1000 resultados para Professoras primárias


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Esta pesquisa aborda a formação continuada das educadoras da Educação Infantil da rede pública municipal de São Paulo. A questão central a ser investigada refere-se à proposta de formação continuada oferecida pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo SMESP buscando pesquisar quais são as contribuições desse projeto para essas educadoras. O estudo foi desenvolvido a partir da percepção da importância da formação continuada como um caminho de ressignificação da identidade docente e um exercício reflexivo para as professoras desse segmento da educação considerando todo o seu processo de construção histórica. Tal segmento foi escolhido para esta pesquisa, pois estudos contemporâneos realizados por diversos autores tais como: Beatriz Cerisara, Patricia Prado, Zeila Demartini, Júlia Formosinho e João Oliveira-Formosinho, entre outros, consideram que essa é uma fase essencial, na qual está sempre presente a necessidade de se discutir a dicotomia entre o cuidar e o educar, e de se ressignificar a identidade das professoras enquanto profissionais de Educação Infantil. Nesse sentido, a pesquisa apresenta uma discussão teórica acerca da formação das professoras da Educação Infantil no Brasil finalizando com uma pesquisa de campo que avalia o Projeto Estratégico de Ação PEA -, como uma das propostas de formação continuada das professoras de Educação Infantil, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com nove professoras da Educação Infantil dessa rede municipal. A pesquisa possibilitou observar a relevância do PEA para as professoras entrevistadas, no que diz respeito à formação continuada. O estudo constatou também que este projeto vem sendo alterado de forma positiva e significativa, a partir de ações direcionadas às necessidades específicas da Educação Infantil, com uma concepção sobre a criança como um sujeito de direito à voz e dotado de competências. Nesta pesquisa, como possibilidade de formação, observou-se ainda a contribuição do PEA, que em momentos coletivos, permite a troca entre os pares e a reflexão sobre suas práticas, tornando-as professoras mais autônomas em seu papel enquanto parte do processo de construção de aprendizagem pela criança.

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Este trabalho tem como propósito à análise das transformações das práticas em educação infantil na Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo ao longo de quatro décadas, considerando as mudanças políticas e econômicas, bem como as tendências teóricas predominantes nos diferentes momentos investigados. Para uma maior aproximação com as práticas do passado, três elementos foram fundamentais: as teorias que subsidiaram os documentos e orientações curriculares; a voz das professoras, que através de seus relatos puderam expressar as práticas desenvolvidas em sua trajetória de formação e as mudanças que foram se efetivando ao longo dos anos; e os trabalhos produzidos pelos alunos ao longo das décadas estudadas. Esses trabalhos dos alunos foram organizados em quadros, apontando a freqüência com que determinados tipos de atividade aconteciam em diferentes épocas. Além desses quadros, os relatos das professoras puderam evidenciar maneiras como as transformações das práticas aconteceram, a partir do olhar de quem as pratica. A partir desses dados, busquei nas contribuições de Certeau elementos para compreender de que maneira os sujeitos históricos - professores - lidam com os produtos que lhes são impostos pela ordem social - orientações curriculares e novas teorias - transformando-os e reinventando-os em seu fazer cotidiano.

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O presente trabalho investiga a formação e a atuação das professoras indígenas da Escola Estadual Indígena Tupi-Guarani Ywy Pyaú, localizada no município de Peruíbe, Litoral Sul do Estado de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que assume a perspectiva narrativa na medida em que recorram à história oral dos sujeitos envolvidos, contemplando aspectos significativos para a sua formação profissional que venham ajudar a compreender sua prática cotidiana. a presente pesquisa evidencia que apesar do aporte legal emanado a partir de 1988, o direito à educação escolar indígena - específica e diferenciada - ainda não está garantido. Através das entrevistas e nas visitas efetuadas na escola da aldeia Piaçagüera pude observar a existência de demandas que merecem e necessitam de soluções eficazes e urgentes por parte do poder público, pois se constituem em entraves significativos para a consecução do projeto político pedagógico das escolas indígenas. Além disso, a condição do professor indígena como portador da tradição do grupo e ao mesmo tempo como representante do saber instituído coloca paradoxos à formação e ao exercício da profissão docente. Estas questões devem ser equacionadas a partir da visão dos povos indígenas numa perspectiva de autonomia e respeito à diversidade.

