191 resultados para Embalagem biodegradável,. Casting
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Amidos de mandioca podem ser matérias-primas para a obtenção de filmes biodegradáveis, sendo que para a formação destes é necessária a elaboração de suspensões filmogênicas. Alguns processos de modificação do amido podem torná-lo miscível em água fria, e outros processos de modificação podem alterar as propriedades dos filmes, tornando-os mais fortes e flexíveis. O objetivo deste trabalho foi verificar as características físicas de filmes biodegradáveis elaborados com amidos modificados de mandioca pelo processo de casting (desidratação de uma solução filmogênica sobre placas de Petri). Os amidos modificados utilizados foram: cross linked; carboximetilamido (CMA) de baixa viscosidade e alta viscosidade e esterificado. A viscosidade é fator importante para a elaboração da suspensão filmogênica e foi avaliada utilizando-se o equipamento Rapid Visco Analyser (RVA). Os filmes elaborados foram comparados a um filme de PVC comercial com espessura de 0,0208 a 0,0217 mm. Os amidos foram caracterizados por avaliação da composição físico-química, granulometria, microscopia eletrônica e viscosidade (Rapid Visco Analyser). A análise por microscopia eletrônica dos filmes ressaltou as diferenças entre os diferentes amidos utilizados. O RVA mostrou que, com exceção do cross linked, todos os amidos modificados apresentaram certa solubilidade a frio, o que facilita o preparo das soluções filmogênicas, entretanto, todos os amidos modificados apresentaram redução acentuada da tendência à retrogradação, propriedade geralmente associada à formação de filmes. As espessuras dos filmes de amido variaram de 0,0551 a 0,1279 mm, cujas espessuras mínimas foram a dos filmes de amido cross linked. Os filmes mostraram-se transparentes, manuseáveis e bem homogêneos. Não houve interferência da espessura na permeabilidade ao vapor d'água, e os filmes com 5% de matéria-seca, independente do tipo de amido modificado, foram mais permeáveis que o PVC. Porém, quando se compara o filme biodegradável de amidos modificados com o filme comercial de PVC, ainda há muito que se trabalhar na formulação para melhorar várias propriedades deste tipo de embalagem, que tem amplo uso atualmente.
Resumo:
Fruteiras como Eugenia involucrata ainda continuam inexploradas, necessitando-se de informações técnicas que incentivem o agricultor a utilizá-las. O método de propagação por sementes é o normalmente adotado; porém, elas devem ser imediatamente semeadas, pois corre-se o risco de perda de sua viabilidade com o armazenamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o hidrocondicionamento e as técnicas de conservação (vácuo e biofilme), durante armazenamento, aos cinco e aos 30 dias, de sementes de cerejeira-do-mato. O trabalho foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em fatorial 2 × 4 × 2 (pré-hidrocondicionamento x técnica de armazenamento x tempo de armazenamento), com quatro repetições, de 50 sementes por unidade experimental. As sementes extraídas foram separadas em dois lotes, sendo um submetido ao pré-hidrocondicionamento, em água destilada, durante 24 horas, e, outro, não. Sementes hidrocondicionadas, ou não, foram submetidas a quatro técnicas de armazenamento, sendo, estas, a embalagem plástica a vácuo, o revestimento com biofilme de fécula de mandioca (3% m/v), a embalagem plástica a vácuo + biofilme de fécula de mandioca e sem tratamento (controle). Posteriormente, as sementes foram mantidas em câmara fria, em temperatura de 5 ºC e UR 85%, durante cinco e 30 dias. Aos 110 dias após a semeadura, avaliou-se a percentagem de germinação, o índice de velocidade de emergência e a massa da matéria seca total das plântulas. Para o armazenamento das sementes de cerejeira-do-mato, devem-se utilizar técnicas a vácuo, isoladamente, ou com revestimento de biofilme.
