envolvendo a educao em sade e aes de enfermagem pacientes com IC destacamos a educao para o conhecimento da doena, monitorizao dos sinais e sintomas de descompensao, orientao para o uso de medicamentos e educao para aderncia de medidas no farmacolgicas. Conclumos que a consulta de enfermagem permeada em aes educativas nos pacientes com IC aumenta a aderncia ao tratamento, reduz as taxas de morbimortalidade incluindo as reinternaes, diminui os custos com a sade e melhora a qualidade de vida dos pacientes.
Resumo:
Os pacientes idosos em hemodilise (HD) so altamente suscetveis ao desenvolvimento de sarcopenia, devido ao processo natural de envelhecimento e ao catabolismo induzido pelo procedimento de HD. O objetivo deste estudo foi primeiro, avaliar a prevalncia de sarcopenia, dinapenia e atrofia muscular em um grupo de pacientes idosos em HD; o segundo, avaliar se os critrios aplicados para o diagnstico de sarcopenia, propostos por sociedades internacionais, so capazes de distinguir os pacientes com pior condio clnica, estado nutricional e qualidade de vida. Este estudo multicntrico e transversal incluiu 94 pacientes idosos em HD (> 60 anos) de cinco centros de dilise. Todos os participantes foram submetidos avaliao antropomtrica, de composio corporal, fora de preenso manual (FPM), laboratorial e avaliao da condio nutricional atravs da avaliao subjetiva global de 7 pontos (AGS-7p). Adicionalmente, os participantes responderam um questionrio de qualidade de vida. Para o diagnstico de sarcopenia, foram adotados os critrios propostos por sociedades internacionais, que englobam os parmetros indicativos de baixa massa muscular e baixa funo muscular. Para a massa muscular adotou-se o ndice de massa magra (IMM) < percentil 20 para o gnero e faixa etria de uma populao de referncia, avaliado a partir da massa magra obtida pelo somatrio de dobras cutneas. Para o critrio de baixa funo muscular, adotou-se a FPM < percentil 10 para o gnero, faixa etria e o brao utilizado de uma populao de referncia. Os pacientes foram classificados como Sarcopnicos (baixo IMM associado baixa FPM); Dinapnicos (baixa FPM) e Atrofia muscular (baixo IMM). A sarcopenia estava presente em 13.8% dos pacientes, enquanto a dinapenia foi observada em 37.2% e a atrofia muscular em 35.1%. A sarcopenia foi capaz de distinguir os pacientes que possuam maior comprometimento do estado nutricional e da composio corporal. O critrio de funo muscular (isoladamente ou em combinao com a massa muscular) tambm identificou os pacientes com pior qualidade de vida. Em concluso, a prevalncia de sarcopenia foi observada em 13,8% do grupo. Entretanto, ao usar apenas critrios que indicam reduo da fora ou massa muscular, esta prevalncia aumentou para 30%. A condio de sarcopenia distinguiu pacientes com pior estado nutricional e qualidade de vida.
Resumo:
O estudo tem como objetivo geral avaliar a razo de custo-utilidade do tratamento da infeco pelo vrus da hepatite C (VHC) em pacientes dialisados, candidatos a transplante renal, tendo como esquemas teraputicos alternativos o interferon-_ em monoterapia; o interferon peguilado em monoterapia; o interferon-_ em terapia combinada com ribavirina e o interferon peguilado em terapia combinada com ribavirina, comparando-os com o notratamento. A perspectiva do estudo foi a do Sistema nico de Sade(SUS), que tambm serviu de base para estimar o impacto oramentrio da estratgia de tratamento mais custo efetiva. Para o alcance dos objetivos, foi construdo um modelo de Makov para simulao de custos e resultados de cada estratgia avaliada. Para subsidiar o modelo, foi realizada uma reviso de literatura, a fim de definir os estados de sade relacionados infeco pelo vrus da hepatite C em transplantados e a probabilidade de transio entre os estados. Medidas de utilidade foram derivadas de consultas a especialistas. Os custos foram derivados da tabela de procedimentos do SUS. Os resultados do estudo demonstraram que o tratamento da infeco pelo VHC antes do transplante renal mais custo-efetivo que o no tratamento, apontando o interferon-a como a melhor opo. O impacto oramentrio para adoo dessa estratgia pelo SUS corresponde a 0,3% do valor despendido pelo SUS com terapia renal substitutiva ao longo do ano de 2007.
