953 resultados para Língua francesa Estudo e ensino
Resumo:
Desde 2001, intensificaram-se, no Brasil, as discusses sobre a formao de professores. A Resoluo CNE/CP n 1 de 2002 institui novas diretrizes para os cursos de licenciatura em nvel superior, rompendo com o conceito de currculos mnimos, assim como prope a LDB de 1996. No cerne da proposta de reforma das licenciaturas, est o aumento da carga horria destinada formao profissional do docente, fundamentado na reflexo sobre a prtica no apenas restrita ao momento do estgio supervisionado, mas tambm como componente curricular. As instituies de ensino superior (IES), por sua parte, precisam cumprir as exigncias da lei, reformulando seus currculos e definindo seus posicionamentos diante da necessidade de repensar seus estgios e incluir as mencionadas prticas como componente curricular (PCC). Eis o contexto em que esta pesquisa se desenvolve, buscando discutir, a partir de escolhas curriculares, os dilogos e as produes de sentido sobre formao de professores de espanhol para atuar na educao bsica, no contexto especfico das universidades pblicas do Rio de Janeiro que passaram pelo processo de reforma dos cursos de Licenciatura em Letras Portugus-Espanhol (UERJ, UFF e UFRJ). A perspectiva terica adotada a anlise do discurso (MAINGUENEAU, 1997, 2005, 2008) e tambm as contribuies dos estudos da enunciao (BENVENISTE, 1989, 1995), a partir dos quais se permite uma reflexo do corpus de anlise como enunciados sobre formao de professor sustentados por sujeitos institucionais em contextos especficos e que se materializam a partir de gneros de discurso (BAKTHIN, 2000). Consideram-se, tambm, as contribuies de Foucault (2003, 2009, 2012) quanto compreenso de que a formao docente em cada IES se d em meio a relaes de poder que participam da produo de verdades sobre o que a prpria atividade de formar professor. Os estudos da ergologia (SCHWARTZ, 2002; TRINQUET, 2010) tambm participam da fundamentao da pesquisa, destacando a distncia existente entre a prescrio e a atividade de trabalho, o que contribui para a compreenso de que h documentos que prescrevem o trabalho de formao, mas no o impossibilitam de se modificar de acordo com a situao. As anlises se realizam em duas etapas: primeiro, a observao das modificaes em fluxogramas acadmicos que, por meio de marcas verbais e no verbais, citam e se apropriam das propostas de lei; segundo, a observao de ementas de PCC e estgio, considerando suas referncias aos campos da teoria e da prtica, a partir do emprego de nominalizaes (OLMPIO, 2006; PACHI FILHO, 2008). Em sntese, o resultado das anlises mostra que houve diferentes estabilizaes no que se refere s PCCs e aos estgios, contudo, em geral, notou-se que as unidades bsicas de formao (Instituto/Faculdade de Letras) ainda so sustentadas por discursividades que valorizam a formao para o beletrismo, apresentando certa resistncia incorporao e reformulao sustentada por discursividades que valorizam a profissionalizao docente
Resumo:
O Ingls para Fins Especficos a abordagem de ensino que ancora o trabalho feito no instituto federal no qual trabalho. Ele tem como premissa bsica o ensino focado em uma anlise de necessidades, ou seja, tudo o que ensinado/aprendido est em alinhamento com o que os aprendizes necessitam em seu ambiente acadmico e profissional. Por causa de mitos e dogmas enraizados ao longo das dcadas, porm, a abordagem transformou-se exclusivamente no ensino de leitura e originou distores na proposta original. O estudo parte da pergunta de pesquisa: O que o aluno participante desta pesquisa v como prioridade em sua aprendizagem de ingls na escola? Outras perguntas surgiram aps conversar com os dados coletados: Por que os alunos participantes querem um ensino e a escola propicia outro?; O que falta na sala de aula para amenizar essa lacuna entre o desejo dos alunos-participantes e a oferta da escola?; e, O que ns, professores, podemos fazer em relao s propostas pedaggicas para preencher esse espao, luz dos dados coletados e da reviso de literatura? Investigo ento o posionamento de 65 aprendizes do 3 ano do ensino mdio da escola na qual trabalho, atravs de questionrios e entrevista nos moldes de um grupo focal com 5 participantes, sobre o que eles veem como prioridade na aprendizagem