647 resultados para Plato.


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o presente trabalho propõe discutir o papel ocupado pelo riso na teoria e na clínica psicanalíticas através de uma abordagem multidisciplinar. Para fundamentar tal proposta, foi elaborada uma investigação de algumas das diferentes formas pelas quais o riso foi tomado como objeto do pensamento ao longo da história da cultura ocidental, assim como alguns dos lugares sociais que já foram por estes ocupados nesta mesma cultura. Tal abordagem teve como intuito a demonstração do caráter cultural e contingencial do riso, visando, deste modo, romper com uma interpretação do mesmo como fenômeno essencial, intrínseco e universal da experiência humana e afirmando-o como fenômeno de linguagem, no sentido dos jogos de linguagem propostos por Wittgenstein. O primeiro capítulo apresenta um mosaico composto por aproximações do fenômemo do riso elaboradas desde a Antiguidade até o final do século XVIII, contemplando pensadores com Platão, Aristóteles, Cicero, Quintiliano, Laurent Joubert e Imannuel Kant, dentre outros. No segundo capítulo são expostas algumas das principais concepções modernas do riso e assinalados. Os efeitos do advento do pensamento racionalista sobre tais concepções, ora pelo viés da apropriação do riso como objeto do discurso fisicalista, como em Spencer e Darwin, ora por uma interpretação deste como ultrapassando as dimensões da ordem e da razão, como em Nietzsche, Bataille, Foucault, Clement Rosset e Deleuze. No terceiro capítulo, o trabalho volta-se para o campo específico da Psicanálise, desenvolvendo as idéias freudianas acerca dos chistes, do cômico e do humor, aprofundando-os e estabelecendo as diferenças entre estes. O quarto capítulo da continuidade a discussão no âmbito psicanalítico desenvolvendo uma leitura crítica de algumas formulações pós-freudianas sobre o papel do riso na clínica (strictu sensu e ampliada), na teoria e nas instituições de transmissão da Psicanálise, enfatizando a relevância deste, especialmente por meio do humor, para o estabelecimento de uma direção ética na produção de saber em Psicanálise. O capítulo final parte do conceito de ironia para aprofundar a proposta de uma perspectiva do riso como postura ética em psicanálise, tomando como método possível de flexibilização e de crítica em oposição a uma postura determinista e dogmática, através, especialmente, das metáforas do ironista de Rorty e do cyborg de Donna Haraway.

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A presente tese investiga as poéticas do trágico nas obras teatrais de Eurípides (Grécia, c. 484 406 a.C.), Johann Wolfgang von Goethe (Alemanha, 1749 1832) e Federico García Lorca (Espanha, 1898 1936) e defende que, nos três autores, as concepções estéticas do trágico se constituem principalmente sobre a representação poética do filicídio materno. A antinomia trágica engendrada, metaforicamente, no assassinato da criança pelas mãos daquela que lhe deu a vida é tema de Medeia (431 a.C.), Tragédia de Margarida (1790) e Yerma (1934), obras fundamentais para compreender a visada trágica dos três poetas aqui, em respectivo, estudados. O conflito com o sagrado e com a razão, ao apontar para a afirmação trágica do corpo e do feminino, frequenta as três obras. O paralelismo entre as dimensões política e estética é, por conseguinte, patente nos três dramas, ao mesmo tempo em que cada um dos autores, com contexto e assinatura próprios, configura uma ideia estética acerca do trágico inteiramente singular. O diálogo entre literatura e filosofia, ou entre intuição e conceito, atravessa, nesta tese, a leitura do trágico na metáfora do filicídio. Sob tal perspectiva, a Medeia de Eurípides impõe-se no centro do debate entre socráticos e sofistas, e aborda temas, como o domínio das paixões sobre a razão, que também aliciaram autores como Platão, Aristóteles e Nietzsche. A Gretchentragödie, de Goethe, apresenta-se, por sua vez, como obra poética aonde convergem as mais calorosas discussões estéticas do moderno pensamento alemão, como as questões do sublime (Kant, Schiller) e da vontade (Schopenhauer). Yerma, de García Lorca, será também uma obra de convergência filosófica, expressando a nueva manera espiritualista que marca a última fase da produção lorquiana: a perspectiva trágica de Nietzsche, na afirmação do corpo como grande razão, assim como o diálogo de Lorca com o pensamento de Miguel de Unamuno sobre El sentimiento trágico de la vida, caracteriza uma espécie de tragédia às avessas, que nega o sagrado e afirma o trágico como síntese libertária do eu, do corpo e do feminino