Resumo:
O CD30 solvel (CD30s) uma glicoprotena transmembrana da famlia do fator de necrose tumoral expressa na superfcie das clulas T. Quando este marcador clivado ele torna-se solvel, sendo detectado na circulao. Atualmente, o valor de CD30s pr-transplante vem sido demonstrado como um bom preditor de rejeio aguda (RA) e perda do enxerto. Poucos estudos foram realizados para sua avaliao no ps-transplante e sua correlao com sobrevida e TFG. Avaliar a eficcia da determinao dos marcadores laboratoriais CD30 solvel (CD30s) e anticorpos reativos contra painel HLA (PRA) em seis meses, um ano e seis anos ps-transplante renal em receptores de doadores vivos, correlacionando estes marcadores com episdios de rejeio aguda, eventos infecciosos no ps-transplante, perda do enxerto e bito do paciente transplantado. E, avaliar a correlao destes marcadores com a sobrevida do enxerto renal nestes perodos. Os pacientes estudados foram transplantados renais com doadores vivos no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) do Rio de Janeiro no ano de 2006 e do perodo de agosto de 2010 a maio de 2011, sendo uma extenso de um trabalho realizado previamente. CD30s e PRA foram analisados nas amostras coletadas no pr-transplante e com 7, 14, 21 dias, 1, 3, 6, 12 meses aps o transplante e nos pacientes transplantados em 2006 amostras aps 6 anos de transplante. A taxa de filtrao glomerular (TFG) foi estimada utilizando MDRD e CKD-epi e 6 meses, 1 ano e 6 anos aps o transplante. Os pacientes foram agrupados em 5 grupos: sem eventos, com perda do enxerto, bito, rejeio aguda e pacientes com quadros infecciosos. Estes grupos foram avaliados com relao ao CD30s, PRA I e II e comparados dois a dois. O teste qui quadrado foi utilizado. Quando necessrio aplicou-se a correo de Yates, o teste de Fisher, o teste de Kruskal-wallis. Foi considerado estatisticamente significante p<0,05. As anlises foram feitas pelo programa EPI-Info (verso 3.5.3). Setenta e seis pacientes com doadores vivos foram includos no estudo 47 pacientes no tiveram nenhum evento (grupo 1), 7 pacientes perderam o enxerto (grupo 2), 3 pacientes faleceram (grupo 3), 11 pacientes ficaram no grupo de rejeio aguda (grupo 4) e oito pacientes tiveram infeco por CMV e herpes (grupo 5). Os pacientes do grupo de RA tiveram correlao positiva com os valores tanto de CD30s Pr-transplante (p=0,01), quanto do CD30s ps-transplante (p=0,002) e PRA I e II (p<0,001), respectivamente, quando comparados com pacientes sem eventos. A TFG tanto com MDRD e CKD-Epi no mostrou correlao com CD30s pr e ps-transplante e nem PRA I e II. A TFG com as duas frmulas foi menor no grupo com RA comparado com o grupo sem evento aps 6 anos de transplante (p=0,006). CD30s um bom preditor de RA, assim como PRAI e II. E, tambm mais uma ferramenta que pode ser utilizada no acompanhamento ps-transplante Renal. A RA um preditor isolado para diminuio de TFG no transplante.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tratamento periodontal sobre marcadores (PCR, albumina, colesterol e triglicerdeos) em indivduos com Doena Renal Crnica (CRD) bem como sobre o curso da progresso dessa doena. Vinte e seis pacientes, idade mdia de 60 ( 11,2) anos, com Doena Renal Crnica estgios 3 e 4 com periodontite crnica no severa e severa receberam terapia bsica periodontal. Parmetros clnicos periodontais incluram ndice de Placa (IP), Sangramento Sondagem (SS), Profundidade de Bolsa Sondagem (PBS), Nvel de Insero Sondagem (NIS). A taxa filtrao glomerular estimada (ml/min/1.73 m2) e nveis sricos de protena C-reativa (mg/dl) (PCR), triglicerdeos (mg/dl), colesterol total (mg/dl) e albumina (g/dl) foram avaliados no dia zero e noventa dias aps o tratamento periodontal. No dia zero, os percentuais mdios de stios com PBS ≥ 4mm e NIS ≥ 4mm eram de 23,7 ( 11) e 38,2 ( 16,5), respectivamente. Trs meses aps, os valores correspondentes diminuram para 13,3 ( 8,0) e 33,4 ( 16,6). O percentual mdio de stios com PBS ≥ 6mm e NIS ≥ 6 mm diminuiu de 7,8 (8,6) e 24,5 (19,3) para 2,9 (5,1) e 23,8 (20,3). Os valores mdios no dia zero de PCR, albumina, triglicerdeos e colesterol total eram de 1,0 mg/dl (1,0), 4,4 g/dl (0,4), 160 mg/dl (61,5), 200,1 mg/dl (36,9), enquanto que 90 dias aps o tratamento os valores correspondentes foram de 0,8 mg/dl (0,6), 4,4 g/dl (0,3), 155,8 mg/dl (65,6), 199,5 mg/dl (46), respectivamente. No havia diferena estatstica entre os parmetros laboratoriais, entre os dias 0 e 90. No dia 0, as taxas da filtrao glomerular estimada foram de 41,6 ml/min/1.73m2 (13,1), enquanto no dia 90 esses valores foram de 45 ml/min/1.73m2 (15,7) (p<0.05). Concluiu-se que aps o tratamento periodontal os parmetros clnicos periodontais e a taxa de filtrao glomerular estimada melhoraram significantemente e houve uma tendncia para diminuio dos nveis de PCR. O significado clnico do aumento da taxa filtrao glomerular estimada discutvel. Estudos longitudinais com tempos de observao mais longos so necessrios para avaliar se o tratamento periodontal pode oferecer benefcio para o paciente renal crnico.
