990 resultados para Ciências Humanas
Resumo:
A presente dissertação discute o diálogo estabelecido entre literatura e cinema no tratamento da personagem principal – um homem traído que se vinga de forma cruel dos seus inimigos – na obra literária Le Comte de Monte-Cristo, de Alexandre Dumas, e nas três adaptações fílmicas escolhidas: Le Comte de Monte-Cristo de Robert Vernay (1943); The count of Monte Cristo de David Greene (1975) e The count of Monte Cristo de Kevin Reynolds (2002). O projecto centra-se na análise da personagem Edmond Dantès/Monte-Cristo na obra literária e na sua transposição para a obra fílmica, nos graus de adaptação e contaminação entre os diferentes textos em momentos temporais diferentes. Para isso, foram estudadas em pormenor cada uma das obras referidas, tendo sempre em vista o percurso do herói. A adaptação cinematográfica de uma obra literária é uma operação de criação de um novo texto com dinamismo e autonomia próprios, resultante de escolhas nem sempre fáceis de realizar. A grande extensão da obra literária dificultou essa tarefa, no entanto, os realizadores procuraram constituir um fluir de personagens e de situações enquadráveis num tempo ideal de visualização confortável. Todas as narrativas combinam romance e desilusão, acção e aventura, mas os temas da vingança e da traição são explorados numa perspectiva diferente. As conclusões apuradas constatam que, independentemente da época, a personagem descrita nos filmes manteve-se fiel à caracterização feita pelo seu criador Alexandre Dumas, apesar de algumas nuances necessárias para criar um objecto que garantisse reconhecimento da crítica mas, também, o sucesso comercial.
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O Programa Novas Oportunidades valoriza a Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV). Algumas pessoas que abandonaram a escola vêem, na actualidade, certificadas as suas competências, ao frequentarem o Processo RVCC. Através do estudo ―Representações/Expectativas sobre o Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC): Da utopia à realidade, pretendemos saber as representações/expectativas iniciais que os sujeitos possuíam e se estas, no final, se viram confirmadas. As opiniões sobre o processo, após a sua conclusão, foi um dos vectores tido em atenção. Verificou-se que, de entre as várias motivações para a inscrição no processo RVCC, as principais se prendem com a vontade dos adultos continuarem os estudos depois de terem parado, o desejo de aprenderem mais/saber coisas novas, a Progressão no emprego e Mais possibilidades de escolher o tipo de emprego. As razões da opção pelo processo RVCC fundamentam-se no facto de se tratar de um Processo de valorização de conhecimentos e por ser rápido, havendo outras razões menos abordadas. As relacionadas com a sua rapidez e facilidade encontram-se depen-dentes, respectivamente, das variáveis idade e género. A valorização profissional e a progressão nos estudos constituem as principais expectativas que os sujeitos possuíam anteriormente. As expectativas iniciais viram-se muito (61,11%) e muitíssimo (23,15%) confirmadas. O Reconhecimento do saber experiencial e as Valorizações académica e pessoal foram aspectos importantes para que tal acontecesse. No final, os adultos opinam favoravelmente sobre o processo, enfatizando as metodologias, a gratificação sentida, a reflexão sobre as aprendizagens e a melhoria da auto- -estima. Salientam que a frequência do processo lhes trouxe mudanças académicas e pessoais. No contexto profissional são menos notórias, conquanto seja expectável que ocorram melhorias.
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Neste trabalho foi feita uma revisão à legislação relevante sobre a qualidade do ensino universitário em Portugal e no seu contexto europeu, e às alterações profundas que o Processo de Bolonha introduziu no espaço educativo da Comunidade Europeia, com particular incidência na avaliação da qualidade do ensino superior, condição para a comparabilidade dos títulos académicos e mobilidade de formados.
