88 resultados para Grotesco
Resumo:
O presente trabalho pretende realizar o estudo sobre o modelo de corporalidade que foi difundido pela cinematografia recente inspirada pelo movimento cyberpunk. Marcados pela expressão de uma nova forma de dualismo que se funde com os pressupostos antes associados à chamada estética grotesca de um corpo pouco individualizado e aberto ao intercâmbio com o mundo externo e ao mesmo tempo bastante marcado por um novo tipo de conflito agora entre memória e organicidade. O texto discutirá também a contextualização social do movimento cyberpunk que pretendeu unificar a contracultura dos anos 60 com as discussões derivadas das novas tecnologias contemporâneas e seus efeitos nas novas concepções sobre corporeidade e conflito mente/corpo.
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A presente dissertação se dedica a refletir sobre o corpo e o grotesco na arte e na comunicação contemporâneas. O objetivo do estudo foi investigar o grotesco na cena da dança contemporânea com o intuito de compreender como se dá a relação entre o modo de apreensão do grotesco na atualidade e o modo como ele se apresenta cenicamente. Assim, procurou-se investigar que representações da cultura contemporânea podem estar associadas às manifestações do fenômeno grotesco; como a mídia e o consumo de massa participam na disseminação desta estética; e como o corpo cênico na dança se aproxima/reflete estas representações presentes no cotidiano. O fenômeno grotesco, objeto de estudo desta pesquisa, foi investigado em duas companhias de dança: a Lia Rodrigues Companhia de Danças (RJ) e o Grupo Cena 11 de Dança (SC), onde foram observados o tratamento artístico e os dispositivos utilizados para construção do efeito corpo-grotesco nos espetáculos e o posicionamento dos artistas com o uso da estética grotesca nas obras. O embasamento teórico do estudo investiu na compreensão do fenômeno grotesco nos âmbitos histórico, estético/artístico e social e sua contextualização na contemporaneidade. Partiu-se do entendimento de que o corpo é mídia primária, "espaço" de comunicação e de linguagem e a dança cênica é um fenômeno urbano, que espelha as transformações representacionais do início deste século XXI. As abordagens teóricas de Mikhail Bakhtin sobre o realismo grotesco; de Wolfgang Kayser, sobre o grotesco romântico e os estudos de Muniz Sodré e Raquel Paiva, sobre o grotesco na comunicação contemporânea fundamentaram as discussões. Foi relevante refletir sobre as mudanças de paradigmas sociais que vêm se desenhando na atualidade, sobretudo com a influência do desenvolvimento tecnológico e midiático sobre as corporeidades e os processos de subjetivação. As qualidades fluidas e polifônicas associadas à contemporaneidade nortearam o entendimento desses novos paradigmas estéticos do corpo - atribuídos como corporeidades móveis contemporâneas - e, serviram para denominar/compreender como "grotesco líquido" a presença múltipla e volátil dos fenômenos grotescos na atualidade.