Resumo:
Introduo: A associao entre a presena de anticorpo anti-HLA doador especfico (DSA), em pacientes com prova cruzada negativa por citotoxicidade dependente de complemento (CDC), e a ocorrncia de episdios de rejeio mediada por anticorpos (RMA) e menor sobrevida do enxerto j foi demonstrada por diversos autores. Entretanto,estimar a relevncia clnica da presena desses anticorpos, em um determinado receptor, um grande desafio e portanto novas estratgias de monitorizao imunolgicas so necessrias. Objetivo: O objetivo desse estudo foi monitorar a presena de DSA, bem como a variao dos seus ttulos durante o primeiro ano aps o transplante renal e correlacionar com episdios de rejeio aguda e funo do enxerto ao final desse perodo. Metodologia: Foram analisados 389 soros de 71 pacientes includos no estudo. A pesquisa de DSA foi realizada utilizando os testes LABScreen single antigenbeads nas amostras correspondentes aos tempos: pr-transplante, 14, 30, 90, 180 e 365 dias aps o transplante. Episdios de rejeio aguda comprovados por bipsia foram analisados de acordo com a classificao de Banff 2007. A taxa de filtrao glomerular (TFG) ao final do primeiro ano foi estimada utilizando a frmula Modificationof Diet in Renal Disease (MDRD). Os pacientes foram inicialmente separados em 3 grupos de diferentes riscos imunolgicos (pr-transplante): A) DSA-, B) DSA+ com MFI >1000 e < 5000 e C) DSA+ com MFI > 5000. Num segundo momento, foram novamente agrupados de acordo com o perfil de mudana nos valores de MFI (intensidade de fluorescncia mdia) ao longo do primeiro ano. Resultados: DSA estavam presentes pr-transplante em 15 pacientes. RMA foi mais frequente no grupo C (p = 0,02). De acordo com a variao dos ttulos de DSA ps-transplante os pacientes foram novamente agrupados: grupo I) permaneceu DSA- durante todo acompanhamento = 50 pacientes, II) diminuiu ou manteve ttulos de DSA em relao ao tempo zero = 13 pacientes e III) aumentou ttulos em relao ao tempo zero = 8 pacientes (6 foram DSA de novo). Trs pacientes dos grupos I e um paciente do grupo II apresentaram episdios de rejeio aguda celular. No foi observada oscilao significativa nos ttulos de anticorpos durante esses eventos. Nenhum paciente desse grupo apresentou episdio de RMA. Episdio de RMA ocorreu em dois pacientes do grupo III. Em ambos os pacientes foi detectado aumento significativo nos valores de MFI dos DSA em relao ao tempo zero. No foi observada diferena significativa na TFG entre os grupos analisados nesse estudo. Entretanto, observou-se uma diferena estatisticamente significativa na TFG entre os pacientes que apresentaram episdio de rejeio aguda em relao aos que no tiveram, sendo menor nos primeiros (p = 0,04). Concluso: A monitorizao prospectiva dos anticorpos pode ajudar a identificar pacientes em maior risco para ocorrncia de RMA e o aumento nos valores de MFI DSA deve ser interpretado como um sinal de alerta, sobretudo em pacientes previamente sensibilizados.
