995 resultados para violência conjugal


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A presente dissertao tm como problemtica a violência conjugal sobre a mulher por parte do seu companheiro masculino, e como objeto emprico de investigao, o diagnstico de necessidades de competncias do Agente da PSP para efetuar um atendimento eficaz mulher vtima de violência conjugal. Em termos especficos pretende estabelecer-se um perfil de competncias profissionais, ao nvel dos conhecimentos, habilidades e atitudes, que o profissional da PSP deve possuir para efetuar este atendimento com eficcia, dignidade e respeitando todos os aspetos dos direitos destas vtimas. Cientificamente, a realizao de um diagnstico de necessidades de competncias conjetura vrias etapas que objetivam definir as competncias necessrias, as que se encontram em falta, e expor as que atualmente se possuem. Para atingir tal propsito auscultaram-se as vises dos diferentes atores que intervm neste crime atravs de trs amostras distintas, respetivamente, Especialistas, Vtimas e Polcia. Em concreto catorze reconhecidos especialistas nacionais da rea da violência domstica, cem mulheres vtimas deste crime com denncia efetuada PSP, e cem profissionais desta Fora de Segurana que acuam neste crime. O procedimento que delimita estas etapas anuncia no seu mago os objetivos especficos. Neste mbito, pediu-se aos especialistas o delinear das competncias necessrias, as vtimas que descrevessem as lacunas do atendimento, e aos Agentes para elencar as competncias atuais. Com a triangulao dos dados obtidos foi possvel obter o diagnstico de competncias e responder pergunta de partida: Quais as competncias que existem e quais as que se evidenciam como necessrias no Agente da PSP para o atendimento mulher vtima de violência conjugal? Neste mbito, Vrias questes se levantaram de forma a responder a esta pergunta de partida: Quais as competncias necessrias aos Agentes da PSP para efetuarem um eficaz atendimento perante este crime? Ser que estas vtimas se encontram satisfeitas com o atendimento dos elementos policiais que responderam denncia do crime? Ser que estes Agentes se sentem preparados para intervir com competncia a este tipo de crime? Ao nvel metodolgico, aps a pesquisa exploratria, utilizou-se uma metodologia transversal, quali-quantitativa e quantitativa, com recolha de dados assente no mtodo de Delphi, com inquritos por questionrios semiestruturados e estruturados e a anlise de contedo de dados estatsticos. Perante a anlise dos resultados, o diagnstico de necessidades competncias efetuado permitiu concluir que existe um conjunto de competncias que tm de ser melhoradas, outro que tm de ser adquiridas pelo Agente da PSP, definido por estes e pelas vtimas.

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O tema abordado o referente violência domstica e familiar contra a mulher, com recorte na violência conjugal. Este trabalho analisa as limitaes da Lei Maria da Penha em seu eixo repressivo. A questo abordada foi a relao entre os entraves no fluxo dos procedimentos policiais decorrentes da condio de procedibilidade (autorizao da vtima) e o nmero de arquivamento de ocorrncias. Analisamos a srie histrica de registros de ocorrncias feitas na Delegacia de Crimes Contra a Mulher, da cidade de Macap Estado do Amap, relativos ao perodo de 2007 a 2011. A pesquisa teve um carter quantitativo que constou da anlise do banco de dados da Delegacia de Crimes contra a Mulher de Macap/AP, relativo aos delitos afetos Lei Maria da Penha. Constatou-se que h um desencontro de vontades entre grande parte das vtimas e a legislao em vigor com o fim de proteg-las, tendo em vista o alto ndice de no oferta de representao que os dados apresentaram. Por outro lado, h por parte do Estado uma posio estritamente legalista que concorre para a continuidade do problema.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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A violência domstica tornou-se um fenmeno social de grande complexidade, que no pode ser tratado de forma superficial, seja por parte daqueles que intervm tecnicamente, seja por parte das vtimas e agressores, pois trata-se da vida real de muitos indivduos ou sujeitos. Deste modo, tornou-se necessrio analisar a violência domstica, procurando perceber o papel dos agentes, em especial dos tcnicos, que acompanham as vtimas de violência domstica na construo do seu projecto de vida. Para a realizao deste estudo, fiz uma abordagem dos diferentes conceitos de violência domstica, fundamental neste trabalho, em virtude da complexidade e controvrsia que a sua definio implica para diferentes autores e abordagens tericas. Naturalmente que, se o tema da violência domstica atravessa todo o trabalho, era indispensvel ouvir as vtimas desta problemtica quanto ao seu sofrimento, coragem e resilincia, ou abandono do lar e acompanhamento recebido. Assim sendo, e porque pretendi fazer uma anlise forma como realizado o acompanhamento e interveno por parte dos tcnicos, este trabalho apresenta ainda uma investigao emprica realizada atravs da aplicao de inquritos por questionrio vtimas e no vtimas de violência domstica, bem como a caracterizao dos dados sociodemogrficos do distrito de Portalegre. O tratamento e anlise dos dados permitiram confirmar, em larga medida, a fundamentao terica apresentada na primeira parte do estudo onde se verificou haver a divergncia no conceito de violência domstica, as vtimas serem predominantemente do sexo feminino e os agressores do sexo masculino, os vrios motivos que levam as vtimas a permanecer na relao e a importncia do papel dos tcnicos de acompanhamento na definio de projectos de vida alternativos.

