1000 resultados para Restingas Brasil
Resumo:
Os objetivos do estudo foram: estimar as prevalncias de doenas crnicas na populao brasileira em 2008, comparando-as com as de 2003; avaliar o impacto da doena crnica no uso de servios e nas restries das atividades; e, analisar os diferenciais nas prevalncias de doenas crnicas especficas, segundo nvel de escolaridade e filiao a plano privado de sade. Os dados foram obtidos do suplemento sade das PNAD-2008 e 2003. As anlises (prevalncias e razes de prevalncias brutas e ajustadas) foram feitas com o aplicativo Stata 11. A prevalncia de ter ao menos uma doena crnica foi mais elevada em: idosos, mulheres, cor/raa preta ou indgena, menor escolaridade, migrantes, moradores em reas urbanas e na regio Sul do pas. As condies crnicas mais prevalentes foram: hipertenso, doena de coluna, artrite e depresso. Houve, entre 2003 e 2008, aumento da prevalncia de diabetes, hipertenso, cncer e cirrose, e reduo de insuficincia renal crnica e tuberculose. A maioria das doenas estudadas foram mais prevalentes nos segmentos de menor escolaridade e sem plano de sade. As maiores diferenas entre os segmentos sociais foram observadas nas prevalncias de cirrose, insuficincia renal crnica, tuberculose e artrite/reumatismo.
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O estudo avalia diferenas quanto s caractersticas sociodemogrficas, de estilo de vida e de condies de sade entre adultos com e sem linha telefnica residencial, valendo-se de dados de inqurito domiciliar de sade realizado em Campinas, So Paulo, Brasil (2008/2009). Trata-se de estudo transversal de base populacional com 2.637 adultos (18 anos e mais). Anlises descritivas, testes qui-quadrado, prevalncias e respectivos intervalos de 95% de confiana foram calculados. Estimaram-se os vcios associados no cobertura da populao sem telefone antes e aps o ajuste de ps-estratificao. O impacto do vcio nos intervalos de confiana foi avaliado pela razo de vcio. Cerca de 76% dos entrevistados possuam linha telefnica residencial. Exceto para situao conjugal, foram observadas diferenas sociodemogrficas segundo posse de telefone. Aps o ajuste de ps-estratificao, houve reduo do vcio das estimativas para as variveis associadas posse de linha telefnica, no entanto, exceto para osteoporose, o ajuste de ps-estratificao foi insuficiente para corrigir o vcio de no cobertura.
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OBJETIVO: Estimar valores de referncia e funo de hierarquia de docentes em Sade Coletiva do Brasil por meio de anlise da distribuio do ndice h. MTODOS: A partir do portal da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior, 934 docentes foram identificados em 2008, dos quais 819 foram analisados. O ndice h de cada docente foi obtido na Web of Science mediante algoritmos de busca com controle para homonmias e alternativas de grafia de nome. Para cada regio e para o Brasil como um todo ajustou-se funo densidade de probabilidade exponencial aos parmetros mdia e taxa de decrscimo por regio. Foram identificadas medidas de posio e, com o complemento da funo probabilidade acumulada, funo de hierarquia entre autores conforme o ndice h por regio. RESULTADOS: Dos docentes, 29,8% no tinham qualquer registro de citao (h = 0). A mdia de h para o Pas foi 3,1, com maior mdia na regio Sul (4,7). A mediana de h para o Pas foi 2,1, tambm com maior mediana na Sul (3,2). Para uma padronizao de populao de autores em cem, os primeiros colocados para o Pas devem ter h = 16; na estratificao por regio, a primeira posio demanda valores mais altos no Nordeste, Sudeste e Sul, sendo nesta ltima h = 24. CONCLUSES: Avaliados pelos ndices h da Web of Science, a maioria dos autores em Sade Coletiva no supera h = 5. H diferenas entres as regies, com melhor desempenho para a Sul e valores semelhantes entre Sudeste e Nordeste.
