2 resultados para Alojamento temporário
em Universidade de Lisboa - Repositório Aberto
Resumo:
Neste artigo, exploramos até que ponto os refúgios de montanha e as regras impostas aos utilizadores deste tipo de alojamento colectivo temporário podem fornecer-nos uma inspiração metafórica na exploração das questões relativas à justiça intergeracional. Indicamos aqui características que a metáfora torna mais salientes. Focamos em particular as regras intergeracionais de ouro e a justiça cleronómica (secção 1). Explicamos também por que motivo é relevante a ausência de um guardião (secção 2). Outras características ausentes salientam outras dimensões que são centrais para a justiça intergeracional. Atenção especial é dada a duas delas: a relação de “génese” entre sucessivas gerações e o problema das alterações populacionais ao longo das gerações (secção 3).
Resumo:
A precariedade de emprego entre os jovens, expressão das dificuldades que têm em se integrarem no mercado de trabalho, leva muitos deles a deitarem mão de estratégias cuja singularidade abala os modos tradicionais de entrada na vida activa. Nestes termos, o sentido do trabalho está a ser redefinido por quem mais falta tem dele. A instabilidade a nível das representações do trabalho é reflexo de percursos laborais marcados por turbulência, flexibilidade, impermanência. A vivência precária do emprego e do trabalho envolve modalidades múltiplas de “luta pela vida” que compreendem trabalho doméstico, eventual, temporário, parcial, oculto ou ilegal, pluri-emprego, formas múltiplas de desenrascanço a que a linguagem comum se refere com as sugestivas expressões de ganchos, tachos e biscates1. Neste “fazer pela vida” é como se os jovens nos quisessem dizer que a vida necessita de algum tipo de trabalho para ser plenamente vivida. Não querem ser escravos do trabalho, mas também não o rejeitam, tanto como fonte de rendimento como de realização pessoal.