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Apesar das campanhas de combate violência de gnero e a legislao elaborada para promover o aumento da segurana de mulheres envolvidas pelo fenmeno, trabalhos realizados demonstram que muitas mulheres agredidas por seus companheiros, mesmo aps tentativa de separao, retornam a conviver com os agressores. Com base nessas informaes, o objetivo desta pesquisa foi estudar a estrutura e a dinmica do funcionamento psquico de cinco mulheres envolvidas em violência conjugal reiterada. Trata-se de um estudo clnico-qualitativo, cujas participantes foram selecionadas por convenincia e fazem parte de um grupo de mulheres vtimas de violência conjugal, atendidas por uma organizao no governamental, com processos em trmite numa Vara Criminal da Grande So Paulo. Utilizou-se como instrumentos de investigao um Roteiro de Entrevista semiestruturado; a Escala da Associao Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (ABIPEME); e o Teste de Relaes Objetais de Phillipson (TRO). Os resultados apontam que as participantes apresentam ego fragilizado, pouco integrado e superego rgido, pouco indistinguvel de seus impulsos destrutivos e de seus perseguidores internos, resultado de introjees e deflexes para o exterior carentes. Essa dinmica mental se desenvolveu a partir de processos primrios de ciso muito violentos, com predominncia de impulsos destrutivos e da pulso de morte sobre a pulso de vida. Ademais, percebeu-se que as participantes se mantm predominantemente na fase esquizo-paranide do desenvolvimento, sem conseguir alcanar de forma adequada a posio depressiva de reparao, assim, elas utilizam de mecanismos primitivos de defesa para manterem o equilbrio psquico como: a identificao projetiva, a negao, a idealizao e a paralizao. Espera-se que os resultados desta pesquisa possam auxiliam na elaborao de propostas de atendimento a mulheres em situao de violência conjugal reiterada.

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Tese (doutorado)Universidade de Braslia, Instituto de Psicologia, Psicologia Clnica e Cultura, 2015.

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A violência como fenmeno social e familiar, no um problema atual, desde sempre esteve presente, sendo que a sua exposio apresenta diferentes intensidades em diferentes momentos da sua evoluo. Como fenmeno mundial, percorreu todas as culturas, etnias, tipos de economia e regimes polticos (Sagim, 2003). O objectivo da presente investigao a violência conjugal percebida por um menor em contexto familiar e suas consequncias psicossociais: estudo de caso. Mtodo: A metodologia escolhida qualitativa e designada por naturalista. O mtodo utilizado foi o estudo de caso e a recolha de dados foi a entrevista (semi-estruturada) e fez-se a descodificao desta atravs da anlise de contedo, que foi organizada em vrias categorias . Instrumentos: Questionrio scio demogrficos (filha); Guio de Entrevista para adultos(me), semi-estruturada; Entrevista Clnica SemiEstruturada (SCICA);A Escala de Sinalizao do Ambiente Natural Infantil (S.A.N.I.); O teste projectivo Pata Negra de Corman (filha). Participantes: R de 12 anos de idade, sexo feminino, caucasiana, possui o 9 ano de escolaridade Resultados: Verificou-se que R tem uma boa capacidade de coping e resoluo de problemas, indo do encontro referido por alguns autores nos meus estudos, sendo que noutros no se enquadra no perfil defendido pela literatura. Referindo segundo o DSM-5, R apresenta alguma sintomatologia clnica como a ansiedade de separao, revelando insegurana e medo da perda dos afetos por parte dos progenitores. Concluso: : Concluiu-se ainda que alguns estudos referem que nem todas as crianas expostas violência intrafamiliar respondero negativamente, uma vez que a presena de fatores de proteo tm um papel fundamental. Entre estes, o ambiente escolar, o relacionamento com a vizinhana e o suporte advindo de demais membros familiares, entre outros (Sani, 2008).

