547 resultados para ferrugem dos cereais
Resumo:
A ferrugem do álamo (Melampsora medusae Thuem.) causa sérios prejuízos no viveiro, e seu controle é fundamental para a obtenção de muda de boa qualidade. Este trabalho teve como objetivos: i) testar a eficiência de fungicidas de contato (mancozebe, cartap e oxicloreto de cobre) e sistêmicos (triadimenol, tebuconazole e difenoconazole) no controle da ferrugem; ii) comparar métodos de avaliação para discriminar a eficiência entre os tratamentos; iii) relacionar desfolha com dados de doença; e iv) verificar a influência do controle da ferrugem nos parâmetros de crescimento da árvore em viveiro. O experimento foi montado em São Mateus do Sul, PR, delineado inteiramente ao acaso com 10 tratamentos (testemunha, triadimenol, mancozebe, tebuconazole, difenoconazole, cartap, oxicloreto de cobre, triadimenol-mancozebe, tebuconazole-mancozebe e triadimenol aplicados com o dobro do intervalo dos anteriores) e 11 repetições. Com parcelas experimentais de 10 m de largura com quatro linhas de plantio (espaçamento entre linhas de 2,5 e entre plantas de 0,50 m), totalizando 110 parcelas com o clone Latorre. Durante dois ciclos consecutivos foram avaliados: o número de pústulas em meia folha, a % visual de doença, a severidade por parcela, a % visual de desfolha, o diâmetro à altura do peito e a altura de plantas ao final do experimento. Os produtos sistêmicos (triadimenol, tebuconazole e difenoconazole) aplicados puros ou intercalados com mancozebe foram eficientes no controle da ferrugem, reduzindo o número de pústulas sobre a folha e a desfolha, o que resultou em ganho significativo no volume final das plantas. O mancozebe aplicado isoladamente também reduziu a epidemia e aumentou o volume da árvore em 42%. O produto cúprico proporcionou aumento de volume em 27%. Os métodos de avaliação utilizados diferenciaram dos tratamentos e houve correlação da doença com os danos na cultura.
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A ferrugem, causada pelo fungo Puccinia psidii, é uma das doenças mais frequentes nos plantios de eucalipto no Brasil. Atualmente, o plantio de clones resistentes constitui a principal estratégia para o controle da doença no campo. Para selecionar clones resistentes, é fundamental inocular e avaliar a resposta fenotípica de diferentes materiais genéticos, o que demanda tempo e recursos. Para facilitar e acelerar essa etapa do programa de melhoramento genético, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência em paralelo à etapa de multiplicação dos clones de eucalipto pela técnica de micropropagação. Para isso, seis clones foram multiplicados em meio MS, modificado nas fases de multiplicação, alongamento e enraizamento. Após 60 dias de incubação, os explantes foram inoculados com suspensão de esporos do patógeno ajustada para 2x10(4) urediniósporos mL-1. Os explantes foram incubados a 24 ± 2 ºC, fotoperíodo de 14 h de luz com intensidade de 20 ∝mol.s-1.m-2. Após 7, 11 e 14 dias da inoculação, avaliou-se a incidência da doença. Observou-se que as reações dos genótipos avaliados em condições de micropropagação foram altamente correlacionadas com os fenótipos determinados pelo procedimento-padrão de inoculação. Assim, o uso desse protocolo permite avaliar grande número de genótipos, com maior rapidez e precisão.
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A ferrugem da folha (Puccinia coronata f. sp. avenae) é a doença mais destrutiva da aveia, e aplicações de fungicidas com volumes baixos de calda podem reduzir a eficácia do controle químico. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência técnica e econômica de fungicidas, doses e volumes de calda no controle da ferrugem da folha da aveia. O experimento foi conduzido no ano de 2003, na área experimental da FAMV/UPF, com a cultivar de aveia UPFA-20. Os tratamentos foram compostos pelas combinações entre dois fungicidas (tebuconazole, Folicur, 0,75 L ha-1 e epoxiconazole + piraclostrobim, Opera, 0,5 L ha-1), quatro doses (40; 60; 80 e 100% da dose recomendada) e dois volumes de calda (100 e 200 L ha-1). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com esquema fatorial (2x4x2) e quatro repetições. Avaliaram-se a severidade, o controle da ferrugem, a massa do hectolitro, a massa de mil grãos e o rendimento de grãos, realizando-se análise econômica. O volume de calda de 200 L ha-1 proporcionou maiores níveis de controle da doença. As aplicações dos fungicidas com volume de 200 L ha-1 e meia dose ou com 100 L ha-1 e dose cheia proporcionam níveis de controle da ferrugem equivalentes. O resultado econômico difere entre fungicidas e independe do volume de calda. Os efeitos de doses dependem do fungicida.