de ingls na escola e reflito sobre prticas pedaggicas que poderiam atender s necessidades apontadas pelos participantes. Dentro do esprito (in)disciplinar da Lingustica Aplicada e dentro de um paradigma qualitativo, a anlise das respostas pautou-se na recorrncia de temas nas respostas s perguntas do questionrio e participao no grupo focal. Temas que recorreram com frequncia alta formaram categorias que serviram de base para a discusso. Selecionei duas perguntas do questionrio para a anlise: a pergunta (9) como voc espera que seja o ensino de ingls no Ensino Mdio? e a (10) quais habilidades vocs gostariam de desenvolver?, por sua relao direta com o objetivo da pesquisa. A categoria que emergiu das menes mais recorrentes nos proferimentos dos alunos foi comunicao oral, em um total de 62 menes. Outras oito categorias emergiram do corpus. Considerei frequncia alta, e por isso categrica, a quantidade de 17 menes. A partir desses resultados, defendo neste trabalho que a voz do aluno (que grita urgncia ao aprendizado da comunicao oral) seja ouvida nesse processo, e que uma nova pedagogia ps-metodolgica seja implantada no ensino-aprendizagem de línguas no ensino mdio e tcnico
Resumo:
O ensino de ingls em uma escola tcnica voltado para atender s necessidades dos alunos e do curso. Atuando como professora de ingls para fins especficos no CEFET UnED Itagua, deparei-me com um curso novo no estado do Rio de Janeiro, o Curso Ps-Mdio Tcnico em Portos. Em vista disto, este estudo prope-se a investigar como o documento porturio, NOR, Notice of Readiness, ou ainda, Aviso de Prontido, fundamental em uma operao porturia e, consequentemente, material importante para o curso de Portos, se estrutura em estgios para transmitir significados. Objetivamente, este trabalho responde as seguintes questes: em que situao o gnero NOR se constitui? e que linguagem medeia a atividade social nessa situao?. Para tanto, no desenvolvimento da pesquisa, so utilizados os pressupostos da Lingustica Sistmico-funcional (HALLIDAY, 1985; HALLIDAY; HASAN, 1989), que tem a funo e a semntica como base da linguagem e da atividade comunicativa, sendo a língua influenciada pelo contexto social. Dessa forma, adota-se uma concepo de gnero a partir de uma perspectiva funcionalista: o gnero visto como uma atividade direcionada por objetivos e propsitos, realizada em estgios e na qual os falantes so engajados como membros da nossa cultura (MARTIN, 1992). Adota-se, ainda, a noo de configurao contextual (CC) de um gnero, que faz referncia s variveis de registro localizadas no contexto situacional: o campo, a relao e o modo, que possibilitam perceber os elementos obrigatrios e opcionais que compem a estrutura potencial de um gnero (EPG), assim como verificar seus traos estruturais, lexicais, gramaticais e semnticos (HALLIDAY; HASAN, 1989). O corpus desta pesquisa constitudo de dez exemplares do documento NOR, coletados em duas empresas que possuem terminais porturios na regio da Costa Verde, no Rio de Janeiro. A fim de analisar os exemplares do documento, fizemos uma pesquisa de base qualitativa para identificar os seus estgios obrigatrios e opcionais a partir das marcas lxico-gramaticais no texto, mapeando suas funes, conforme a proposta de Hasan (1989). Os resultados da anlise dos dez documentos sugere que h quatro estgios obrigatrios nestes textos, ou seja, o documento NOR possui quatro estgios que cumprem certas funes importantes na atividade social em que se insere. Estes estgios ocorreram em todos os exemplares pesquisados e so portanto determinantes para caracterizar o gnero NOR. Nestes estgios, foram identificados padres da lxico-gramtica que sinalizam as respectivas funes dos segmentos textuais que compem o NOR, mostrando a estreita relao entre texto (representado por suas caractersticas lexico-gramaticais) e contexto (representado pela configurao contextual postulada para o NOR). Assim, esta anlise aponta vantagens para o contexto porturio uma vez que prope um modelo para facilitar a leitura e escrita do documento NOR, levando o profissional da rea a se tornar um participante mais competente. Alm do aporte rea porturia, esta dissertao pode auxiliar na anlise de outros gneros, nos quais seus pesquisadores tenham como premissa um modelo que considera o meio social onde o texto produzido
