999 resultados para Goodson, Ivor Contribuições em educação


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Esta pesquisa teve como objetivo compreender as aes pedaggicas constitudas por uma unidade municipal de ensino de Vitria/ES, visando ao processo de incluso escolar de uma criana com Sndrome de Asperger no contexto da Educação Infantil. Contou com as contribuições tericas dos estudos da matriz histrico-cultural e de autores dedicados a estudar a infncia, como Kramer, Sarmento, Aries, dentre outros, bem como de pesquisadores interessados em investigar os pressupostos da Educação Especial em uma perspectiva inclusiva. Como aporte terico-metodolgico, apoiou-se no estudo de caso do tipo etnogrfico que advoga pela possibilidade de, por meio da pesquisa cientfica, produzir conhecimento sobre a realidade social. O trabalho de pesquisa foi realizado em uma unidade municipal de Educação Infantil de Vitria/ES, envolvendo uma criana com Sndrome de Asperger, professores, pedagogos, dirigente escolar e responsvel pelo estudante investigado. O processo de coleta de dados se efetivou no perodo de maro de 2013 a setembro de 2013. O pesquisador esteve de uma a duas vezes por semana no campo de pesquisa, participando das observaes em sala de aula, em espaos para planejamento e formao continuada e tambm observando momentos informais na entrada, recreio e sada dos alunos. Para a organizao do estudo, trabalhou com quatro eixos: a) aes implementadas em favor do processo de incluso escolar de alunos com Sndrome de Asperger no contexto da Educação Infantil; b) proposta pedaggica do CMEI Alegria da Cinderela: espaos de planejamento, formao e utilizao dos apoios pedaggicos para a incluso escolar; c) concepes dos profissionais envolvidos na pesquisa e da famlia sobre a incluso escolar da criana com Sndrome de Asperger; d) principais possibilidades e/ou dificuldades encontradas pela unidade de ensino mediante o processo de ensino-aprendizagem da criana com Sndrome de Asperger. Como resultados, a pesquisa aponta: a importncia de pensar nessas crianas como sujeitos de direitos e capazes de aprender; a necessidade de investimentos na formao inicial e continuada de professores para que os estudantes tenham maiores possibilidades de aprender; a urgncia de o professor assumir a incluso escolar como um movimento tico comprometido com a formao e com o reconhecimento da diversidade/diferena humana; a necessidade de reconhecer o cotidiano da Educação Infantil como um rico espao para todas as crianas se desenvolverem e produzirem conhecimentos com seus pares e por meio das mediaes pedaggicas dos professores.

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Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a proposta/ prtica curricular do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) enquanto funo complementar na educação da criana pequena com deficincia e Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Partimos das constataes de que, nas duas ltimas dcadas, documentos oficiais, assim como pesquisas na rea, apontam a necessidade de um trabalho pedaggico inclusivo, que atenda s demandas e caractersticas dos diferentes sujeitos matriculados. Questionamos se a proposta e prtica curricular complementar do AEE, por meio da SRM, tm contribudo para a incluso da criana pequena, pblico alvo da educação especial, nas prticas pedaggicas da sala de aula comum? Teoricamente buscamos as contribuições da Abordagem Histrico-Cultural para compreender o desenvolvimento e aprendizagem da criana com deficincia, assim como procuramos a interlocuo com os tericos do currculo, entre os quais Sacristn. Como metodologia, utilizamos a pesquisa-ao colaborativo-crtico. O lcus da pesquisa foi um Centro de Educação Infantil, situado em Vitria/ES, com uma sala de recurso multifuncional, modelo proposto pelo Ministrio da Educação (MEC). Os sujeitos participantes foram crianas de 3 a 7 anos matriculadas no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e encaminhadas para o AEE, na SRM (seis crianas surdas, sete crianas com manifestaes de TGD e uma criana com Sndrome de Down); dois professores de educação especial da SRM (uma professora da rea da rea de Deficincia Intelectual (DI), uma professora bilngue e um instrutor surdo); professores regentes do turno da manh CMEI e dois pedagogos. Como perspectiva terico-metodolgica, optamos pela rede significaes (Rossetti-Ferreira, 2004) que tem seus pressupostos fundamentados na teoria histrico-cultural, que compreende os processos de desenvolvimento humano como atos de significao constitudos por mltiplas interaes estabelecidas social e culturalmente pelos sujeitos durante toda a vida. A organizao e anlise dos dados ocorreram por meio dos movimentos, cenrios e atores; as prticas curriculares inclusivas na/da escola: a SRM e a sala de aula comum em seus encontros e desencontros; a preocupao com o desenvolvimento psicomotor da criana; o brincar versus a aquisio da leitura e escrita; o dilogo entre o currculo da SRM e a sala de aula comum e os encontros colaborativos com os professores de educação especial, com as pedagogas e com as professoras regentes do CMEI. Algumas consideraes importantes se destacam, entre as quais: a falta de formao e desconhecimento por parte dos professores de educação especial sobre a proposta curricular da educação infantil e prticas pedaggicas descontextualizadas e fragmentadas desenvolvidas na SRM, que dificultam a ao complementar ao trabalho da classe comum. Para as professoras das salas de atividades o AEE vivel na escola de educação infantil, mas no somente na SRM, concordam que deve haver o atendimento educacional especializado no turno em que a criana esteja matriculada; que ele pode ajudar na incluso da criana pblico alvo da educação especial, por meio de prticas sociais e culturais ldicas, lingusticas e intelectuais. Conclumos que as professoras desejam um AEE dinmico, interlocutor, que se movimente na escola como um todo.