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Nosso eixo temático se desenvolve a partir do questionamento do epíteto de Deusa da Feitiçaria atribuído tardiamente à deidade grega Hekate. A partir do período Clássico em Atenas iniciaram-se críticas às práticas mágico-religiosas cujo objetivo era fazer mal ao inimigo; realizadas por indivíduos (mágoi - magos) os quais também sabiam utilizá-las para a cura, como o uso das phármaka (ervas). O desenvolvimento da Escola de Medicina Hipocrática, no período Clássico, e seus tratados médicos, se configuram como uma das críticas direcionadas aos mágoi e das divindades que evocavam em suas práticas mágicas. Um tratado em especial, Da Doença Sagrada, combate a divinização da epilepsia e as práticas curativas desta enfermidade através da persuasão dos deuses. Platão também teceu críticas aos que ofereciam seus serviços mágicos de porta em porta por uma pequena quantia. Acreditamos que a partir dessas críticas se desenvolveu no imaginário social ateniense a relação entre a deusa grega Hekate e a magia de fazer mal ao inimigo cuja permanência é observada nos dias atuais. Nosso arcabouço teórico constitui-se dos conceitos desenvolvidos pelo filósofo polonês Bronislaw Baczko no verbete imaginação social na Enciclopedia Einaudi.

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[ES] En el «Ión» Platón funda la hermenéutica occidental, no la práctica de la exégesis. Para ello debe rechazar el liderazgo de la poesía. Y en un triple frente. Como saber, la poesía no distingue entre significante y significado, y considera la interpretación como un mero descifrado, no como un análisis de la verdad y falsedad del significado. Como discurso legitimador, es una liturgia, no una funcionalización técnica, además de que oculta el conflicto en que toda sociedad consiste. Como competencia interactiva, el poeta no es autónomo, sino alienado, y pone en juego la emotividad, no la racionalidad. Desde este breve diálogo, la filosofía y la literatura se han disociado dramáticamente en la cultura occidental.

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[ES] Aunque la naturaleza política de la tragedia griega es bien explícita, en el presente artículo intentamos presentar otra forma de calibrar su influencia efectiva en la vida política ateniense, como lo es el análisis de las críticas que Platón -un aspirante, en su juventud, al ejercicio directo del poder, y, posteriormente, a su control indirecto a través de la educación de la aristocracia en su Academia- dirige al género; las cuales inciden fundamentalmente en el hecho de que la imitación poética pretende ser un proceso de conocimiento en sí misma, lo que la convierte en competidora directa de la filosofía en la educación de los individuos destinados a ejercer el poder.

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Esta tese de doutorado parte da perspectiva inicial de que a gramaticalização se restringe a tratado sobre itens lexicais ou discursivos que se tornam itens gramaticais (o que a enquadraria dentro da Teoria da Variação, inserta esta dentro da Pesquisa Sociolinguística), mas segue em direção a um salto epistemológico que remodele aquela perspectiva, ampliando-a a patamar do qual ela pode ser observada como teoria autônoma, investigativa de fenômenos limítrofes e nem sempre discretos entre linguagem e língua, discurso e texto, descrição e prescrição, oralidade e escrita, léxico e gramática. Desse modo, propugna-se pela visão epistemológica do tema, conduzido, até aqui, de modo puramente ontológico, circunscrito a um (e apenas um) dos muitos espectros que se podem alcançar com a aludida ampliação àquele que vem sendo perquirido como tratado, porém que, segundo se pretende demonstrar, pode e deve ser expandido à malha de uma teoria geral, qual seja a Teoria Geral da Gramaticalização: trata-se, aqui, de seu objetivo geral. Para esse propósito, vale-se a tese de filósofos da linguagem que atuaram sobre essa faculdade ou capacidade humana de forma direta ou indireta desde os seus primórdios ocidentais (como Sócrates, Platão e Aristóteles), passando pelos pensadores mais incisivamente preocupados com os aspectos cognitivos e interativos da linguagem e da língua (como Hegel, Husserl, Saussure, Sapir, Bloomfield, Wittgenstein, Derrida, Chomsky, Labov, Charaudeau, Maingueneau, Ducrot, Coseriu), além de ser necessária a incursão à Gramaticografia mais estrita (como a empreendida por Dionísio da Trácia, Varrão, Arnault e Lancelot, Nebrija, Jerônimo Soares Barbosa, Eduardo Carlos Pereira, Said Ali, Bechara), e, naturalmente, a contribuição filosófica dos pesquisadores sobre a gramaticalização (como Meillet, Vendryès, Bréal, Kurilowicz, Traugott, Heine, Hopper, Lehmann). Uma vez que se tenha mostrado ser verossímil aceitar-se a gramaticalização como teoria autônoma, esta tese pretende legar-lhe o papel instrumental de metodologia auxiliar a muitas entre as que ora se empreendem quando se trata de pesquisas em campos cuja ocupação é a linguagem e a língua: trata-se, aqui, de seu objetivo específico. Para essa duplicidade de metas ou objetivos, será necessário compreender conceitos, categorias e protótipos oriundos da Filosofia da Ciência (Epistemologia), do contraste entre ciências da linguagem e outros ramos do saber, da imersão em Gramaticologia e Gramaticografia (e, em alguns aspectos, em Gramatização e Gramatologia) referentes à Língua Portuguesa, da defesa, enfim, de que o ensino da Gramática Formal (ou Normativa) do idioma privilegia a acepção reflexiva e ativa (plena) dos usos ou atos a que a linguagem só pode chegar por meio do domínio da língua em toda a sua tessitura epistemológica, que gera comunicação e expressividade, raciocínio e emotividade, indo da concretude do discurso ou da oralidade à abstração da entidade pouco ou nada material, que, por sua vez, é mais nitidamente representada pela escrita, seu estágio por assim dizer de forma ainda mais pura, conquanto não excludente da substancialidade com que dialoga de modo incessante no seu constante e dialético passado-futuro ou diversidade-homogeneidade (tese e antítese) de onde emerge o seu presente ou a sua unidade (síntese)