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A fim de motivar alunos dos Ensinos Fundamental e Mdio a atentarem para o cunho expressivo dos fatos da língua e buscarem conhecer os grandes nomes da msica nacional, este trabalho objetivou um estudo estilstico dos recursos lingustico-expressivos de textos musicais de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. o Gonzaguinha. Destacou-se, primeiramente, o vis social da msica. Em seguida, pretendeu-se uma aproximao entre textos musicais e o conceito de poesia para, ento, tratar mais cuidadosamente do papel didtico da cano. Considerando a concepo de contracultura, defendida por Marilena Chau (1990) como o contexto histrico do momento das produes musicais, partiu-se para explanaes acerca da Estilstica: sua histria, seus mbitos, seu alcance e possibilidades. Por fim, adentrou-se nas relaes lingsticas a partir de canes de tom ora de protesto inconformado, ora nacionalista-apaixonado do artista mencionado. Desenvolveu-se, portanto, uma abordagem estilstica individual do autor a partir de apontamentos tericos sobre aspectos sonoros, lxico-semnticos, morfossintticos e enunciativos do processo discursivo expressivo. Com esse intento, elegeram-se composies que ilustraram as marcas lingsticas e seu entrelaamento com o plano do contedo
Resumo:
A presente pesquisa pretende mostrar os desafios que os professores em geral e, em especial, por conta da proposta desta dissertao, os professores do Ensino Fundamental II enfrentam para que seus alunos sejam produtores proficientes de textos orais e escritos. Com base na concepo dos fatores de textualidade desenvolvidos por Beaugrand e Dressler (2002), sustentamos a hiptese de que o texto argumentativo, produzido na escola em condies tradicionais de ensino, sofre de baixo grau de informatividade, entre outros motivos, principalmente por carecerem de um projeto de ensino desta disciplina. A grande questo que se apresenta como atingir esse propsito. Em geral, redao escolar no considerada pelas direes, equipes pedaggicas e, algumas vezes, pelos prprios professores como uma disciplina que possa ser ensinada, pois acreditam que o conhecimento gramatical da língua materna e a leitura de textos literrios e no literrios constituam instrumentos suficientes para que o aluno por si s seja capaz de produzir bons textos. O objetivo maior desta dissertao refletir acerca dos aspectos relacionados informatividade nos textos argumentativos produzidos por alunos do nono ano do EF II de uma escola particular do Municpio do Rio de Janeiro, pertencentes classe mdia alta. O corpus da presente pesquisa constitudo de quinze redaes com seguintes condies de produo: sete delas foram produzidas com a motivao de um texto apresentado pelo professor, e oito com apenas a apresentao do tema escolhido, tambm, pelo professor. A partir da anlise do corpus e confirmando a hiptese de que possvel e necessrio ensinar o aluno a produzir textos, sugere-se uma sequncia didtica que d conta do passo a passo pertinente ao aprimoramento da progresso das ideias do tipo textual referido
Resumo:
Este estudo tem como objetivo reconhecer os mecanismos verbais utilizados por alunos da EJA no IFMA de Imperatriz MA, inicialmente excludos da escola formal, presentes nas produes do gnero de texto narrativo relatos da experincia de vida (fragmentos de vida) da ordem do relatar. Os procedimentos adotados basearam-se nas pesquisas de campo e documental, com enfoque quanti-qualitativo, a partir de textos produzidos por alunos do 2 ano do Ensino Mdio de Jovens e Adultos, do turno noturno. Analisaram-se os textos, levando em conta a estruturao das sequncias tipolgicas do gnero narrativo na ordem do relatar e do ponto de vista do funcionamento dos constituintes verbais pertencente ao texto. Os resultados apontam para uma necessidade do ensino da escrita relacionado variedade de gneros textuais/discursivos escritos, para que possam usar adequadamente, os verbos pertinentes s diferentes situaes de comunicao
Ingls para terceira idade: investigando o contexto UnATI/UERJ visando elaborao de materiais didticos
Resumo:
Apesar de ter produzido incansavelmente na rea de ensino e aprendizagem de língua adicional com crianas, adolescentes e jovens adultos, a Lingustica Aplicada (LA) ainda no desenvolveu um acervo que ilumine os diferentes aspectos do processo de ensino e aprendizagem de segunda língua para adultos da terceira idade. Entre os poucos estudos desenvolvidos na rea, destacam-se as pesquisas de Pizzolatto (1995), sobre as caractersticas do processo de ensino e aprendizagem de segunda língua com adultos da terceira idade; de Conceio (1999), sobre as estratgias de aprendizagem utilizadas por idosos; de Scopinho (2009), acerca dos subsdios para elaborao e utilizao de materiais didticos desenhados para a terceira idade; e de Oliveira (2010), sobre as crenas e experincias de idosas aprendendo ingls em uma escola pblica. Como forma de contribuir para o preenchimento dessa lacuna e concretizar um desejo pessoal, surgido a partir dos desafios experienciados enquanto estagirio de iniciao docncia de ingls nos anos de 2008 e 2009, esta pesquisa almeja entender o processo de ensino e aprendizagem de ingls com adultos da terceira idade a partir de trs perspectivas: a das professoras, a dos alunos e a minha, enquanto pesquisador. Para tanto, trs perguntas de pesquisa foram estabelecidas: (1) como os participantes do contexto (professoras, alunos e pesquisador) entendem o papel do curso e o processo de ensino e aprendizagem de ingls? (2) Que prticas pedaggicas so apreciadas pelos alunos? e (3) De que forma os materiais existentes se relacionam com as preferncias dos alunos? Compartilhando com Richardson (1994) o conceito de cristalizao, intenciono compreender diferentes aspectos do contexto investigado, a saber, as aulas de ingls do projeto Línguas Estrangeiras para Terceira Idade (LETI) da Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ (UnATI/UERJ), encarando-o como um cristal multifacetado. Para gerar dados, utilizei quatro instrumentos de pesquisa: um questionrio socioeconmico e cultural, duas entrevistas inspiradas no conceito de grupos focais (GASKELL, 2002), uma realizada com as professoras e outra com cinco alunos, e observaes de aulas com notas de campo. Este estudo se vale do aporte terico das reas de Aquisio de Segunda Língua, condio Ps-mtodo, ensino e aprendizagem de línguas sob a tica da teoria da complexidade, teoria dos posicionamentos e ensino e aprendizagem de ingls com adultos da terceira idade. Os fios temticos emergentes das prticas discursivas dos participantes so (1) memria, (2) afeto e emoes, (3) socializao, (4) conversao, msica e traduo, (5) dedicao ao estudo, (6) heterogeneidade dos grupos, (7) uso de novas tecnologias e (8) material didtico. As categorias de anlise so memria e afetividade na aprendizagem de língua estrangeira, teoria dos posicionamentos e macroestratgias da condio Ps-mtodo. Entre os achados esto a importncia da memria e da afetividade na aprendizagem de ingls, o desejo dos alunos por atividades de conversao, o apreo que eles tm pela msica e a inexistncia de materiais desenhados para o pblico da terceira idade. As prticas discursivas so analisadas e discutidas com vistas elaborao de materiais didticos para o pblico da terceira idade
Resumo:
Este estudo investiga a Matriz de Referncia e 117 itens de provas de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, do Exame Nacional do Ensino Mdio (Enem), no perodo compreendido entre 2009 e 2013, a fim de se estabelecerem relaes entre os enunciados de comando dos itens e as aes requeridas do participante, focalizando-se especialmente os processos verbais. A leitura do material terico-metodolgico que constitui o Enem revela uma viso sociointeracionista de língua, centrada no desenvolvimento de competncias e habilidades que levaro o aluno ao domnio da língua, importante fator de representao e incluso social. Por extenso, tal concepo permite compreender a prova do Enem como um ato de interao entre o agente pblico organizador e os participantes do exame. Como principal referencial terico, elegeu-se a Lingustica Sistmico-Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004), enfocando-se especialmente a metafuno ideacional do sistema de transitividade, por ser ela a reveladora da experincia e da representao de mundo, sendo capaz, portanto, de expressar os sentidos de aprendizagem lingustica e de ao por meio da língua materna/linguagem. Dois objetivos