1000 resultados para Educação e Estado Chile


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As populaes ribeirinhas apresentam especificidades sociais, econmicas, culturais e ambientais. Qualquer poltica voltada s demandas educacionais dessas populaes precisa partir da compreenso do seu modo de vida. Objetiva-se nesta dissertao analisar as Diretrizes Educacionais para as populaes ribeirinhas de Belm, as quais foram propostas pela Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) no perodo de 2005-2012. A questo de pesquisa buscou indagar se essas diretrizes educacionais constituram-se em uma poltica de educação e qual a relao delas com a Poltica de Educação do Campo. Metodologicamente, optou-se pela pesquisa de cunho qualitativo, com contribuies de elementos do mtodo dialtico. Nesta perspectiva, foram realizadas entrevistas, observaes in loco e registros fotogrficos com base em um caso especfico: a Unidade Pedaggica Maria Clemildes dos Santos, localizada na comunidade ribeirinha do Caruaru na Ilha do Mosqueiro, em Belm do Par. A pesquisa foi precedida de levantamento e anlise bibliogrfico-documental acerca do tema e da realidade/objeto de discusso. Com base no emergente paradigma da Educação do Campo constatou-se que as diretrizes analisadas no se traduziram em polticas pblicas para a populao ribeirinha, mas se constituram em aes de governo pouco efetivas para a realidade dessas populaes e estiveram merc da boa vontade dos governantes, uma vez que faltou a participao popular na elaborao e gesto dessas aes, assim como a ausncia de normatizao. Para romper com esse fato, necessrio que a SEMEC efetive uma Poltica Pblica de Educação que seja capaz de pensar uma educação a partir da identidade e da realidade ribeirinha em direo do que prope a Poltica de Educação do Campo. O que segue so aprofundamentos acerca da temtica levantada no contexto da realidade selecionada para estudo.

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Esta dissertao intitulada Projovem Urbano como poltica pblica de educação: escolarizao e insero profissional dos egressos no municpio de Imperatriz/MA teve como objetivo analisar as repercusses do Projovem Urbano na escolarizao e na profissionalizao dos jovens e como o programa os possibilitou o prosseguimento dos estudos, bem como a insero no mercado de trabalho, incidindo na melhoraria das condies materiais, sociais, espirituais e culturais dos estudantes. A investigao pautou-se na perspectiva metodolgica da pesquisa qualitativa e nas referncias que adotam o materialismo histrico-dialtico como mtodo de anlise dos dados. A coleta de dados foi precedida de reviso bibliogrfica, seguida da pesquisa de campo com a realizao de entrevistas semiestruturadas com dezessete (17) jovens egressos do Projovem Urbano. Constatamos, inicialmente, que semelhante a outros municpios e estados do Brasil, o nvel de evaso e repetncia no Projovem Urbano em Imperatriz alcana patamares acima de 50%. No que diz respeito continuidade dos estudos a maioria no deu continuidade, e o nmero de jovens que conseguiu atuar na rea para a qual foram qualificados representou menos de um tero dos entrevistados. Os resultados revelam que as metas de prosseguimento dos estudos e da incluso dos jovens no mercado de trabalho no foram alcanadas. Dentre os problemas apontados, esto o curto espao de tempo para uma formao mais slida, a desestruturao dos ncleos com a rotatividade de professores, insuficincia de aulas prticas no tocante qualificao profissional e o despreparo dos qualificadores. Todavia, mesmo diante desses problemas, os jovens ressaltam a importncia do programa para suas vidas no sentido da valorizao pessoal, no que diz respeito ao sentimento de incluso e pertencimento sociedade, a superao da timidez, a sociabilidade, a elevao da autoestima, o relacionamento com a famlia, a independncia, a mudana de viso em relao realidade e o mundo. Pela dimenso do Programa conclumos que suas repercusses so muito pequenas e seu carter emergencial garante mais a certificao do que uma formao e qualificao social de milhes de jovens e adultos.