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O controle químico eficiente da ferrugem asiática da soja depende da correta seleção da ponta de pulverização. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito da utilização de diferentes pontas de pulverização na aplicação de fungicida para o controle da ferrugem da soja. O ensaio foi conduzido no delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema fatorial (4 x 2) + 1: quatro tipos de ponta de pulverização (jato plano defletor duplo, jato plano duplo com pré-orifício e jato cônico vazio com e sem indução de ar), dois volumes de aplicação (150 e 200 L ha-1) e um tratamento adicional que não recebeu fungicida. Realizou-se a semeadura direta da cultivar de soja M-SOY 8008 (ciclo precoce), avaliando-se, após a aplicação do fungicida tebuconazole, a deposição de calda no dossel da cultura, a severidade da ferrugem, o grau de desfolha e a produtividade. Concluiu-se que não houve influência dos tipos de pontas de pulverização e dos volumes de calda no controle da ferrugem. Na parte inferior do dossel, a cobertura proporcionada com a utilização das quatro pontas foi inferior a 7% da área, sendo, portanto, necessário buscar estratégias que incrementem essa deposição. O fungicida reduziu a severidade da ferrugem da soja, o que refletiu na produtividade, que foi, em média, 157% superior à obtida na testemunha.
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A ferrugem asiática é a mais importante doença da soja no Brasil. Apesar de sua epidemiologia ser conhecida, são escassos os estudos sobre os fatores que desencadeiam a doença com base em dados de campo. Este trabalho objetivou modelar a influência de variáveis meteorológicas a partir de um conjunto extenso de dados de ocorrência da ferrugem, por meio da técnica de indução de árvores de decisão. Os modelos foram desenvolvidos com dados de data de ocorrência da doença em quatro safras (2007/08 a 2010/11) e variáveis de temperatura e chuva em diferentes janelas de tempo prévias à data de detecção. Para cada registro de ocorrência, foi gerado um correspondente de "não ocorrência" como sendo o trigésimo dia anterior ao dia da detecção, assumindo-se a presença de inóculo, mas condições meteorológicas desfavoráveis à doença. O conjunto de treinamento para a modelagem foi composto de 45 variáveis de chuva e temperatura e 12.591 registros. O modelo preditivo escolhido resultou em uma árvore de decisão com, aproximadamente, 78% de taxa de acerto e 108 regras, determinadas por validação cruzada. O modelo interpretado, com 28 regras, considerou variáveis de temperatura como mais importantes, sendo que temperaturas abaixo de 15 °C e acima de 30 °C foram relacionadas com eventos de não ocorrência, enquanto temperaturas dentro da faixa favorável foram associadas com eventos de ocorrência, mostrando coerência com a literatura.
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A eficiência do controle químico da ferrugem-asiática da soja (FAS), além de outros fatores, está associada ao uso da técnica de aplicação de fungicida mais adequada. O trabalho teve por objetivo avaliar tecnologias de aplicação sobre os depósitos da pulverização e controle da FAS nos anos agrícolas de 2009-2010 e 2010-2011. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, e os tratamentos distribuídos no esquema fatorial 3x2 (três taxas de aplicação: 60; 110 e 160 L ha-1com e sem adição de surfactante siliconado) sobre os depósitos da pulverização, usando como marcador o corante Azul Brilhante, em quatro repetições (Experimento 1). Para avaliação da severidade da doença, peso de mil grãos (PMG) e produtividade, foi adotado o mesmo delineamento do primeiro experimento, com acréscimo de uma testemunha (3x2+1), utilizando a mistura fungicida epoxiconazole associado com azoxistrobina, com quatro repetições (Experimento 2). As taxas de aplicação e o uso do surfactante não influenciaram os níveis dos depósitos da pulverização nas folhas das partes mediana e inferior da planta. Pulverização com a mistura fungicida na taxa de 160 L ha-1proporcionou maior controle da FAS e maior produtividade no ano agrícola de 2010-2011. O controle químico com fungicida, na taxa de aplicação adequada ao estádio de desenvolvimento da planta, torna-se indispensável para a garantia da produtividade na cultura da soja.
