18 resultados para Anselmo de Canterbury, santo


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Anselmo foi, como o seria um pouco mais tarde Abelardo, um dos mais eminentes adversários de Roscelino de Compiègne, considerado geralmente como o iniciador da posição dita vocalista no que diz respeito ao estatuto ontológico dos termos universais. É sobretudo no De incarnatione verbi que Anselmo desenvolve os seus argumentos contra as implicações teológicas e trinitárias das doutrinas de Roscelino, «herético da dialéctica», que defende que «as substâncias universais são simples palavras» (flatus vocis). Distante embora dos termos em que, desde o final do século XI, se configura a chamada «querela dos universais» (tributária do corpus da logica vetus, e designadamente das Categorias e do Peri hermeneias de Aristóteles, a que se juntam as Institutiones de Prisciano), a crítica de Anselmo a Roscelino, em si mesma e nos seus pressupostos, incide no entanto sobre alguns dos aspectos, dialécticos e semânticos, a que o debate nas escolas dará maior relevo. A essa luz, analisaremos aqui a crítica anselmiana à posição de Roscelino – que não distingue «o cavalo da sua cor», e que «não compreende como vários homens são um único homem na espécie» –, em particular no que diz respeito à relação entre substância e acidente (ou qualidade, segundo a gramática de Prisciano) e à semântica do nome.

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Na distinção 27 do Comentário às Sentenças de Pedro Lombardo, na questão onde o sentido próprio do conceito de “Verbo” se discute e se aclara, é a autoridade do pensamento anselmiano, conforme a sua exposição nas páginas do Monologion, que Boaventura convoca para a conclusão do problema e a resolução das dissensões. Tomando, por isso, aquele texto como ponto de partida da nossa incursão sobre a filosofia do monge de Le Bec, procurar-se-á reflectir sobre o carácter mediador do Verbo no acto da criação e sobre o modo como este constitui a chave de interpretação da questão filosófica do uno e do múltiplo. É esta relação entre o uno e o múltiplo, na qual se encerra o mistério da criação, que encontrará, por seu turno, junto da filosofia do Doutor Seráfico, fortes ressonâncias estéticas, firmadas sobre uma concepção de beleza, de matriz agostiniana, que a define como “aequalitas numerosa”, que o mesmo seria dizer, como unidade da multiplicidade.

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O estudo que apresentamos consiste numa análise das terceiras vias anselmiana e tomista, duas vias existenciais, já que nelas a existência é o ponto de partida e o de chegada. O percurso de ambas é essencialmente idêntico, conduzindo a existência do ente possível à conclusão da existência do primeiro ente necessário. A sua leitura comparada revela um maior número de convergências do que de divergências quer quanto à estrutura argumentativa quer quanto à fundamentação metafísica. Com efeito, os princípios metafísicos que as sustentam – identidade e não contradição, razão de ser, causalidade, participação – são os mesmos, ainda que formulados de modo diverso.