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Domestic violence is one of the most serious problems that contemporary society faces. Domestic violence that specifically occurs between spouses is a particular case of domestic violence that has caused a high number of victims - mostly women - putting thus an enormous challenge to states with regard to combating this problem. In this thesis we intend to proceed with the study of this phenomenon in the Angolan context. The objective of this study is trying to understand how such violence is manifested in Angola, what factors may be at its source and what effects can be observed on the victims, their families and in society itself. Being the Angolan people strongly linked to traditions and customs, it seemed interesting to also address the issue of domestic violence under customary law. In addition to the problem of the study itself, we proceed to exposure and analysis of how the state and civil society have intervened in this matter. At the end of this study, we conclude that despite the fact that the issue of domestic violence has received more attention in recent years from the public entities and society in general, there is still a long way to go. This path involves not only more actions of the state but also a change of mentality, which can enable the break with social stereotypes in adopting a different behavior over the issue under review and internalizing that human dignity is the basic principle of any state that proclaims democratic rights.

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A pesquisa aborda a violência psicolgica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicolgica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicolgica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicolgica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicolgica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicolgica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicolgica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicolgica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural

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A pesquisa aborda a violência psicolgica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicolgica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicolgica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicolgica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicolgica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicolgica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicolgica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicolgica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural

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A pesquisa aborda a violência psicolgica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicolgica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicolgica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicolgica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicolgica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicolgica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicolgica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicolgica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural

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O objeto deste estudo consiste na violência autoinfligida em mulheres por queimadura. As leses por queimadura so consideradas causas externas (acidentes e violências) e tem contribudo para o aumento geral dos ndices de morbimortalidade acarretando perda de anos de vida produtiva. So resultantes de mltiplos fatores como condies socioeconmicas, violências e desigualdade de gnero. Esta pesquisa teve como objetivos: analisar o perfil sociodemogrfico das mulheres que vivenciaram queimadura autoinfligida; descrever as circunstncias e o contexto social relacionados queimadura autoinfligida em mulheres; analisar os fatores motivadores da queimadura autoinfligida em mulheres; e, discutir a queimadura autoinfligida em mulheres na perspectiva de gnero. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e exploratria. Os cenrios da pesquisa foram dois Centros de Tratamento de Queimados (Municipal e Federal) localizados no Estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos do estudo foram 10 mulheres com histria de queimadura autoinfligida e que no tivessem histria de tentativa de suicdio anterior e diagnstico de sofrimento psquico, uma vez que estas situaes poderiam comprometer a anlise das vivncias de violência. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevista semi-estruturada, com roteiro previamente elaborado, no perodo de novembro de 2009 a maro de 2010. Os dados foram analisados atravs da tcnica de Anlise de Contedo de Bardin, tendo emergido duas categorias: a) A vida da depoente antes da queimadura: percepo da sua condio pessoal; relaes familiares envolvendo me, pai, avs, irmos e filhos; relaes sociais e relao com o companheiro; b) Queimadura autoinfligida em mulheres: uma questo de violência de gnero: fatores motivadores da queimadura autoinfligida na perspectiva da mulher e queimadura autoinfligida como desfecho da vivncia de violência conjugal. As participantes do estudo caracterizavam-se por ter uma vida, anterior ao evento da queimadura, marcada pela violência na relao familiar e, principalmente, com o parceiro. A constante vivncia de violência presente na relao com o parceiro, manifestadas por diferentes expresses (fsicas, sexuais e psicolgicas) resultou em intenso sofrimento que culminou na queimadura autoinfligida. Ficou evidenciado que a queimadura autoinfligida, no grupo estudado foi uma tentativa de interromper com a violência de gnero vivenciada. A escolha pelo fogo foi justificada pelas mulheres como um elemento capaz de produzir maior letalidade e ser de fcil acesso no ambiente domstico. As mulheres afirmam que o evento da queimadura autoinfligida promoveu transformaes em suas vidas. Nos agravos sade da mulher, em especial na violência autoinfligida por queimaduras, relevante considerar as questes de gnero como estratgia de ao e ampliao das prticas de cuidado.