Resumo:
Fundamento: Stents recobertos com polímeros bioabsorvíveis e fármacos apenas na face abluminal podem ser mais seguros que stents farmacológicos com polímeros permanentes. Objetivo: Relatar os resultados experimentais com o stent Inspiron(r), um stent recoberto com polímero bioabsorvível e com liberação de sirolimus apenas da face abluminal, recentemente aprovado para uso clínico. Métodos: Foram implantados 45 stents nas artérias coronárias de 15 porcos e, no 28° dia pós-implante, foram obtidos os resultados angiográficos, de ultrassonografia intracoronária e de histomorfologia. Cinco grupos foram avaliados: Grupo I (nove stents sem recobrimento); Grupo II (nove stents com polímero bioabsorvível nas faces luminal e abluminal); Grupo III (oito stents com polímero bioabsorvível na face abluminal); Grupo IV (nove stents com polímero bioabsorvível e sirolimus nas faces luminal e abluminal); e Grupo V (dez stents com polímero bioabsorvível e sirolimus na face abluminal exclusivamente). Resultados: Observamos, para os Grupos I, II, III, IV e V respectivamente: porcentual de estenose de 29 ± 20; 36 ± 14; 33 ± 19; 22 ± 13 e 26 ± 15 (p = 0,443); perda luminal tardia (em mm) de 1,02 ± 0,60; 1,24 ± 0,48; 1,11 ± 0,54; 0,72 ± 0,44 e 0,78 ± 0,39 (p = 0,253); área neointimal (em mm2) de 2,60 ± 1,99; 2,74 ± 1,51; 2,74 ± 1,30; 1,30 ± 1,14 e 0,97 ± 0,84 (p = 0,001; Grupos IV e V versus Grupos I, II e III) e porcentual de área neointimal de 35 ± 25; 38 ± 18; 39 ± 19; 19 ± 18 e 15 ± 12 (p = 0,001; Grupo IV e V versus Grupo I, II e III). Os escores de injúria e inflamação foram baixos e sem diferenças entre os grupos. Conclusão: O stent Inspiron(r) foi seguro e inibiu significativamente a hiperplasia neointimal observada no 28° dia pós-implante em artérias coronárias porcinas.
Resumo:
No presente trabalho efetuou-se o estudo de diferentes embalagens para passas de banana, procurando-se estabelecer suas influências nos atributos sensoriais do produto. Os frutos em pleno amadurecimento, sem casca, após passagem por orifícios de borracha foram pré-aquecidos e tratados com SO2, desidratados e acondicionados em celofane, polietileno, folha de alumínio e em alumínio mais polietileno ("combinado"). Os efeitos das diferentes embalagens nas propriedades organoléticas das passas de banana foram avaliados em termos de cor, "flavor", textura e qualidade geral. Os resultados mostraram que, até os 45 dias de armazenamento, a qualidade das passas de banana acondicionadas em filme de polietileno, folha de alumínio e no "combinado" foi satisfatória para todos os atributos estudados. Aos 75 dias de armazenamento, o filme de polietileno foi o que proporcionou melhor qualidade geral ao produto. Aos 105 dias de armazenamento, nenhum dos materiais em estudo conseguiu manter a qualidade geral em bom nível. Verificou-se também que o celofane foi o material que melhor manteve a cor do produto até os 105 dias de armazenamento, porém apresentou limitações no que tange à textura das passa de banana e ao ataque de insetos.
Resumo:
No presente trabalho foram determinados os teores residuais de SO2 em passas elaboradas com bananas tratadas com solução de metabisulfito de potássio a 2%, acondicionadas em alumínio,, celofane, polietileno e alumínio+polietileno ("combinado") e armazenadas de 15 a 105 dias à temperatura ambiente. A determinação de SO2 foi realizada com medida potenciométrica em eletrodo com separação de ar (em sistema de fluxo contínuo). Constatou-se que: a) o produto perde SO2 após processamento; b) o celofane proporciona, relativamente aos demais materiais testados, uma maior retenção de anidrido sulfuroso nas passas; c) os teores de SO2 encontrados nas passas de banana desde os 15 dias até os 105 dias de armazenamento não ultrapassam o limite estabelecido pela Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos.
