Lógicas, racionalidades e contextos dos itinerários de saúde/doença de universitários


Autoria(s): Antunes, Júlia Maria Guilherme Ribeiro
Data(s)

21/09/2016

21/09/2016

2016

Resumo

"Os estudantes universitários em Ciências da Saúde, são tipicamente bem educados, saudáveis, são um grupo relativamente homogéneo e privilegiado relativamente a cultura e status socioeconómico, constituindo sem dúvida, um potencial de liderança futura que poderá influenciar outros grupos sociais em diversos momentos do ciclo de vida, assumindo o papel de agentes de mudança. Na Sociedade e Cultura do nosso tempo, encontramos inquietações que não são fáceis de estudar, como a medicalização da sociedade, os fenómenos de comorbilidade, iatrogenia, a prevenção quaternária, para além de toda a complexidade relacionada com a medicina, médicos e medicamentos. A partir desta temática e com recurso a vários patamares de conhecimento fomos desenvolvendo a construção de um objecto teórico de forma a seguidamente desenvolvermos a sua análise, que se concretizou no objectivo deste estudo, ou seja, conhecer e caracterizar as práticas de saúde e/ou doença, de jovens universitários, bem como representações sociais acerca dos médicos da medicina e dos medicamentos. Desejámos compreender, se existem práticas medicalizantes, promotoras da autonomia e/ou dependência, novas formas de gestão do corpo e do bem-estar, práticas de risco, recurso à automedicação, crenças acerca da medicina, metáforas acerca dos medicamentos, bem como se existe alinhamento com o conceito e filosofia da prevenção quaternária. Foram inquiridos, através de questionário, 502 estudantes universitários da área de Ciências da Saúde. Tratou-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal. Os resultados foram sujeitos a análise descritiva e inferencial utilizando-se neste caso o teste qui-quadrado, a análise factorial e a análise de componentes principais com nível de significância de (p<=0,05). Encontramos sinais de bom senso e espírito crítico nas escolhas efectuadas pelos jovens, não encontramos significativas diferenças de género maior parte das variáveis em analise, o que nos leva a questionar, como será a Sociedade do Futuro?"

Identificador

INFAD Revista de Psicología, Nº1-Vol.2, 2016. ISSN: 0214-9877. pp:221-232

0214-9877

http://hdl.handle.net/10400.26/14782

10.17060/ijodaep.2016.n1.v2.166

Idioma(s)

por

Publicador

INFAD

Relação

http://dx.doi.org/10.17060/ijodaep.2016.n1.v2.166

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Medicalização #Iatrogenia #Comorbilidade #Prevenção Quaternária
Tipo

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