Resumo:
Indivduos com hemoglobina glicada (HbA1c) ≥6,5% e nveis normais de glicemia tm maior risco de complicaes relacionadas ao diabetes, em mdio e longo prazo. Estas evidncias foram importantes na recomendao de que HbA1c ≥6,5% fosse aceita como critrio diagnstico de diabetes. Diferenas raciais/ tnicas tem sido encontradas quanto aos nveis de HbA1c. Nveis elevados de HbA1c em indivduos sem diabetes e com nveis normais de glicemia em jejum tem sido associados a alteraes micro e macrovasculares, entre elas alteraes da filtrao glomerular. Diversos marcadores inflamatrios, em especial a MCP-1 (protena quimiottica de macrfagos-1), esto envolvidos no mecanismo de leso glomerular descrito em casos de nefropatia diabtica No entanto, a HbA1C ainda no foi amplamente incorporada a rotina de diagnstico e de acompanhamento na ateno primria brasileira. O objetivo deste estudo foi o de investigar a associao entre a alterao da HbA1c e da glicemia e fatores tnicos/ raciais e de risco cardiovascular e renal em adultos assistidos pelo Programa Mdico de Famlia de Niteri, sem diagnstico prvio de diabetes. Trata-se de um estudo transversal, onde foram reunidas informaes de participantes do Estudo Cardio Metablico Renal (CAMELIA), colhidas entre os meses de julho de 2006 a dezembro de 2007. Observou-se que o perfil de risco cardiovascular foi mais acentuado em indivduos com alteraes simultneas da glicemia e da HbA1c. A alterao isolada da glicemia indicou ser condio de maior risco que a alterao isolada da HbA1c. Indivduos com HbA1c ≥ 6,5% eram em sua maioria mulheres de pele preta e apresentavam maiores nveis de LDL e creatinina srica. Verificamos associao independente entre a alterao da HbA1c (≥ 5,7 e < 6,5% versus < 5,7%) e diminuio da taxa de filtrao glomerular estimada. A HbA1c mostrou ser um marcador subclinico de alteraes metablicas em pacientes nao diabticos e com glicemia de jejum < 126 mg/dL, em especial na populao de mulheres e de indivduos com a cor da pele preta. Os resultados apontam para a possibilidade de se utilizar a HbA1c como marcador de risco cardiovascular e renal visando propor estratgias de interveno precoce e assim promover a preveno de condies de agravos relacionados as alteraes do metabolismo da glicose.
Resumo:
Dados do Sistema nico de Sade (SUS) houve em 2013 o registro de aproximadamente 252.560 mil internaes por insuficiência cardaca com o total de 24.580 mil bitos (BRASIL, 2013). uma doena crnica de grande impacto social, levando a incapacidade de realizar atividades mesmo comuns da vida diria e no se restringe a uma classe social. O objetivo geral avaliar o impacto do conhecimento do paciente portador sobre a insuficiência cardaca como fator importante para a manuteno da sua qualidade de vida. Os objetivos especficos: a) caracterizar a clientela atendida na Instituio Pblica Universitria do Rio de Janeiro escolhida para a pesquisa; b) identificar o conhecimento por parte do portador sobre a sndrome insuficiência cardaca; c) avaliar qualidade de vida dos pacientes portadores de Insuficiência Cardaca atendidos na Unidade Hospitalar proposta. Projeto de acordo com a Resoluo 466/2012, autorizado pelo Comit de tica e Pesquisa do cenrio, via Plataforma Brasil. Sendo um estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa dos dados, sendo o cenrio uma Instituio Estadual Universitria do Rio de Janeiro e como sujeitos os pacientes em Unidades de Internao clnica e ambulatrios. Aps os critrios para incluso e excluso, obteve-se a amostra totalizou 66, sendo 33 sujeitos Grupo A atendidos em Clnica de IC e 33 sujeitos atendidos nas demais unidades do hospital cenrio. Os instrumentos de utilizados para a coleta o Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire e o segundo instrumento. O que os pacientes sabem sobre a sua Insuficiência Cardaca? Conclumos que a clientela analisada idosa, apresentando idade mdia de 59,5 12,4 anos, h a predominncia do sexo masculino com mdia de 62,1%, o nvel de Instruo de 63,6% nvel fundamental completo, ocupao 57,6% da amostra encontra-se aposentada e ndice de massa corporal 28,4%( 6,2) da amostra encontra-se na faixa de pr-obesos e suscetveis a risco para comorbidades associadas. Quanto anlise de que conhecimento influencia na qualidade de vida, no entanto, no houve uma relao linear e verifica-se que o coeficiente de correlao de Spearman entre o conhecimento e a dimenso emocional se mostrou significativo, porm cabe ressaltar que os coeficientes de correlao no determinam a causa desta correlao.