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Esta tese pretende reafirmar duas dimensões existenciais, constituintes do ser humano: a psicorporeidade e a intersubjetividade. O ser humano é uma unidade psicossomática que se constitui no e através do ambiente humano que é seu entorno. Essa afirmativa parece nada incomum em 2005, mas não foi a hegemônica no pensamento ocidental. No racionalismo dualista, proposto por Platão na antiguidade e radicalizado e sistematizado por Descartes na modernidade, vigorava a radical separação entre corpo (res extensa) e alma (res cogitans), entre sujeito e objeto. Recorro à noção de corpo vivido na intersubjetividade, presente em Merleau-Ponty, para expor como concebo estas duas dimensões. Assinalo os paralelos de sua concepção ulterior (a noção de carne) com a da reformulação teórica freudiana - a partir da introdução do conceito de narcisismo (1914c) e do inconsciente originário, enraizado no corpo (1923a). Este é o período da formulação freudiana no qual encontram-se os pilares das principais concepções desenvolvidas por Ferenczi, Balint e Winnicott, clínicos da psicanálise cujas contribuições podem ser agrupadas no que denomino de matriz ferencziana - destacando-se a reformulação da teoria do trauma e a proposta clínica da regressão/progressão num ambiente facilitador que propicie continente para a experiência subjetiva. O segundo objetivo deste trabalho é mostrar a articulação entre as suas principais obras e como as dimensões da psicorporeidade e da intersubjetividade nelas estão presentes.

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Esta pesquisa destina-se a fazer uma leitura sobre as cartas de Abelardo e Heloísa, casal francês do séc. XII, e Mariana Alcoforado, portuguesa do séc. XVII, à luz da teoria freudiana sobre a ambivalência entre o amor e o ódio. Para melhor entendimento, o conceito de pulsão e suas vicissitudes é apresentado. Discorremos por estudos a respeito do amor na filosofia através do mito do amor em Platão; na literatura, em especial a ocidental; assim como definições de outros pensadores a respeito desse sentimento que faz parte da história da humanidade. A epistolografia também é abordada para que se entenda sua relevância e o motivo pelo qual esse gênero ter sido escolhido para constituir o corpus dessa pesquisa. Uma pequena biografia dos autores é apresentada, objetivando fazer uma inserção histórica para, a partir daí, partir para uma análise das cartas. Após a análise, é feita uma comparação entre a forma com que os escritores manifestam seus sentimentos após o término de uma relação amorosa.