orientaram este estudo. O objetivo especfico consistiu em verificar a relao entre os processos verbais mais recorrentes na Matriz e nos itens analisados, a fim de compreender a relao entre o comando do item e a ao de um cidado letrado, competente e hbil para a produo e recepo de textos em língua materna. Como objetivo geral, espera-se que este estudo possa contribuir para o ensino da Língua Portuguesa, a partir da anlise e das reflexes desenvolvidas. Percorreu-se do suporte legal que d origem ao Enem configurao do item como um gnero textual para, ento, passar-se ao exame do corpus. O exame da Matriz de Referncia para a rea de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias e dos itens selecionados apontou a predominncia de processos materiais, mentais e relacionais nos enunciados de comando, que, por sua vez, deflagram aes mentais cognitivas nos participantes. Esse resultado indica que dominar a língua para atuar na sociedade com autonomia e competncia implica, principalmente, a mobilizao interna e intelectual do indivduo, com base em seus conhecimentos e reflexes.
Resumo:
O presente estudo investiga os posicionamentos e a agncia de participantes de um Sarau Bilngue. O Sarau uma proposta didtica / pedaggica, desenvolvida no Curso Bilngue de Pedagogia do Instituto Nacional de Educao de Surdos INES e visa integrar surdos e ouvintes, de forma ldica, proporcionando prticas de letramento que envolvem dramatizaes, tradues e adaptaes de textos da língua portuguesa para LIBRAS, contribuindo para o acesso literatura e msica, o rompimento de barreiras e a quebra de preconceitos mediada pela arte. O estudo tem carter interdisciplinar e de cunho etnogrfico, dialogando com os campos da Sociologia, Cincias Sociais, Fonoaudiologia, Educao, Surdez e localizando-se na rea da Lingustica Aplicada. realizado a partir de uma entrevista de grupo, analisada qualitativa e interpretativamente. A anlise desenvolvida luz dos conceitos de posicionamento (DAVID e HARR,1999), agncia (AHEARN, 2001) e construes identitrias (HALL, 2006; CASTELLS, 1999) sinalizados por pistas lexicais. A anlise mostra os posicionamentos, agncia e construes identitrias emergentes durante a entrevista e como contribuem para a construo do letramento (GEE, 1990; KLEIMAN, 2005) dos participantes a partir de sua participao em um Sarau Bilngue
Resumo:
O objetivo dessa pesquisa a anlise das prticas de leitura realizadas no processo de aquisio da língua escrita, considerando as denominadas prticas de alfabetizao realizadas no 1 segmento do Ensino Fundamental I s prticas de letramento no Ensino Fundamenta lI. Especificamente, ser analisado o desempenho dos estudantes da E. M. Sobral Pinto, situada em Jacarepagu, Zona Oeste, do Municpio do Rio de Janeiro. Esta escola matriz naquela regio, recebendo estudantes que terminaram o Ensino Fundamental I 1 ao 5 ano de escolaridade. Para fins do objetivo proposto, realiza-se uma anlise triangulada, cujos vrtices so os seguintes: a) anlise da prova de leitura bimestral aplicada pelo SME semestralmente. b) anlise das respostas docentes ao questionrio aplicado cujo objetivo discutir sobre os conceitos de leituras, alfabetizao e letramento, cerne da pesquisa. c) Os dados referentes s planilhas de resultados das provas bimestrais referentes ao 1 e 4 bimestres de 2013, concernentes a cerca de 300 alunos E. M. Sobral Pinto, do 6 ano de escolaridade. A anlise refora os resultados exarados pela SME que revelam maioria absoluta de estudos com rendimento regular e/ou insuficiente em leitura, contrapondo-se a nfimo percentual de estudantes com rendimento muito bom ou proficiente em leitura. As razes para os resultados esto centradas em uma abordagem de língua que se distancia das teorias lingusticas em perspectiva sociointeracionista