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Quais so os modos de ser sendo junto ao outro no mundo professores de Educação Fsica da Prefeitura Municipal da Serra, ES, situados no que se denomina real e do professor de Educação Fsica padre Jos no filme M Educação de Pedro Almodvar situado no que se denomina ficcional? Que contribuições reflexivas podem trazer tais dados (analisados hermeneuticamente) para a Formao Continuada de professores de Educação Fsica [3]? OBJETIVO: Descrever os modos de ser sendo junto ao outro no mundo de [1] professores de Educação Fsica que trabalham em escolas pblicas da Prefeitura Municipal da Serra, ES & do [2] padre Jos, personagem ficcional, professor de Educação Fsica no filme espanhol de 2004 M Educação fazendo-o primeiramente atravs de uma pesquisa clssica (descritiva e hermenutica) e depois uma literaturalizada e artstica (hermenutica). MARCO TERICO: Trata-se de uma proposta discursiva (terica) fenomenolgica existencial de tendncia marxista criada por Pinel; METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa fenomenolgica existencial seguindo recomendaes de Forghieri (2001) e Pinel (2006; 2012) - dentre outros. Os 29 professores de Educação Fsica foram provocados a mostrarem os seus modos de ser sendo junto ao outro no mundo do ofcio professor de Educação Fsica. Depois essa mesma provocao foi feita ao personagem do filme. RESULTADOS & DISCUSSO: Descreveram-se [1] os modos de ser sendo junto ao outro no mundo dos professores de Educação Fsica na dimenso do real e do ficcional (cinema), e no se objetivou comparao por mais que isso tenha ficado evidente. Esses professores, em 2011/2012, experienciando uma democracia (im)perfeita brasileira [que tem at tendncias neofascistas], mais ainda assim democracia - foram compreendidos sempre tomando um norte/ rumo/ direo em subjetivao pelos Guias de Sentido (GS Pinel) democrticos reconhecimento [demanda do grupo em ser valorizado, reconhecido], em (im) potncia [impotncia e potencia possvel de vir a lume sempre; a fora e seu outro lado, a fragilidade de ser], afetando [o que se pratica e pensa/sente afeta a si mesmo, o outro e o mundo; o afetar produz mais subjetivaes], sonhando [h demanda sempre de realizar projetos de vida; o projeto de ser sempre devir, em construo sempre; uma preciso imprecisa], saudavelmente insano [o quo perto pode estar a experienciar a sanidade e a loucura e o quanto uma loucura s, pois criativa, inventiva, produtiva, opositora ao estabelecido] eles mesmos junto ao outro no mundo tornando-se sujeitos. [2] J o professor de Educação Fsica padre Jos da pelcula almodovariana um professor que de imediato pode ser apreendido como slido e fixo na sua perverso fascista, ele como parte legitimadora do Estado espanhol de Franco, na dcada de 60, provavelmente em 1964, que , na fico, o espao-tempo de Jos e suas aes pedaggicas e psicolgicas (e de Educação Fsica). Mas no apenas o fascismo que torna o fascista um criador de um cotidiano fascista, pois afinal, paralelamente a ele, no concreto e na fico, haviam pessoas generosas, resistentes e resilientes que atuavam contra essas presses quase na maioria das vezes advindas do todo (Estado) eram pessoas democrticas individualmente e em pequenos e grandes grupos; eram exemplo de resistncia contra o estabelecido pela ideologia dominante de ento. Jos numa instituio fascista no conseguiu refletir e agir diferentemente, isto , com mais sade mental, escolhendo (na liberdade) ser fascista, ser menor (pouco) optou no ser-mais. Finalmente os mesmos dados so apresentados em outra esttica possvel e sempre aberta, inconclusa, devir... As artes e a poesia (bem como a literatura) procuram cuidadosamente desvelar os modos de ser junto ao outro no mundo professor de Educação Fsica do mundo real e do imaginrio (flmico) desvelando muitas vezes indissociados. PSCRITO: O autor descreve as possveis implicaes do seu estudo para educação fsica pautado sempre em uma proposta de criar um discursso insubmisso focando na ideia de que uma pesquisa demanda narrar a vida, e literaturalizar a cincia.