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O presente estudo consiste numa pesquisa processual, de natureza qualitativa, expresso na modalidade narrativa. Tem como pressuposto que o papel do professor implica uma tal responsabilidade que resulta em exigência de aperfeiçoamento constante, para que este profissional possa apresentar-se capaz de uma ação pedagógica bem-sucedida. Um professor, assim caracterizado, corresponde ao profissional efetivamente engajado na prática docente, manifestando atitude de reflexão sobre esta mesma prática, não apenas antes, em sua preparação, mas durante o seu desenrolar e mesmo depois desta, procurando extrair da própria ação elementos que ajudem a constantemente melhorá-la. Sob tais aspectos, destaco a prática reflexiva de Professoras do Ensino Fundamental, nos anos iniciais de escolaridade, especialmente relativa a suas ações pedagógicas bem-sucedidas em aulas, que busco enfocar como objeto de estudo e de investigação nesta dissertação. A coleta de dados da pesquisa deu-se por meio de 1) entrevistas semi-estruturadas, 2) relatos orais, 3) observação de aulas e 4) notas de campo. A análise dos dados, a discussão dos resultados e os encaminhamentos possíveis para a formação de professores foram construídos e expressos levando em conta princípios e critérios da Investigação Narrativa. Das conclusões, tecidas à luz do que resulta desta investigação, destacam-se as que são assim enunciadas: a) as Professoras realizam práticas reflexivas de tipos e níveis diferentes, contudo, tais reflexões ocorrem visivelmente atreladas às suas dificuldades e aos seus conflitos didático-pedagógicos, cada qual em seu contexto específico de ação; b) As Professoras conseguem realizar reflexões na sua ação, bem como reflexões sobre a sua ação com aproximações à literatura pedagógica, ainda que com ausência de explicitação de aspectos sociológicos, filosóficos, políticos, antropológicos, epistemológicos, enfim, dos aspectos que conferem maior criticidade e critério à reflexão, ou seja, atributos de reflexividade. Em função disso, ressalto a importância do progresso da escola em consonância com o progresso e a profissionalização do trabalho docente, através da consideração de cada contexto específico num movimento de busca de sentido para o ensino e para a aprendizagem. Nas considerações finais, propugno para o professor reflexivo compromissos evidentes com o futuro, no presente de suas salas de aula, para que possa ter maior capacidade de resposta pedagógica às necessidades educativas dos seus alunos, que se inserem e vivem na complexa sociedade deste século XXI.

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Objetivando investigar os saberes presentes na prática pedagógica de seis professoras que, ao longo de sua trajetória profissional, apresentaram uma prática bem-sucedida na alfabetização, sempre atuando em região periférica de uma cidade da Grande São Paulo, utilizei, neste estudo, entrevista semiestruturada, observação participante e relato de história de vida, no intuito de responder às questões: O que há de significativo nas práticas bem-sucedidas das professoras alfabetizadoras? Quais saberes são mobilizados com os educandos no processo de alfabetização? Como as professoras lidam com diferentes saberes dos alunos e com as situações em que se defrontam com um possível não saber? Inicialmente, descrevo o contexto histórico da alfabetização em 1983, com a implantação do Ciclo Básico de Alfabetização (DURAN, 1995), período em que as professoras-alvo da pesquisa iniciaram carreira no magistério na rede pública estadual e foram desafiadas a uma nova forma de pensar a alfabetização no âmbito da Psicogênese da Língua Escrita (FERREIRO e TEBEROSKY, 1979), embasadas no construtivismo piagetiano, numa ação dialógica com autores que priorizam a reflexão sobre saberes e prática pedagógica (FREIRE, 1996; OLIVEIRA, 1997; ALARCÃO, 2005 e TARDIF, 2007). Os resultados mostram que a constituição dos saberes das professoras na condução do trabalho em sala de aula ocorre ao longo da trajetória de formação e atuação pedagógica, em diferentes momentos: no diálogo com experiências vividas, com materiais pedagógicos produzidos; na relação com as crianças com quem convivem; nos cursos de formação de que participam; nas parcerias e trocas com professores. A criatividade diante dos desafios de alfabetizar faz com que reorganizem o saber e busquem conhecimentos para que a qualidade das intervenções e ações pedagógicas atenda a diversidade que compõe o espaço da sala de aula. Por acreditarem na capacidade das crianças, propiciam atividades desafiadoras que oportunizam a reflexão sobre a leitura e a escrita (FERREIRO, 1989, LERNER, 2002 & WEISZ, 2002), sempre respeitando os conhecimentos prévios do aprendiz que interage com elas e constrói conhecimentos.(AU)

