999 resultados para conceito de Saúde doença e Paciente
Resumo:
Partindo de uma discusso do conceito de saúde-doença, percebe-se que um dos enfoques atuais inclui a percepo do sujeito quanto sua condio. Porm, a hegemonia de um mtodo clnico que, muitas vezes, no considera esta individualidade levou alguns profissionais a discutir as necessidades de mudanas na abordagem mdica. Por meio da discusso do caso relatado, percebemos que a relao mdico-paciente influencia direta ou indiretamente a satisfao, o estado de saúde do paciente e a qualidade dos servios de saúde. O cuidado efetivo requer um olhar atento s reais necessidades do paciente e respeito s suas opinies sobre o adoecimento, suas percepes e sua cultura. A Medicina Centrada na Pessoa um mtodo clnico que prope uma abordagem mdica que possibilita o atendimento integral e humanstico e respeita a autonomia das pessoas.
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A viso biopsicossocial de homem de fundamental importncia para que os fisioterapeutas sejam capazes de atuar com seus pacientes, de forma global, sem focar a ateno apenas doença, mas sim pessoa doente. A compreenso acerca da profisso e dos conceitos de saúde-doença e paciente, tambm se faz necessria para que esses profissionais possam considerar sua interveno num mbito mais amplo do que a reabilitao. O objetivo deste trabalho investigar a compreenso que os alunos do ltimo ano de Fisioterapia de uma Universidade privada de So Paulo tm sobre saúde-doença, paciente, Fisioterapia e relacionamento fisioterapeuta-paciente e como associam estas compreenses aos modelos de saúde existentes. Para isso toma por base autores da Psicologia da Saúde que defendem uma viso biopsicossocial de homem, assim como autores da Fisioterapia e Medicina que escrevem sobre os modelos adotados nos currculos de formao dos profissionais da saúde. Foram realizadas 10 entrevistas semi-dirigidas com os alunos, apresentando questes a respeito dos temas em questo. Os resultados foram analisados de forma qualitativa atravs da construo de categorias de anlise visando responder aos objetivos da pesquisa. Conclui-se que os alunos percebem alguns aspectos psicolgicos e sociais do paciente, mas no de forma clara e, na maioria dos casos, este conhecimento se d atravs de conhecimentos que no foram adquiridos na Universidade. Esta, apesar de fornecer os contedos para a formao mais humana do fisioterapeuta, no alcana os objetivos ao final do curso, j que os alunos oscilam entre os modelos biomdico e biopsicossocial
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Foi definido o binmio saúde-doença integrado nos ecossistemas fsico, psicobiolgico, scio-econmico-cultural e topolgico; mostrou-se que em Saúde Pblica os problemas de saúde ou de doença s podem ser vistos como um continuum e por uma equipe multiprofissional. Quatro modelos de personalidade (traos psicolgicos, psicodinmica, situadonismo, interadonismo) foram relacionados com os ecossistemas do binmio e considerados como aspectos parciais do estudo da personalidade. A personalidade foi definida como um todo dentro de trs postulados bsicos.
Resumo:
Este trabalho recorte de uma investigao que buscou identificar o cotidiano de pessoas com transtornos mentais, que sofrem reinternaes psiquitricas. Nesse percurso foi possvel evidenciar que esses sujeitos expressam diversas concepes do processo saúde/doença mental e que caracterizam as formas de tratamento que se utilizam. Utilizou-se como metodologia a abordagem qualitativa fundamentada no conceito de cotidiano da autora Agnes Heller. As entrevistas de pacientes e familiares foram submetidas anlise de discurso que, entre outros resultados, revelou que essa populao passou a ter novas ferramentas e possibilidades para compreender a loucura e a assistncia ao doente mental.