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O objetivo deste trabalho foi investigar o grau de tolerância de cultivares de trigo e aveia aos herbicidas diclofop-methyl, fenoxaprop-ethyl e haloxyfop-methyl, visando a utilização seletiva desses produtos para controlar espécies gramíneas infestantes dessas culturas. Foi instalado um experimento de campo e outro de casa-de-vegetação. Os tratamentos testados no experimento de campo foram diclofop-methyl (540 g/ha), fenoxaprop-ethyl (180 g/ha), haloxyfop-methyl (120 g/ha) e uma testemunha sem tratamento herbicida, aplicados sobre as cultivares 'CTC-1', 'UFRGS-7' e 'UPF-16' de aveia branca, e em aveia-preta. No experimento de casa-de-vegetação testaram-se três doses de fenoxaprop-ethyl (0, 90 e 120 g/ha), aplicadas sobre sete cultivares de trigo ('BR-23', 'BR-35', 'BR-38', 'E-16', 'E-40', 'E-49' e 'E-52'), aveia-branca, aveia-preta e azevém. Como resultados do ensaio de campo, constatou-se que todos os herbicidas testados controlaram com eficiência (acima de 90%) as cultivares de aveia-branca. A aveia-preta mostrou alta sensibilidade ao fenoxaprop-ethyl e ao haloxyfop-methyl e alguma tolerância ao diclofop-methyl; já o trigo mostrou-se tolerante ao diclofop-methyl e ao fenoxaprop-ethyl. Em casa-de-vegetação, as cultivares de trigo 'BR-38', 'E-16', 'E-49' e 'E-52' apresentaram níveis aceitáveis de fitotoxicidade para fenoxaprop-ethyl a 90 g/ha, enquanto as demais cultivares ('BR-23', 'BR-35' e 'E-40') apresentaram danos moderados ao herbicida. Já fenoxaprop-ethyl a 120 g/ha causou aumento no nível de fitotoxicidade para as cultivares de trigo, exceto para 'E-16' e 'E-52'. O azevém mostrou-se tolerante ao herbicida fenoxaprop-ethyl. Conclui-se que existe potencial de uso do herbicida fenoxaprop-ethyl em lavouras de trigo para controlar seletivamente aveia-branca e aveia-preta. O herbicida diclofop-methyl apresenta controle elevado de aveia-branca e reduzido de aveia-preta. Haloxyfop-methyl não evidenciou seletividade ao trigo, controlando com eficiência as gramíneas testadas.
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O glyphosate é o herbicida mais usado no controle de plantas daninhas em eucalipto, atuando diretamente na rota do ácido chiquímico, principal via de formação de compostos ligados aos mecanismos de defesa das plantas, como: lignina, ácido salicítico e fitoalexinas. Assim, o contato do glyphosate com as folhas do eucalipto pode levar a conseqüências importantes sobre a resistência a doenças. Objetivou-se neste estudo avaliar o envolvimento do glyphosate, via deriva, na severidade da ferrugem causada por Puccinia psidii em genótipos de eucalipto com diferentes níveis de resistência ao patógeno. Para isso, mudas de quatro clones - dois heterozigotos resistentes à ferrugem (UFV01 e UFV02) e dois homozigotos suscetíveis (UFV03 e UFV04) - foram submetidas às subdoses de 0 (testemunha); 28,8; 57,6; 86,4; e 115,2 g ha-1 de glyphosate, simulando deriva. Três dias após a aplicação do glyphosate, as plantas foram inoculadas com o isolado monopustular UFV1 de P. psidii, obtido de Eucalyptus grandis, na região de Itapetininga, SP. Aos 21 dias após a inoculação, foram avaliados a severidade de ferrugem, utilizando-se uma escala diagramática com quatro classes (S0 e S1 resistentes à ferrugem e S2 e S3 suscetíveis), o número de pústulas cm-2 de área foliar, a área foliar lesionada pela ferrugem, o número médio de urediniósporos cm-2 de área foliar, o número médio de urediniósporos/pústula e a porcentagem de intoxicação pelo glyphosate. O clone UFV04 foi o mais sensível ao glyphosate, enquanto o UFV01 apresentou maior tolerância ao herbicida. O glyphosate não alterou o nível de resistência à ferrugem nos genótipos resistentes (UFV01 e UFV02) que apresentaram ausência de pústulas nas folhas, tanto em plantas expostas à deriva quanto nas testemunhas. Para os demais clones, manteve-se a suscetibilidade à ferrugem, embora, com o aumento das doses de glyphosate, tenha se observado diminuição da severidade da doença. Conclui-se que o glyphosate não afetou a resistência do eucalipto a Puccinia psidii, ocorrendo diminuição da severidade da doença em plantas expostas ao glyphosate via deriva, e que existe tolerância diferencial entre os clones ao herbicida.