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Este estudo identifica as representações sociais das professoras da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental sobre a Educação Infantil. Embasado nas reflexões de Moscovici (1978) e Jodelet (2004), na perspectiva da Teoria das Representações Sociais, concentra a reflexão nos discursos dos sujeitos participantes. São representações sociais forjadas no grupo e que denotam a compreensão dos seus membros sobre a realidade. Os discursos apresentados pelas professoras foram analisados pelo software ALCESTE e pelo programa EVOC. O processamento dos dados possibilitou reconhecer o espaço da Educação Infantil como um universo dinâmico de conhecimento e construção. As representações sociais apresentadas pelas professoras no transcorrer desta pesquisa nos revelam um discurso formado historicamente pelo grupo e marcado fortemente por sua formação teórica. Acompanhando o processo histórico, no qual a Educação Infantil foi gestada, verificamos algumas tendências que marcam o discurso das professoras hoje. Ao comparar a fala destes sujeitos, verifica-se que seus referenciais teóricos, sua trajetória educativa e o histórico social da Educação Infantil são fatores preponderantes para constituição de seu universo consensual e, consequentemente, das suas representações sociais. Os discursos das professoras confirmam que a história, a vivência no grupo e as teorias que embasaram sua formação contribuem para a constituição das representações sociais. Assim, as representações desvendam que as professoras pensam a Educação Infantil como o local propício para o desenvolvimento integral da criança, entremeado por atividades lúdico-pedagógicas, visando a formação do cidadão e sua inserção no universo escolar. A Educação Infantil está ancorada na ideia de desenvolvimento e as professoras objetivam tal representação na figura da árvore que cresce, da semente que germina, da escada que leva para fases superiores. Ao dialogar com os falatórios das professoras, compreendemos que as representações sociais estão presentes no seu cotidiano e compõem sua prática: falas e gestos dão conteúdo ao seu mundo.(AU0

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Nos últimos anos, estudos sobre o ensino da linguagem escrita abordaram as práticas de leitura como uma produção cultural, que se originam nos contextos sociais de comunicação e se constituem em um instrumento de inclusão social e de participação política. Essas ideias foram apropriadas pelos discursos oficiais e amplamente divulgadas no meio educacional no Estado de São Paulo em diversos programas de formação continuada. Nesse contexto, esta pesquisa fundamentou-se na teoria das representações sociais, desenvolvida por Serge Moscovici, para investigar os sentidos atribuídos ao ato de ler por um grupo de professoras que leciona nos quatro primeiros anos do ensino fundamental. Para o desenvolvimento deste trabalho, foram consideradas as práticas e preferências leitoras das professoras, a história do ensino da leitura, as representações sociais sobre o ato de ler entre as mulheres e as suas relações com o processo de profissionalização do magistério. Por meio da metodologia da análise de conteúdo foi possível desvelar as representações da leitura presentes nos discursos das professoras, contribuindo para conhecer suas formas de conceber a prática de ler.(AU)