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Estudos populacionais sobre mortalidade neonatal de nascimentos de muito baixo peso ao nascer contribuem para identificar sua complexa rede de fatores de risco. Foi estudada uma coorte de 213 recm-nascidos com peso inferior a 1.500g (112 bitos neonatais e 101 sobreviventes) na Regio Sul do Municpio de So Paulo, Brasil, em 2000/2001. Foram realizadas entrevistas domiciliares e obtidos dados de pronturios hospitalares. Foi realizada anlise de sobrevida e empregada regresso mltipla de Cox. A elevada mortalidade na sala de parto, no primeiro dia de vida e ausncia de sobreviventes < 700g dos nascimentos < 1.000g e com menos de 28 semanas sugere que condutas mais ativas destinam-se a nascituros de maior viabilidade. Mes residentes em favela, com histria anterior de cesrea e aborto provocado, adolescentes, com sangramento vaginal e ausncia de pr-natal aumentaram o risco de bito neonatal. Partos cesarianos e internao em berrios mostraram efeito protetor. O peso ao nascer abaixo de 1.000g e Apgar menor que 7 foram risco. A elevada mortalidade est associada s condies de vida, caractersticas maternas e dos nascimentos e condies assistenciais. A melhoria da ateno pr-natal e ao recm-nascido pode atuar na reduo da mortalidade.
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The purpose of this study was to measure the prevalence of global and leisure-time physical activity and associated factors in the elderly. This was a population-based cross-sectional study covering a multiple-stage sample of 1,950 subjects 60 years or older living in areas of So Paulo State, Brazil. Prevalence of global physical activity (assessed through the short version of the International Physical Activity Questionnaire - IPAQ) was 73.9%, and prevalence of leisure-time physical activity was 28.4%. The results highlight the differences between factors associated with global and leisure-time physical activities. The social groups most prone to overall sedentary lifestyle and especially to lack of leisure-time physical activity should be the main targets of health policies aimed at promoting healthier lifestyles.
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Os bitos de menores de um ano foram classificados em causas evitveis, mal definidas e no evitveis empregando a Lista Brasileira de Mortes Evitveis, entre 1997-2006. Foram calculados tendncias dos coeficientes de mortalidade infantil por causas de morte e se usou regresso no linear para avaliao de tendncia. As causas evitveis e as causas mal definidas apresentaram significativa reduo (p < 0,001). As causas reduzveis de mortalidade apresentaram reduo de 37%. A mortalidade por causas reduzveis por adequada ateno ao parto declinou em 27,7%; adequada ateno ao recm-nascido, 42,5%; e por adequada ateno gestao cresceu 28,3%. Concluiu-se que os servios de sade contriburam para a reduo da mortalidade infantil. O declnio das causas mal definidas de morte indica ampliao do acesso aos servios de sade. O aumento do acesso e ateno ao parto e aos cuidados com recm-nascido contriburam para a reduo de bitos infantis. O aumento da mortalidade por adequada ateno gestao revela a necessidade de aprimoramento da ateno pr-natal.
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O objetivo foi analisar o perfil dos recm-nascidos, mes e mortalidade neonatal precoce, segundo complexidade do hospital e vnculo com o Sistema nico de Sade (SUS), na Regio Metropolitana de So Paulo, Brasil. Estudo baseado em dados de nascidos vivos, bitos e cadastro de hospitais. Para obter a tipologia de complexidade e o perfil da clientela, empregaram-se anlise fatorial e de clusters. O SUS atende mais recm-nascidos de risco e mes com baixa escolaridade, pr-natal insuficiente e adolescentes. A probabilidade de morte neonatal precoce foi 5,6 nascidos vivos (65% maior no SUS), sem diferenas por nvel de complexidade do hospital, exceto nos de altssima (SUS) e mdia (no-SUS) complexidade. O diferencial de mortalidade neonatal precoce entre as duas redes menor no grupo de recm-nascidos < 1.500g (22%), entretanto, a taxa 131% mais elevada no SUS para os recm-nascidos > 2.500g. H uma concentrao de nascimentos de alto risco na rede SUS, contudo a diferena de mortalidade neonatal precoce entre a rede SUS e no-SUS menor nesse grupo de recm-nascidos. Novos estudos so necessrios para compreender melhor a elevada mortalidade de recm-nascidos > 2.500g no SUS.