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Esta dissertação centra-se na procura de evidências que procurem explicar os processos e a dinâmica da aprendizagem dos pais através dos filhos, em torno das questões ambientais. Aplicaram-se inquéritos a pais e filhos, no 2.º e 6.º ano do Ensino Básico e chegaram-se a alguns resultados conclusivos. Essas conclusões permitem considerar algumas pistas importantes, na orientação de trabalhos futuros, direccionados para a educação para o ambiente de pais pelos filhos. Neste estudo consegue-se demonstrar como aprendem os pais e que barreiras existem à sua aprendizagem através da convivência com os filhos. Analisa-se também a consciência das aprendizagens dos pais e a evolução das mesmas, nomeadamente de hábitos para a preservação do ambiente, aprendidos ou não com os filhos. Verifica-se neste estudo que a educação ambiental informal de pais através da convivência com os filhos se concretiza, principalmente através da conversa entre ambos. A maior parte dos pais (e filhos) que conseguem fazer dos bons hábitos uma rotina diária são também aqueles que já os tinham antes da entrada dos filhos na escola, contudo é de realçar a existência de um grupo que, embora minoritário, assume ter alterado algumas acções após a entrada dos filhos na escola. Lentamente as acções e as opiniões dos pais estão a mudar e o respeito pelo ambiente nota-se nas suas rotinas diárias. São os filhos que estão a educar os pais para a acção, pois a comunicação social através da televisão pode esclarecer e chamar a atenção para as questões ambientais, mas não corrige as acções prejudiciais como os filhos podem fazer (e fazem, como se viu neste estudo) quando as presenciam.
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A investigação desenvolvida neste estudo pretende conduzir a uma reflexão sobre a relação que se estabelece entre a geometria e o pensamento abstracto de mulheres berberes, maioritariamente analfabetas e que, até há bem pouco tempo (talvez ainda em algumas regiões rurais, mais isoladas, de Marrocos), viviam segregadas. Falamos, sim, desses berberes que chegaram e se instalaram nas montanhas de Marrocos, muito antes da chegada dos árabes e que, ainda hoje continuam a fazer história, deixando que o seu quotidiano, o seu modo de vida seja ditado pelo enquadramento numa paisagem magnífica, que dá azo a um tempo mais lento, mais contemplativo, mais devoto. Reflectir-se-á sobre a originalidade dos tapetes berberes, cujo produto final não está delineado, à partida, mas que tem a ver com uma concepção interior da obra, que promove a liberdade de criação destas mulheres. Procurar-se-á compreender o tapete como uma forma de arte doméstica, conceptual, que emerge de um pensamento que, sendo geométrico (universal), se torna abstracto ou só compreensível por um grupo restrito de iniciados.1 O tapete tornou-se o segredo destas mulheres. E só o é, porque nós (todos, à excepção das mulheres berberes) não o conseguimos entender. Falamos de um “código” que só é perceptível quando é conhecida a matriz do pensamento. Pode até conhecer-se a técnica e a estética dos tapetes, identificar-se as diferentes tipologias e os materiais utilizados, mas tornar-se-á impossível criá-los, como estas mulheres o fazem, sem planos pré-estabelecidos. É essa maneira de produzir, quase inata para estas mulheres, que está fora do nosso alcance lógico.
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O grande objectivo deste estudo foi contribuir para a melhoria do ensino da programação de computadores para aluno principiantes, através de um processo de observação da relação pedagógica estabelecida em sala de aula.
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Esta dissertação aborda o conjunto Hospital/Igreja da Misericórdia de Faro, desde os seus antecedentes mais remotos até 1815, data da conclusão do citado hospital. Procura-se fazer uma história da evolução do Hospital e Igreja, num conjunto lógico e indissociável, sem nunca esquecer o enquadramento temporal da forma construtiva.
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In addition to phonological deficits, difficulties at the level of the visual recognition system (i. e. , the mechanisms that could affect the induction of orthographic representations or the connection of visual to lexical codes) constitute potential sources of the poor reading and visual naming that characterize dyslexia.