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A presente pesquisa tem por objetivo a anlise dos adjetivos em funcionamento no gnero crtica de cinema. Por meio dos pressupostos tericos da Lingustica Sistmico-Funcional, argumentamos que a gramtica deve ser estudada em conjunto com textos. Argumentamos ainda que os adjetivos tm importante papel na expresso de significados interpessoais, especialmente na expresso de avaliaes, dados os contextos de situao em que esto inseridas as crticas de cinema. A partir de uma reviso crtica do conceito de adjetivo presente nas gramticas tradicionais e nos trabalhos de orientao semntico-discursiva, e apoiando-nos em classificao de Moura Neves (2011), identificamos uma ocorrncia diferenciada de tipos de adjetivos (qualificadores e classificadores) em movimentos retricos distintos da crtica de cinema e argumentamos pelo seu papel na construo de posicionamentos em interaes comunicativas. Nosso corpus composto por crticas de cinema publicadas em dois veculos distintos - jornal de grande circulao e revista eletrnica especializada. Sendo assim, alm de um estudo dos adjetivos no discurso, elaboramos um material de referncia do gnero crtica de cinema a partir das noes de a) variveis do contexto de situao (campo, relaes e modo); b) estrutura potencial de gnero (Hasan, 1989), relevantes para a linha terica que escolhemos
Resumo:
Esta pesquisa tem como objetivo ressaltar a relevncia da utilizao do gnero textual carta do leitor nas aulas de Língua Portuguesa como recurso para ampliar a competncia textual e argumentativa dos discentes. Visando explorar as caractersticas funcionais e estruturais da carta, possvel despertar nos estudantes um conhecimento aplicvel aos demais gneros de tipologia argumentativa e enriquecer, consequentemente, suas observaes como leitor, pois o trabalho com a carta promove a anlise e a reflexo de seu contedo e de seus elementos composicionais. Tendo em vista os princpios da Lingustica Sistmico-Funcional, o trabalho foi desenvolvido seguindo os pressupostos das Metafunes da Linguagem (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004) e da Teoria da Valorao (MARTIN; WHITE, 2005). O corpus analisado composto de quatro cartas do leitor, avaliadas de forma demonstrativa, e outras vinte e seis, apresentadas com avaliaes qualitativas e quantitativas por meio de tabela. Tambm so utilizados trechos selecionados de outras dez cartas do leitor. O material engloba as trocas interpessoais e as ocorrncias de Engajamento, Julgamento e Apreciao. O texto dos autores das cartas foi analisado por meio da identificao de marcas lingusticas de interpessoalidade e, principalmente, de Valorao. Alm disso, outros eixos temticos so explorados, como os cortes impostos s cartas, que criam a carta do editor, e a importncia da reviso textual. Os resultados quantitativos e qualitativos da pesquisa revelam que as cartas so escritas com a finalidade de estabelecer trocas de informaes e opinies acerca de comportamentos humanos e, s vezes, de avaliaes estticas de composio, de reao ou de valor social, em que o posicionamento do autor revelado por seu Engajamento autoral. Desse modo, verifica-se que o uso das cartas do leitor, em sala de aula, possibilita aos alunos ampliar as competncias de exposio de ideias, de interao com o interlocutor e de insero em diferentes prticas sociais
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo analisar o valor expressivo das frases nominais no romance Pedro Pedra, de Gustavo Bernardo. No ensino de língua materna, comumente as frase nominais s recebem a classificao de construo que dispensa o uso do verbo. Desse modo, pouco explorado dessa construo lingustica. A presente pesquisa estabelece, portanto, como objetivo uma proposta de leitura que busca no s o valor gramatical das frases nominais, mas tambm o valor expressivo que elas podem desempenhar no texto. Alm disso, procura estreitar o elo indispensvel, na Educao Bsica, entre as aulas de língua materna e as de literatura , a fim de articular a leitura do texto literrio com o ensino de Língua Portuguesa. Durante a pesquisa, observou-se que as frases nominais possuem variaes e que cada uma delas apresenta uma caracterstica prpria, expressando, nas passagens em que so utilizadas, uma especificidade. no universo descritivo que as construes nominais ganham maior destaque, contribuindo para a representao mental do elemento descrito, dando-lhe realce e propiciando impresses sensoriais. Desse modo, a presente dissertao trabalha as frases nominais como um recurso expressivo da língua. Com isso, pretende-se a reflexo sobre a produtividade do trabalho com a leitura literria nas aulas de língua materna, levando em conta de que o texto literrio possui todas as possiblidades da língua em potencial.