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Objetivou-se identificar fatores de risco para nascimentos pr-termo por meio de estudo caso-controle populacional que envolve nascidos vivos hospitalares de mes residentes em Londrina, Paran, Brasil. Os casos foram os 328 nascimentos pr-termo e os controles, uma amostra proporcional de 369 nascimentos com 37 semanas ou mais. Realizou-se anlise de regresso logstica mltipla hierarquizada. Verificou-se associao (p < 0,05) para as variveis: scio-econmicas - moradia em favela e baixa idade do chefe familiar; caractersticas maternas: IMC < 19 e > 30kg/m, com filho anterior pr-termo, com tratamento para engravidar; caractersticas maternas durante a gestao: com companheiro h no mximo dois anos, preocupaes, bebida alcolica semanal, pr-natal inadequado, prtica de caminhada como proteo; agravos na gestao - sangramento, infeco do trato genital, volume alterado do lquido amnitico, hipertenso arterial e internao; gestao mltipla. A identificao de fatores de risco e a melhoria da qualidade da ateno pr-concepcional e pr-natal podem reduzir a prematuridade.
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O objetivo foi descrever as caractersticas do recm-nascido, da me e da mortalidade neonatal precoce, segundo local de parto, na Regio Metropolitana de So Paulo, Brasil. Utilizou-se coorte de nascidos vivos vinculados aos respectivos bitos neonatais precoces, por tcnica determinstica. Identificou-se o parto domiciliar a partir da Declarao de Nascido Vivo e os ocorridos em estabelecimentos a partir da vinculao com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade. Foram estudados 154.676 nascidos vivos, dos quais 0,3% dos nascimentos ocorreram acidentalmente em domiclio, 98,7% em hospitais e menos de 1% em outro servio de sade. A mortalidade foi menor no Centro de Parto Normal e nas Unidades Mistas de Sade, condizente com o perfil de baixo risco obsttrico. As taxas mais elevadas ocorreram nos prontos-socorros (54,4 bitos por mil nascidos vivos) e domiclios (26,7), representando um risco de morte, respectivamente, 9,6 e 4,7 vezes maior que nos hospitais (5,6). Apesar da alta predominncia do parto hospitalar, h um segmento de partos acidentais tanto em domiclios como em prontos-socorros que merece ateno, por registrar elevadas taxas de mortalidade neonatal precoce.
Resumo:
O objetivo deste estudo analisar a prevalncia da no realizao do exame clnico das mamas e da mamografia segundo variveis scio-econmicas, demogrficas e de comportamentos relacionados sade, em mulheres com 40 anos ou mais, residentes na cidade de Campinas, So Paulo, Brasil. O estudo foi do tipo transversal, de base populacional em uma amostra de 290 mulheres. Os fatores associados no realizao da mamografia, encontrados na anlise multivariada, foram: ter 70 anos ou mais, ser de raa/cor negra e pertencer ao segmento de menor renda familiar per capita; e para a no realizao do exame clnico das mamas foram: no ter companheiro e pertencer ao segmento de menor renda familiar per capita. O SUS foi responsvel pela realizao de 28,8% das mamografias e 38,2% dos exames clnicos das mamas. Verificou-se que a no realizao dos exames preventivos para o cncer de mama est associada existncia de desigualdade racial e social, apontando para a necessidade de implementao de estratgias para a ampliao da cobertura das prticas preventivas para o cncer de mama, especialmente para os segmentos sociais mais vulnerveis.