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As causas da ausência e/ou baixa sobrevivência dos perfilhos foram estudadas pela conexão vascular entre os perfilhos e o resto da planta. Foram conduzidos ensaios em telado e câmara de crescimento com genótipos de trigo, IPF-49865 (unicolmo), EMBRAPA-16 e BR-23 (multicolmo), de aveia, UFRGS-10 e UFRGS-15 e de cevada, FM-519. Avaliou-se o desenvolvimento foliar do colmo principal e dos perfilhos primários, o número de perfilhos primários e secundários, o número de perfilhos férteis e a vascularização e conexão vascular dos perfilhos com o resto da planta. A conexão vascular poderia explicar a inibição dos perfilhos pois, todos estavam conectados vascularmente com o resto da planta.
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Foi estudada a composição química e o teor de fenilalanina em 13 tipos de flocos de cereais produzidos no país e disponíveis no comércio de São Paulo. Todos os produtos contêm elevado teor de carboidratos totais, superior a 77%, fornecendo no mínimo 345 kcal/100g. Os seus teores protéicos (Nx5,7) são variáveis e se situam entre 3,8 e 7,3%. Os teores de fenilalanina variam entre 224 e 451 mg/100g de produto, sendo os valores mais baixos encontrados nos cereais com o menor teor protéico, que correspondem aos flocos de milho com maior concentração de açúcar. Através da análise de aminoácidos, foram encontrados em média 5,96g de fenilalanina/100g de aminoácidos recuperados. As diferenças em torno desta média não foram estatisticamente significativas e mostraram-se independentes do cereal que deu origem aos produtos. Houve correlação linear entre o teor de nitrogênio (micro-Kjeldahl) e a concentração de fenilalanina nas amostras (coef. correl. 0,9887) o que permite estimar o teor de fenilalanina unicamente a partir da análise de nitrogênio, adotando o teor de 5,96g de fenilalanina/100g aminoácidos. Os cálculos resultaram nos teores de fenilalanina dos 13 produtos, que não diferiram estatisticamente dos obtidos pela análise de aminoácidos.
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Foi utilizado o método enzimático recomendado pela AOAC para determinação de beta-glucanas em cereais e alimentos que os contém. O método, utiliza liquenase (EC 3.2.1.73) e beta-glucosidase (EC 3.2.1.21) para hidrólise debeta-glucanas, é rápido, fácil de executar e específico para beta-glucanas com ligações beta(1->3) e beta(1->4). As sementes analisadas foram subministradas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e os alimentos adquiridos nos supermercados. Aveia e cevada são os grãos com maior conteúdo de beta-glucanas. Na aveia os teores determinados foram 6,48 e 5,94%. Nos 10 cultivares de cevada os teores de beta-glucanas oscilaram entre 2,04 e 9,68%. Trigo e triticale apresentaram teores de b-glucanas menores que 1%. Nos produtos comerciais o teor de beta-glucanas estava relacionado ao tipo de cereal da fórmula. O produto comercial de maior conteúdo de beta-glucanas é o farelo de aveia. As beta-glucanas são ingredientes funcionais em potencial e a conveniência ou não de estimular sua incorporação em alimentos deve ser mais estudada. Quanto à composição centesimal dos grãos de cereais, o teor de proteínas foi o que apresentou a maior variação e isso se reflete na composição dos produtos comerciais.
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Cereais matinais são produtos extrusados, tradicionalmente consumidos com leite e o principal componente é o amido. A característica de crocância destes produtos está associada a frescor e qualidade do produto e a sua perda é uma das causas de rejeição de consumo. Mudanças indesejáveis na textura podem ocorrer quando os cereais são expostos a determinadas condições ambientais ou quando imersos em meio líquido. A estrutura física dos cereais tem uma grande influência na difusão do líquido, pois sua alta porosidade e higroscopicidade implicam em aumento da difusividade da umidade e conseqüente aumento da atividade de água, ganhando umidade rapidamente e perdendo sua textura quebradiça desejável, tornando-se amolecido. Neste trabalho, o comportamento de três cereais matinais comerciais foi analisado e os coeficientes de difusão foram determinados, além do estudo da alteração da textura destes produtos, através das propriedades mecânicas, em relação ao tempo de imersão em leite. A variação dos valores de atividade de água em equilíbrio com as amostras em relação ao tempo de imersão foram avaliadas com o intuito de quantificar o tempo crítico e a atividade de água correspondente em que os cereais matinais comerciais perdem a crocância.
