2 resultados para processo de tomada de decisão
em Instituto Politécnico de Bragança
Resumo:
Em Portugal, assim como um pouco por todo o mundo, a maioria das empresas são de cariz familiar. A predominância destas empresas faz com que as mesmas tenham um papel relevante na economia, seja pela criação e distribuição de riqueza seja pela criação de emprego. A importância que se lhes reconhece constituiu o fator ou motivação suficiente para desenvolver este trabalho que, com base numa metodologia preferencialmente quantitativa, aplicada a um conjunto de empresas familiares associadas da Associação Portuguesa das Empresas Familiares, se propõe averiguar se estas empresas atribuem importância à informação financeira no processo da tomada de decisão. Utilizou-se como instrumento de recolha de informação um inquérito por questionário e cujos resultados permitiram desenvolver uma análise descritiva exploratória e aplicar testes estatísticos não paramétricos. O trabalho realizado permitiu recolher evidência suficiente para concluir sobre a importância das demonstrações financeiras para o processo de tomada de decisão, em particular no que respeita à utilização do balanço e da demonstração dos resultados. Não foi, porém, possível identificar um padrão sobre as demonstrações financeiras preparadas em função do tipo de norma contabilística aplicável e do setor de atividade, nem sobre a importância atribuída à informação financeira em função da dimensão da empresa. Foi possível concluir que a informação financeira é, fundamentalmente, utilizada para avaliar os impactos financeiros, apoiar na gestão corrente, tomar decisões de investimento e cumprir com obrigações fiscais, sendo muito evidente a importância que as empresas familiares atribuem à informação financeira como forma de dar cumprimento às obrigações fiscais.
Resumo:
Tomar decisões em qualquer contexto da vida pessoal ou profissional implica todo um processo mental e emocional assaz complexo, que se inicia com a deteção de um problema que necessita de ser solucionado. Em todas as organizações empresariais ou escolares, essa tarefa requer o domínio de mecanismos concretos e conhecimentos específicos em várias áreas que é preciso gerir. Por esse motivo, o líder deve ser capaz de ativar, procurar, requerer, convocar e trabalhar esses saberes para poder influenciar os seus colaboradores na concretização dos objetivos da organização, encaminhando-os para o cumprimento da missão, à qual subjaz uma visão, que projeta para o sucesso, com a máxima eficácia. Em educação, o diretor, líder de topo da organização educativa, também deve dominar os procedimentos que permitem a preparação, a decisão e a execução do processo de tomada de decisão a fim de liderar com eficácia a escola. Todavia, o líder escolar tem de lidar com as vicissitudes implícitas ao exercício das suas funções, desde logo esforçando-se por encontrar um equilíbrio entre o reforço de poderes e de autoridade, decretado pelo atual regime de autonomia, administração e gestão das escolas (DL n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo DL n.º 139/2012, de 2 de julho) e a centralização da administração do Ministério da Educação, ainda entranhada por uma visão demasiadamente neoliberalista da escola. Foi sob esta premissa que foi desenvolvido este trabalho. Com o objetivo de analisar as decisões tomadas pelos líderes escolares, levando-os a interrogar-se sobre o processo da tomada de decisão, a partir do modelo de Tichy e Bennis, seis líderes pertencentes ao CFAE- Bragança Norte responderam a um inquérito. Da análise dos dados, foi possível depreender que a falta de experiência e de formação em determinadas áreas específicas da administração da escola pode dificultar-lhes, de certa forma, a tomada de decisão criteriosa, isto é, eficaz.