3 resultados para Imagens discursivas
em Universidade de Lisboa - Repositório Aberto
Resumo:
Num quadro teórico-crítico, influenciado por teorias contemporâneas de classe, género e etnia, vamos considerar os confrontos entre culturas, materializados em diversas práticas discursivas e visuais, que estudaremos transdisciplinarmente, numa perspectiva formal e como documentos. São exemplos das referidas práticas, por um lado, a escrita jornalística, que as novas tecnologias estão a desenvolver exponencialmente, a ensaística, o conto, o relato de viagem e biográfico, o romance, o poema, o drama e, por outro lado, as múltiplas imagens em suporte digital, o design, a fotografia, o vídeo, o cinema, a arquitectura, a gravura. Os ensaios publicados avaliam os estudos da palavra, ou da imagem visual, ou das formas diferentes como elas interagem, em relação a temas cronologicamente localizados entre o século XVIII e o século XXI.
Resumo:
Tese de doutoramento, Belas-Artes (Pintura), Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes, 2014
Resumo:
Este artigo analisa filmes e documentários, realizados em Portugal, que tiveram como pano de fundo as ex-colónias africanas ou nelas foram inspirados. Durante o Estado Novo, a defesa de uma boa imagem do “império” e da política colonial levou a proibir filmes que incluíssem maus-tratos a indivíduos de origem africana, ilustrassem a luta entre o “branco” (colono) e o “negro” (colonizado), retratassem os movimentos de luta pela ascensão dos negros nos EUA ou exaltassem aspetos pacifistas ou antimilitaristas. Muitos documentários destacam as potencialidades (naturais e humanas) de África. Alguns são dedicados à criação de estruturas de ensino e evangelização dos africanos, ou procuram retratar os seus “usos e costumes”. Outros evidenciam a força de trabalho do africano na construção de um futuro prometedor. Tal trabalho é orientado pelo “branco”, i.e., é ao saber técnico deste que se junta a força do africano. Os africanos são representados como exemplos de um conjunto uno (todos são denominados “indígenas”), mas entre eles procuram-se evidenciar características distintivas. As imagens que denotam modernização, em cidades como Luanda ou Lourenço Marques, ofuscam os “colonizados”. Estes filmes têm amiúde um carácter mais de propaganda do que informação, ou etnográfico, e têm como objetivo transmitir uma consciência colonial.