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Trabalho de pesquisa que pretende retirar o teatro de Gil Vicente de um possível período mais obscurantista, tardo-gótico, para colocá-lo em meio às grandes transformações ocorridas na Europa durante o século XVI, mais propriamente o Renascimento artístico e cultural. A partir de uma crítica textual de autores contemporâneos como Nicolau de Cusa e Martinho Lutero, ou da literatura da Grécia clássica como Platão e Ésquilo, aproximamos o teatro vicentino das fontes clássicas da literatura, ao mesmo tempo em que, por uma crítica de determinadas correntes hegemônicas na análise da literatura como as que vêm do existencialismo e da psicanálise, afastamos seu teatro dessa crítica que antes obscurece do que propriamente o coloca à plena luz. Posto na luz correta, vemos um Gil Vicente em meio aos grandes movimentos de transformação da civilização mediterrânica do século XVI.

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Los crustáceos como los langostinos, camarones y centollas constituyen delicadezas culinarias a las que acceden pocos y selectos comensales. Las centollas son un plato típico para los viajeros que llegan al fin del mundo, a Ushuaia (Argentina), porque justamente Tierra del Fuego es el lugar de Sudamérica con mayor abundancia de estos crustáceos, y donde se ha desarrollado una pesquería durante las últimas cuatro décadas. Hasta hace pocos años era universalmente aceptada la ausencia de cangrejos en la Antártida, pero hallazgos recientes de centollas en aguas cercanas a la Península Antártica nos desafían a explicar su existencia como el único cangrejo en los mares más fríos del planeta.

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We suggest a certain minimal approach to the historical Socrates on the basis of Platos Apology. This text makes it possible to reconstruct the authentic charge and the defense line of Socrates, as well as his motivation and the quintessence of his philosophical challenge. The most important thing is what the philosopher says in the face of his death sentence: that the greatest good for a man is to live an examined life focusing on virtues and ethical values. Unfortunately, the preponderance of studies, even the most recent ones, fail to recognize the philosopher’s provocative challenge, whilst it is not only a crucial motif in the Socratic examining (ἐξετάζειν), i.e. testing the interlocutors’ knowledge by means of irony, elenchos and aporia, but also an inspiration for his direct and indirect followers in seeking virtues and the greatest good.

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Estetyka w archeologii. Antropomorfizacje w pradziejach i starożytności, eds. E. Bugaj, A. P. Kowalski, Poznań: Wydawnictwo Poznańskie.