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Neste estudo pretende-se conhecer de que modo a biblioteca escolar contribui para promover o sucesso educativo dos alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente (NEE). A questão em análise é abordada com recurso a uma estratégia qualitativa e a um quadro metodológico de igual natureza. Optou-se pelo estudo de caso e pela entrevista semi-diretiva aos docentes como principal instrumento de recolha de dados. O tratamento da informação recolhida na entrevista efetua-se através da análise de conteúdo, uma vez que é a técnica que melhor permite descodificar o quadro de referência dos sujeitos entrevistados. A análise documental e o inquérito por questionário aos alunos foram usados como instrumentos complementares. Os protagonistas deste estudo são quatro docentes e dez alunos: duas p3rofessoras bibliotecárias, dois docentes de Educação Especial e dez alunos com NEE do terceiro ciclo. O contexto engloba duas bibliotecas escolares de dois Agrupamentos de Escolas do Algarve de freguesias geograficamente distintas: uma do litoral (freguesia de Olhão, concelho de Olhão) e outra do barrocal (freguesia de Paderne, concelho de Albufeira). O estudo pretende conhecer se a biblioteca escolar responde às necessidades dos alunos com NEE, qual a importância que tem ao nível do ensino/aprendizagem e inclusão deste público-alvo, e avaliar até que ponto se concretizam os princípios da biblioteca inclusiva preconizados por vários organismos, nomeadamente pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e International Federation of Library Associations and Institutions/United Nations Educational Scientific and Cultural Organization (IFLA/UNESCO).
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A presente investigação teve como principais objetivos estudar as representações de vinculação das crianças adotadas e a sua relação com: (1) aspetos individuais da história de institucionalização e de adoção (i.e., idade e duração); (2) aspetos familiares, nomeadamente, a comunicação pais-filhos e o funcionamento familiar; e (3) a adaptação da criança (i.e., problemas de internalização, externalização e sono). Participaram na investigação 30 famílias adotivas da região do Algarve, num total de 89 participantes, entre os quais 30 crianças adotadas, com uma média de idades de 6.9 anos, 30 mães e 29 pais adotivos. Os resultados obtidos sugerem que: (1) as representações de vinculação das crianças adotadas situam-se no limiar entre a insegurança e a segurança; (2) as crianças apresentam representações mais seguras nos temas que evocam a relação de autoridade e o auxílio em situações de medo e dor e representações menos seguras nas histórias que evocam a separação das figuras de vinculação; (3) as crianças tendem a utilizar, simultaneamente, representações parentais positivas e negativas; (4) o tempo de adoção e a comunicação com a mãe são preditores significativos das representações de vinculação, assim, mais tempo com a família adotiva e menor abertura na comunicação pais-filhos associam-se a representações mais seguras; e (5) as representações de vinculação predizem significativamente os problemas de internalização e associam-se com os problemas de sono, de tal forma que crianças mais seguras tendem a ter menos problemas de internalização e de sono. As implicações práticas dos resultados obtidos são discutidas com o objetivo de contribuir para uma maior adaptação das crianças nas famílias adotivas.
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A perturbação da personalidade anti-social, suscita particular interesse entre a comunidade técnica e cientifica porque são sujeitos agressivos que atentam contra si próprios e contra os que os rodeiam. Estudos recentes, revelam que indivíduos com esta perturbação apresentam, entre muitas outras características, um fraco entendimento de estímulos sociais e emocionais. Desta forma, investigadores dedicados ao estudo do processamento de emoções têm sugerido dificuldades destes sujeitos no reconhecimento, expressão e categorização de determinadas emoções, sobretudo no que se refere a emoções negativas. Esta incapacidade em decifrar signos emocionais promove uma fraca cognição social e uma fraca adesão às normas sociais. Dada a pertinência do tema, tivemos como principal interesse analisar de que forma sujeitos com perturbação anti-social da personalidade categorizam estados emocionais básicos e sociais e posteriormente compará-los com um grupo de sujeitos saudáveis. Para o efeito, foram avaliados 15 sujeitos com perturbação anti-social da personalidade, seleccionados a partir de uma base de dados do CAT de Olhão e um grupo de controlo constituído por 15 sujeitos saudáveis recolhidos ao acaso por conveniência. Foram avaliadas as características de personalidade e sintomatologia através do MCMI-III e aplicada uma prova de classificação de cartões “Card Sorting”. Os resultados sugerem que os sujeitos pertencentes ao grupo clinico têm maior dificuldade em categorizar emoções básicas e sociais, comparativamente ao grupo de controlo, sobretudo no que se refere a emoções com valência positiva. Os resultados serão discutidos à luz da literatura atual.