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A pesquisa tem como sujeito a criana pequena em uma instituio de educação infantil e investiga processos de formao mediados pela experincia sensvel com as artes visuais. A educação infantil lugar das interaes, das brincadeiras e da educação esttica, sensvel. Problematiza o espao da alfabetizao na escola, restrito apropriao da linguagem verbal, escrita. Por meio de interveno, prope um elo entre a criana, sua cultura e seu meio, sugerindo um contato mais prximo com as mltiplas linguagens e com a educação esttica. Investiga a educação infantil como o lugar da experincia, da brincadeira e da formao do ser humano em sua totalidade, que no se limita alfabetizao pautada na linguagem verbal e na fragmentao do saber. Este trabalho foi realizado em uma Creche-Escola do municpio de Vitria/ES, situada no bairro Jardim da Penha. Tem como pblico crianas de seis meses a cinco anos, divididas em grupos conforme a faixa etria. A participao ativa da pesquisadora na rotina da instituio pesquisada direcionou a um dilogo com a pesquisa-ao, um tipo de pesquisa de natureza qualitativa que se revela na ao e no discurso, segundo Barbier (2007). Busca analisar os possveis efeitos dessa experincia esttica no cotidiano das crianas, observando como afetam e geram interlocues com a comunidade escolar e com a famlia. Fundamenta-se nos conceitos de experincia, sentidos como uma experincia esttica e a linguagem visual como uma forma de comunicao nas discusses de Vigotski (2010), Duarte Jnior (2001) e Bakhtin (2010). Procura reconhecer a criana como sujeito ativo, em consonncia com as contribuições da Sociologia da Infncia, expressa no pensamento de Sarmento (2008). Focaliza a criana como ser social, ldico, pleno de direitos, apto a viver e ressignificar experincias individuais e sociais. O estudo dialoga com o pensamento de Benjamin (1987) que, em seus escritos filosficos, revela o conceito de uma infncia universal, e de Giorgio Agamben (2005) sobre infncia e experincia. Com Angel Pino (2005) analisa a constituio do ser humano como um ser cultural. Apoia-se tambm em autores que realizam uma reflexo sobre a criana e a infncia, como Ribes (2012). Apresenta a Arte como rea de conhecimento capaz de formar e inserir a criana em seu meio cultural, proporcionando um conhecimento mais amplo do mundo e da sociedade em que est inserida. Acompanhou quatro momentos que promoveram a aproximao das crianas s expresses artsticas, por meio de visitas a espaos expositivos com a presena da artista plstica, ceramista, a professora Dr. Regina Rodrigues, no espao educacional. Analisa os processos de interao e a expresso das crianas em face experincia com a Arte. A chegada ao museu e a interao ldica das crianas com os espaos, com as obras, com os diversos ambientes e com os mediadores despontou como material potente de conhecimento. A pesquisa mostrou a importncia de a instituio de ensino estar aberta cidade, provocando nas crianas a percepo do pertencimento aos espaos de cultura, lazer e demais lugares que a compem.