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O presente estudo teve como objeto de pesquisa o pensamento de Jos Verssimo (Brasil) e Jos Ingenieros (Argentina) sobre raa e educação. Trata-se de uma proposta circunscrita num estudo comparado deste pensamento entre esses dois intelectuais. Problematizou-se como questo central: de que forma o pensamento de Jos Verssimo e Jos Ingenieros articula a relao entre raa e educação na Amrica Latina do final sculo XIX e incio do sculo XX? Como objetivo geral, desejou-se analisar, por meio de um estudo comparado, o pensamento de Jos Verssimo e de Jos Ingenieros sobre educação, dando destaque s interaes destes com o conceito de raa na Amrica Latina do sculo XIX. Como objetivos especficos, pretende-se: 1) destacar o contexto histrico do pensamento educacional de Jos Verssimo e Jos Ingenieros; 2) identificar nas obras destes autores as relaes entre raa e educação, assim como correlacionar o pensamento de Jos Verssimo e de Jos Ingenieros sobre raa e educação com a histria do pensamento intelectual latino-americano. Metodologicamente, inscreve-se o estudo no campo da Histria Intelectual e da Histria Cultural. O corpus da pesquisa est composto de duas obras de cada autor. De Jos Verssimo, trabalhou-se com As Populaes indgenas e mestias da Amaznia: sua linguagem, suas crenas e seus costumes (1887) e Educação nacional (1906). De Jos Ingenieros, cotejou-se El hombre medocre (1913) e Las fueras morales (obra pstuma). Os resultados do estudo indicam que o modo como as teorias da raa chegam a Amrica Latina so fundamentais para a compreenso do pensamneto dos autores. Nesse sentido, foi preciso realizar uma breve reflexo sobre as discusses tericas que o tema raa suscitou na Amrica Latina do sculo XIX, j que tanto Jos Verssimo quanto Jos Ingenieiros nasceram e viveram parte de suas vidas nesse perodo. O primeiro nasceu no extremo norte do Brasil, no Estado do Par, e viveu entre 1857 e 1916. Dedicou-se ao estudo da Crtica Literria e refletiu sobre a educação, colocando-a como instrumental necessrio para a elevao da populao mestia do pas condio de civilizada. O segundo nasceu em Palermo, na Itlia, mas migrou para a Argentina ainda criana, tornando-se cidado argentino. Dedicou-se ao estudo da Psiquiatria, mas enveredouse, em particular, pela rea da Antropologia Criminolgica. Ao discutir as perturbaes mentais dos indivduos na sociedade argentina, Jos Ingenieros se reporta colonizao e s condies materiais dos sujeitos. Para ele, no final do sculo XIX as raas inferiores continuavam a representar um entrave para o desenvolvimento da Argentina. princpio, identifica-se que o homem medocre de Ingenieiros muito se assemelha ao homem indolente de Verssimo. Ambos os estados medocre e indolente representavam, para estes intelectuais, um estado atrasado que no se via mais presente no homem civilizado. Desse modo, defendem condies externas objetivas diferentes para que, tanto na Argentina quanto no Brasil, as mudanas internas determinadas pela raa, que resultaram no homem medocre e indolente, fossem superadas. Dentre essas condies externas, a educação desponta como elemento necessrio para a superao da indolncia e da mediocridade.

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A presente pesquisa teve por objetivo historicizar a infncia e polticas para educação infantil a partir de uma anlise das prticas do UNICEF, e de outras instncias da sociedade, que se empenharam em realizar uma objetivao da infncia e educação infantil. Esta pesquisa se justifica pela necessidade de se desnaturalizar prticas de objetivao da infncia e educação infantil e da livre interveno de organismos multilaterais no cenrio educacional brasileiro, desconfiando do argumento da dita neutralidade que permeia algumas prticas direcionadas a infncia. Procurou-se traar um mapa que demarque a arte de governar crianas, governamentalidade, e seus efeitos nos processos de formulao de polticas para a educação brasileira no perodo ps LDB. Para tal anlise foi utilizado o referencial terico-metodolgico pautado na genealogia histrica de Michel Foucault. Foi feita uma pesquisa da literatura que utilizou autores como Foucault (1970/79), Veyne (1998), Aris (1981), Kramer (1995/2006), Rosemberg (2002/2003), alm de documentos do governo federal brasileiro. Concluiu-se que a educação infantil emergiu como mais um dos elementos que englobam as prticas de governamentalidade do UNICEF.