A leitura da literatura cor-de-rosa: uma abordagem lingustico-expressiva de crnicas de Paula Pimenta
Resumo:
O presente trabalho objetiva refletir sobre os caminhos para a formao do leitor literrio, a partir de atividades com crnicas contemporneas, especialmente as inseridas na literatura para jovens (no cannica), nas aulas de Língua Portuguesa. Analisar-se-o estilisticamente crnicas de Paula Pimenta, autora, segundo suas prprias palavras, de livros cor-de-rosa, a fim de comprovar a qualidade lingustica de tais textos, rejeitando, assim, sua classificao como subliteratura como muitos ainda insistem em classificar um nicho de literatura para jovens. A proposta parte do princpio que os leitores em formao se disponibilizaro mais facilmente literatura se apresentados primeiro a textos estruturalmente menos complexos como o caso da crnica e com temticas e linguagem prximas sua realidade e seus interesses, a fim de que haja de fato um processo de amadurecimento das habilidades leitoras, para que sejam introduzidas obras mais complexas e de autores do cnone literrio, muitas vezes mal afamados graas sua reputao de sagrado ou difcil. Os temas das crnicas analisadas so bastante familiares ao aluno, o que funciona como chamariz para a leitura: atrai-se primeiro pela proximidade com o tema, depois pela riqueza no uso da linguagem. Ressalte-se que, embora conhecida como autora de literatura para jovens, Paula Pimenta escreve para todos os pblicos, seus textos atraem e envolvem leitores de todas as idades, exatamente pela linguagem. Pensando, entretanto, em adequao a cada faixa etria, nvel de maturidade leitora e necessidades especficas de cada ano escolar, tratar-se- de seu uso na Educao Bsica, em trabalho destinado a jovens leitores, o que no impede uma aplicao em outros nveis de ensino, desde que feitas as devidas adequaes. Apresenta-se, por fim, uma sugesto de atividade de leitura, a partir das consideraes e aporte terico expostos em todo o trabalho.
Resumo:
O objetivo principal desta pesquisa analisar os procedimentos didticos relativos leitura, no livro didtico, Portugus Contexto, Interlocuo e Sentido, destinado ao Ensino Mdio, da Editora Moderna, de autoria de Maria Luiza M. Abaurre, Maria Bernadete M. Abaurre e Marcela Pontara, em sua seo de Produo de Texto, principalmente. A anlise visa configurar o percurso terico-metodolgico desse livro didtico, com o intuito de observar em que consiste a abordagem discursiva de leitura pretendida por esse livro. Para tanto, busquei contrapor os conceitos e procedimentos desenvolvidos no livro didtico com aquilo que, em Anlise do Discurso, se concebe como uma abordagem discursiva de leitura. Parto do princpio de que uma abordagem discursiva de leitura pressupe a considerao das condies de produo de um texto, isto , a relao de posies histrica e socialmente determinadas em que o simblico (lingustico) e o imaginrio (ideolgico) se juntam (ORLANDI, 2008, p.11). A anlise do corpus demonstrou que, a despeito de anunciar uma abordagem discursiva, o livro didtico no realiza esse intento. As propostas didticas de leitura repetem o tradicional modelo de interpretao de texto, sem considerar os pressupostos elementares de uma anlise discursiva, isto , que o sentido no est inscrito na superficialidade do texto, mas produto da complexa relao entre leitor, autor e contexto scio-histrico-ideolgico