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Duas partes substantivas dividem o presente relatório: i) o estudo de uma prática teatral específica, sustentada numa pedagogia de natureza genética e consubstanciado na cocriação de um projeto teatral coletivo; ii) o estudo de um vocabulário específico, consubstanciado na redação de verbetes a partir da obra de alguns mestres de teatro contemporâneo e da minha própria experimentação. Através da prática teatral baseada no princípio geral da autenticidade pude chegar à compreensão e visão concreta de que o teatro é uma estética, uma técnica e uma ética ligadas entre si de forma interdependente, que um ator só aprende a amar o teatro quando chega a ser capaz de se autorrevelar e que um ator só se autorrevela quando é capaz de se entregar sem reservas à cocriação com os outros e com o público. Pelo estudo e redação dos verbetes compreendemos que o teatro é uma arte que acontece sempre no presente e que tanto a alma quanto a estética teatral subsistem na capacidade de o ator estar totalmente presente em cena, de tal modo que o inebriamento dionisíaco acontece apenas sob esta condição e, sem esta condição, ou quando esta condição se rompe, quebra-se o equilíbrio entre o dionisíaco e a racionalidade apolínea que acompanha a atuação.
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Com o presente estudo pretendeu-se conhecer as relações entre o estilo parental a saúde e o bem-estar nos adolescentes Cabo-verdianos. Trata-se de um estudo de natureza observacional, descritivo e transversal. Foi utilizada uma amostra, não probabilística, constituída por 236 adolescentes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se o KIDSCREEN 52 para aferir a auto-percepção do nível de bem-estar e saúde dos adolescentes Cabo-verdianos e a Escala de Estilos de Socializaçión Parental en la Adolescencia (ESPA29) para conhecer o estilo parental adoptado pelos pais segundo a perspectiva dos filhos. O estudo permitiu concluir que os filhos de famílias biparentais não referem, de um modo geral, melhor qualidade de vida, do que os filhos de famílias monoparentais. O que mais influencia a percepção de Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde (QVRS) dos adolescentes Cabo-verdianos é a situação profissional do pai e da mãe: estar empregado. Os estilos parentais do pai e da mãe são percepcionados como semelhantes e são independentes do facto da família ser mono ou biparental. A percepção da QVRS dos adolescentes está relacionada com o estilo “Aceitação / Implicação” no caso do pai e, no que se refere à mãe relacionada tanto com estilo “Aceitação / Implicação” como com o estilo “Coerção / Imposição”.
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O trabalho de investigação aqui apresentado teve como objetivo analisar a influência das competências sociais e dos acontecimentos de vida negativos no desempenho escolar de jovens integrados em turmas de Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF). Foram inquiridos 90 adolescentes (47 rapazes e 43 raparigas), com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, frequentando 63 o ensino regular e 27 o ensino PIEF. Foram utilizados os seguintes instrumentos: o questionário de dados sociodemográficos de adolescentes (DASA) (Nunes, Lemos, & Guimarães, 2011), a Escala de Avaliação de Competências Sociais, versão portuguesa do SSRS (Gresham & Elliott, 1990) que avalia as Competências Sociais dos adolescentes. O inventário de Acontecimentos de Vida Negativos (Oliva, Jiménez, Parra e Sanchez-Queija, 2008) e ainda a subescala - Ambiente Escolar e Aprendizagem do questionário Kidscreen-52 (Gaspar & Matos, 2008). Neste estudo, foram identificados como fatores de risco familiar relevantes: o desemprego, a baixa condição socioeconómica, a coabitação em família numerosa e progenitores com baixo nível educacional. Os resultados permitem concluir que tais fatores, quando conjugados, condicionam o rendimento escolar e contribuem para o absentismo escolar, confirmando assim a necessidade de identificação dos fatores de risco a que os nossos estudantes estão sujeitos, por forma a atuar atempadamente nos mecanismos que operam sobre esses fatores, prevenindo o insucesso e o abandono escolar. Em sintonia com outros investigadores, foi ainda possível confirmar a importância do ensino das competências sociais para o bom funcionamento social e académico de todos os estudantes, enquanto medida preventiva de comportamentos negativos.
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O presente estudo teve como objetivo identificar a relação existente entre a Saúde Organizacional e o Mal-Estar. A amostra é constituída por 437 colaboradores de várias categorias sociodemográficas e socioprofissionais de duas instituições públicas - uma universidade e um hospital - e várias instituições do setor privado, sendo 71,2% do sexo feminino.