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Problematizamos o projeto da "nova institucionalidade da educação profissional", presente em diferentes programas federais, gerados no Governo Fernando Henrique Cardoso, que pretendia promover uma renovao ampla da educação profissional brasileira. Focamos nos efeitos de diferentes programas de educação profissional sobre o quadro institucional da educação profissional em Belm-PA, no perodo de 1995 a 2003. Verificamos que estes programas se orientavam por referncias identificadas com o pragmatismo e que, por meio de observaes e entrevistas, a renovao da educação profissional no se efetivou e que o produto mais evidente do conjunto de aes realizadas foi a reproduo do iderio, segundo o qual a educação profissional deve estar subordinada aos interesses fragmentados e imediatos do mercado. Finalizamos indicando que uma nova educação profissional ainda est por ser construda.

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Esta pesquisa se refere a um Estudo de Caso intitulado Educação e Conservao da Biodiversidade no contexto escolar da Reserva Extrativista Terra Grande Pracuba. As Reservas extrativistas (RESEX) so uma modalidade de Unidades de Conservao da Natureza (UCN), fraes territoriais do espao nacional legalmente institudas pelo poder pblico como rea protegida, sob regime especial de utilizao. No contexto dessas UCNs, a Reserva Extrativista constitui-se em uma categoria de manejo genuinamente brasileira, nascida da luta dos seringueiros na dcada de 1980 no Acre e que se espalhou pelos outros biomas do Brasil. Em seu processo histrico pela efetivao de suas demandas, se constata o enfrentamento das populaes tradicionais residentes nesses territrios pela a conquista de direitos, tendo a educação como elemento determinante no processo de enfretamento e superao de dificuldades e embates travados por liberdade e conquista de direitos fundamentais. Neste contexto, a educação ainda um de seus problemas mais evidentes que necessita urgentemente de resolues. Este estudo objetivou desenvolver uma anlise crtica da educação acessada pelas populaes tradicionais residentes no contexto escolar da RESEX Terra Grande Pracuba, considerando sua concepo, a realidade socioambiental dessas populaes e os objetivos de uma Reserva Extrativista. O estudo realizado de fundamental importncia para a explicitao da problemtica das populaes extrativistas residentes na RESEX e sua compreenso de educação como possibilidade de liberdade, considerando sua histria de expropriao e explorao, prpria da sociedade capitalista. Este estudo de caso se prope ser um referencial para subsidiar a anlise da realidade de outras unidades de conservao, em especial das RESEX espalhadas pelo pas, pelas suas similaridades. A presente discusso circunscreve-se no mbito dos debates sobre Educação Escolar em Unidades de Conservao da Natureza, tendo como lcus a Reserva Extrativista Terra Grande Pracuba RESEX TGP, localizada no arquiplago do Maraj, entre os municpios de Curralinho e So Sebastio da Boa Vista, no Estado do Par. Metodologicamente a pesquisa configurou-se como um estudo de caso com aporte epistemologico do materialismo histrico e dialtico, possibilitando a anlise a partir do processo histrico e a explicitao de suas contradies e conflitos. Concluiu-se que a educação escolar, da forma como se apresenta atualmente no interior da RESEX TGP, est distanciada dos processos de efetivao dos objetivos socioambientais da rea demarcada, sendo incapaz de contribuir com a realidade histrica dos extrativistas na busca pela transformao da realidade vivenciada; constata-se o distanciamento da educação escolar ofertada em relao ao seu direito efetivo educação e o respeito diversidade, seu modo de vida e as relao que estabelece com o espao e com os objetivos da unidade de conservao. A educação na RESEX se distancia da prpria concepo da comunidade que v a educação como um mecanismo de liberdade. A educação estabelecida no lugar precisa avanar na garantia do direito educação, nos vrios nveis de ensino e na implementao da poltica de educação do campo e da prpria educação ambiental, necessitando estabelecer um dilogo sistemtico entre a educação escolar e a gesto ambiental no sentido de favorecer a interveno dessas populaes no processo, a transformao de sua realidade, bem como sua compreenso no sentido de garantir a sua manuteno no territrio e consequentemente, a conservao da biodiversidade.