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O objetivo deste artigo foi apresentar as bases para a construo de uma ferramenta re-leitora do Processo Saúde-doença, por meio da relao dialgica entre categorias sociais e as variveis funcionais, contidas no instrumento CIPESC de Curitiba. Ancorou-se nos marcos conceituais apresentados na Teoria da Interveno Prxica da Enfermagem em Saúde Coletiva. A ferramenta constituiu-se de um modelo analtico de apoio tomada de deciso, pretendendo o desenvolvimento de data warehouse. Os dados do pronturio eletrnico do paciente, relacionados s categorias: Necessidade, Classe Social, Gnero, Etnia e Gerao, desvelam a face social e atribuem vulnerabilidade aos grupos sociais homogneos. Foram visualizados quatro graus de vulnerabilidade, qualificados por 11 marcadores. O estudo remeteu reflexo de que as desigualdades reproduzem-se ao longo do tempo e transformam grupos em alvos de imobilidade social. Embora existam lacunas para visualizao das categorias sociais, o instrumento permitiu visualizar a face coletiva de famlias e grupos sociais.
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A relevncia sociolgica do estudo das representaes sociais do processo saúde-doença est no fato de que elas fundamentam prticas e atitudes dos seus atores, assim como as relaes que eles estabelecem com o seu contexto social e com aquilo que lhes acontece. O problema dessa pesquisa consiste em conhecer as representaes sociais do processo saúde-doença dos profissionais do PSF, considerando que esse conhecimento pode ser fundamental para o desenvolvimento de prticas educativas em saúde. A abordagem metodolgica desta pesquisa foi qualitativa, tendo por base as representaes sociais dos profissionais de apoio e das equipes de saúde da famlia do Centro de Saúde Milionrios, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Para a coleta de dados, foi utilizada entrevista individual semi-estruturada abordando os seguintes aspectos: processo saúde-doença; educao em saúde; e barreiras ou dificuldades para prescrio/adoo de hbitos saudveis. Os dados foram analisados pela tcnica de anlise de contedo, a partir das categorias: dimenses do processo saúde-doença; barreiras ou dificuldades para adoo de hbitos saudveis; e significados e valores da educao em saúde. Os dados apontam que h necessidade de modificaes conceituais na formao permanente desses profissionais e da incluso do enfoque coletivo, abordando o conceito ampliado de saúde com seus determinantes sociais e contextuais. Faz-se necessria tambm a busca de novas metodologias de educao em saúde, para que os profissionais do PSF possam ir alm da informao e consigam a ressignificao dos conceitos do processo saúde-doença, podendo de fato estabelecer novas prticas e novos processos de trabalho em saúde.
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Through the analysis of the informational activity at the primary care of SUS at the scale of places, this dissertation has as central objective to observe the dispute for the concepts of health and sickness, in the ambit of Brazilian Health Movement, featuring, on one hand, the clinic, biomedical or flexnerian line hegemonic, scientifically restrict and the primary frame of references for the Brazilian health politics and on the other hand a multiplicity of new proposals and critic thoughts to the current model, which have , as common characteristic, the worry with a territorial way of thinking the health context, therefore beyond the biological processes. On the first chapter we jut out with details these scientific and ideological movements, on a wider way, but also on the specificities of the public health s information politics. On the second chapter we analyze the downward health information circle at the basic care, observing the operational processes of the information s technical systems SIAB and e-SUS. On the third and last chapter, we give references to think about an upward health information circle, centered on the places, ruled by the notions of autonomy, organic solidarity and communicational density. It would possess, as method s primary horizon, the local organization of production and managing of information through the work of the Health Community Agent, privileging therefore the urgency of the most contingent needs of the people in theirs every day s life
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Ps-graduao em Cincias Sociais - FFC