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The present work examines the beginnings of ancient hermeneutics. More specifically, it discusses the connection between the rise of the practice of allegoresis, on the one hand, and the emergence of the first theory of figurative language, on the other. Thus, this book investigates the specific historical and cultural circumstances that enabled the ancient Greeks not only to discover the possibility of allegorical interpretation, but also to treat figurative language as a philosophical problem. By posing difficulties in understanding the enigmatic sense of various esoteric doctrines, poems, oracles and riddles, figurative language created the context for theoretical reflection on the meaning of these “messages”. Hence, ancient interpreters began to ponder over the nature and functions of figurative (“enigmatic”) language as well as over the techniques of its proper use and interpretation. Although the practice of allegorical interpretation was closely linked to the development of the whole of ancient philosophy, the present work covers only the period from the 6th to the 4th century B.C. It concentrates, then, on the philosophical and cultural consequences of allegoresis in the classical age. The main thesis advocated here has it that the ancient Greeks were in-clined to regard allegory as a cognitive problem rather than merely as a stylistic or a literary one. When searching for the hidden meanings of various esoteric doc-trines, poems, oracles and riddles, ancient interpreters of these “messages” assumed allegory to be the only tool suitable for articulating certain matters. In other words, it was their belief that the use of figurative language resulted from the necessity of expressing things that were otherwise inexpressible. The present work has been organized in the following manner. The first part contains historical and philological discussions that provide the point of departure for more philosophical considerations. This part consists of two introductory chapters. Chapter one situates the practice of allegorical interpretation at the borderline of two different traditions: the rhetorical-grammatical and the hermeneutical. In order to clearly differentiate between the two, chapter one distinguishes between allegory and allegoresis, on the one hand, and allegoresis and exegesis, on the other. While pointing to the conventionality (and even arbitrariness) of such distinctions, the chapter argues, nevertheless, for their heuristic usefulness. The remaining part of chapter one focuses on a historical and philological reconstruction of the most important conceptual tools of ancient hermeneutics. Discussing the semantics of such terms as allēgoría, hypónoia, ainigma and symbolon proves important for at least two crucial reasons. Firstly, it reveals the mutual affinity between allegoresis and divination, i.e., practices that are inherently connected with the need to discover the latent meaning of the “message” in question (whether poem or oracle). Secondly, these philological analyses bring to light the specificity of the ancient understanding of such concepts as allegory or symbol. It goes without saying that antiquity employed these terms in a manner quite disparate from modernity. Chapter one concludes with a discussion of ancient views on the cognitive value of figurative (“enigmatic”) language. Chapter two focuses on the role that allegoresis played in the process of transforming mythos into logos. It is suggested here that it was the practice of allegorical interpretation that made it possible to preserve the traditional myths as an important point of reference for the whole of ancient philosophy. Thus, chapter two argues that the existence of a clear opposition between mythos into logos in Preplatonic philosophy is highly questionable in light of the indisputable fact that the Presocratics, Sophists and Cynics were profoundly convinced about the cognitive value of mythos (this conviction was also shared by Plato and Aristotle, but their attitude towards myth was more complex). Consequently, chapter two argues that in Preplatonic philosophy, myth played a function analogous to the concepts discussed in chapter one (i.e., hidden meanings, enigmas and symbols), for in all these cases, ancient interpreters found tools for conveying issues that were otherwise difficult to convey. Chapter two concludes with a classification of various types of allegoresis. Whilst chapters one and two serve as a historical and philological introduction, the second part of this book concentrates on the close relationship between the development of allegoresis, on the one hand, and the flowering of philosophy, on the other. Thus, chapter three discusses the crucial role that allegorical interpretation came to play in Preplatonic philosophy, chapter four deals with Platos highly complex and ambivalent attitude to allegoresis, and chapter five has been devoted to Aristotle’s original approach to the practice of allegorical interpretation. It is evident that allegoresis was of paramount importance for the ancient thinkers, irrespective of whether they would value it positively (Preplatonic philosophers and Aristotle) or negatively (Plato). Beginning with the 6th century B.C., the ancient practice of allegorical interpretation is motivated by two distinct interests. On the one hand, the practice of allegorical interpretation reflects the more or less “conservative” attachment to the authority of the poet (whether Homer, Hesiod or Orpheus). The purpose of this apologetic allegoresis is to exonerate poetry from the charges leveled at it by the first philosophers and, though to a lesser degree, historians. Generally, these allegorists seek to save the traditional paideia that builds on the works of the poets. On the other hand, the practice of allegorical interpretation reflects also the more or less “progressive” desire to make original use of the authority of the poet (whether Homer, Hesiod or Orpheus) so as to promote a given philosophical doctrine. The objective of this instrumental allegoresis is to exculpate philosophy from the accusations brought against it by the more conservative circles. Needless to say, these allegorists significantly contribute to the process of the gradual replacing of the mythical view of the world with its more philosophical explanation. The present book suggests that it is the philosophy of Aristotle that should be regarded as a sort of acme in the development of ancient hermeneutics. The reasons for this are twofold. On the one hand, the Stagirite positively values the practice of allegoresis, rehabilitating, thus, the tradition of Preplatonic philosophy against Plato. And, on the other hand, Aristotle initiates the theoretical reflection on figurative (“enigmatic”) language. Hence, in Aristotle we encounter not only the practice of allegoresis, but also the theory of allegory (although the philosopher does not use the term allēgoría). With the situation being as it is, the significance of Aristotle’s work cannot be overestimated. First of all, the Stagirite introduces the concept of metaphor into the then philosophical considerations. From that moment onwards, the phenomenon of figurative language becomes an important philosophical issue. After Aristo-tle, the preponderance of thinkers would feel obliged to specify the rules for the appropriate use of figurative language and the techniques of its correct interpretation. Furthermore, Aristotle ascribes to metaphor (and to various other “excellent” sayings) the function of increasing and enhancing our knowledge. Thus, according to the Stagirite, figurative language is not only an ornamental device, but it can also have a significant explanatory power. Finally, Aristotle observes that figurative expressions cause words to become ambiguous. In this context, the philosopher notices that ambiguity can enrich the language of a poet, but it can also hinder a dialectical discussion. Accordingly, Aristotle is inclined to value polysemy either positively or negatively. Importantly, however, the Stagirite is perfectly aware of the fact that in natural languages ambiguity is unavoidable. This is why Aristotle initiates a syste-matic reflection on the phenomenon of ambiguity and distinguishes its various kinds. In Aristotle, ambiguity is, then, both a problem that needs to be identified and a tool that can help in elucidating intricate philosophical issues. This unique approach to ambiguity and figurative (“enigmatic”) language enabled Aristotle to formulate invaluable intuitions that still await appropriate recognition.