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As the beginning of the discussion about the reprimarization process of the Brazilian exportations, or about a deindustrialization process of the country foreign sales, this study purpose that the discussion, actually, should be about the existence of the commodities structural dependence as a way to face the foreign restrictions. Therefore the intention is to show that, historically, the way that the Brazilian economy has crossed for its development depends of the foreign capital, mainly in its way of Foreign Direct Investment (FDI), and in the balance generated by the primary products, which make us try to understand the impact of this capital for the equilibrium of the Brazilian Payment Balance and also for the economy. These points were discussed not only based on the Brazilian classic writers as Francisco Oliveira, Caio Prado Jr. and Celso Furtado, but also using the newest studies which contributes to point the causes and consequences of the external capital dependence in the actual scenario. The conclusions acquired in the end of the study, indicates the fact that the Brazilian specialization in products of low aggregated value is not recent. Brazil is, historically, a competitive country in primary products. At the same time, the country importation always was a pressure factor of the National Payments Balance, being composed by products with more aggregated value. According to some authors, this characteristic of the Brazilian Economy will be surpassed with the economic opening process, which will attract external capital making possible the modernization of the Brazilian productive sector. Therefore, we can claim that the FDI, in the way it has been inserted in the country, does not offer the opportunity to get out of the commodities dependence, as generators of the payment balances, because the country international competitive standard didn t get any important changes, keeping itself out of the step related to the global standard which has been intensified in products with more aggregated value. The changes in the national insertion standard directed to more technological products is really important to surpass the historical scenario of commodities dependence, making the country less vulnerable to external crisis.

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Teacher training processes, initial and continuing, and professional practice of teachers who teach Mathematics in the early years are highlighted in the literature as complex, but also are regarded as the way to overcome many difficulties in teaching this component curriculum in the school stage in question. The aim of the study was to investigate how the training needs in Mathematics are represented by a group of teachers in the early years of elementary school of public health system of the city of Uberlândia, State of Minas Gerais. The research, qualitative approach, had as object of study the training needs, in Mathematics, of teachers in the early years. The research involved 16 teachers from two schools in the municipal public schools of that city. Data were collected through questionnaires, non-participant observations, semi-structured interviews followed by group and individual. Analyses were performed by means of thematic categories, founded by content analysis. Data interpretation allowed to understand training needs in mathematics that are presented to the collaborating group from their professional practice, considering the knowledge and skills necessary to teaching. It is understood that the teachers of the study group have major limitations in relation to the specific content and didactic knowledge of Mathematics content, however, the concern is that demonstrated not always being aware of it. Moreover, the difficulties experienced in teaching practice proven to be overcome by sources and non-formal training activities, primarily through more experienced colleagues in the profession. Thus, it becomes difficult to think the initial and continuing training courses for teachers without the training needs of the teaching practice is appreciated as an object of study.

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Objetivo: Avaliar os aspectos associados à qualidade de vida (QV) de professoras do ensino básico da rede pública de Viçosa-MG, buscando relações com a classe econômica. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo transversal, desenvolvido entre março e outubro de 2013, realizado com 156 professoras da cidade de Viçosa-MG. Foram aplicados os questionários World Health Organization Quality of Life/BREF e o Critério de Classificação Econômica. Utilizou-se também um questionário contendo tempo de atuação e carga horária semanal de trabalho. Para comparação dos domínios da QV entre as classes econômicas, utilizou-se o teste ANOVA one way, com post hoc de Tukey. Para todos os tratamentos, adotou-se um nível de significância de p<0,05. Resultados: As avaliadas apresentaram idade média de 43,88 (+ 10,61) anos, carga horária de trabalho semanal de 29,00 (+ 10,35) horas e tempo de atuação profissional de 16,17 (+ 8,91) anos. A maioria das avaliadas se encontrava na classe econômica B1/B2, com 60,3%. O escore médio da QV geral foi de 68,43 (+ 11,69) pontos, com maiores valores para os domínios “relações sociais” e “físico”. Foi encontrada uma redução na média do domínio “meio ambiente” em relação à menor classe econômica (p=0,011). Houve correlação fraca e inversa entre o domínio “relações sociais” e a carga horária semanal de trabalho (r=-0,16; p=0,031). Conclusão: A QV da população estudada foi considerada entre regular e boa, levando-se em conta a escala do protocolo. Houve associação somente entre o domínio “meio ambiente” e a classe econômica.