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Este trabalho integra um grupo de pesquisas desenvolvidas pela linha de pesquisa Educação e Linguagens, do Programa de Ps-Graduao da Universidade Federal do Esprito Santo. Trata de uma pesquisa histrica que tem por objetivo investigar a histria da alfabetizao de surdos no Esprito Santo, nas dcadas de 1950 a 1970, a partir da tese inicial de que a educação/alfabetizao de crianas surdas, no Esprito Santo, nesse perodo, tinha por finalidade ensinar a lngua nacional, por meio da oralizao, tendo em vista o projeto desenvolvimentista adotado pelo ento Presidente da Repblica, Juscelino Kubistchek. Fundamenta-se nas concepes de Marc Bloch (2001), ao considerar a Histria como a cincia dos homens no tempo, com o objetivo de compreender a ao humana, de acordo com as condies histricas de sua poca, e nas contribuições da concepo bakhtiniana de linguagem, em especial, no conceito de texto como enunciado, considerando que cada texto/documento traz em seu bojo uma histria vivida por sujeitos em dado contexto social e histrico. Nessa direo, a partir da anlise de documentos escolares, textos jornalsticos, cartilhas, materiais pedaggicos e documentos oficiais, o trabalho se estruturou no sentido de conhecer o contexto nacional que deu origem s primeiras iniciativas de descentralizao na educação de surdos, culminando com a criao de salas especiais em vrios Estados brasileiros, incluindo o Esprito Santo. As repercusses, em mbito local, foram analisadas a partir de dois eixos. No primeiro, focalizaram os aspectos polticos, evidenciando que a desresponsabilizao do Poder Pblico facilitou a parceria entre a esfera pblica e a esfera privada na configurao das classes especiais, dentro das escolas comuns. No segundo, destacaram que o Mtodo Oral e o Mtodo Perdoncini, que fundamentaram o processo de alfabetizao e que tinham como finalidade ensinar a lngua oficial do Pas, na modalidade oral, dialogaram com as concepes pedaggicas e psicolgicas da poca, tornando o processo claramente escolar. Conclui que o perodo foi marcado por um projeto educacional consistente e coerente com os postulados da poca, tendo na ao responsvel e polifnica da professora lpia Couto-Lenzi a sua principal interlocutora.

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Neste trabalho, analisamos aspectos relacionados a como a tecnologia computacional utilizada no Atendimento Educacional Especializado (AEE) e como se deu a formao de professores para utilizar esses recursos. Para tanto, delimitamos os seguintes objetivos especficos: investigar a utilizao da tecnologia assistiva (TA) computacional no mbito das salas de recursos multifuncionais (SRM); problematizar as tenses, dificuldades e possibilidades relacionadas TA com nfase na tecnologia computacional para o AEE; analisar a formao do professor de educação especial para o AEE tendo como recurso a TA com nfase na tecnologia computacional, visando mediao dos processos de aprendizagem. O aporte terico deste trabalho foi a abordagem histrico-cultural, tomando por referncia os estudos de Vigotski e seus colaboradores. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que fez uso de diferentes instrumentos metodolgicos como, os grupos focais, o questionrio online e a entrevista semiestruturada. Para desenvolv-lo, realizamos a coleta de dados em diferentes contextos, comeando pelos grupos focais da pesquisa inaugural do Oneesp, que serviram como dispositivo para esta pesquisa, seguida da aplicao de um questionrio aos professores participantes da pesquisa-formao desenvolvida como um desdobramento no estado do Esprito Santo da pesquisa inaugural do Oneesp pelos integrantes do Oeeesp e da aplicao in loco de entrevistas semiestruturadas com professores de educação especial, de uma SRM do Tipo II. Foram oitenta e nove professores participantes na pesquisa do Oneesp, trinta professores na pesquisa-formao do Oeeesp e dois professores para aplicao da entrevista semiestruturada in loco, respectivamente. Esses dois professores participaram tanto da pesquisa do Oneesp como da pesquisa do Oeeesp. Analisamos esses trs momentos, dos quais emergiram os apontamentos que nos proporcionaram pensar, com base nas narrativas orais e escritas dos professores: sua formao para uso da TA computacional; seu entendimento sobre sua formao para este fim; seus anseios por uma formao mais direcionada; a forma como utilizam a tecnologia na sala de recursos; seus entendimentos sobre as dificuldades e possibilidades relacionadas a TA com nfase na tecnologia computacional para o AEE. Aps essas anlises, conclumos que poucos professores que atuam nas SRM tiveram uma formao que possibilitasse a aplicao das tecnologias computacionais em sua mediao pedaggica, aliando teoria e prtica, com momentos de formao que privilegiassem os momentos presenciais e em laboratrios, onde possam interagir com os computadores e suas ferramentas simblicas. Sem essa familiaridade com os recursos computacionais, os professores acabam sentindo-se inseguros para utiliz-los, deixando de potencializar, pela via desses recursos, os processos de ensinoaprendizagem do aluno com deficincia. Faz-se necessrio um investimento nesse tipo de formao e, mais do que isso, que se viabilize para os professores que atuam ou que pretendem atuar nas SRM. A partir de uma formao apropriada possvel fazer com que os professores utilizem os recursos computacionais como mediadores dos processos de ensino-aprendizagem de seus alunos.