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O trabalho aborda o baile dos Horrores, que acontecia no período pré-carnavalesco do Clube Magnatas de Futebol de Salão localizado na Rua General Belford no bairro do Rocha, subúrbio do Rio de Janeiro, de 1960 a 1988. Sua característica marcante foi o horror levado às últimas conseqüências, chamando a atenção da imprensa e provocavam mal estar em pessoas mais sensíveis. A dissertação busca discutir os motivos da presença desses elementos numa festa onde a alegria predomina. Procuramos, desse modo, associar o baile a um período do século XX em que as tensões ocasionadas por uma série de fatores (como a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e a Guerra do Vietnã, por exemplo) causavam os mais diversos temores com elementos nunca antes visto, como a bomba atômica, iniciando assim novo período onde as metamorfoses seguiam o caminho do terror. A ciência, por sua vez, aceleraria processos que teriam influencia em todos os campos da produção humana, inclusive, ou principalmente, nas artes
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Esta pesquisa tem por objetivo, em perspectiva comparada, analisar o encontro de duas artes: a literatura e a pintura, observado na obra O Barão de Lavos (1891), de Abel Botelho. O romance naturalista, com traços decadentistas, do escritor Abel Botelho que abre a série intiulada Patologia Social (1891) nos mostra, como diz José Carlos Seabra Pereira, um tempo em se convegiam o romantismo,o realismo e pretensões de modernidade baudealiriana (mais ou menos satanistas) (PEREIRA, 1995) e onde as diversas categorias das artes se encontram e se conjugam. Nesse cenário caótico, mas profícuo, temos este romance que estabelece a arte plástica como ponto focal dentro do texto. Analisa, sobretudo, o processo da escrita onde foi possível constatar a deformação do belo em grotesco ao longo do romance. Investiga a questão imagética encontrada no texto botelhiano, caracterizada através da gravura Rapto de Ganimedes; litografia de grande simbologia dentro dessa obra literária, pois representa o ideal estético idealizado pelo próprio Barão, e tudo de significativo que compõe a trajetória e as emoções de D. Sebastião ao longo de sua vida, portanto permeando e atravessando toda narrativa
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This essay is an analysis of the character María Josefa in the play 'The House of Bernarda Alba' (1936) by Federico García Lorca. It is hypothesized that the character of María Josefa can be considered a distorting mirror of the femininity presented in the play, and that through María Josefa this femininity is both revealed and problematized. The analysis adopts theories from the field of the (female) grotesque, using terminology both from Mikhail Bakhtin and Mary Russo. Throughout the analysis it is demonstrated how the character of María Josefa challenges the boundaries and norms which are dictated by Bernarda to control the women of the house. These conventions are challenged by María Josefa with the use of her loud speech, her dressed up appearance, and in her physical resistance. In this manner María Josefa is creating and embodying an alternate feminine view that is uncovered through her consistent provocation and by making herself into "a spectacle", a transboundary behaviour that is well interpreted within the theories of carnival, the grotesque body, and the spectacle of the female grotesque.
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This study presents our research on the discourse of the grotesque in digital media, specifically in two blogs. We rely on the theoretical-conceptual and methodological discourse analysis of the French School. We analyzed a set of posts in the following blogs: Eu Sou Ryca and Cleycianne, and we did it based on some propositions on the discourse of the grotesque by Mikhail Bakhtin (1999a), Muniz Sodré and Raquel Paiva (2002), Wolfgang Kayser (2003) and Mary Russo (2000). The expressions of the grotesque analyzed in the blogs Eu Sou Ryca and Cleycianne result predominantly in humorous effect, obtained by means of irony and parodization, which calls for ridicule and relegation, through a strong tension between the beautiful and the ugly, the socially acceptable and the aberration, the taste for the strange and the aesthetically striking. The grotesque appears initially as a significant feature of ornamental paintings found in Roman caves in the late fifteenth century, and today it can be seen permeating from sculptures, paintings, literary works, talk shows for television, videos hosted in cyberspace, specifically in the collective domain of weblogs. This work seeks to analyze how the discourse of the grotesque constitutes the humorous process in its insertion in cyberspace
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A la première partie de ce travail -Grotesque, littérature, lecteur - on a discuté le concept de grotesque, configuré en termes littéraires, de pins ses articulations avec la fictionalité et la réception. A la seconde partie - Le lecteur et le grotesque dans I' A causa secreta - on a fait la lecture du comte Machadien au point de une d'un texte ou le grotesque, moyen de la structuration du comte, se trouve configuré en termes fictionels.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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La comedia del Barroco español tiene como rasgo característico una dialéctica que va del ciclo de Lope de Vega, reconocible por su costumbrismo y lances de capa y espada, al ciclo de Calderón de la Barca, con su típico costumbrismo de hidalgos y caballeros. Tal es el marco, en sus trazos más gruesos, en el que Rojas Zorrilla, en su intento por hacerse un lugar en el teatro español, consigue una reconocible diferenciación a partir de sus comedias de figurón, en las que, además de definir un género y personaje arquetípico, expone una lograda parodia de las ya por entonces previsibles tramas y desenlaces de las comedias de capa y espada, así como del canónico amor, honor y poder calderoniano. Sirviéndole, también, para eludir las trampas del acendrado costumbrismo de su época, le permiten -poética mediante- mostrar vívidamente el cínico sensualismo urbano que, sin distinción de género, iguala a damas, caballeros y plebeyos. Rojas exhibe su obra ante una audiencia calificada ?la corte? a la que su sensibilidad estética y sentido de la realidad le permiten apreciarla y autorreconocerse. Para sostener sus enredos, parodias y bufonadas, nuestro autor despliega con arte y conocimiento una variada gama de procedimientos metateatrales. El trabajo se basa en el análisis de las comedias: Donde hay agravios no hay celos; Obligados y ofendidos; Lo que son mujeres; Entre bobos anda el juego; y Abre el ojo, seleccionadas en razón de su género y contenido metateatral.