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"Os estudantes universitrios em Cincias da Saúde, so tipicamente bem educados, saudveis, so um grupo relativamente homogneo e privilegiado relativamente a cultura e status socioeconmico, constituindo sem dvida, um potencial de liderana futura que poder influenciar outros grupos sociais em diversos momentos do ciclo de vida, assumindo o papel de agentes de mudana. Na Sociedade e Cultura do nosso tempo, encontramos inquietaes que no so fceis de estudar, como a medicalizao da sociedade, os fenmenos de comorbilidade, iatrogenia, a preveno quaternria, para alm de toda a complexidade relacionada com a medicina, mdicos e medicamentos. A partir desta temtica e com recurso a vrios patamares de conhecimento fomos desenvolvendo a construo de um objecto terico de forma a seguidamente desenvolvermos a sua anlise, que se concretizou no objectivo deste estudo, ou seja, conhecer e caracterizar as prticas de saúde e/ou doença, de jovens universitrios, bem como representaes sociais acerca dos mdicos da medicina e dos medicamentos. Desejmos compreender, se existem prticas medicalizantes, promotoras da autonomia e/ou dependncia, novas formas de gesto do corpo e do bem-estar, prticas de risco, recurso automedicao, crenas acerca da medicina, metforas acerca dos medicamentos, bem como se existe alinhamento com o conceito e filosofia da preveno quaternria. Foram inquiridos, atravs de questionrio, 502 estudantes universitrios da rea de Cincias da Saúde. Tratou-se de um estudo exploratrio, descritivo e transversal. Os resultados foram sujeitos a anlise descritiva e inferencial utilizando-se neste caso o teste qui-quadrado, a anlise factorial e a anlise de componentes principais com nvel de significncia de (p<=0,05). Encontramos sinais de bom senso e esprito crtico nas escolhas efectuadas pelos jovens, no encontramos significativas diferenas de gnero maior parte das variveis em analise, o que nos leva a questionar, como ser a Sociedade do Futuro?"
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Partindo do conceito ampliado da saúde e da doença, a unidade aborda os determinantes sociais que interferem no processo de adoecimento das populaes bem como no risco das mesmas. A noo dinmica do processo saúde-doença abordada na perspectiva de ateno integral saúde a partir do histrico do conceito bem como na ao das equipes de saúde que atuam na perspectiva da ateno bsica do Sistema nico de Saúde no Brasil, deixando de atuar numa queixa e sim centrando o foco do cuidado no indivduo que est sujeito s inmeras variveis que determinam suas necessidades em vrios momentos de sua vida.
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Tpico 1 Organizao Social O tpico analisa a relao entre o que somos e o modo de organizao dos poderes hegemnicos mundiais nas diferentes pocas, mostrando a vinculao entre a organizao da produo de bens e da economia aos processos de gerao de doenças, a dependncia em relao aos pases hegemnicos e as caractersticas prprias de nossa sociedade, oriundas dos arranjos histricos e culturais especficos. Apresenta, tambm, a viso marxista da organizao econmica, analisando ser o Brasil um pas capitalista, no qual se procura hoje implantar um conceito de saúde ligado a polticas pblicas, o que depende dos limites estruturais do Estado, uma vez que o poder do capitalismo garante cargos de comando nos trs poderes e demais instituies sociais que garantam a reproduo do capital, independentemente do bem estar das classes trabalhadoras e dos excludos. Tpico 2 - Um pouco da histria social brasileira Neste tpico, se apresenta, inicialmente, as diferentes formas de conceber Histria: como uma sucesso de fatos narrados de um nico ponto de vista, ou como uma construo permanente de possibilidades de mudanas. A partir dessa segunda perspectiva, feita uma anlise do processo histrico brasileiro, desde a intencionalidade de sua descoberta, at a tentativa de negao de lutas mais recentes, mostrando que a compreenso desse processo histrico ajuda a entender, no atual contexto de democratizao, a opo pelo modelo de ateno proposto pelo SUS, concebendo a saúde como um direito social, sendo necessrio que o profissional em Estratgia de Saúde da Famlia (ESF) entenda esse modelo de interveno e a postura ideolgica que lhe implcita, de modo a engajar-se no trabalho por meio de um vnculo com a populao, com o processo histrico de mudanas e com a defesa do SUS. Unidade 2 do mdulo 2 que compe o Curso de Especializao Multiprofissional em Saúde da Famlia.