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O artigo mostra um dos graves problemas da educação no Brasil: o no enfrentamento da discriminao e do preconceito. Mais do que denunciar sua existncia, ele analisa uma de suas matrizes: a ausncia da discusso sobre raa, cor e preconceito na formao do docente no Par. Por meio da anlise da formao oferecida pelo Instituto de Educação do Estado do Par, uma instituio secular, referncia para a formao docente no estado do Par, demonstra que boa parte das aes das professoras decorreu de uma formao que no tratou de aspectos fundamentais, como as narrativas sobre a constituio da nacionalidade brasileira. Conclui-se que, a despeito de sensveis avanos advindos dos movimentos sociais em relao questo racial desde a dcada de 1960, a formao de professores se apresenta como um fator que continua contribuindo na reproduo de esteretipos e discriminaes.

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O presente estudo analisa os enunciados discursivos do ciclo de Poltica curricular do Estado do Par sobre as relaes raciais no perodo de 2008 a 2012, a partir da abordagem do ciclo de polticas, proposto por Stephen Ball. Nesta anlise, focalizada a produo das polticas no contexto de influncia, contexto de produo de textos polticos e contexto da prtica. O referencial terico-metodolgico que subsidia a anlise parte da Teoria scio-histrica e dialgica da linguagem com base em Bakhtin (2010, 2011), abordagem do ciclo de polticas abalizado pelas teorizaes de Ball et al (1992), para os estudos acerca Relaes Raciais partimos dos conceitos de Guimares (1999, 2002, 2008) e Coelho (2009) sobre raa. E, sobre as relaes sociais estabelecidas no campo educacional, utilizamos as noes conceituais de campo e de habitus em Bourdieu (2008, 2009, 2010). O estudo de abordagem qualitativa (FLICK, 2004). Utilizamos como fontes de coleta de dados documentos orais e escritos, dentre os quais destacamos: Artigos, Teses e Dissertaes sobre Relaes Raciais e Poltica Curricular realizado em duas bases de dados nacionais e uma internacional: a) ANPED (GT-21); b) site da CAPES/PPGE; c) Fundao Ford. Publicaes: a) Poltica de Educação Bsica do Estado do Par, especialmente o eixo da Poltica Curricular; b) I Conferncia Estadual de Educação: Diagnsticos, diretrizes, objetivos e metas aprovadas; c) Educação Bsica no Par: elementos para uma poltica educacional democrtica e de qualidade Par todos (vol I e II) e entrevista semiestruturada com quatorze agentes sociais que atuavam na SEDUC, USE e escolas da Rede Pblica Estadual, os quais participaram da Poltica Curricular do Estado do Par. Os dados foram analisados por meio da anlise do processo enunciativo-discursivo com base em Bakhtin (2010, 2011). A partir da anlise da enunciao discursiva do ciclo de poltica curricular do Estado do Par sobre as relaes raciais e da interpenetrao dos discursos entre os contextos de influncia, contexto de definio de textos polticos e contexto da prtica os resultados do estudo revelam que os diferentes enunciados produzidos nos variados contextos so marcados pela hibridizao de discursos, resultado de processos de recontextualizao. Infere-se que a poltica curricular do Estado do Par se apresenta em inter-relaes entre mltiplos contextos no ciclo de polticas (BALL, et al, 1992). A despeito do carter contnuo e no hierarquizado das polticas, da articulao macro e micropolticas avanarem em relao s abordagens estadocntricas e do processo de recontextualizao poltica que ocorre no contexto da prtica, o estudo conclui que a poltica curricular do Estado do Par existe como uma poltica de Estado, existe como uma poltica educacional. No entanto, na exequibilidade dessa poltica de Estado e educacional na escola no tocante as relaes raciais, ela no ocorre por conta da fragilizao da competncia cultural e terica desse agente social que deve execut-la. A fragilizao est na concretizao dessa poltica no contexto da prtica. H um problema entre o que se projeta e o que se prtica, o que ajuda a atribuir a realidade social a disseminao e ratificao do racismo e discriminao nos diferentes contextos que compe a poltica de currculo.