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O estudo teve como objetivo investigar as aes constitudas por uma escola pblica de Ensino Fundamental para o envolvimento de alunos com deficincia e com transtornos globais do desenvolvimento no currculo escolar. Contou com as contribuições tericas de Boaventura de Sousa Santos, Michel de Certeau e Philippe Meirieu para uma discusso sociolgica, filosfica e pedaggica das situaes desencadeadas pela pesquisa. No campo do currculo, aproximou-se das teorizaes de Silva, Moreira, Apple e Sacristn, dentre outros, por serem tericos que analisam o trabalho com o conhecimento no contexto escolar. J no campo da Educação Especial, dialogou com as produes de pesquisadores que postulam pela ideia de que o processo de incluso escolar pressupe acesso escola, bem como permanncia e a garantia do direito de apropriao dos conhecimentos socialmente produzidos. Como aporte terico-metodolgico, apoiou-se nos pressupostos da pesquisa-ao colaborativo-crtica que advoga pela possibilidade de, por meio da pesquisa cientfica, produzir conhecimento sobre a realidade social, promover mudanas nas situaes desafiadoras e envolver os sujeitos pesquisados em processos de formao continuada em contexto. O trabalho de pesquisa foi realizado em uma escola de Ensino Fundamental, pertencente Rede Pblica Municipal de Ensino de Vila Velha/ES, envolvendo professores, pedagogos, dirigente escolar, responsveis pelos discentes e alunos matriculados do 1 ao 6 ano do Ensino Fundamental. O processo de produo de dados se efetivou no perodo de julho de 2010 a julho de 2011. O pesquisador esteve trs vezes por semana no campo de pesquisa, participando das intervenes em sala de aula, dos espaos para planejamento e formao continuada e tambm de momentos informais na entrada, recreio e sada dos alunos. Para o desenvolvimento do estudo, trabalhou-se com trs frentes correlacionadas: a observao participante e a escuta dos discursos produzidos por alunos, professores, equipe tcnico-pedaggica e responsveis pelos discentes sobre o envolvimento dos estudantes com indicativos Educação Especial no currculo escolar; a constituio de espaos de formao continuada, tomando os dados produzidos na primeira etapa do estudo como elementos de sustentao da dinmica formativa; o acompanhamento das aes praticadas pela escola para envolvimento das necessidades educacionais dos alunos com indicativos Educação Especial no currculo escolar, a partir das reflexes desencadeadas nos espaos de formao continuada. Como resultados, a pesquisa aponta a necessidade de advogar pela constituio de currculos escolares mais abertos para contemplar as necessidades de aprendizagem de alunos com comprometimentos fsicos, psquicos, intelectuais ou sensoriais. Esta pesquisa se distancia de lgicas que defendem a flexibilizao curricular como um esvaziamento do currculo em nome das condies existenciais dos alunos. Entende que, entre o currculo escolar e a produo de conhecimentos pelos alunos com indicativos Educação Especial, h uma pluralidade de situaes que precisam ser problematizadas pela escola: a leitura produzida sobre a aprendizagem dos alunos; a falta de conhecimento sobre a sexualidade humana; os desafios presentes na relao famlia e escola; e os pressupostos da normalidade/anormalidade. Esses fatores podem se configurar como elementos que impedem que os alunos obtenham sucesso em sua jornada educativa, porm, em contrapartida, podem ser utilizados como questes a subsidiar espaos de formao continuada. O estudo aponta que, por meio de atitudes colaborativas e crticas entre os profissionais da escola, possvel articular aes que garantam o direito de aprender do estudante com deficincia e com transtornos globais do desenvolvimento na escola de ensino comum.