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O objetivo do estudo foi mensurar os gastos diretos do Sistema nico de Sade (SUS) com internaes por causas externas em So Jos dos Campos, So Paulo, Brasil. Foram estudadas as internaes por leses decorrentes de causas externas, respectivamente captulos XIX e XX da CID-10, no primeiro semestre de 2003, no Hospital Municipal Dr. Jos de Carvalho Florence. Foram analisados os valores pagos atravs do SUS, aps a verificao da qualidade dos dados nos pronturios de 976 internaes. Os maiores gastos totais foram por internaes decorrentes de acidentes de transporte e quedas. O maior gasto mdio de internao foi por acidentes de transporte (R$ 614,63), seguido das agresses (R$ 594,90). As leses que representaram maior gasto mdio foram as fraturas de pescoo (R$ 1.191,42) e traumatismo intracraniano (R$ 1.000,44). As internaes com maior custo-dia foram fraturas do crnio e dos ossos da face (R$ 166,72) e traumatismo intra-abdominal (R$ 148,26). Os resultados encontrados demonstraram que os acidentes de transporte, as quedas e as agresses so importantes fontes de gastos com internaes por causas externas no municpio.
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Descrio do comportamento e anlise da tendncia da hansenase entre pacientes residentes no Estado do Esprito Santo, Brasil, de 1980 a 2003. Utilizando modelos estatsticos para sries temporais, identificou-se tendncia crescente para todo o perodo da taxa de deteco global (p < 0,05) com aparente estabilizao no final do perodo, verificamos tambm tendncia crescente para os perodos: (i) 1980-1987 nos grupos etrios de < 15 anos e 50 anos e mais e para formas paucibacilares; (ii) 1988-1995 para as faixas de 15-19 anos, 20-29 e 50 anos e mais e para formas multibacilares; (iii) 1996-2003 no grupo de 20-29 anos e formas paucibacilares. Os indicadores de avaliao da endemia apontaram patamares estveis do grau de incapacidade 2 (em mdia 6%); a proporo de casos entre < 15 anos situou-se abaixo de 10% e a de abandono de tratamento em torno de 6%. A prevalncia apresentou forte declnio. A tendncia crescente pode ser explicada, em parte pela maior sensibilidade da vigilncia, mas a elevada proporo entre < 15 anos aponta a necessidade de estudos visando ao melhor conhecimento dos resduos de fontes de infeco especialmente no domiclio.
Resumo:
Objetivou-se avaliar os fatores demogrficos, scio-econmicos e de estilo de vida associados qualidade da dieta de adultos residentes na Regio Metropolitana de So Paulo, Brasil. Estudo transversal, por meio de inqurito domiciliar, de base populacional, foi realizado no Distrito do Butant e nos municpios de Itapecerica da Serra, Embu e Taboo da Serra. Utilizaram-se dados de um questionrio e um recordatrio de 24 horas de 1.840 adultos de 20 anos ou mais, de ambos os sexos, includos em um inqurito de sade (ISA-SP). A qualidade da dieta foi avaliada atravs do ndice de qualidade da dieta (IQD) adaptado para a realidade local. Utilizou-se anlise de regresso linear para avaliar a associao entre o IQD e as demais variveis. A maioria da populao (75%) apresentou dieta que necessita de melhora. Observaram-se mdias baixas para os componentes: frutas, verduras e legumes, leite e derivados. Nmero de bens de consumo durveis, escolaridade do chefe da famlia e ter 60 anos ou mais se associaram ao IQD em homens. Para as mulheres, a faixa etria se associou ao IQD. Em ambos os modelos, o consumo de calorias se manteve como varivel de ajuste.
Resumo:
O presente artigo trata de questes da histria, do direito, da economia, da antropologia, da sociologia, da poltica, no que tange a minorias, salientando alguns marcos significativos da poltica indigenista brasileira na dcada de 1980. No que tange aos direitos humanos aplicados s minorias, se anteriormente o fulcro era a proteo desses direitos, hoje se demanda a sua regulao e a garantia jurdica, fomentando uma reordenao dessas relaes. Essa foi uma grande contribuio da Constituio de 1988 no que diz respeito s comunidades indgenas que habitam o territrio nacional.