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O objetivo dessa dissertação de mestrado em Educação é questionar, analisar e compreender alguns dos modos como a política pública de formação continuada em gênero e sexualidade para professoras/es das redes públicas abordam o tema da homofobia. A homofobia, em linhas gerais, relaciona-se a atitudes de violência (física, psicológica) e atitudes de interdição, controle e vigilância de comportamentos sexuais não-heterocentrados e/ou não representados pelos padrões identitários de gênero. Assim, o presente estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS, desenvolvido em três escolas Públicas Municipais de Ensino Fundamental dos municípios de Rio Grande e São José do Norte-RS, busca, sobretudo, perceber como esse tema se desdobra nos currículos, aqueles experimentados nos cotidianos das escolas dos sujeitos dessa investigação. Para tanto, seguimos como referencial teórico as contribuições de autoras/es que propõem problematizar a educação a partir de uma corrente de pensamento crítico e da Filosofia da Diferença. Como caminho metodológico, realizamos rodas de conversa nas escolas, análise de documentos e inserção no cotidiano de uma escola. As narrativas interessantes para a pesquisa denotam que no espaço escolar a homofobia ainda é um tema sensível e está engendrada com outras problemáticas, como racismo e classismo, e muitas vezes não é percebida; as formações continuadas necessitam estar diretamente ligadas ao cotidiano escolar, contribuindo para uma (re)significação dos fazeres pedagógicos.

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O presente estudo refere-se a uma dissertação de mestrado em Educação, a qual teve como finalidade problematizar a constituição de subjetividades docentes no âmbito do Curso PARFOR Pedagogia, ofertado pela Universidade do Rio Grande (FURG). O foco teórico que alimenta este trabalho segue alguns elementos dos estudos foucaultianos que se detêm na perspectiva da governamentalidade e, por esse viés investigativo, as problematizações foram se constituindo, basicamente, a partir de três ferramentas analíticas: discurso, governo e subjetivação. Através desta perspectiva de estudo, proponho compreender as políticas de formação docente como uma questão de governo das condutas e o PARFOR, como uma tecnologia de governo que conduz o modo como as professoras que vivenciam essa formação atuam e se pensam nessa sociedade. A partir das narrativas de algumas professoras formadoras e acadêmicas deste curso, foi possível evidenciar o currículo como um espaço de controle e produção de subjetividades. Argumentei que as professoras-acadêmicas, ao justificarem as suas escolhas pelo PARFOR, foram capturadas pelo discurso das faltas com a profissão, tendo suas condutas orientadas a buscar o ensino superior como meio de qualificação e ascensão social. Após, discuti que as práticas realizadas no projeto de formação seguem um ciclo que leva à conversão. Sustentei esta ideia mostrando que as docentes são convocadas a se confessar por meio das escritas dos memoriais e TCC’s, reconhecendo-se como sujeitos da educação - avaliando, julgando, comparando, criando resistências, produzindo verdades sobre si – e assim convertendo-se a uma nova postura que, de alguma forma, venha assegurar o sucesso do seu fazer docente. Por fim, chamo a atenção para as relações de poder imbricadas no equilíbrio dos interesses e forças que envolvem o currículo de formação e seus efeitos na constituição dos sujeitos que vivenciaram este processo. Defendo que as professoras-acadêmicas, ao não terem suas expectativas contempladas no curso, promovem, em diferentes momentos, ações ou resistências, entrando em conflito com as professoras formadoras. Os efeitos dessa forma de subjetivação vão gerando negociações, indicando rumos diferentes aos pré-estabelecidos inicialmente.

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Trata-se de diálogos entre ativistas-investigador.a.s4 das questões de gênero e sexualidades com professoras lésbicas e bissexuais da educação pública de Vitória, Espírito Santo, Brasil sobre temas relacionados à diversidade sexual na escola. Apresenta relatos de professoras cisgênero sobre dificuldades em lidar com a diversidade sexual na escola. Relata as impressões das professoras sobre o tema, com foco nas implicações do pertencimento a determinadas categorias sexuais e de gênero no desempenho pedagógico. Informa que o ambiente escolar está permeado por preconceitos, em que a lesbo-homo-trans e bifobia fazem parte dos discursos heteronormativos e que obriga as professoras lésbicas e bissexuais a uma ocultação da sua orientação sexual como espécie de blindagem para garantir o respeito profissional.