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Neste texto se trava, com auxlio dos pensadores de Frankfurt, Adorno e Horkheimer, uma luta frontal contra o pensamento que unifica, exclui e reduz os outros pensares. Para isso, a categoria de "experincia" desempenha um papel principal: um exerccio do (com)partilhar com o diferente, abdicando da dominao, em busca constante da extenso do movimento do esclarecimento, da autonomia e da emancipao social e poltica.

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Aborda os processos de constituio e institucionalizao de escolas nas fazendas de criao extensiva localizadas na ilha de Maraj, interior de Soure, Brasil, e demonstra que eles ocorreram associados grande propriedade e a relaes polticas estabelecidas entre fazendeiros, vaqueiros e poder pblico. Reflexes tericas, dados sociais e acontecimentos somam-se a imagens fotogrficas que revelam a fragilidade da educação pblica oferecida s crianas das zonas rurais do extremo norte do pas.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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O texto tem como objetivo apresentar uma reflexo a respeito de algumas condicionantes relacionadas organizao das escolas para que possam ser implementadas inovaes como as propostas pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de So Paulo, que apontem no sentido da necessidade de um trabalho coletivo e maior participao dos envolvidos no processo pedaggico. Tal reflexo ter como ponto de partida a experincia desenvolvida em escolas da regio de Rio Claro, Limeira e Americana, atravs do Projeto de Educação Continuada (PEC), que resultou de um Convnio entre a Secretaria de Educação do Estado de So Paulo, algumas Universidades e o BID.

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Este livro resgata o processo de elaborao, percurso e desenvolvimento da Campanha Nacional de Educação Rural (CNER), criada em 1952 e extinta em 1963, no contexto histrico que a ensejou, articulada s ideias hegemnicas do perodo, determinantes da ao do Estado e de setores da sociedade civil. Movimentos de organizaes internacionais e a poltica nacional pela expanso do desenvolvimento econmico e modernizao rural, aliam a educação a essas finalidades. A Campanha adota orientaes pedaggicas da Educação de Base e do Desenvolvimento de Comunidade, pressupostos do funcionalismo e do neotomismo, com respaldo da Igreja Catlica. Conhecimentos tericos e tcnicos pretendiam ofertar vida compatvel com a dignidade humana e com os ideais democrticos para a cidadania. A pesquisa investiga os processos de conquista da cidadania, na perspectiva da contradio, ao explicitar avanos e retrocessos na relao educativa do programa. A anlise considerou o conjunto de fontes documentais produzidas para e pela Campanha, como peridicos e acervo iconogrfico, localizados em bibliotecas e arquivos. As categorias de anlises contemplam temas emergentes para atender s demandas do campo, como: educação, habitao, sade, lazer e promoo da educação poltica, para educação dos costumes, para alm da alfabetizao. O desenvolvimento da cidadania e da democracia pretendidas fundou-se em situaes educativas pontuais e na resoluo de conflitos sociais mais voltados para os indivduos e os grupos, e menos como processos decorrentes do interior das prticas sociais. Contudo, a poltica foi relevante naquele contexto, pois, se no fosse a nossa cultura de descontinuidades e articulao das polticas sociais, as condies de vida e trabalho no campo poderiam ser outras.