Resumo:
Amostras de terra provenientes de uma Terra Roxa Estruturada e um Latossol Vermelho Escuro textura média foram analisados quimicamente para se verificar a influência de embalagem (caixa de papelão saco de polietileno), tempo de armazenamento (1-32 dias) e processo de secagem (ao ar ou estufa a 60°C). A secagem foi o fator que mais influenciou a análise determinando variações nos resultados analíticos principalmente para pH e fósforo. O armazenamento apresentou influência apenas para fósforo trocável enquanto que a embalagem não influiu nos resultados. As variações dos resultados analíticos para pH, em função da secagem, e fósforo, em função da secagem e tempo de armazenamento, foram de ordem a alterar a interpretação da fertilidade quanto aos limites de classes.
Resumo:
Neste estudo, tem-se como objetivo analisar e discutir crenças, valores e aspectos práticos, considerando que a internalização dos gastos decorrentes do descarte do produto e/ou embalagens deve nortear a gestão de custos de produção de uma empresa. Por tratar-se de área do conhecimento ainda carente de estudos e sem solução consensual por parte de agentes do mercado, realizou-se um ensaio teórico em que são apresentados e discutidos posicionamentos, práticas e ações com potencial para mitigar os efeitos da degradação ambiental decorrentes de descartes inapropriados. Para isso são propostas ações por parte de empresas e de iniciativas voluntárias em negociações de títulos financeiros de compensação das externalidades, os quais foram denominados de créditos de internalização de custos privados (CICPs). Considera-se que o desenvolvimento com sustentabilidade é um processo que envolve negociações entre empresas, governos e sociedade civil, pois as políticas e metas não devem ser apenas economicamente viáveis, mas socialmente justas, ambientalmente corretas e culturalmente compartilhadas.
Resumo:
Um experimento visando verificar a influência do estádio de maturação e da embalagem de polietileno, durante o armazenamento de ameixa (Prunus salicina Lindl.) cultivar Amarelinha, foi realizado na Embrapa - Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado (CPACT), em Pelotas, RS. Foram utilizadas frutas em três estádios de maturação: verde, semimaduro e maduro, embaladas ou não em sacos de polietileno. O armazenamento refrigerado realizou-se a 0ºC e 90-95% UR, por 14, 28 e 42 dias, seguido da comercialização simulada por três dias a 25-26ºC. As frutas semimaduras foram as que perderam menos peso ao longo da frigoconservação e comercialização simulada. A embalagem de polietileno reduziu as perdas de peso para menos de 1% ao longo do armazenamento. As frutas não embaladas perderam até 7% em peso, apresentando sintomas de murchamento a partir dos 28 dias, principalmente as do estádio maduro. A firmeza de polpa e a acidez total titulável decresceram ao longo do experimento nos três estádios de maturação, e a perda elevada de acidez resultou em sobrematuração das frutas, principalmente aos 42 dias de armazenamento. Não ocorreu desintegração interna nas frutas e a incidência de podridões aumentou aos 42 dias. Conclui-se que o armazenamento refrigerado deve ser feito até os 28 dias.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar processos de espalhamento e secagem de filme de amido-glicerol-fibras de celulose, preparado por "tape-casting". O espalhamento da suspensão foi avaliado a 50, 150 e 250 cm min-1, seguido de secagem em estufa com circulação forçada de ar, a 40 ou 70ºC; avaliou-se também o espalhamento da suspensão a 150 cm min-1, seguido da secagem do filme sobre suporte de "tape-casting" a 22ºC e 60% de umidade relativa, com velocidades do ar de 4, 6 e 8 m s-1 no túnel de secagem. Ensaios reológicos mostraram que o espalhamento das suspensões a temperaturas inferiores a 50ºC apresentou módulo de elasticidade superior ao módulo viscoso, em todo o espectro de frequências de oscilação. As microscopias mostraram filmes secos a 40 e 70ºC sem defeitos de formação, e cujas propriedades mecânicas não diferiam. A velocidade de espalhamento e a do ar não modificam o tempo de secagem nem as propriedades dos filmes. O tempo de secagem pode ser reduzido para aproximadamente duas horas, o que é importante para a produção dos filmes em larga escala.