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Barras de cereais foram introduzidas no mercado há cerca de uma década como alternativa "saudável" de confeito. Concomitantemente, alimentos como a soja, ricos em vitaminas e minerais e com propriedades antioxidantes vêm recebendo grande aplicação em produtos de alegação funcional, pois previnem contra doenças cardiovasculares e crônico-degenerativas. Considerando o crescimento do segmento de barra de cereais no setor de alimentos, desenvolveu-se uma formulação de barra de cereais de alto teor protéico e vitamínico, à base de proteína de soja texturizada, gérmen de trigo e aveia, enriquecida de ácido ascórbico e acetato de -tocoferol. As matérias-primas e a formulação final da barra de cereais foram submetidas a análises para caracterização e três formulações, variando o teor de ácido ascórbico, foram avaliadas quanto à preferência sensorial e intensidade ideal de doçura e acidez. A proteína de soja texturizada utilizada apresentou elevados teores dos oligossacarídeos rafinose e estaquiose (1,92 g/100 g e 4,66 g/100 g) e de isoflavonas totais (283,49 mg/100 g) se comparados ao grão, farinha integral e isolado protéico. A formulação final da barra de cereais apresentou 15,31% de proteína e elevado teor de vitamina E (118,0 mg/100 g) e minerais como fósforo, ferro e manganês. A formulação adicionada de 1,1 g/100 g de ácido ascórbico obteve maior preferência sensorial diferindo das demais amostras (p<0,05).
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Este trabalho objetivou estudar a aceitabilidade de cereais matinais de torta de amêndoa de castanha-do-brasil com mandioca extrusados nos sabores doce, salgado e natural, referentes aos atributos: aceitação global, sabor, crocância e intenção de compra por 06 meses de armazenagem à temperatura ambiente de Campinas-SP. As amostras foram servidas a um painel constituído por 40 consumidores, de forma balanceada em pratos pretos codificados com três dígitos e os resultados, comparados com um produto similar disponível no mercado. Os resultados mostraram que os três tipos de cereais matinais de castanha-do-brasil com mandioca alcançaram maiores notas para todas os atributos sensoriais avaliados do que o cereal matinal similar comercializado, com diferenças significativas (< 0,05) pelo teste de Tukey. O mesmo teste mostrou que a crocância do cereal de castanha-do-brasil com mandioca sabor doce foi diferente (p < 0,05), no segundo, terceiro e sexto mês de armazenagem, das médias dos de sabores natural e salgado, cuja média das notas do cereal doce foi superior; as demais não diferiram. Dos três cereais matinais estudados o de sabor doce recebeu as maiores notas para todos os atributos avaliados, porém com diferença significativa para alguns parâmetros e tempos de estocagem. Em relação aos atributos avaliação global, sabor e crocância, os cereais de castanha com mandioca tiveram notas equivalendo a gostei muito e gostei moderadamente, enquanto o produto comercial obteve notas equivalendo a nem gostei nem desgostei para os dois primeiros atributos e gostei ligeiramente para crocância. Na intenção de compra, os produtos processados receberam notas equivalendo a possivelmente compraria e o cereal comercial talvez comprasse/talvez não comprasse.
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A barra de cereal é um alimento nutritivo de sabor adocicado e agradável, fonte de vitaminas, sais minerais, fibras, proteínas e carboidratos complexos. O trabalho objetivou estudar o efeito da concentração de fibra alimentar e de açúcar na calda em barras de cereais elaboradas à base de aveia com alto teor de fibra alimentar. No estudo foram utilizados flocos, farelo e farinha de aveia, do cultivar UPFA 22, selecionado com base no teor de fibras e beta-glucanas. Os ingredientes secos e ligantes foram adquiridos no comércio local e utilizados na proporção de 70 e 30%, respectivamente, em quantidades definidas a partir de testes laboratoriais. O experimento foi realizado em delineamento composto central rotacional aplicável à metodologia de superfície de resposta, sendo avaliado o efeito da concentração de açúcar na calda (70, 75 e 80 °Brix) e do teor de fibra alimentar da formulação (12, 16 e 20%) na composição química, valor calórico, atividade de água, microbiologia e características sensoriais das barras de cereais. Os resultados das variáveis respostas foram tratados por análise de regressão múltipla. E foram utilizados no modelo matemático de segunda ordem os termos lineares, quadráticos e de interação, significativos. A aveia pode ser utilizada como ingrediente na elaboração de barras de cereais por apresentar textura, sabor e aparência adequados. O uso de aveia na formulação possibilita produzir barras de cereais com alto teor de fibra alimentar e fonte de beta-glucanas. As barras de cereais apresentam propriedades sensoriais agradáveis, similares às industrializadas e melhor aceitas quando elaboradas com média concentração de açúcar na calda e altos teores de fibra alimentar. As barras de cereais apresentam baixa atividade de água e atendem às especificações sanitárias, sendo estáveis durante 60 dias de armazenamento.