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Questiona-se a atual definio de saúde da Organizao Mundial da Saúde: "situao de perfeito bem-estar fsico, mental e social" da pessoa, considerada ultrapassada, primeiramente, por visar a uma perfeio inatingvel, atentando-se as prprias caractersticas da personalidade. Menciona-se como principal sustentao dessa idia, a renncia necessria a parte da liberdade pulsional do homem, em troca da menor insegurana propiciada pelo convvio social. Discute-se a validade da distinco entre soma, psique e sociedade, esposando o conceito de homem "integrado", e registrando situaes em que a interao entre os trs aspectos citados absolutamente cristalina. revista a noo de qualidade de vida sob um vrtice antipositivista. Essa priorizao e proposta de resgate do subjetivismo, reverte a um questionamento da atual definio de saúde, toda ela embasada em avaliaes externas, "objetivas", dessa situao.
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O objetivo do estudo foi analisar a percepo de trabalhadores das fbricas de cal quanto s conseqncias do trabalho ao processo saúde-doença. Foram coletados dados de dez trabalhadores, por meio de observao no estruturada e entrevistas semi-estruturadas em fbricas de cal do Cear, em dezembro de 2005. A seriedade das conseqncias saúde percebida pelos trabalhadores no foi suficiente para os impulsionar a desenvolverem aes de promoo de saúde.
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O risco laboral que sujeita o trabalhador a um acidente ou a uma doença profissional sempre relacionado com o meio ambiente onde este se insere como o caso das atividades ligadas a contaminantes ambientais, utilizados ou produzidos potencialmente nocivo para a comunidade onde a empresa se insere. O local de trabalho e a empresa no podem ser agentes nocivos para o ser humano, para a comunidade e para a natureza em geral. A empresa ou servio pblico, as condies de trabalho e as vivncias que se fazem no espao do trabalho devero ser agentes ao servio do progresso e do desenvolvimento social, ambiental e cultural. Isto s ser possvel atravs da educao o tratamento destes problemas deveria estar na escola desde os primeiros anos de escolaridade da informao e da formao dos trabalhadores em geral e dos prprios empresrios ou gestores. Por outro lado, impe-se o cumprimento da lei e a certificao das empresas em normas tcnicas que as levem a adotar prticas organizacionais saudveis, para os e as trabalhadoras e para o meio ambiente. Em defesa da saúde de quem trabalha e do desenvolvimento humano, os atuais conceitos de produtividade e de competitividade vo ter de ser postos em causa. Estamos desafiados a trazer para o debate novos paradigmas para os objetivos econmicos e para a conceo estrutural das empresas e, ainda, novos conceitos para o emprego, impregnando-os de dignidade.
Resumo:
As diferentes teorias interpretativas do processo saúde-doença identificveis ao longo da histria tm como decorrncia distintos projetos de interveno sobre a realidade, em resposta a necessidades sociais. At o sculo XIX, tais teorias podem ser sintetizadas nas vertentes ontolgica e dinmica. Na concepo ontolgica, a doença assume o carter de uma entidade natural ou sobrenatural, externa ao corpo humano, que se manifesta ao invadi-lo. A concepo dinmica v a doença como produto da desarmonia entre foras vitais, sendo que o restabelecimento da saúde advm da restaurao do equilbrio Ao final do sculo XVIII, predominavam na Europa como forma de explicao para o adoecimento humano os paradigmas scio-ambientais, vinculados concepo dinmica, tendo se esboado as primeiras evidncias da determinao social do processo saúde-doença. Com o advento da Bacteriologia, a concepo ontolgica firmou-se vitoriosa e suas conquistas levaram ao abandono dos critrios sociais na formulao e no enfrentamento dos problemas de saúde das populaes. Na atualidade, identifica-se o predomnio da multicausalidade, com nfase nos condicionantes individuais. Como alternativa para a sua superao, prope-se a articulao das dimenses individual e coletiva do processo saúde-doença, em consonncia com a Teoria da Interveno Prxica de Enfermagem em Saúde Coletiva.