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Este artigo se prope a relatar as linhas gerais do sistema de extenso dos Estados Unidos. O objetivo extrair experincias que possam contribuir para o aprimoramento do servio brasileiro de Assistncia Tcnica e Extenso Rural (Ater), em especial no momento em que o tema volta a ter espao na pauta federal. A maior parte das atividades de extenso naquele pas voltada para o pblico rural, mas preciso destacar que algumas abrangem tambm o pblico urbano, uma vez que englobam temticas como nutrio/sade, administrao de gastos/consumo e desenvolvimento de crianas/jovens. Ainda que sejam significativas as diferenas da realidade entre os dois pases, o Sistema Cooperativo de Extenso dos Estados Unidos, criado oficialmente h quase 100 anos, mas em formao h cerca de 200, pode oferecer contribuições ao modelo da Ater descentralizado do Brasil. A principal talvez seja a nfase dada promoo da autonomia dos produtores rurais e de outros pblicos por meio do acesso a conhecimentos que lhes permitam resolver seus prprios problemas e melhorar suas condies de vida. Chamam tambm ateno a elevada qualificao dos profissionais do sistema de extenso daquele pas, incluindo milhares de pesquisadores designados para atender a demandas locais, e a forma como se desenvolve e atualiza continuamente o planejamento de trabalho baseado em necessidades manifestadas pelo pblico final.

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O debate sobre a importncia do campo da histria na rea de administrao ficou restrito, principalmente, aos estudos ligados histria dos negcios ou empresariais, histria da gesto e histria organizacional (Costa, Barros e Martins, 2009). No sentido de ampli-lo, este artigo apresenta a historiografia do ensino e prope quatro nveis de pesquisa sobre a histria do ensino de administrao: a) a vida dos mestres (professores) que construram campos temticos, formas de ensinar e instituies; b) os legados de ensino dos programas; c) a histria das disciplinas escolares; e, d) a histria das instituies de ensino. Alm disso, revela as possibilidades tericometodolgicas da historiografia da educação para, desta forma, propor uma agenda de aes no sentido de institucionalizar o subcampo de histria do ensino de administrao no campo da histria da administrao. Finalmente, conclui-se com a proposta de se ensinar a histria do ensino de administrao no Brasil, disciplina que praticamente inexistente nos currculos da rea, mais particularmente, esse tema pode ser um componente curricular de disciplinas ou atividades que se propem a formar mestres e doutores.

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RESUMO: Esta investigao fundamentalmente um trabalho baseado numa anlise documental e arquitectnica de duas escolas primrias construdas em duas pocas diferentes, mas ambas integradas num mesmo perodo poltico. Saber se o Projecto do Plano dos Centenrios e o Projecto DEEB se adequaram s realidades educativas, no seu percurso temporal, foi o ponto de partida para uma pesquisa geral sobre a situao econmica, poltica e social do pas, desde a dcada de 1940 at finais da dcada de 1960, possibilitando a caracterizao e comparao daqueles Projectos na sua interligao com as concepes educativas e a construo escolar. Fez-se a consulta das obras e dos projectos da poca em estudo com o objectivo de analisar e interpretar o processo de criao, mas tambm de situar historicamente os factos arquitectnicos na sua interseco com os educativos, com vista concretizao de uma pesquisa no tempo, de dois espaos, ou seja, desde um Projecto-Tipo de uma escola primria, em Cascais, do Plano dos Centenrios at ao Projecto-Piloto da escola primria de Mem Martins com base no Projecto DEEB. Por outro lado, as contribuições a nvel nacional e internacional trouxeram elementos de mudana e constituram-se como referncias bsicas na transformao geral da arquitectura e da pedagogia portuguesa. ABSTRACT: This investigation is mainly a piece based in an architectonic and documental analysis of two elementary schools, both built in different periods, but belonging to the same political regime. Knowing if the Plano dos Centenrios (Centenarys Project) and the Projecto DEEB (DEEB Project) fit the educative realities, in terms of time, was the starting point for a general research about the economical, political, and social situation of the Country from the beginning of the 40s till the end of the 60s, thus allowing to describe and compare those projects in terms of interconnection with the educative ideas and the school building. With the purpose of not only analyzing and explaining how it started, but also to historically locate the architectonic events in their intersection with the educative ones, the building sites and the projects of the period being studied were examined, in order to timeresearch both spaces, i.e. since a Type-Project of and elementary school, in Cascais, from the Plano dos Centenrios (Centenarys Project) till the Test-School of the Mem Martins elementary school, based in the Projecto DEEB (DEEB Project). On the other hand, both National and International contributions have introduced changing elements, which became essential references in the general transformation of the Portuguese architecture and Pedagogy.