EMBALAGEM INDIVIDUAL DE MANGAS CV. TOMMY ATKINS EM FILME PLÁSTICO: EFEITO SOBRE A VIDA DE PRATELEIRA
Resumo:
Estudou-se o efeito da embalagem de policloreto de vinila (PVC) sobre a vida de prateleira de mangas cv. Tommy Atkins armazenadas sob refrigeração. Mangas no estádio de maturidade fisiológica, com casca verde ou levemente avermelhada, foram embaladas individualmente, com filme de 10mm de espessura, e armazenadas por 28 dias a 12ºC (80-90% UR). Frutos sem embalagem serviram de controle. Durante o período de armazenagem, foram feitas avaliações sensoriais utilizando o método de escala hedônica não estruturada para aceitação da aparência e do sabor, utilizando-se de 30 provadores não treinados por sessão. Determinou-se também a perda de massa, a acidez titulável e os teores de sólidos solúveis e vitamina C ao longo da armazenagem. As mangas embaladas apresentaram uma vida de prateleira de 21 dias contra 6 dias das não embaladas, e uma taxa de perda de massa 3,5 vezes menor que as não embaladas. Em relação à taxa de degradação de vitamina C, não houve diferença entre os tratamentos. A combinação da embalagem com a armazenagem a 12ºC aumentou a vida de prateleira do produto pela redução da atividade metabólica e do desenvolvimento de podridão.
Resumo:
Verificou-se a influência da utilização de embalagem de polietileno, durante o armazenamento refrigerado, sobre o processo de remoção da adstringência de frutos de caquizeiro (Diospyros kaki L.), bem como sobre a qualidade dos frutos. Caquis 'Giombo' foram mantidos em câmara refrigerada a 1°C e 95-98% UR, embalados ou não em polietileno de baixa densidade. Após 30 dias de armazenamento, os frutos foram submetidos ao processo de remoção da adstringência, mediante a exposição ao vapor de álcool etílico durante 40 horas a 20°C e 95% UR. As características químicas e físicas dos frutos foram avaliadas durante 6 dias. A utilização de embalagem de polietileno proporcionou menor perda de matéria fresca após o processo de destanização, não interferindo sobre o teor de taninos solúveis, firmeza de polpa, SST, ATT e teor de ácido ascórbico. Frutos armazenados por 30 dias e submetidos ao vapor de álcool etílico tornaram-se não adstringentes após 3 dias do tratamento; no entanto, apresentou baixa firmeza de polpa e elevada perda de matéria fresca.
Resumo:
Procurou-se estudar o efeito da utilização de embalagem de polietileno durante o armazenamento refrigerado de frutos de caquizeiro (Diospyros kaki L.), cultivar Giombo. Os frutos foram acondicionados em sacos de PEBD (0,06mm) e mantidos a 1 ± 0,5ºC e 95-98% UR durante 30; 60 ou 90 dias. As características químicas e físicas dos frutos foram avaliadas ao final de cada período de armazenamento. As variáveis analisadas foram teor de taninos solúveis, firmeza da polpa, perda de matéria fresca, sólidos solúveis totais, acidez total titulável e teor de ácido ascórbico. Os frutos mantiveram elevada qualidade durante os primeiros 30 dias de armazenamento, independentemente do uso da embalagem. Constatou-se, aos 60 dias, redução na qualidade comercial decorrente da baixa firmeza de polpa. A utilização de embalagem de polietileno não apresentou eficiência na remoção total da adstringência dos frutos.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade do pêssego cv. Douradão, quando aplicados tratamentos pós-colheita, associada à temperatura adequada de refrigeração. Os tratamentos foram: aplicação de quitosana a 1%; embalagem de polietileno e controle (não- tratado e sem embalagem plástica). Após serem embalados em caixas de papelão e armazenados a 3º C e 90% UR, durante 14; 21 e 28 dias, foram transferidos para condições- ambiente, permanecendo por 3 dias. Com o polietileno, houve menor perda de massa dos frutos durante o armazenamento; no entanto, verificou-se aumento na incidência das podridões na fase de comercialização. A quitosana não foi eficiente como protetivo contra a perda de massa, porém reduziu a incidência de podridões. Foi constatado o dano fisiológico causado pelo frio, denominado de lanosidade nos pêssegos, após 21 dias de refrigeração e mais 3 dias de comercialização, não tendo influência dos tratamentos realizados. Se o consumo dos pêssegos 'Douradão' for imediato à saída da câmara fria, o período de conservação dos frutos é de 21 dias (podridão zero), com destaque para a embalagem de polietileno, que reduziu a perda de massa. Considerando a avaliação após a comercialização simulada, o período de vida útil dos frutos é restrito aos 14 dias, a 3º C, seguido de 3 dias em condições-ambiente devido à posterior ocorrência de lanosidade e podridão-parda.