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Este trabajo pone en relación el "cuerpo grotesco" de la cultura cómico popular de la Edad Media y el Renacimiento, con el supuesto "retorno al cuerpo" propugnado por la cultura de consumo, estableciendo un contraste que destaque el sentido fundamentalmente divergente de ambos fenómenos. En el contexto cultural del posmodernismo, los discursos y prácticas asociados al "culto del cuerpo" adquieren un sentido que difícilmente pueda emparentarse con el "principio material y corporal" que Bajtín, a partir de su estudio de la obra de Rabelais, detectara en las manifestaciones festivas de la plaza pública. Históricamente, el origen de esta divergencia ha de rastrearse en la instauración del individualismo como estructura social dominante del orden capitalista. Una vez disueltos los lazos comunitarios tradicionales, la "liberación del cuerpo" se traduce en un ensimismamiento del sujeto contraído a un cuidado obsesivo del sí mismo (o más precisamente, y para ponerlo en términos de Bajtín, del "yo-para-mí" desprovisto de toda mediación por otro concreto). A manera de crítica de este proceso, se evocan, hacia el final del trabajo, ciertas reflexiones estéticas y antropológico-filosóficas de Bajtín tendientes a poner de relieve la estructura inevitablemente dialógica de cualquier valoración estética de la apariencia externa del cuerpo.
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En el texto Loco afán. Crónicas de Sidario, de Pedro Lemebel, abundan las escenas, imágenes y situaciones grotescas. En las crónicas del texto, el grotesco es utilizado para introducir el elemento sida: todos los personajes o hechos grotescos se relacionan con esta enfermedad y con su destino fatal, la muerte. La utilización del grotesco en Loco afán descomprime las situaciones trágicas y, mediante la combinación de diversos elementos, se narra el caos que el sida produce. Comunidad enferma. Sociedad enferma. Para Lemebel la América Latina actual es un continente enfermo que, grotescamente, se dirige con lentitud pero inexorablemente hacia un destino fatal. La penetración de la plaga es, entonces, inversión del mito de procedencia: el sida no vino, para Latinoamérica, desde Africa sino desde Estados Unidos. Es, además, una nueva forma de dictadura: produce tantos o más muertos/desaparecidos. Lemebel parece plantear que el sida es el arma más fatídica del gobierno militar, nueva irrupción neocolonial que empobrece aún más a los países más pobres. Esta errancia de la enfermedad que va de un cuerpo al otro se difunde como el sida: de cuerpo a cuerpo, hasta hacerlo desaparecer. De esta forma, Latinoamérica, colonia estadounidense por la dictadura y por la inclusión de la enfermedad, se ve condenada a la marginación eterna que, en el texto, está representada por el marginado más periférico: el travesti sidoso que se prostituye, embelesado con las luces del Norte pero conciente de lo que produjo en él. Lemebel asocia el sida con la dictadura, otra forma brutal de colonización yanqui