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O ensaio motivado pelo debate sobre quais seriam os conhecimentos a serem trabalhados em nome de uma qualidade educacional. Estes conhecimentos, muitas vezes tomados como bsicos e universais, so entendidos, em algumas propostas que se reforam por meio das polticas avaliativas de larga escala, como responsveis pela melhoria dos resultados da educação. Para realizao do contraponto forma como o contedo programtico da educação ainda hoje percebido, so resgatadas algumas contribuições de Paulo Freire ao construir sua proposta de educação libertadora: o humanismo, como o compromisso radical com o homem concreto rumo promoo da transformao social; a prxis, como a capacidade de atuar e refletir na direo das finalidades objetivadas coletivamente; e a sntese cultural, como o novo contedo da educação, comprometido com o ser mais de educadores e educandos que, mediados pelo mundo, tentam o refletir/reconstruir de forma crtica, compartilhando compreenses.

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Dissertao de Doutoramento em Teoria Curricular e Metodologias de Ensino.

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Em tempos nos quais muito se discute acerca dos reflexos da crise ambiental na educação, e dos valores, princpios e objetivos que melhor lhe caberiam para proporcionar caminhos inovadores superao da problemtica ecolgica, em toda a sua complexidade, esta pesquisa buscou investigar as contribuições da edio de 2012 do projecto de educação ambiental no-formal Histrias de Quintal, da Organizao No-Governamental EMCANTAR, para o empoderamento de seu pblico-alvo. Num primeiro momento, elaboramos um mosaico terico acerca da educação ambiental emancipatria, a nica que, a nosso ver, revela os verdadeiros sentidos da educação ambiental. Para isso, (i) promovemos um breve resgate histrico da educação ambiental no cenrio mundial; (ii) oferecemos uma viso geral da perspectiva emancipatria da educação ambiental (pressupostos e fundamentos, princpios, caractersticas gerais e objetivos); (iii) estabelecemos um corte diferencial entre as perspectivas convencional e emancipatria; (iv) ofertamos uma crtica expresso Educação para o desenvolvimento sustentvel; (v) realizamos um voo panormico sobre a dimenso no-formal da educação ambiental; (vi) discutimos o empoderamento sob a ptica da pedagogia libertria de Freire (1987); e (vii) concatenamos essas ideias entre si e com outras correlatas, como desigualdade social, cidadania e participao social. Num momento seguinte, apresentamos o projecto em estudo e discorremos acerca de seus pontos principais, bem como das atividades que foram realizadas em seu mbito no ano de 2012. Por ltimo, realizmos entrevistas com os participantes nas actividades e confrontamos os dados colhidos com o que fora apresentado sobre a educação ambiental emancipatria para, assim, apresentar as concluses alcanadas. Constatamos que a educação ambiental promovida pelo Histrias em Quintal, em 2012, teve um perfil emancipatrio e que, enquanto projecto de educação no-formal, ele teve tambm as caractersticas, princpios, objetivos e metodologias que permitem a promoo de uma educação ambiental verdadeiramente compromissada com a libertao dos oprimidos (Freire, 1987) e com a transformao da sociedade, e que, por isso, contribuiu para um empoderamento inicial e a nvel individual do grupo-alvo.

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Tese de Doutoramento em Cincias da Educação - Especialidade de Desenvolvimento Curricular

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Numa escola no existem problemas de disciplina: h alguns alunos com problemas, a cuja formao preciso atender de uma maneira particular. Para um real processo educativo a soluo no excluir os que atrapalham e sim atender a cada um segundo suas necessidades pessoais. (http://www.centrorefeducacional.com.br/discipli.htm). To complexo quanto o processo de ensino-aprendizagem a (in)disciplina. No existem, portanto receitas infalveis para promover a disciplina na sala de aula. A indisciplina surge como uma sequncia dos comportamentos desviantes dos alunos, provocando problemas para a escola, os professores, pais e comunidade. A indisciplina, apesar dos vrios estudos realizados, ainda continua a ser uma rea aliciante para estudo, pois considermos que poderemos trazer mais contribuições para o seu combate. Por isso, achmos importante analisar esta problemtica, numa fase inicial, para todas as aulas e posteriormente, para as aulas de Educação Fsica.