Resumo:
A alporquia tem-se mostrado o método mais promissor para a propagação assexuada da jabuticabeira. Porém, alguns detalhes da técnica devem ser aprimorados paraaumentar os resultados positivos. O trabalho teve como objetivo avaliar a melhor época, concentração de ácido indolbutírico (AIB) e tipo de embalagem para a propagação da jabuticabeira-Açu [Plinia cauliflora(DC.)KAUSEL] por alporquia. O trabalho foi realizado na UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Os experimentos foraminstalados em dezembro de 2011 e em abril, junho e setembro de 2012. Foi aplicado na região cambialAIB, nas concentrações de 0; 2.000 e 4.000 mg L-1. Após a aplicação do AIB, a área exposta foi envolvidacom substrato Plantmax® revestido com embalagem plástica transparente, embalagem plástica transparenterevestida por papel-alumínio ou embalagem plástica preta. O delineamento experimental adotado foi em blocosao acaso, em esquema fatorial 4 x 3 x 3 (época x concentração de AIB x tipo de embalagem), com 4repetições, considerando-se o uso de 5 alporques por parcela. Aos 180 dias após a implantação do experimento, em cada época de sua realização, foram avaliados a percentagem de calos nos ramos alporcados, onúmero e o comprimento médio das 3 maiores raízes (cm) e a percentagem de enraizamento. O enraizamento dejabuticabeiras utilizando a alporquia foi de 20,04% para a época de abril. A embalagem plásticatransparente revestida com papel-alumínio para a cobertura do substrato foi superior às demais, atingindo 8,69% deenraizamento. As concentrações de AIB testadas não influenciaram na rizogênese adventícia dos ramos.
Resumo:
RESUMO Eugenia dysenterica DC. (cagaiteira) destaca-se entre as espécies nativas do Cerrado por produzir frutos de sabor agradável, os quais podem ser consumidos tanto in natura quanto processados na forma de doces, compotas e geleias. Apesar do potencial econômico, é uma planta pouco explorada, principalmente devido à baixa durabilidade dos frutos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da embalagem e da temperatura sobre a conservação pós-colheita de frutos de E. dysenterica. Para isto, os frutos de cagaita foram coletados no estádio verde-maduro, ainda ligados à planta-mãe, e levados ao Laboratório de Botânica da Universidade Federal da Bahia, onde foram selecionados quanto à integridade física, ausência de danos mecânicos epatogênicos. Após lavagem em água corrente, os frutos foram secos e acondicionados em bandejas de poliestireno expandido, cobertas por filme de policloreto de vinila (PVC) de 10 micras, perfurados e sem perfuração, e em bandejas sem revestimento de PVC. A perfuração foi realizada visando a maior circulação de ar dentro das embalagens. Em seguida, foram armazenados em duas temperaturas, 5 e 25ºC. Para a avaliação da durabilidade dos frutos, foram realizadas avaliações diárias das características físicas e químicas, incluindo coloração, firmeza, pH, perda de massa, altura e diâmetro. O metabolismo de carboidratos também foi avaliado por meio da quantificação dos açúcares solúveis. Os frutos da cagaita apresentaram durabilidade de 5 dias, independentemente dos tratamentos utilizados, sendo que os submetidos à refrigeração apresentaram sintomas de injúria por frio, alteração da coloração e firmeza (25%), redução de pH e do consumo de carboidratos. Já em frutos mantidos a 25ºC, houve amarelecimento completo, perda de firmeza, aumento do pH e maior consumo de carboidratos. Verificou-se que o uso de embalagens, praticamente, não promoveu efeitos benéficos significativos. Desta forma, concluiu-se que o armazenamento dos frutos em temperatura de 25 e 5ºC não é aconselhável, sendo que esta última causa injúrias, e os frutos, por serem climatéricos, têm vida de prateleira curta.